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Alterações Hormonais e Infertilidade

Alterações Hormonais e Infertilidade

Postado em: 8 de junho de 2017

O ciclo menstrual conta uma série de hormônios, hormônios estes que quando sofrem quaisquer alterações, levam diretamente à anovulação (suspensão da ovulação). Conheça as principais causas hormonais ligadas à infertilidade feminina.

É necessário o encontro do óvulo com o espermatozoide para que aconteça a gravidez. Os problemas que interferem no processo de ovulação estão entre os motivos da infertilidade da mulher. O ciclo menstrual é regido por uma série de hormônios, qualquer alteração neste complexo sistema pode levar ao quadro de anovulação. Dentre as principais causas hormonais ligadas à infertilidade feminina estão síndrome dos ovários policísticos, hiperprolactinemia e alteração tireoidiana.

 


Síndrome dos Ovários Policísticos

A Síndrome dos Ovários Policísticos é caracterizada por um quadro de anovulaçāo crônica e hiperandrogenismo, frequentemente acompanhado de ovários com aspectos multifoliculares. Existem múltiplos mecanismos fisiopatológicos envolvidos na SOP: o aumento da secreção do hormônio luteinizante (LH) estimula o aumento da produção de androgênios pela células da teca, maior conversão em estrogênio que leva a diminuição da secreção do FSH, ocasionando maturação incompleta dos folículos e consequentemente anovulaçāo. Há principalmente nas mulheres acima do peso, aumento da resistência a insulina e hiperinsulinêmica, que estimula os receptores dos ovários a produzirem mais androgênios, piorando o quadro da SOP. Portanto, o controle do peso é fundamental e em muitas vezes pode-se reverter a fertilidade. Clinicamente apresentam-se com quadro de menstruações irregulares e espaçadas, hirsutismo (pelos aumentados) e acne. O diagnóstico é realizado achados clínicos, dosagens hormonais, avaliação metabólica e ultrassom. O tratamento da infertilidade, além do controle de peso, tem boa resposta as medicações de indução da ovulação. Na reprodução assistida essas pacientes merecem uma atenção especial por apresentam risco aumentado para Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO).

Hiperprolactinemia

Prolactina é um hormônio produzida por uma glândula chamada hipófise, localizada no sistema nervoso central. Sua principal função é estímulo das glândulas mamárias a produzirem leite durante a amamentação. A produção aumentada desse hormônio, denominamos hiperprolactinemia. Pode ser causado por um tumor benigno da hipófise, algumas medicações, esforço físico e situações que não conseguimos esclarecer a causa, chamamos de idiopática. Pode ter como sintomas alteração menstrual, com consequente anovulaçāo, dor de cabeça, diminuição do desejo sexual, e secreção de leite pelas mamas. O diagnóstico é feito pela da dosagem da prolactina em exame de sangue. O tratamento, em boa parte das vezes, é feito com medicações orais e tem bons resultados.

Alteração tireoidiana

O distúrbio tireoidiano acomete cerca de 4 a 8,5 % da população, sendo ainda uma prevalência mais elevada nas pacientes com dificuldade de engravidar. A glândula da tireoide pode estar produzindo os hormônios (T3 e T4) em excesso (hipertireoidismo), ou faltando a produção (hipotireoidismo). Dentre os sintomas encontramos no hipertireoidismo o metabolismo acelerado, aumento da frequência cardíaca, emagrecimento e tremores. No hipotireoidismo, o metabolismo esta lentificado causando aumento de peso, sonolência, pele seca e até depressão. Devem ser sempre lembrado naquelas histórias de alterações menstruais, abortamento espontâneo e dificuldade de engravidar. O hipotireoidismo se destaca pela sua maior incidência. Podem ser diagnosticados com dosagem hormonal em exame de sangue. A pesquisa de anticorpos antitireoidianos, como anti-tireoglobulina (anti-TPO) e anti tireoperoxidade (anti-TG) também devem ser pesquisados por aumentarem os riscos de abortos e complicações obstétricas. O tratamento na maioria das vezes é feito com medicações orais e boa resposta clínica.

É fundamental a investigação hormonal na mulher que está com dificuldades em engravidar. Através do diagnóstico é possível realização do tratamento ideal ajudando na fertilidade desta paciente.

Dra. Eliana Yokota
(Membro do Grupo GERA em São Paulo, Especialização e Reprodução Humana pelo Instituto GERA).

Em caso de dúvidas, consulte o seu ginecologista ou entre em contato conosco.