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Se você anda tentando uma gestação, talvez já tenha ouvido falar sobre o uso da metformina para engravidar, no entanto, esse remédio foi desenvolvido para o tratamento da diabetes.

Existem duas formas desta doença, que resultam em uma menor absorção de glicose. A tipo 1 em que o pâncreas produz pouco ou nenhuma insulina e a tipo 2, onde ocorre uma resistência nas células periféricas a este hormônio.

Contudo, com o tempo percebeu-se certo efeito do remédio também para infertilidade. Quer saber como a metformina age no organismo? Acompanhe o texto e descubra!

Qual a relação entre usar a metformina e engravidar?

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A metformina não estimula a secreção de insulina, ela reduz a hiperglicemia devido ao aumento da sensibilidade periférica a este hormônio e da absorção celular da glicose.

Uma das principais causas da infertilidade da mulher é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Além da dificuldade em engravidar, a paciente com SOP pode apresentar graus de resistência insulínica, aumentando seus níveis no organismo.

A insulina também está ligada a produção dos androgênios, que são os hormônios masculinos como a testosterona, pelos ovários. Esse desequilíbrio hormonal afeta diretamente o processo de ovulação.

Ovulação X Hormônios

Ovulação é o nome do processo que ocorre normalmente uma vez em cada ciclo menstrual, quando alterações hormonais estimulam um ovário a liberar um óvulo, o gameta feminino. Este fica disponível na tuba uterina e por até 72 horas, aguardando a chegada dos espermatozoides. Caso o encontro entre o óvulo e o espermatozoide aconteça, dá-se a formação do embrião.

No entanto, quando os níveis hormonais do organismo da mulher estão desordenados, todo este processo fica comprometido. Há situações em que o óvulo demora a ser liberado e outras em que a ovulação nem mesmo acontece. Logo, há imensa dificuldade da mulher em engravidar.

A Síndrome dos Ovários Policísticos

As causas da SOP ainda não foram completamente compreendidas pela medicina. A doença pode ocorrer em qualquer período da vida fértil da mulher, ou seja, desde podendo estar presente na primeira menstruação.

Contudo, os especialistas conhecem alguns fatores de risco, que podem ser avaliados, de modo a fazer o diagnóstico precoce do problema. Quanto maior o tempo sem intervenção à condição, mais difícil é o tratamento.

Alguns fatores de risco para a síndrome são: a história familiar positiva principalmente em parentes de primeiro grau; hipertensão arterial; níveis altos do colesterol ruim (LDL) e baixos do colesterol bom (HDL), aumento dos níveis de triglicérides e a obesidade.

Em pacientes com SOP, em alguns ciclos menstruais ocorre a estimulação para o crescimento dos folículos, mas não há ovulação. Permanecendo nos ovários, esses folículos aumentam o volume do órgão. Dessa forma, a capacidade fértil da mulher pode ser afetada.

São diversos os sinais e sintomas que uma paciente pode apresentar, entre eles estão: irregularidade menstrual, aumento de pelos faciais e/ou no corpo, acne persistente, aumento de peso. Vale lembrar que algumas mulheres podem não apresentar nenhum sintoma.

Metformina e o tratamento da SOP

De modo geral, o tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos é realizado por meio do uso de anticoncepcionais hormonais. Estes deixam a mulher em anovulação, ou seja, inibem o processo de ovulação. Com esse intervalo de “descanso” ovariano, o organismo consegue eliminar, ou ao menos diminuir, os cistos.

O uso da metformina e o alcance da gravidez estão relacionados ao mecanismo de ação do medicamento sob a normalização dos níveis hormonais, principalmente a testosterona e a insulina, permitindo a regularidade menstrual e a ovulação espontânea, facilitando a fecundação.

Uma paciente obesa, com colesterol alto e peso exagerado também está mais sujeita ao desenvolvimento de uma série de problemas durante a gravidez, como a pré-eclâmpsia e diabetes gestacional.

Segundo estudo publicado no jornal americano Nursing for Women’s Health, os bebês gerados por mulheres gestantes acima do peso ainda correm maior risco de serem obesos na vida adulta. Ao mesmo tempo, eles têm maior chance de sofrer malformações.

Cuidados com a metformina

Apesar de parecer tão eficaz, a metformina não pode ser utilizada por todas as mulheres. Há indicações específicas, especialmente considerando a gravidade da SOP presente. Por isso, é fundamental só utilizar o medicamento após a prescrição médica. Além de indicar o produto, o especialista deverá fazer o acompanhamento detalhado dos efeitos dele no organismo feminino.

Todo esse cuidado é necessário porque existem efeitos colaterais para o corpo que incluem: enjoo; vômito; tontura; diarreia; fraqueza; e visão turva.

Vale ressaltar que a paciente deve relatar esses sintomas ao médico. Pode ser que a dose do remédio esteja incorreta, ou então que ele não seja o tratamento mais indicado.

Não consigo engravidar: o que faço?

Tal qual explicado ao longo do texto, algumas mulheres com SOP apresentam sintomas. Outras, nem tanto, ou então não percebem os sinais. Mulheres com a menstruação normalmente irregular, por exemplo, dificilmente irão se preocupar com uma alteração nesse ciclo desordenado. Por isso, muitas vezes a Síndrome dos Ovários Policísticos só é diagnosticada quando a mulher apresenta dificuldades para engravidar.

Geralmente, um casal demora até um ano para obter a concepção. Isso ocorre porque, por mês, só existe cerca de 20% de chance de gestação. Afinal de contas, a mulher precisa estar em seu período fértil para que ela aconteça.

Um ciclo menstrual feminino regular tem em média 28 dias. Logo, entre uma menstruação e outra, há 28 dias de intervalo. Por volta do 14º dia deste período, então, a mulher ovula, liberando seu gameta para a fecundação.

A célula fica disponível na tuba uterina por aproximadamente 72 horas, em que poderá ser fecundada por um ou mais espermatozoides. Caso isso ocorra, o zigoto (união entre o óvulo e espermatozoide) “caminha” até o útero e se fixa em sua camada interna, o endométrio, dando início à gestação. Quando a fecundação não acontece, o óvulo é degenerado e o endométrio previamente preparado para gestação descama, dando origem a menstruação.

Um tempo de tentativas maior do que 12 meses, porém, costuma ser sinal de problemas de fertilidade. Algo que pode afetar tanto o homem, quanto a mulher. Deste modo, é recomendado que o casal busque um médico e realize uma investigação sob prováveis causas de infertilidade.

Veja também: Infertilidade feminina: 9 causas da perda da fertilidade da mulher

Causas e soluções para a infertilidade

Em 30% dos casos registrados no mundo, a infertilidade está ligada a fatores femininos. Em outros 30%, as causas são por fatores masculinos. Nos 30% seguintes, os fatores estão presentes tanto no homem, quanto na mulher, enquanto nos 10% restantes as razões para a infertilidade são desconhecidas (ISCA- infertilidade sem causa aparente).

Os motivos que levam a problemas de concepção são diversos. Nas mulheres, há por exemplo, a SOP, endometriose, alterações uterinas e obstrução da tubária. Em homens, temos a varicocele, malformação dos espermatozóides, dificuldades de ereção, entre outras. Por vezes, o pH vaginal da mulher também afeta os espermatozoides, matando-os logo que eles entram em contato com a região.

Assim que definida a causa da dificuldade de concepção, o médico poderá indicar um método de tratamento, variando entre técnicas de baixa e alta complexidade. O maior exemplo da baixa complexidade é a inseminação intrauterina e, o da alta, a FIV/ICSI

As técnicas de reprodução assistida

Cada uma das técnicas de reprodução assistida é indicada como solução para um problema de fertilidade diferente. A inseminação artificial, por exemplo, é bastante utilizada para circunstâncias em que os espermatozoides masculinos apresentam dificuldade de mobilidade. Assim como para aquelas em que o pH vaginal prejudica os gametas masculinos.

Para que a inseminação seja realizada, a mulher passa por um processo de indução da sua ovulação. Isso significa que, através da utilização de medicamentos hormonais, seu organismo é estimulado a promover o crescimento dos folículos ovarianos e a liberação do óvulo.

Os espermatozoides masculinos são coletados, por meio da masturbação, e inseridos ao fundo do útero da mulher por meio de um catéter. De lá, eles precisam se deslocar até o óvulo, que aguarda na tuba uterina. Este método diminui o caminho a ser percorrido pelas células reprodutivas masculinas, aumentando as chances de concepção.

Já na fertilização in vitro, óvulo e espermatozoides são coletados. A técnica é indicada, por exemplo, para situações em que a tuba uterina é obstruída ou há alterações graves nos espermatozoides. A vantagem de uso da técnica, neste caso, está na possibilidade de captar o óvulo diretamente através da aspiração dos folículos e promover o encontro dos gametas. Em laboratório o embrião é formado e amadurecido, por cerca de cinco dias. Logo depois, ele pode ser transferido para o útero da mulher, ou congelado para ser transferido futuramente.

Fertilização in vitro versus ICSI

Há duas formas de realizar a alta complexidade, a FIV clássica e a ICSI

Na FIV clássica os óvulos são aspirados dos ovários colocados em meio líquido apropriado em uma placa, dentro de uma estufa, mimetizando o ambiente materno, para se unirem aos espermatozoides como naturalmente fariam.

Na ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) o espermatozoide é introduzido no óvulo maduro, por meio de uma injeção ativa, observada com microscópio. Uma única célula masculina de qualidade é selecionada e injetada no gameta da mulher. A escolha é feita por meio de uma análise minuciosa da forma e motilidade de cada espermatozoide coletado.

Veja também: Diferença entre inseminação artificial e Fertilização In Vitro (FIV)

Qualquer das técnicas anteriores pode obter espermatozoides por biopsia testicular ou punção dos epididimos, no caso do homem possuir dificuldades de ejaculação. Assim os embriões são cultivados, por cerca de três a cinco dias. Em seguida, um embrião é transferido ao útero da mulher já preparado para recebê-lo ou ocorrerá o congelamento deles para a transferência ao útero da paciente em um ciclo posterior.

Em todas as técnicas, o casal pode contar, inclusive, com gametas doados. Assim, mesmo que não consiga produzir óvulos e/ou espermatozoides por conta própria, esses indivíduos poderão se tornar pais. Se necessário, também é possível contar com a chamada “barriga solidária”. Existem normas específicas sobre esses assuntos no País. Conheça-as clicando aqui.

Desde que conte com acompanhamento médico, quem tem endometriose pode engravidar. Afinal, a condição não afeta o desenvolvimento do feto. Ao mesmo tempo, apenas 50% das mulheres que sofrem da doença têm infertilidade. Ou seja: nem todas as pacientes apresentam dificuldades de concepção.

O que é a endometriose?

A endometriose é uma condição na qual o endométrio adere aos órgãos da região abdominal, como a bexiga e o intestino. O endométrio é o tecido que reveste o interior do útero. Todo mês, essa camada é estimulada por um processo hormonal, tornando-se mais espessa. Sua função é permitir que um óvulo, já fecundado pelo espermatozoide, seja nutrido e se desenvolva em um embrião, que posteriormente irá gerar o feto. Para isso, o embrião se “agarra” ao endométrio.

Quando a fecundação do óvulo não ocorre, o endométrio se descama e é eliminado pela menstruação. Numa situação comum, os resíduos são completamente eliminados pelo corpo, para que no mês seguinte o útero passe pelo mesmo processo. Ou seja, de ter sua camada interna espessada e preparada para receber um embrião.

Uma das possíveis causas de endometriose é a menstruação retrógrada, quando parte da menstruação “retorna” para o corpo e adere a áreas fora do útero. Isso pode ocorrer nos órgãos já citados e também nos ovários, reto, peritônio e na parede externa do útero. Outras áreas, além da abdominal, podem ser igualmente afetadas por esse acúmulo, mas esse tipo de ocorrência é menos comum.

Diagnóstico da doença

Normalmente, a endometriose surge pouco tempo após a primeira menstruação da mulher. Contudo, como seu principal sintoma é a intensa dor durante a menstruação, isto traz uma certa dificuldade em fechar o diagnóstico. Não porque os médicos não estão preparados para tal, mas porque existe o estigma de que a dor é algo normal.

Realmente, a mulher em período menstrual costuma conviver com dores. Afinal, durante este processo, o corpo faz com que o útero se contraia – algo essencial para a expulsão da camada do endométrio. No entanto, essa dor não é extremamente intensa, nem costuma durar durante toda a menstruação.

Devido ao estigma citado, porém, muitas das mulheres acabam sendo diagnosticadas com endometriose apenas entre os 25 e 35 anos. Principalmente em momentos de tentativa de gravidez, já que as pacientes podem apresentar dificuldades para a concepção.

No entanto, ao vivenciar sintomas intensos, é fundamental que a mulher, de qualquer idade, busque por um médico. O especialista poderá verificar a normalidade ou não das cólicas. Caso haja alguma doença relacionada, como a endometriose, ela poderá ser tratada. Assim, a qualidade de vida da paciente será muito melhor.

Se as dores não estiverem associadas a nenhum problema maior, o ginecologista poderá indicar remédios para diminuir os sinais. A prática de exercícios físicos, hábitos alimentares e qualidade de sono também podem ser benéficos a paciente.

Sintomas versus gravidade do problema

Além das cólicas menstruais, a endometriose pode provocar sintomas como dores durante as relações sexuais, durante o urinar e ao evacuar. Fadiga e diarreia também são sinais do problema. É necessário destacar, porém, que as mulheres nem sempre apresentam sintomas: a endometriose pode ser uma doença silenciosa.

Ao mesmo tempo, a intensidade do sintomas não está relacionada à gravidade do problema. Logo, uma paciente com acúmulo leve do endométrio pode apresentar dores intensas, enquanto outra, que sofre com a versão profunda da condição, pode não apresentar nenhum sinal.

Quais as causas da condição?

As causas exatas da endometriose ainda não são conhecidas pelos especialistas. Contudo, pesquisas indicam fatores diretamente relacionados ao problema. Um deles é a já explicada menstruação retrógrada, que ocorre quando parte da menstruação retorna ao corpo e adere aos órgãos.

Em todo caso, também existem outras causas associadas à doença. Elas são menos comuns, mas merecem ser destacadas. A começar pelo fator genético: o crescimento de células embrionárias.

As células que revestem o abdômen são originárias de células embrionárias comuns, como a maior parte do organismo. Entretanto, há situações em que essas células se convertem em tecido endometrial. Ou seja, outros órgãos passam a acumular células endometriais, mesmo que não haja ocorrência da menstruação retrógrada.

Uma mulher que possui problemas em seu sistema imunológico também pode sofrer da endometriose. Isso porque seu organismo terá dificuldade em reconhecer as células incorretas. Logo, não irá combatê-las, mantendo o acúmulo de endométrio anormal.

Ainda é possível que cirurgias, como a cesárea ou a histerectomia, promovam a aderência do tecido problemático a outros órgãos ou incisões.

Exames e tratamento da endometriose

Para o diagnóstico do problema, a paciente realiza exames como o ultrassom, de toque vaginal e retal, ressonância magnética e laparoscopia. Assim que descoberta a gravidade e localização das lesões, o médico poderá indicar o método mais indicado de tratamento.

Uma das maneiras para se fazer o tratamento da endometriose é o uso de medicamentos. Os remédios podem diminuir a dor e o avanço da doença. Já a cirurgia pode remover as áreas afetadas pela endometriose.

Em casos extremamente graves, o especialista pode sugerir até mesmo a retirada dos ovários ou útero, para eliminação total da causa. Sem útero, por exemplo, a mulher não terá endométrio, e este não poderá se acumular em outros locais.

Porém, esse tipo de medida é considerada radical, e só pode ser utilizada quando a mulher não tem mais nenhuma pretensão de engravidar. Afinal, a retirada do órgão reprodutor irá eliminar por completo a possibilidade de gestação. No caso da retirada dos ovários, a única opção para gravidez seria através de óvulos doados por outra mulher.

Ainda assim, a histerectomia total (remoção do útero) representa a melhor chance de cura da endometriose. Geralmente, os demais métodos são apenas paliativos. Logo, novas aderências de tecido podem ocorrer, mesmo após o tratamento com remédios ou de “raspagem” do endométrio aderido.

Quem tem endometriose pode engravidar naturalmente?

Como citado, a endometriose pode dificultar a concepção natural. Contudo, a doença não impede por completo a gravidez natural.

Normalmente, um casal leva até um ano para alcançar a concepção. Isso porque, por mês, só existe 20% de chance de gravidez. Após 12 meses de tentativas, porém, a demora pode ser sinal de algum problema de fertilidade. Tanto na mulher, quanto no homem. Por isso, é essencial que os indivíduos busquem diagnóstico médico.

Caso, então, a infertilidade seja verificada, poderá ser tratada e permitir a concepção. Se isso não for possível, o médico irá sugerir o uso de método de concepção assistida, como a fertilização in vitro.

A fertilização in vitro é o método no qual o óvulo da mulher é captado do ovário. Este óvulo é levado ao laboratório junto aos espermatozoides masculinos, obtidos por meio da masturbação ou  punção direto dos testículos. Colocadas juntas, essas células geram um zigoto.

Em seguida, essa formação de células é amadurecida, permanecendo no laboratório por cerca de cinco dias. Logo depois, o embrião é transferido para o útero feminino. Deve, então, se agarrar à parede interna do órgão. Caso consiga fazê-lo, dá-se origem à gravidez. O método é indicado principalmente para situações em que a endometriose obstrui as tubas uterinas.

Numa situação em que a mulher apresenta endometriose profunda, essas dificuldades de concepção podem ser maiores. Afinal de contas, nesse tipo de problema, o tecido endometrial penetra forte e profundamente nos órgãos. Logo, tem grandes  consequências e tratamento difícil.

Problemas para concepção: causas

De qualquer forma, os problemas para concepção ocorrem principalmente em duas situações. Primeiro, quando o endométrio anormal danifica as tubas uterinas. As tubas são os locais em que o óvulo, assim que liberado, aguarda a chegada de um espermatozoide. Caso ela esteja lesada ou, principalmente, obstruída, o espermatozóide não poderá alcançar o gameta feminino. Ou seja, não haverá fecundação, e muito menos gravidez.

Os problemas também são grandes quando o endométrio adere aos ovários. Nessas situações, o órgão pode não conseguir liberar o óvulo. Logo, não haverá gameta disponível para a fecundação.

Em qualquer dessas situações, é interessante que a endometriose seja descoberta antes do início da gravidez. Por isso, a mulher deve visitar o médico assim que se decidir pela gestação e, então, solicitar uma avaliação completa de seu sistema reprodutor. Dessa forma, o médico poderá indicar o tratamento adequado, facilitando a concepção e até mesmo o período gestacional.

Quem tem endometriose ovula?

Outra dúvida de quem tem endometriose e deseja engravidar é se a mulher que sofre com o problema ovula. A ovulação é o processo pelo qual um folículo ovariano é amadurecido e liberado pelo ovário, para que seja fecundado. Quando o acúmulo do endométrio não afeta diretamente ao ovário, a ovulação costuma ocorrer. Caso afete, porém, é mais provável que o organismo feminino não consiga liberar o gameta.

Gravidez com endometriose: cuidados

Além da dificuldade em engravidar, a endometriose não causa outros grandes problemas para a gestação. Por exemplo: não existem riscos de má formação do feto

Durante a gravidez, também é comum que as mulheres percebam certa melhora nos sintomas da doença. Não há consenso sobre o porquê isso acontece. Contudo, os especialistas acreditam que o resultado é um reflexo do aumento da progesterona no organismo feminino. A progesterona é produzida em grande quantidade durante a gestação, e pode diminuir o avanço das lesões provocadas pelo acúmulo do endométrio. Outra razão para essa melhora é a inexistência da menstruação durante a gravidez.

Em todo caso, na endometriose profunda os reflexos da doença podem ser pouco mais preocupantes. Quando sofre deste tipo da doença, a mulher está mais sujeita a desenvolver, por exemplo, a chamada gravidez ectópica. Ou seja, fora do útero (o que normalmente ocorre nas tubas).

Invista no acompanhamento médico!

Seja qual for o tipo da doença e os riscos relacionados, é fundamental que a mulher conte com acompanhamento médico dedicado. Em qualquer gestação isso é necessário, mas ainda mais em casos de endometriose. Afinal, o especialista deve monitorar qualquer tipo de alteração no corpo feminino e intervir, se necessário, nas complicações relacionadas à condição.

Comumente, porém, o tratamento para a endometriose durante a gravidez é considerado desnecessário.

A primeira laparoscopia operatória bem sucedida da história da Medicina foi realizada em 1987, quando a técnica foi utilizada para retirada da vesícula biliar de um paciente. Minimamente invasiva, a alternativa oferece a possibilidade de diagnóstico e tratamento de uma série de problemas na região do abdômen.

Considerando o sistema reprodutor feminino, a laparoscopia pode ser utilizada em  cirurgias de endometriose, obstrução das trompas e miomas uterinos. Estes problemas são alguns dos causadores da infertilidade feminina, impedindo que a mulher consiga engravidar naturalmente.

Como é feita a laparoscopia?

É realizada por meio de pequena incisão no abdômen, na cicatriz umbilical e outras em posições estratégicas para facilitar cirurgias abdominais. É por essa incisão que um laparoscópio, ou seja, um fino tubo com uma minicâmera na ponta, é inserido no organismo. Essa câmera é a responsável por transmitir a monitores de vídeo imagens do interior do corpo.

Para facilitar a visualização do interior do abdômen, o médico também faz a aplicação de uma certa quantidade de dióxido de carbono no corpo. O gás expande a cavidade abdominal e facilita a passagem do laparoscópio e outros instrumentos que se fizerem necessários.

Como faz incisões na barriga, a laparoscopia possui, sim, um risco associado. As chances de complicação, contudo, são baixas, uma vez que o corte realizado é pequeno. De qualquer forma, é importante realizar o procedimento com um especialista, para que problemas como hemorragias e perfurações acidentais dos órgãos não ocorram.

Laparoscopia diagnóstica: o que é?

A laparoscopia pode ser utilizada tanto para o diagnóstico, quanto para o tratamento de algum problema. No caso da técnica diagnóstica, apenas uma incisão é realizada no abdômen da mulher, pela qual é inserida a microcâmera necessária. Em infertilidade, a laparoscopia é indicada quando necessita-se restaurar a fertilidade natural ou para melhorar os resultados de outros tratamentos de infertilidade. Assim, atualmente o ginecologista não utiliza o termo laparoscopia diagnóstica em infertilidade, pois ao indicar a laparoscopia ele vai realizar algum procedimento para aumentar as chances da paciente engravidar, como por exemplo, o tratamento da endometriose.

São diversas as indicações para a realização do procedimento. No quesito ginecológico, ela é bastante utilizada para a avaliação do útero e dos ovários, para a confirmação do diagnóstico e o tratamento da endometriose, gravidez ectópica, cistos de ovário e outros. Aliás, a confirmação do diagnóstico é o ponto principal de uma videolaparoscopia. Como necessita de uma incisão, o procedimento é realizado apenas quando o médico suspeita de alguma condição, e não como o primeiro exame possível. Vários exames menos invasivos são realizados antes da laparoscopia, que é procedimento seguro, mas que há riscos, que podem ser graves.

Além das questões ginecológicas, a laparoscopia diagnóstica também é utilizada para avaliação de problemas em outros órgãos. Como no caso de lesões no fígado, para o estudo da extensão de tumores, e a verificação das causas de dores na região da barriga.

Histerossalpingografia: exame complementar

 

 

É um exame essencial antes da laparoscopia. No caso da avaliação diagnóstica ginecológica das causas de infertilidade ou suspeita de malformações uterinas, é comum também que o médico indique a realização de uma histerossalpingografia (HSG), que já foi dito, antecede a laparoscopia, pois proporciona a visão global do útero e tubas por intermédio do RX.

Normalmente, a histerossalpingografia é feita antes da videolaparoscopia. Isso porque, a laparoscopia também pode funcionar para o tratamento imediato do problema diagnosticado. Ou seja, com um diagnóstico baseado na HSG, o médico pode indicar a laparoscopia, utilizá-la para a confirmação do problema e, ainda neste mesmo procedimento, realizar a cirurgia laparoscópica. Sem que a paciente precise visitar a maca cirúrgica mais de uma vez.

A HSG é um exame de raio X realizado por meio do uso do contraste, um composto químico iodado iônico. Injetado no útero por meio da vagina da mulher, o líquido se espalha pelo sistema reprodutor feminino, mapeia-o e permite a melhor visualização dos órgãos na radiografia.

Entre outras coisas, esse exame permite verificar o formato do útero e a existência de obstruções nas tubas uterinas. Geralmente, ele é indicado para investigar as causas de abortos espontâneos, a má-formação uterina, miomas e pólipos (crescimento exagerado do tecido interior do útero).

Para garantir a eficácia do teste, o médico responsável pelo procedimento costuma indicar alguns cuidados pré-exame. A começar pelo consumo de um laxante, que vai esvaziar os intestinos e permitir que as estruturas do abdômen sejam vistas com maior clareza. Também é importante esvaziar a bexiga antes do procedimento.

Antes do teste, é igualmente interessante informar ao médico sobre alergias, suspeita de gravidez, uso de medicamentos ou sobre a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. Normalmente, também é necessário evitar a prática sexual alguns dias antes e após o exame.

Geralmente as mulheres reclamam de muito dor durante a HSG, mas a boa técnica minimiza muito esta queixa. Por isso, peça indicação do seu ginecologista. Além do que, se realizado de maneira inadequada os resultados diagnósticos não serão eficientes.

Laparoscopia ginecológica

Quando o médico indica a laparoscopia ginecológica, pode utilizá-la tanto para o diagnóstico, quanto para o tratamento de uma questão no sistema reprodutor feminino. Quando um indivíduo leigo refere-se à laparoscopia ginecológica, contudo, geralmente está especificando a cirurgia, que pode ser utilizada para o tratamento de uma série de problemas de fertilidade da mulher, quanto para tratar outros problemas ginecológicos causadores de sofrimento, como dor ou hemorragia. Assim, a laparoscopia ginecológica pode ressecar focos de endometriose, miomas uterinos ou cistos ovarianos.

Para realizar o procedimento, são feitas pequenas incisões na região do umbigo e na virilha feminina. Por uma delas, geralmente pela umbilical, é inserido o laparoscópio, que vai guiar o médico ao transmitir imagens para um monitor. Já pelas outras incisões, o corpo recebe alguns finos instrumentos cirúrgicos. Eles serão utilizados para o corte, retirada, costura e qualquer outro procedimento necessário nos tecidos da região.

São diversas as indicações de tratamento por meio da videolaparoscopia, com intervenções feitas no útero, ovários, tubas uterinas e mais.

Há, por exemplo, a indicação do método para a terapia da endometriose, que consiste na presença do endométrio (tecido do interior do útero) no lado de fora do órgão. Com a cirurgia minimamente invasiva, os focos da endometriose são ressecados e cauterizados. Por meio dela, também é possível fazer a retirada de partes dos órgãos afetados, como os ovários e intestino.

No caso da cirurgia para o tratamento do mioma uterino, o tumor benigno é retirado por meio da intervenção. O mesmo pode ser feito com os cistos ovarianos, tanto para os benignos, quanto para os malignos.

Quando a gestação ectópica ocorre, ou seja, quando o embrião se instala fora do útero, é necessário tratar o problema. Do contrário, a condição pode prejudicar intensamente a saúde da mulher. Nessa situação, pode ser realizada ou a retirada da tuba (procedimento chamado de salpingectomia), ou a retirada do embrião instalado incorretamente e manutenção da trompa (salpingostomia).

Se necessário, também é possível realizar uma biópsia por meio da laparoscopia. A biópsia é a coleta de tecido para a análise em laboratório, algo bastante realizado em casos de câncer. Outra condições no aparelho reprodutor da mulher são igualmente tratadas por este método.

Laparoscopia cirúrgica

Além dos fins ginecológicos, a cirurgia laparoscópica pode ser utilizada para outras intervenções cirúrgicas na região do abdômen. Ela é muito mais interessante do que as cirurgias tradicionais, pois é menos invasiva e requer menor tempo para recuperação.

Entre as operações possíveis por este método estão a cirurgia bariátrica e o tratamento de hérnias do abdômen. Também é comum a remoção de órgãos como a vesícula ou apêndice, quando estes inflamam, e a remoção de tumores localizados em áreas como o reto.

Como é a recuperação pós-laparoscopia?

 

 

O tempo necessário para a recuperação após uma laparoscopia varia de acordo com o objetivo do procedimento. Quando ele é diagnóstico, a paciente precisa se recuperar apenas das pequenas incisões feitas em seu abdômen. No caso de uma cirurgia para a retirada de miomas ou do apêndice, porém, demora um pouco mais, mesmo assim, a alta hospitalar ocorre em menos de 24 horas.

Dessa forma, o período de recuperação da paciente pode levar entre 1 semana e 30 dias. Neste intervalo, é indicado que a mulher, primeiramente, diminua o ritmo de suas atividades, permanecendo em repouso nos primeiros dias. Assim, é preciso evitar exercícios físicos, relações sexuais, atividades domésticas ou o trabalho.

Os pequenos cortes realizados durante o procedimento também precisam ser cuidados. É preciso limpá-los e seguir as recomendações específicas do especialista, pois os cuidados variam de paciente para paciente.

Em todo o caso, é sempre possível que a mulher apresente alguns sintomas pós-operatórios. Normalmente, eles estão relacionados ao gás utilizado para a extensão do abdômen. O composto geralmente provoca incômodos na barriga, tórax e ombros. Pode também gerar a sensação de náuseas, mas ocorre apenas nos primeiros dias pós-laparoscopia.

Também é comum a incidência de cólicas abdominais, que podem ser tratadas por remédios analgésicos ou anti-inflamatórios. Os medicamentos, contudo, devem ser receitados pelo médico – mesmo que sua compra seja simples em qualquer farmácia. Assim, a paciente terá a certeza de que está tomando a substância e dosagem adequadas ao seu quadro.

É igualmente possível que ocorra leve sangramento vaginal e cãibras, assim como tonturas. Contudo, qualquer um destes sintomas tem intensidade leve, e desaparece em três ou quatro dias.

Caso permaneçam, ou sejam muito intensos, é fundamental procurar o médico responsável pela laparoscopia, relatando os efeitos. Assim, ele poderá avaliar qualquer tipo de reação do organismo e tratá-la imediatamente. De qualquer modo, essas ocorrências preocupantes são raras.

O pós-operatório da laparoscopia é uma das principais vantagens do método, geralmente a alta é precoce, em apenas algumas horas, a recuperação é rápida e com melhoria progressiva. A demora na recuperação ou piora, poderá ser sinal de alguma complicação, que se resolvida imediatamente, não trará maiores consequências.

 

Não é incomum que os pais sonhem com um menino ou uma menina, especificamente. Afinal, ter um bebê de um determinado sexo cria uma série de expectativas e planos. Se este é o seu caso, e você deseja engravidar de menina, este é o texto para você. Nele, você poderá acompanhar dicas e sugestões de como engravidar logo. Acompanhe!

O que determina o sexo do bebê?

Apesar do que muita gente acredita, não é a mulher que determina o sexo de um bebê. Na verdade, quem determina o sexo do bebê é o conteúdo do espermatozoide, ou seja a chance de ser um menino e uma menina, é uma “condição” do homem.

A lógica cromossômica

Um embrião é gerado por meio da junção entre um óvulo e um espermatozoide. O primeiro é a célula reprodutora feminina e, geneticamente, possui os cromossomos X. Já o homem produz seus gametas com cromossomos X ou Y. Os cromossomos são  sequências de DNA que carregam toda a informação genética dos indivíduos, incluindo, por exemplo, a cor dos cabelos e a predisposição para o desenvolvimento de alguma doença, como o diabetes.

Uma menina é gerada quando o espermatozoide que alcança o óvulo na fecundação tem o cromossomo X. Ou seja, dá-se origem a um bebê XX. Um menino, por outro lado, é gerado quando o espermatozoide fecundante possui cromossomo Y – resultando em um indivíduo XY.

Tudo isso significa o seguinte: não há muito que, cientificamente, possa ser feito para determinar o sexo de uma criança na concepção natural. O espermatozoide mais rápido, irá definir essa característica, e é impossível prover aquele que irá alcançar o óvulo após a relação sexual. É o primeiro espermatozóide que conseguir entrar no óvulo é que vai determinar o sexo do bebê.  

Assim, não há garantia de que o sexo de bebê será determinado por ações para ajudar na concepção de uma menina como praticar relações sexuais entre dois e quatro dias antes da ovulação.

Como prever a ovulação?

Uma mulher que possui ciclo menstrual regular convive com um intervalo de 28 dias entre uma menstruação e outra. Nessas situações, torna-se mais fácil prever a data da ovulação, uma vez que ela geralmente ocorre no 14º após o primeiro dia da última menstruação.

A ovulação consiste no processo que libera o óvulo na tuba uterina. Ela deixa a célula disponível para a fecundação por aproximadamente 72 horas. Se o gameta é fertilizado por um espermatozoide, gera um embrião e migra para o útero, onde se gruda na parede uterina e passa a desenvolver um bebê.

Caso não seja fecundada, a célula se degenera após essas 72 horas, e seus resíduos serão liberados cerca de 12 dias depois, na menstruação. A menstruação também é formada pela descamação da parede interna do útero, chamada de endométrio. O endométrio é preparado mensalmente pelo corpo para receber um embrião.

Para acompanhar o seu ciclo fértil, é interessante que a mulher utilize a chamada Tabelinha. O método é muito conhecido para o uso anticoncepcional, apesar de não ser eficaz para evitar a gravidez. Afinal de contas, a ovulação é sempre prevista, mas pode ser adiantada ou atrasada por uma série de fatores, como a alimentação e o estresse.

A mulher que não possui ciclo regular precisa acompanhar essa previsão em alguns meses, e logo terá uma média estabelecida para tentar engravidar de uma menina. Mas, como foi dito não há garantia de que irá ocorrer.

Prazo para concepção

É importante destacar que um casal costuma levar até 12 meses para alcançar uma gestação natural. Isso porque, a concepção só é possível quando o óvulo feminino está disponível, e isso corresponde a um curto período do mês.

Após um ano, contudo, o insucesso das tentativas pode indicar algum problema de infertilidade. Por isso, é fundamental que o homem e mulher procurem um médico e realizam exames para o diagnóstico da condição. Caso algum problema seja detectado, ele poderá ser tratado, ou então o médico indicará o uso de uma técnica de reprodução assistida.

Gravidez por reprodução assistida

Se o objetivo é realmente engravidar de uma menina ou menino, o casal pode optar pela fertilização in vitro ou inseminação artificial. Ambas as opções são, inclusive, indicadas quando o casal apresenta problemas de fertilidade.

A inseminação artificial é realizada por meio da coleta dos espermatozoides por meio da masturbação. As células são, então, inseridas no fundo do útero da mulher, e de lá nadam de encontro ao óvulo. Normalmente, a técnica é indicada para casos de pouca mobilidade do gameta masculino, ou de alterações discretas funcionais ou anatômicas vaginais.

Já a fertilização in vitro consiste na coleta dos espermatozoides e do óvulo, que são unidos em laboratório, gerando um embrião. Este embrião é cultivado por alguns dias e depois transferido para o útero feminino, onde deve se fixar (implantar). Caso consiga fazê-lo, dá-se origem a uma gravidez.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho de Ética Médica não permite a opção da escolha do sexo do bebê somente por objetivo do desejo pessoal.  Um método para definição do sexo do bebê só é permitido no País se for utilizado na tentativa de evitar doenças genéticas ligadas ao sexo. Esse é o caso, por exemplo, da hemofilia, que tem ocorrência mais comum nos homens.

Nessa situação, é utilizada a chamada sexagem, em que, após a fertilização in vitro, só são transferidos para o útero da mulher embriões livres da doença genética. Para isso, é realizada biópsia no embrião, que identifica os cromossomos X ou Y das células.

Como engravidar de uma menina?

 

 

Como citado no tópico anterior, não existe um método científico 100% eficaz para a escolha do sexo do bebê – a não ser a técnica de fertilização in vitro com o diagnóstico genético do sexo do embrião, feita em laboratório. Isto não é permitido no Brasil se for somente para atender a um desejo do casal, tem que haver indicação médica. Então, cuidado com quem viabilizar esta conduta, pois poderá fazer outras que não seria a autorizada.  Porém, há uma série de indicações populares que prometem a certeza em engravidar de menina. Nenhuma delas tem comprovação. O que se pode fazer é dar dicas de como engravidar de menina ou menino e não especificamente de um determinado sexo. O Conselho Federal de Medicina proíbe a utilização da tecnologia da reprodução assistida como maneira da escolha de sexo da criança sem indicação médica.

1. Consulte um médico

Consultar um médico e verificar a sua saúde é uma ótima forma de iniciar as tentativas de concepção. isso porque, o especialista pode indicar suplementos alimentares, assim como fazer o diagnóstico de problemas que possam dificultar a gravidez. Aliás, quando um problema de infertilidade é percebido logo neste início, pode ser logo tratado, evitando meses de tentativas frustradas.

Neste caso, também é importante que o homem procure um médico e realize testes específicos. Dessa forma, qualquer impedimento da sua fertilidade será percebido e tratado.

2. É importante menstrual ciclicamente.

Se não estiver menstruando ciclicamente, engravidar naturalmente de menina ou menino será muito difícil. Caso isto esteja acontecendo, provavelmente você deve ter alterações hormonais que dificultam a ovulação e a concepção. 

3.  Acompanhe seu período fértil

Como citado ao longo deste texto, uma mulher só pode engravidar quando seu óvulo está disponível para a fecundação. Logo, é importante saber prever a data da ovulação e programar a intensificação da prática sexual neste período. Quando tem relações sexuais entre o 10º e 18º dia de seu ciclo menstrual, a mulher tem muito mais chances de conceber.

4. Mude sua dieta

É importante destacar aqui que a dieta da mulher é fundamental para o desenvolvimento saudável do embrião. Assim, o consumo de alimentos após a concepção deve seguir com rigorosidade o que for indicado pelo médico em parceria com o nutricionista.

5. Tenha atenção à dieta

O processo de gestação, da sua concepção ao parto, requer um corpo saudável. Dessa forma, é fundamental que a mulher invista em uma alimentação rica em vitaminas e minerais, assim como os que possuem grande quantidade de ácido fólico.

Por isso, consuma muitas frutas, vegetais de cor verde-escura, ovos, azeite e grão-de-bico. Alguns destes alimentos pode, inclusive, auxiliar no controle hormonal no corpo da mulher. São os hormônios que comanda a ovulação, e é importante que eles estejam na quantidade correta no organismo.

5. Pratique esportes

Outro modo de manter a saúde do corpo em dia é fazer a prática regular de atividades físicas. Além de auxiliar no sistema hormonal, o esporte melhora a capacidade circulatória do organismo.

Ao mesmo tempo, ele relaxa o indivíduo. Quando deseja engravidar, é comum que homem e mulher se sintam pressionados e/ou ansiosos, o que prejudica o quesito hormonal e, em consequência, a liberação do óvulo e produção dos espermatozoides.

Os esportes ao ar livre ajudam na produção de vitamina D pela exposição à luz solar, importante para concepção.  A maioria da pessoas tem deficiência ela por conta das atividades diárias que se restringem a ambientes internos.

6. Mantenha a calma

Todos sabemos que é difícil não é fácil manter a calma, bem como até que ponto o estresse prejudica a concepção. Mas, é fato que interfere. É interessante que o casal adote a prática de um hobbie para relaxar. Tirar um tempo livre e se dedicar ao descanso é igualmente benéfico.

7. Consuma ácido fólico

O ácido fólico é um nutriente fundamental para o bebê. É ele que garante o correto desenvolvimento especialmente do cérebro e terminações nervosas do organismo. Dessa forma, é indicado que a mulher passe a consumir o suplemento fólico assim que se decidir pela gravidez. O medicamento deve ser indicado pelo médico, para que o produto seja utilizado na dosagem adequada.

8. Atenção ao tempo de concepção

Como explicamos, um casal geralmente demora no  máximo 12 meses para atingir a concepção natural. Um período de tentativas maior do que esse, no entanto, pode indicar a infertilidade. O problema deverá ser tratado para que a concepção natural ocorra.

Caso o tratamento da condição não dê resultados, o médico poderá indicar o uso de alguma técnica de reprodução assistida. Além da inseminação artificial e a fertilização in vitro, já citadas, existem outras técnicas. Como o coito programado e a ICSI.

A técnica do coito programado é uma das mais simples disponíveis para os pacientes com problemas de concepção. Ela consiste na indução da ovulação da mulher, por meio do uso de remédios hormonais, que promovem o amadurecimento do folículo ovariano. Assim que este folículo atinge 18 mm, a mulher recebe uma dosagem do hormônio hCG e seu óvulo é liberado. O casal, então, é orientado a intensificar a prática sexual, favorecendo assim a concepção.

Já a ICSI é uma técnica muito semelhante à fertilização. No entanto, ao invés de diversos espermatozoides serem colocados junto ao óvulo, um único é escolhido. Para isso, o gameta é analisado em laboratório, tendo sua genética, mobilidade e outros fatores avaliados. Em seguida, ele é injetado no óvulo com uma fina pipeta, fecundando-o. O embrião é cultivado em laboratório por aproximadamente 5 dias, e depois transferido para o útero da mulher.

Antes da transferência do embrião para dentro do útero da mulher é possível determinar o sexo, se menino ou menina.  O exame genético do embrião, chamado Teste Genético Pré-implantacional é a única maneira de certeza para dizer se a criança será menina ou menino.  Mas, esta técnica não é permitida no Brasil, exceto para exclusão de doença.

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 300 mil casais brasileiros encontram dificuldades para engravidar. Destes, 30% têm como causa das dificuldades a infertilidade masculina, que afeta tanto a produção dos espermatozóides, quanto a sua liberação.

Isso significa, por exemplo, que o homem pode produzir espermatozoides com pouca mobilidade e que não conseguem alcançar o óvulo para fecundá-lo. O indivíduo também pode ter dificuldades na relação sexual, ou sofrer de doenças sexualmente transmissíveis, que afetam todo o seus sistema reprodutor. Os fatores causais são variados, e serão citados logo mais neste texto. Continue acompanhando!

Quando a infertilidade é diagnosticada?

Geralmente, um casal demora até 12 meses para alcançar a concepção natural. Isso porque, a gravidez só pode ser obtida quando a mulher está em seu período fértil, ou seja, quando seu óvulo está disponível para a fecundação. A disponibilização do gameta feminino ocorre na ovulação.

A ovulação feminina é regida por uma série de hormônios, e libera o óvulo aproximadamente no 14º depois do primeiro dia da última menstruação. Isso quando a mulher possui um ciclo regular de 28 dias. Um ciclo consiste no intervalo entre uma menstruação e outra.

Caso, após a relação sexual no período fértil feminino, o óvulo seja fecundado por um espermatozoide, dá-se origem à gravidez. Se isso não ocorrer, a mulher menstrua, liberando o óvulo não fecundado e a descamação do endométrio preparado para receber o embrião.

Se a gravidez não é obtida após um ano de tentativas, pode ser sinal de infertilidade. Tanto do homem, quanto da mulher. Por isso, é fundamental procurar auxílio médico e verificar a existência de algum problema. Assim, a condição poderá ser tratada, permitindo a concepção natural, ou o médico poderá indicar o método de reprodução assistida mais adequado para o casal.

Normalmente, a infertilidade só é percebida após as dificuldades, porque o homem dificilmente comparece espontaneamente ao médico. Apenas 60% têm ao menos uma consulta anual, enquanto 80% das mulheres vão a um especialista. Caso o casal deseje engravidar, porém, é interessante que ambos façam exames prévios às tentativas. Assim, qualquer impedimento pode ser logo descoberto e tratado.

Exames para diagnóstico da infertilidade masculina

 

 

O exame mais básico realizado para detectar a causa da infertilidade masculina é o espermograma. O teste avalia o sêmen, a forma e qualidade dos gametas, a concentração dos espermatozoides e mais.  Além dele, podem ser solicitadas avaliações hormonais, ultrassonografia de bolsa testicular e o exame de urina.

É importante destacar, de qualquer forma, que em 30% das situações as causas da dificuldade para a gestação são femininas, e em 30% dos casos os fatores estão relacionados ao homem e à mulher. Nos 10% dos casos restantes, a razão da infertilidade é indeterminada.

Quais as causas da infertilidade no homem?

São diversas as causas possíveis da infertilidade de um homem. A produção de espermatozoides realizada pelos testículos, por exemplo, pode gerar gametas sem cabeça, ou com pouca mobilidade. A dificuldade em liberar essas células também atrapalha a concepção, demandando um tratamento específico. Acompanhe a seguir as causas mais comuns da pouca fertilidade do homem.

1. Varicocele

Não é porque um homem sofre da varicocele que será infértil. Contudo, 20% deles sofrem essa consequência, e por isso é tão importante diagnosticá-la e tratá-la.

A varicocele é um problema caracterizado pelo aparecimento de veias dilatadas (varizes) no cordão espermático. O cordão vai da cavidade abdominal até a bolsa escrotal. Quando essas varizes se desenvolvem, levam mais sangue do que o ideal até os testículos, aumentando a temperatura da região. Essa temperatura maior, então, prejudica a qualidade dos gametas produzidos no órgão, e pode até mesmo impedir essa produção.

2. Exposição a toxinas

Medicamentos utilizados na quimioterapia e a radiação ionizante podem afetar diretamente a produção ou a qualidade dos espermatozoides. Assim como faz o consumo de drogas como a maconha e a cocaína. A maconha é conhecida por afetar a capacidade de locomoção dos gametas, enquanto a cocaína influencia sua produção.

Já o cigarro pode afetar a capacidade de ereção do homem, algo fundamental para o ato sexual. Ao mesmo tempo, o exagero no consumo das bebidas alcoólicas compromete a qualidade do sêmen produzido, dificultando a liberação dos espermatozoides para fora do corpo.

Há ainda os anabolizantes, muito utilizados pelos apaixonados por academia. Eles têm como objetivo o rápido ganho de massa muscular. Estudos indicam que os anabolizantes afetam o funcionamento da hipófise, glândula que influencia diretamente na produção dos gametas masculinos.

3. Fatores genéticos

Outra causa comum da infertilidade do homem são anormalidades cromossômicas. Essas anormalidades podem provocar, por exemplo, a azoospermia, caracterizada pela ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Também é comum que ocorra a chamada oligozoospermia , que indica a contagem de espermatozoides inferior a 20 milhões por mililitro de sêmen.

4. Desordem imunológica

Existem situações em que o corpo do próprio homem pode começar a combater os espermatozoides, eliminando-os assim que eles são produzidos e impedindo que eles cheguem ao corpo da mulher.

Essa desordem acontece, por exemplo, após a reversão de uma vasectomia feita há muitos anos. Com a volta da liberação dos espermatozoides, o organismo pode interpretá-los como corpos estranhos perigosos, e combatê-los.

5. Alterações hormonais

Uma série de alterações hormonais pode causar a infertilidade no homem. Como a elevada produção do hormônio prolactina, ou a queda na produção de testosterona. Distúrbios da tireóide e tumores na hipófise também podem ser causas de problemas.

As alterações na fertilidade masculina ocorrem porque são os hormônios os responsáveis por regular todo o processo de produção e liberação dos espermatozoides. O FSH (Hormônio Folículo Estimulante), por exemplo, estimula a produção dos gametas, enquanto o LH (Hormônio Luteinizante), preserva a libido e promove a ereção do pênis.

6. Processos infecciosos

Infecções variadas podem prejudicar a capacidade de gerar filhos do homem. Entre as mais comuns estão as DST’ (Doenças Sexualmente Transmissíveis), como a tricomoníase, a clamídia e a neisseria. Inflamações nos testículos também podem destruir os espermatozoides, ou alterar sua produção.

7. Obstrução dos ductos deferentes

Os ductos deferentes são os responsáveis por levar os espermatozoides dos testículos até para fora do corpo. Sua inexistência ou bloqueio impede a liberação dos gametas masculinos no corpo da mulher, eliminando, então, a possibilidade de fecundação de um óvulo. É por isso que, quando o homem realiza uma vasectomia, seus ductos deferentes são cortados. As causas de alterações na estrutura podem ser uma infecção, ferimento ou um defeito congênito.

8. Problemas na ejaculação

Não é incomum que o homem sofra com problemas como ejaculação precoce, retrógrada, ou mesmo com a sua inexistência. Nessas situações, a liberação dos espermatozoides fica prejudicada.

9. Infertilidade idiopática

Finalmente, existem casos em que o fator motivador da infertilidade não pode ser diagnosticado. Ou seja, o homem não consegue engravidar sua parceira, mas o médico não é capaz de definir o porquê.

Tratamentos dos problemas

 

 

 

As formas de tratamento da infertilidade do homem variam de acordo com o problema identificado como causador da condição. Confira os métodos indicados para cada uma das causas citadas anteriormente:

1. Varicocele

Para curar a varicocele, o paciente precisa passar por uma cirurgia para a retirada dos vasos sanguíneos alterados. A operação é simples, e o paciente costuma receber alta no mesmo dia. Com a interrupção do fluxo exagerado de sangue nos testículos, a região tende a voltar à temperatura normal, e assim os espermatozoides deverão ser produzidos do modo correto.

2. Exposição a toxinas

Há toxinas, como as utilizadas no tratamento contra o câncer, que podem afetar permanentemente a liberação dos espermatozoides. Neste caso, é possível utilizar de alguma técnica de reprodução assistida, que serão explicadas logo mais. Para isso, é necessário fazer o pinçamento dos gametas diretamente dos testículos, ou então utilizar espermatozoides doados.

Em outras situações, como o uso da maconha, a simples interrupção do uso da substância tende a melhorar a qualidade dos gametas masculinos, com o passar do tempo.

3. Fatores genéticos

Para o tratamento das questões de inexistência do espermatozoide no sêmen, ou da sua baixa produção, a melhor solução é o uso de uma das técnicas de reprodução assistida disponibilizada pela Medicina. Como a fertilização in vitro, ou a inseminação artificial.

4. Desordem imunológica

Alguns medicamentos podem ser utilizados para controlar o processo autoimune. É fundamental, contudo, que os remédios sejam indicados por um médico, após minuciosa avaliação. Caso o método não dê resultados, a opção pela injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) é ótima alternativa.

5. Alterações hormonais

Na maior parte das situações, as alterações hormonais no corpo masculino podem ser controladas pelo uso de remédios e outros hormônios. Geralmente, a terapia hormonal dura três meses, e logo a produção de espermatozoides é regulada.

6. Processos infecciosos

Muitas vezes, os processos infecciosos que provocam a infertilidade masculina são tratados por meio de antibióticos. Afinal, muitos deles são causados por bactérias. É comum ainda que o médico indique o tratamento também da parceira do indivíduo, para que não haja recorrência do problema.

7. Obstrução dos ductos deferentes

Tratar a obstrução dos ductos varia de acordo com a causa da condição. Se o motivo for um processo infeccioso, por exemplo, ele será resolvido por remédios. Caso necessário, o médico também pode recomendar uma simples cirurgia para a desobstrução.

8. Problemas na ejaculação

Nos casos de problemas na ejaculação, é comum a recomendação do uso de medicamentos como a efedrina ou a fenilpropanolamina. As substâncias favorecem a saída do sêmen durante o ato sexual. Mas, o indicado é passar com um andrologista, que é urologista com foco na fertilidade masculina. Não utilize medicamento com propósito de melhorar a fertilidade sem a consulta especializada

9. Infertilidade idiopática

Quando não se conhece a causa do problema, não é possível tratá-lo para a busca por uma gravidez natural. Logo, a solução é pelo uso de alguma técnica de reprodução assistida, se necessário com gametas doados.

Tratamentos: técnicas de reprodução assistida

 

 

Em qualquer uma das situações citadas anteriormente, o médico pode sugerir o uso de técnica de reprodução assistida para a concepção. Não apenas quando não houver tratamento específico, mas também quando o especialista julgar que um método supervisionado será mais eficaz do que o natural. Entre as técnicas possíveis, são três as principais: a inseminação artificial, a fertilização in vitro e a ICSI.

Inseminação artificial

A inseminação artificial é um método no qual os espermatozoides são colhidos do homem e inseridos, com a ajuda de uma fina agulha, no fundo do útero da mulher. De lá, os gametas deverão nadar em busca do óvulo, que geralmente aguarda na tuba uterina.

O método é interessante porque coloca os gametas masculinos mais próximos de seu objetivo. Ele é indicado, por exemplo, quando os espermatozoides apresentam alguma dificuldade de mobilidade, ou quando o pH vaginal da mulher prejudica as células do homem.

Normalmente, a coleta dos gametas é feita por meio da masturbação. Caso isso não seja possível, devido a problemas ejaculatórios ou no sêmen, é necessário fazer a procura das células até mesmo diretamente dos testículos. Se for preciso, o casal também pode contar com espermatozoides doados para o procedimento.

Fertilização in vitro

Já na fertilização in vitro, espermatozoides e óvulo são colhidos e levados ao laboratório. A coleta dos gametas masculinos é feita como na inseminação. No caso da coleta do óvulo, a mulher passa por um tratamento de indução da ovulação, para que a célula fique disponível para o recolhimento.

Então, ambas as células são levadas ao laboratório e unidas. Juntas, elas formam um embrião, que é cultivado por cerca de cinco dias. Após este período, o embrião é transferido para o útero da mulher, onde deverá se agarrar. Caso consiga fazê-lo, dá-se origem a uma gravidez.

ICSI

O processo da ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) é muito semelhante ao da fertilização in vitro. Em vez de vários espermatozoides serem colocados juntos ao óvulo, contudo, apenas um é selecionado e injetado no gameta feminino. Isso garante a escolha de uma célula mais forte, e com a genética “correta”.

Remédios para a fertilidade do homem

Além de todas as técnicas citadas, o médico responsável pelo tratamento da infertilidade masculina pode indicar o uso de alguns remédios. Essa prescrição, porém, só ocorre após a avaliação detalhada do quadro do paciente, e após a certeza de que o método será o mais eficaz para o cuidado do indivíduo.

As substâncias já foram citadas: antibióticos e medicamentos para a reposição hormonal. A dose necessária varia de acordo com o quadro do paciente e o remédio indicado.

Somada a esses medicamentos, o homem pode contar com alguns suplementos naturais para melhora da sua fertilidade. O consumo regular de vitamina C, por exemplo, pode ajudar a equilibrar os níveis de testosterona no organismo. O hormônio é o responsável por regular a produção dos espermatozoides.

Também é possível aumentar os níveis do hormônio por meio do consumo da vitamina D e do zinco. Logo, é interessante manter uma dieta rica em alimentos como peixes, gema de ovo e laticínios. Expor a pele ao sol pela manhã é igualmente importante. Para o consumo do zinco, os alimentos mais indicados são o camarão, frango, grãos integrais, cereais e legumes.

É importante a orientação de um médico especializado em fertilidade masculina, pois os espermatozoides demoram 3 meses até poderem ser ejaculados. O cuidado deve ser maior ainda ao optar-se pelos procedimentos cirúrgicos.

 

Existem várias causas que determinam a dificuldade do casal  para conseguir a gravidez, em 30% dos casos as causas estão relacionadas aos fatores femininos, em outros  30% a fatores masculinos ,em mais 30% a fatores do casal, ou seja do homem e da mulher, e nos 10% restantes, as causas são totalmente desconhecidas.

É muito importante que o casal entenda que as causas de infertilidade  são variadas, e que extremamente importante que os dois sejam avaliados. A consulta da infertilidade deve ser sempre feita com o casal. Muitas vezes mudanças nos hábitos diários, estilo de vida, alimentação e exercícios são fundamentais para a conquista do sonho da maternidade/paternidade.

Causas da infertilidade feminina

 

 

São diversas as condições femininas que dificultam uma gravidez. Por vezes, há a ocorrência de doenças. Em outras situações, a ansiedade e desordens emocionais podem alterar o processo de ovulação, e assim diminuir as chances de gestação. As principais causas são:

1. A idade

Quando nasce, a mulher já possui em seu ovário todos os folículos que irão  amadurecer durante sua vida fértil, “transformando-os” em óvulos. Devido a isto, e a alterações hormonais, a fertilidade feminina começa a diminuir a partir dos 35 anos de idade. Lá pelos 45, ela deixa de existir, e a partir de então a mulher entra no processo de climatério até atingir a menopausa. Desta forma, um dos fatores mais frequente e básico  que dificulta a gestação é a idade da futura mamãe.

2. Endometriose

Cerca de 35% das mulheres com dificuldades para engravidar sofre de endometriose. O problema acontece quando o endométrio (tecido que recobre a cavidade uterina) se acumula no lado exterior do útero.

O endométrio é o tecido interno do útero, e é liberado na menstruação quando não há fecundação do óvulo. Há situações contudo, que nem todo o tecido é liberado: parte dele “volta” para o corpo, e pode aderir a outros  órgãos da cavidade abdominal (bexiga, intestino, trompas, ovários, peritônio).

Quando a endometriose ocorre, ela gera uma série de impedimentos para a gravidez. A começar pela aderência aos ovários ou a obstrução das trompas. No primeiro caso, o óvulo pode não ser liberado. Já a obstrução da trompa impede a chegada dos espermatozoides ao óvulo, uma vez que a célula feminina  os aguarda na tuba.

As alterações relacionadas a endometriose também podem afetar o endométrio tópico (que fica dentro do útero). Nessa situação, um embrião pode não conseguir se prender a um endométrio saudável. Desta forma ele não consegue se desenvolver, já que é o tecido uterino que fornece   os nutrientes para tal.

3. Ovários Policísticos

Conhecido como SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos), o problema é caracterizado pela presença de uma série de cistos nos ovários da mulher. Isso dificulta, e até impede, a liberação do óvulo. Mais uma vez, então, não há a possibilidade de um óvulo ser fecundado pelo espermatozoide, impossibilitando a gravidez.

4. Peso corporal

Uma mulher com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou menor do que o ideal pode apresentar problemas para engravidar. Isso porque, os hormônios reprodutivos femininos precisam da ajuda da gordura corporal para trafegar no organismo. O excesso ou a falta dessa gordura compromete a chegada das substâncias hormonais aos ovários, inibindo a ovulação.

5. Disfunções hormonais

Todo o processo de ovulação e preparação do corpo é regido pelos hormônios. São eles, por exemplo, que promovem o amadurecimento do folículo, “transformando-o” em um óvulo. Eles também liberam este folículo, além de desenvolverem o endométrio, onde o embrião irá se agarrar para crescer. Logo, qualquer distúrbio hormonal pode prejudicar todo o processo de reprodução.

6. Miomas

Mulheres entre os 30 e 40 anos, muitas vezes, desenvolvem os chamados miomas – o problema pode ocorrer em outras idades, mas é mais comum nesta faixa etária . O mioma é um tumor benigno que surge no útero, e assim dificulta a concepção. Em alguns casos é necessário retirá-lo cirurgicamente.

7. Doenças Sexualmente Transmissíveis

Doenças como a gonorreia ou a clamídia podem prejudicar todo o processo reprodutivo da mulher, inclusive causando alterações físicas em órgãos como o útero e as trompas.

8. Tratamento de câncer com quimioterapia

O tratamento do câncer pela quimioterapia costuma ser eficaz mas, infelizmente, também prejudica células saudáveis. Isso significa que os órgãos do sistema reprodutivo, principalmente os ovários, podem ser afetados , dificultando uma gravidez futura.

Causas da infertilidade masculina

 

 

Assim como as mulheres, os homens podem apresentar uma série de problemas que levam à infertilidade. Os principais fatores masculinos são: a varicocele, anomalias nos espermatozoide, infecções e alterações hormonais.

1. Varicocele

Em 40% das situações em que o homem apresenta infertilidade, a causa é a varicocele. O problema consiste na dilatação das veias do testículo, o que intensifica a irrigação de sangue na região. Esse excesso provoca o aumento da temperatura nos testículos, prejudicando assim a produção dos espermatozoides.

2. Anomalias no espermatozoide

Os espermatozoides são produzidos continuamente nos testículos. Há situações, contudo, em que eles são mal formados, tendo sua vitalidade, mobilidade ou forma prejudicadas. As anomalias são chamadas, respectivamente, de necrozoospermia, astenozoospermia e terazoospermia. Os gametas modificados, então, encontram dificuldades em alcançar o óvulo feminino e fecundá-lo.

São diversas as condições que podem levar às alterações. Entre elas, há infecções, mutações genéticas, diabetes, o consumo de drogas, situações de estresse e a exposição a substâncias tóxicas.

3. Processos infecciosos

Doenças Sexualmente Transmissíveis, como a tricomoníase, ureaplasma e a clamídia podem dificultar especialmente o processo de produção dos gametas masculinos. Em muitos casos, podem também provocar a obstrução do canal deferente, que serve como caminho dos espermatozoides para fora do corpo. Inflamação nos testículos geralmente provocam  alterações reprodutivas no homem.

4. Alterações hormonais

Assim como na mulher, são os hormônios que regem o processo de produção dos gametas masculinos. Isso significa que problemas hormonais podem prejudicar a quantidade e qualidade dos espermatozoides presentes no sêmen. Distúrbios na produção hormonal podem ainda reduzir o desejo e afetar a ereção, reduzindo assim o número e a frequência das relações, reduzindo as chances da gravidez.

Dificuldade para engravidar: o que fazer?

 

 

Antes de qualquer dica sobre como driblar a dificuldade para engravidar, é importante destacar que os casais levam, em média, 12 meses para atingir a gestação. Afinal de contas, só há 20% de concepção por mês, uma vez que a mulher precisa estar em seu período fértil para que ela aconteça.

Deste modo, não é realmente necessário se preocupar com demora na concepção antes do prazo de 1 ano. A menos, é claro, que a mulher tenha mais de 35 anos. Como citado, a partir desta data a fertilidade feminina diminui. Então, quanto antes a mulher estiver atenta para a concepção, melhor. Assim, é indicado  procurar um médico após seis meses de tentativas frustradas.

1. Conheça seu período fértil

Mesmo antes de se preocupar é importante que a mulher conheça seu período fértil. Um ciclo  considerado regular tem aproximadamente 28 dias, e a mulher ovula em média no 14º após o primeiro dia da última menstruação. Ou seja, seu óvulo é liberado para a fecundação. Dessa forma, se o casal intensificar a prática sexual neste período, terá maior chance de engravidar.

2. Alimente-se bem

Alguns alimentos são considerados aliados durante as tentativas de gravidez. Não porque aumentam a fertilidade propriamente dita, mas porque podem equilibrar o funcionamento de todo o organismo, além de promoverem um bom desenvolvimento do bebê.

Assim, é interessante que o casal invista em uma dieta rica em nutrientes como o ácido fólico, zinco e ômega três. Ao mesmo tempo, é importante evitar o excesso de carboidratos, que podem prejudicar a absorção de nutrientes como o ferro e vitaminas do complexo B.

3. Elimine maus hábitos

Sedentarismo, consumo de álcool e drogas, e má alimentação. Esses maus hábitos precisam ser completamente erradicados da vida do casal que deseja engravidar. Isso porque, eles interferem fortemente na produção de hormônios, no desenvolvimento dos gametas, e em diversos outros aspectos do organismo.

4. Procure seu médico

Algumas das causas de infertilidade apresentadas no decorrer deste texto apresentam sintomas. Outras, não, mas ainda podem prejudicar a chance de concepção. Assim, é sempre importante fazer visitas regulares ao médico – especialmente se você deseja engravidar.

Caso as tentativas de gestação já sejam  superiores a um ano, a busca pelo especialista é ainda mais importante. Por meio de uma série de avaliações e exames, o profissional poderá diagnosticar as causas da infertilidade, e indicar tratamentos. Se a causa não puder ser tratada, poderá ainda sugerir o uso de técnica de reprodução assistida.

Tratamentos para engravidar

 

 

Coito programado

Um dos métodos de reprodução assistida mais simples é o coito programado. Para realizá-lo, a mulher passa por um processo de indução da ovulação, por meio do uso de remédios. O médico, então, acompanha o crescimento do folículo, e provoca sua liberação quando ele atinge tamanho aproximado de 18 mm. Em seguida, o casal é orientado a intensificar a prática sexual. Considerando que o gameta feminino estará disponível, as chances de gravidez são altas.

Inseminação Intrauterina

Também conhecida como inseminação artificial, essa técnica consiste, basicamente, na diminuição do trajeto que o espermatozoide precisa realizar até o óvulo.

No método, a mulher também passa por indução da ovulação. Isso vai garantir que o óvulo esteja disponível para o procedimento. Assim que a ovulação ocorre, os espermatozoides do homens são colhidos, por meio da masturbação. Logo depois, eles são inseridos no fundo do útero da mulher. Assim, devem apenas nadar até a tuba uterina e encontrar o gameta feminino. O método é bastante indicado para o caso de pouca mobilidade  dos espermatozóides.

Fertilização In Vitro (FIV)

Na fertilização in vitro, óvulo e espermatozoides são colhidos e levados ao laboratório. Lá, são unidos, gerando um embrião. Este embrião é cultivado por cerca de cinco dias, e em seguida transferido para o útero da mulher. A partir deste momento, ele deverá se agarrar à parede do útero. Caso consiga fazê-lo, dá-se início a gestação.

ICSI

O processo de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) é muito semelhante ao da fertilização in vitro. Aqui, porém, um único espermazotoide é selecionado e injetado no óvulo. Isso permite a escolha de um gameta mais saudável, considerando inclusive sua saúde genética.

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A ocorrência do ovário micropolicístico é mais comum do que se imagina. Cerca de 20% das mulheres apresentam a condição, que ocorre devido a alterações hormonais.

Um cisto ovariano nada mais é do que uma bolsa cheia de fluido. Existem várias pequenas destas bolsas, de alguns mm dentro do ovário. Apesar de causar certo receio, nem sempre esses cistos ovarianos pequenos são um problema: a mulher pode não apresentar nenhum sintoma ou alteração significativa. Isso significa que ter ovário micropolicístico não é o mesmo que sofrer da Síndrome do Ovário Policístico (SOP). A síndrome em si apresenta muitos sintomas e reflexos no corpo feminino.

Vejamos como os cistos se formam: primeiro, a hipófise, que regula a produção hormonal, altera seu funcionamento. Estimulada, ela faz a liberação exagerada de hormônios andrógenos no corpo feminino. Ou seja, de hormônios masculinos, como a testosterona.

Com mais hormônios masculinos no corpo, a mulher tem sua ovulação prejudicada. A ovulação é o processo no qual, mensalmente, um ou mais óvulos são amadurecidos e liberados para fecundação. Neste caso, o gameta feminino não sofre o amadurecimento correto. O resultado é a criação de um folículo ruim e um óvulo de má qualidade. A estrutura ovariana fica modificada com vários pequenos cistos (ovários micropolicísticos).

Se ocorre a formação de cistos e excesso de hormônios andrógenos no organismo, a mulher pode, então, desenvolver a SOP.  É preciso ainda que haja alteração nos hormônios que comandam o ciclo menstrual, como a progesterona, estrogênio, LH e FSH. As mudanças vão impedir a formação e liberação de óvulos saudáveis, e assim prejudicar a fertilidade feminina.

Quais são os sintomas?

A presença do ovário micropolicístico pode ou não causar sintomas. A ocorrência ou não ovulação é de extrema importância na determinação dos sintomas.

Para começar, a mulher que possui ovários micropolicisticos pode ter alterações no ciclo menstrual. Antes regular, o período agora se apresenta mais ou menos espaçado.

Por vezes, também pode ocorrer a ausência da menstruação, uma vez que são três fases deste ciclo: a menstruação, a fase folicular e a lútea. Se o folículo não é maturado e liberado, as fases não se completam, e não “retornam” a menstruação. Logo, as mulheres podem ficar meses e meses sem menstruar.

Outro sintoma bastante indicativo do problema é o surgimento da acne. Isso ocorre porque as alterações hormonais levam à oleosidade excessiva da pele. Com a oleosidade, as espinhas encontram um ambiente “propício” para crescer.

Algumas mulheres também apresentam mudanças na voz. Geralmente, sua entonação torna-se mais grave, algo relacionado ao aumento da testosterona no organismo feminino. Pelo mesmo motivo, é habitual surgirem pelos mais grossos e em excesso. Principalmente nas pernas, axilas e buço.

Ovário micropolicístico engorda?

 

 

Diversos pacientes com ovário micropolicístico acabam por apresentar aumento de peso. Ou então têm maior dificuldade em emagrecer. Essas situações, no entanto, não são propriamente reflexo dos cistos, mas sim das modificações que os cistos provocam no hormonal da mulher.

Quando a mulher tem a Síndrome do Ovário Policístico, pode desenvolver também resistência à insulina. Isso, primeiro, leva à subutilização de açúcar no sangue. Ou seja, o açúcar passa a se acumular no organismo, e nem mesmo é utilizado para a produção de energia.

Sem a energia da insulina, o corpo busca outra fonte. Assim, induz a fome ao indivíduo, obrigando-o a consumir grandes quantidades de alimentos. O objetivo é receber nova leva de nutrientes, e açúcar, para a produção da energia.

Assim, a paciente acaba por ganhar peso. Tanto porque come mais do que o ideal, como porque o corpo não consegue queimar esse excesso de alimento. Mesmo com a prática de atividades físicas, a perda de peso se torna bem mais difícil que o comum. Além da falta de energia e ganho de peso, a mulher com SOP fica igualmente mais sujeita ao desenvolvimento à diabetes tipo 2, obesidade, e a doenças do coração.

Ovário policístico causa dor?

A dor não é sintoma básico do ovário micropolicístico ou da Síndrome dos Ovários Policísticos. Ela, no entanto, pode ocorrer.  As situações de dor são ainda mais recorrentes durante o ciclo menstrual, relacionadas à ovulação. O sintoma é chamado de dismenorreia à dor pélvica, e é vivenciada por aproximadamente 50% das mulheres em idade fértil e está mais relacionada à endometriose.

Como a dor pode ser resultado da presença de cistos grandes e não de microcistos, é fundamental que a mulher busque auxílio médico. Apenas exames específicos poderão diagnosticar os cistos.

Existem também os chamados “cistos de chocolate”.Cistos deste tipo, também chamados de endometrioma, podem causar grandes “pontadas” de dor. Isso uma vez que os cistos liberam a prostaglandina, substância que  provoca contrações intensas nos músculos do útero.

Se um cisto se rompe, independentemente de seu tipo, pode produzir dor aguda e intensa. É um evento raro em pacientes com ovários micropolicísticos.  É mais comum que ocorra com cistos maiores

Há também situações em que o ovário com cisto torce-se. A mulher percebe uma dor intensa e repentina. Associada ao sintoma, apresenta também náuseas e vômitos. Aqui, é essencial procurar o médico imediatamente, pois a torção ovariana bloqueia o fluxo de sangue no órgão. Isso pode causar a necrose do tecido e demandar a retirada do útero.

Ovários micropolicísticos e policísticos: diferença

 

 

Apesar de terem nomes bastante semelhantes, ovários micropolicísticos e policísticos não são a mesma coisa. Toda mulher que possui a Síndrome dos Ovários Policísticos tem ovários micropolicísticos, mas o contrário não necessariamente ocorre. Ou seja, a mulher com os ovários micropolicísticos pode não desenvolver SOP.

Para que haja a presença da SOP, a mulher deve apresentar três características. A primeira delas é o hiperandrogenismo, que diz respeito ao aumento de hormônios masculinos no organismo. Este aumento pode ser percebido pelo surgimento exagerado de acnes no rosto, ou de pelos em locais atípicos.

A mulher com SOP apresenta, ao mesmo tempo, ciclos anovulatórios. Quer dizer, ciclos menstruais em que nenhum óvulo é liberado para fecundação pelos espermatozoides. Por fim, o diagnóstico demanda uma imagem sugestiva de ovários micropolicísticos, percebida por ultrassonografia. A mulher deve ter pelo menos 2 dos 3 diagnósticos (pouca ou ausência de ovulação, hormônios masculinos aumentados, ovários policísticos)  para ser considerada como paciente com SOP ( critérios diagnósticos da síndrome dos ovários policísticos (SOP) conhecido com critérios de  Rotterdam. É importante procurar excluir outras causas de excesso de hormônios masculinos na mulher com suspeita de sindrome de ovários policísticos.

Quem tem ovário micropolicístico pode engravidar?

A mulher que possui ovário micropolicístico tem maior dificuldade em engravidar, mas não fica impedida de conceber. É importante, porém, realizar a concepção apenas após a consulta médica. O especialista poderá verificar a real gravidade do problema e indicar tratamento que torne a gravidez segura para mãe e bebê.

Um casal costuma demorar até 12 meses para conseguir atingir a concepção. Após este período de tentativas, é indicado que ambos procurem o especialista, para avaliação de sua fertilidade. Caso a mulher tenha mais de 35 anos, esse tempo de tentativas deve ser de apenas seis meses. Se tiver menstruações espadadas ou irregulares, deve ir ao especialista sem esperar este tempo para não atrasar o sonho de ter um filho

Quando a mulher desenvolve ovário micropolicísticos, fica com bastante folículos pequenos que não são liberados. Logo, a mulher não libera nenhum gameta para fecundação.

Ademais, a mulher com a condição tende a apresentar ciclo menstrual irregular, geralmente fica com a menstruação com intervalos maiores, cada 2-3 meses. A ovulação poderá ocorrer de forma esporádica, diminuindo as chances de gravidez.  

Diagnóstico dos ovários micropolicísticos

A mulher também deve apresentar ao médico os sintomas percebidos recentemente. As informações são importantes ao diagnóstico e indicação do tratamento. Deverá relatar como é seu padrão menstrual, se está aumentando os pêlos, se tem notado aparecimento de acne ou ganho de peso. Estes são sintomas e sinais que podem ajudar no diagnóstico da síndrome dos ovários micropolicísticos.

Na consulta, a mulher também deve passar por exame físico. Por meio dele, o médico pode verificar o aumento dos ovários e qualquer outra alteração no sistema reprodutor da mulher.

Para o diagnóstico da presença de cistos no ovário, a mulher passa por dois exames principais. O primeiro é o exame de imagem, geralmente uma ultrassom, que permite ao especialista visualizar os cistos. Quando a doença evolui, o ovário costuma apresentar até o dobro do volume, podendo chegar a nove centímetros cúbicos. Afinal, os cistos permanecem em seu interior e apresentam uma distribuição característica ao ultrassom.

Além da ultrassonografia dos ovários, o médico solicitará diversos exames para avaliar os androgênios (hormônios masculinos) e excluir outras doenças que podem ser confundidas com a síndrome dos ovários micropolicísticos.

Ovário micropolicístico tem cura?

 

 

O ovário micropolicístico ou a SOP não podem ser considerados problemas curáveis. Isso porque, mesmo que tenha seus sintomas controlados, e os cistos eliminados, a mulher pode voltar a sofrer do mesmo problema se não tiver acompanhamento ginecológico.

Por isso, os tratamentos indicados consistem no controle do problema, manter hormônios dentro da normalidade e evitar a obesidade, que é uma causa importante de infertilidade.

Ovário policístico: cirurgia

O tratamento para ovário micropolicístico varia de acordo com os sintomas apresentados pela mulher, assim como pela sua gravidade. Quando o problema se apresenta apenas por alterações do ciclo menstrual, por exemplo, é indicado o uso de pílula anticoncepcional. O medicamento consegue diminuir a produção da testosterona e regular o nível de hormônios femininos. O mesmo tratamento pode servir ainda para eliminar as acnes faciais excessivas.

Já o tratamento para crescimento excessivo de pelos consiste no uso de medicamentos para diminuir os hormônios masculinos. Ou mesmo das pílulas anticoncepcionais. Ambas as alternativas vão contribuir para diminuição do hormônio masculino no corpo da mulher.

Se o objetivo é engravidar, a mulher pode fazer a utilização de um medicamento que estimule sua ovulação. Como as síndromes dificultam exatamente este quesito, induzir a liberação do óvulo pode facilitar a concepção. Neste caso, é comum o uso de remédios como o Clomifeno. Logicamente, sempre sob acompanhamento médico que fará o controle ultrassonográfico para evitar a gravidez múltipla, um grande risco à prematuridade. Os melhores resultados em termos gravidez são obtidos com medicamentos injetáveis, mas geralmente são utilizados por médicos com mais conhecimentos dentro a infertilidade.

Os tratamentos clínicos geralmente são suficientes para conseguir a gravidez de modo natural, ou com a indução da ovulação.  Algumas vezes há necessidade de recorrer-se à reprodução assistida.

Finalmente, há a indicação pela cirurgia. Como é um tratamento invasivo, porém, o método só é indicado para casos mais graves. É procedimento de exceção, pelo risco de dano ao ovários e aparecimento de aderências.  

Importante ainda manter uma dieta balanceada e realizar atividade física regular. As práticas melhoram a saúde como um todo, e podem ajudar a diminuir os sintomas.

Ovário micropolicístico: tratamento natural

É possível, ao mesmo tempo, tratar o ovário micropolicístico naturalmente. O que não significa, no entanto, que as alternativas naturais devem substituir a visita ao médico. Pelo contrário: elas devem complementar o tratamento por um especialista, e com a aprovação dele.

O poder dos chás para ovários policísticos

A medicina está muito desenvolvida em parte graças a conhecimentos advindos de crenças populares que determinada planta ou chá teria um efeito benéfico. Assim, estes foram pesquisados, surgindo os medicamentos após testes terapêuticos rigorosos. Assim, a ingestão de chás podem ajudar.  De qualquer modo, é essencial conversar com seu médico sobre o uso das alternativas naturais.

Melhor anticoncepcional para ovários policísticos

Como citado anteriormente, os anticoncepcionais podem ser utilizados por muitos anos para o tratamento da síndrome dos ovários micropolicísticos.. Afinal de contas, eles têm o poder de controlar os hormônios do corpo feminino. É importante o acompanhamento do ginecologista para que  ele normalize os hormônios para que a mulher não sofra as consequências como a dificuldade de engravidar ou, até mesmo o câncer de útero, que pode ocorrer após anos de exposição da mulher a exposição inadequada de hormônios.

Exame de fragmentação de DNA do espermatozoide

A infertilidade conjugal é definida como a incapacidade de um casal atingir a gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares e bem distribuídas durante o ciclo menstrual, sem o uso de métodos contraceptivos. Estima-se que cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva sejam inférteis, sendo que esses casos estão relacionados tanto à fatores femininos quanto à fatores masculinos.

Hoje é sabido que a infertilidade masculina é multifatorial, visto que os mecanismos celulares envolvidos nesse processo estão sendo amplamente estudados. No entanto, a avaliação clínica da infertilidade masculina ainda se baseia tão somente no histórico médico do paciente, no exame físico e na análise seminal.

Contudo sabe-se que esta avaliação possui baixo valor preditivo do sucesso reprodutivo, não podendo ser considerada como único método diagnóstico de infertilidade. Na tentativa de buscar uma melhor avaliação do potencial fértil masculino, principalmente em homens normozoospérmicos inférteis, busca-se a avaliação complementar dos espermatozoides, as quais permitem uma melhor decisão sobre o prognóstico de casais inférteis.

Uma ótima avaliação funcional do espermatozoide é a medida da porcentagem de DNA fragmentado nos espermatozoides. Esse índice é apontado como um dos principais mecanismos celulares associados à infertilidade, visto que aproximadamente 10% dos espermatozoides de homens férteis e 20-25% dos espermatozoides de homens inférteis apresentam danos no DNA dos espermatozoides.

O que causa a fragmentação de DNA?

Dentre as diversas causas da fragmentação do DNA dos espermatozoides, o estresse oxidativo, é apontado como uma das principais. Causado por falta de oxigenação testicular, problemas circulatórios, tanto nos testículos como em outros locais, ou presença de substâncias estranhas ao corpo, resulta no desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e de antioxidantes, em favor do oxidante. Ou seja, a produção de antioxidantes é menor do que a produção de substâncias danosas às células, permitindo que essas causem danos diretos ao DNA, comprometendo a disseminação da informação genética do pai.

No entanto a produção das EROs é um processo cíclico de danos que, comprometer diretamente o DNA, ainda inicia um processo conhecido como peroxidação lipídica que propaga os danos e ativam uma série de reações químicas que também promovem indiretamente a fragmentação do DNA do espermatozoide.

Quais são os homens que podem apresentar a fragmentação de DNA?

Os homens que contém as EROs em seus testículos podem apresentar altos índices de fragmentação de DNA no seu sêmen. Como já visto, o estresse oxidativo é causado por falta de oxigenação testicular, problemas circulatórios, tanto nos testículos como em outros locais, ou presença de substâncias estranhas ao corpo.

Como exemplo da deficiência de oxigenação e problemas circulatórios, temos os homens que são diagnosticados com varicocele, uma espécie de varizes nos sacos escrotais, homens obesos ou simplesmente sedentários, homens que são funcionalmente expostos à monotonia e ao calor, como soldadores, metalúrgicos, cozinheiros, entre outros, assim com aqueles expostos a choques constantes aos testículos como motoboys e ciclistas.

Lembrando que ainda existe a possibilidade da fragmentação de DNA ser causada por alterações de estilo de vida. Homens etilistas e tabagistas podem apresentar uma intensa fragmentação de DNA espermático, assim como os homens usuários de drogas lícitas (medicamentos) ou ilícitas e de uso recreativo (maconha, êxtase, cocaína, etc). Homens funcionalmente expostos à produtos químicos, tintas e solventes, também entram nos grupos de risco.

A fragmentação de DNA pode afetar a capacidade de gravidez?

 

 

A fragmentação do DNA espermático pode, sim, afetar a capacidade de um casal atingir a gravidez. A integridade do DNA dos espermatozoides é necessária para a expressão completa do potencial de fertilidade masculino e de probabilidade de atingir gravidez por concepção natural e técnicas de reprodução assistida.

A fragmentação de DNA espermático tem sido correlacionada negativamente com resultado de sucesso reprodutivo. Estudos envolvendo casais inférteis indicaram um baixo potencial de fertilidade natural quando a porcentagem de espermatozoides com DNA fragmentado é maior ou igual a 30%.

Ao fecundar o óvulo, o espermatozoide libera o seu conteúdo genético, o DNA, que se pareia com o DNA materno para ambos serem compreendidos pela célula e formar um novo ser. Os espermatozoides com DNA fragmentado possuem plenas capacidade físicas de fecundar o óvulo, no entanto, durante o pareamento do material genético dos pais, se a o DNA espermático está fragmentado o embrião fica incapaz de reconhecer aquelas informações contidas no DNA paterno, resultando numa incapacidade de implantação e até o abortamento do embrião.

Assim, tentativas de concepção natural ou com o uso de técnicas de reprodução assistida podem ser inviabilizadas nos casos de homens com fragmentação de DNA espermático, resultando em falhas de implantação e abortamentos repetitivos.

Como é feito o exame de fragmentação de DNA?

Existem alguns métodos de avaliar o índice ou porcentagem de fragmentação do DNA espermático, como o TUNEL, SCSA e o Ensaio Cometa. No entanto todos eles têm finalidades de aferir o dano ao material genético para finalidade de pesquisas avançadas. O teste comercialmente utilizado para finalidades diagnósticas é o SCD (do inglês, Sperm Chromatin Dispersion).

O teste SCD, em português teste de dispersão da cromatina espermática, se baseia na imersão do espermatozoide em agarose, uma substância gelatinosa, com consequente exposição do DNA e coloração do material para que este seja visualizado no microscópio. É importante ressaltar que embora pareça simples, somente um profissional bem treinado é capaz de fazer a distinção entre os espermatozoides com DNA fragmentado e o DNA íntegro, por isso a escolha de laboratórios de referência é importante.

Se meu exame der alterado, o que fazer?

O médico urologista é quem determina o prognóstico para homens com altos índices de fragmentação de DNA. Dividimos as causas de aumento de fragmentação de DNA entre causas reversíveis e irreversíveis. Entre as causas irreversíveis estão principalmente idade e malformações do trato genital.

Cumpre ao urologista realizar ampla investigação com o Homem portador de alto índice de DNA fragmentado no esperma, e os esforços devem voltar-se para baixar tal índice na tentativa de ampliar as taxas de sucesso na gravidez.

Dentre as principais causas reversíveis e já citadas temos: tabagismo, etilismo, sedentarismo e obesidade e varicocele.

Além disso, já foi demonstrado por estudos que existe uma relação positiva entre o processamento seminal, feito em casos de reprodução assistida, e a probabilidade de suceder uma gravidez, o que pode se dar por meio da redução da fragmentação do DNA dos espermatozoides. Assim, a seleção de espermatozoides viáveis, por técnicas de seleção por gradiente de concentração, pode também promover a escolha de espermatozoides com menor fragmentação de DNA, sem causar danos ou alterações não fisiológicas.

A menopausa é um processo natural no corpo da mulher. Por meio dela, o corpo feminino vivencia um declínio dos hormônios reprodutivos, e assim deixa de ovular. Sem ovulação, ou seja, a liberação do gameta feminino, a possibilidade de gravidez deixa de existir. Geralmente, este processo ocorre entre os 45 e 55 anos. Contudo, ele também pode acontecer antes dos 40 anos de idade – o que é chamado de menopausa precoce.

Cerca de 0,1% das mulheres sofrem com a menopausa precoce antes dos 30 anos. Já 0,25% delas perdem sua capacidade reprodutiva antes dos 35, enquanto 1% entra em menopausa antes dos 40 anos.

De modo geral, a antecipação do processo não é uma grande questão médica, pois vai provocar os mesmos sintomas que a menopausa comum causaria. O problema ocorre quando a mulher ainda deseja engravidar.

Nessa situação, a menopausa antecipada vai impedir completamente a reprodução natural, uma vez que não vai mais permitir a liberação de óvulos. É por isso que existem tratamentos para a situação, que podem ser adotados assim que o diagnóstico for realizado. Com o auxílio médico, é possível definir o melhor tipo de tratamento.

O que causa a menopausa antecipada?

Entre as principais causas ligadas à menopausa precoce estão a hereditariedade. Segundo estudos, mulheres que possuem outra mulher na família na mesma situação, estão mais sujeitas a desenvolvê-lo. A exposição a toxinas e doenças autoimunes também são frequentemente apontados como fatores causais.

Todas essas situações podem influenciar na produção do hormônio estrogênio, prejudicando-a. O estrógeno é o responsável pela regulação da liberação do óvulo. De qualquer modo, há situações ainda em que é impossível determinar uma razão.

Sintomas da menopausa precoce

 

 

Geralmente, a fase inicial da menopausa não provoca sintomas. A mulher continua com seu ciclo, menstruando normalmente, e nem mesmo percebe que caminha para o fim de seu período fértil. Após certo tempo, porém, ela passa a apresentar sinais comuns à menopausa.

O principal sintoma percebido pela mulher na fase mais avançada do processo de interrupção do período fértil é a irregularidade da menstruação. Os ciclos menstruais começam a ocorrer em intervalos muito longos, ou então curtos demais.

Logo depois vem grande instabilidade emocional. A mulher passa a conviver com a irritabilidade e mudanças bruscas de humor, sem que nenhum fator aparente exista. Ao mesmo tempo, torna-se difícil se concentrar ou registrar informações na memória.

É igualmente comum a diminuição do desejo sexual feminino, assim como a secura vaginal, que vem acompanhada da dor e da coceira durante a prática sexual.

Além destes, existem as conhecidas ondas de calor repentinas e intensas. Mesmo em locais frescos, a mulher sente enorme aquecimento da parte superior do corpo, como no rosto ou pescoço. A pele se torna vermelha, e a paciente começa a suar, inclusive durante o sono. Aliás, devido a estes suores, a mulher desenvolve certa dificuldade para dormir.

Também é comum que ocorram problemas urinários, como infecções ou incontinência. Tal qual uma maior dificuldade em engravidar, gerada pela irregularidade do ciclo fértil. Para uma parcela dos indivíduos, pode ainda ocorrer ganho de peso, diminuição no tamanho dos seios, e queda de cabelo.

Diagnóstico da condição

Como citado, no início do processo de menopausa a mulher pode não apresentar sintomas. Ou então, o sinal percebido é a irregularidade do período menstrual, que pode ser habitual para muitas das pacientes. Assim, é mais recorrente que a condição seja percebida pela realização de exames ginecológicos “de rotina”.

É realizado, então, teste para a medição do nível hormonal no corpo feminino. Primeiro, para avaliação do FSH (Hormônio folículo-estimulante) e do estrogênio. Na menopausa, os níveis de FSH aumentam, enquanto o estrógeno diminui.

Já o TSH (Hormônio estimulante da tireoide) é analisado porque pode indicar o hipotireoidismo, que tem sintomas bastante semelhantes ao da menopausa.

Estes mesmos exames são utilizados para a comprovação da condição, caso o médico desconfie do diagnóstico de menopausa precoce.

Tratamento para menopausa precoce

De modo geral, a menopausa antecipada só é tratada de forma incisiva quando a mulher ainda deseja engravidar. Afinal, a condição afeta sua fertilidade, e impede a gravidez. Nesta situação, é indicado utilizar a fertilização in vitro com óvulo doado ou criopreservado. Continue acompanhando, pois explicaremos estes métodos em breve, ao abordar a falência ovariana precoce.

Caso a gestação não seja mais um objetivo, contudo, o médico costuma indicar apenas alguns remédios e atividades para o controle dos sintomas.

Os remédios utilizados funcionam para a reposição hormonal do estrógeno. Essa reposição funciona, além de para o controle dos sintomas, para a prevenção de problemas como a osteoporose. Isso uma vez que o hormônio tem efeito na massa óssea feminina.

Para diminuir os sintomas, também é possível utilizar da atividade física regular, que melhora o bem-estar geral do corpo. Tratamentos alternativos, como acupuntura, têm efeitos igualmente interessantes.

Menopausa precoce versus falência ovariana precoce

 

 

Popularmente, é comum que a menopausa precoce e a Falência Ovariana Precoce (FOP) seja confundidas. Os problemas, contudo, são um pouco diferentes: apesar de provocadas pela diminuição do estrógeno no organismo, as condições têm resultado diverso na fecundidade feminina.

No caso da menopausa, a possibilidade de gravidez é interrompida permanentemente. Já na FOP, os ovários passam a funcionar de forma irregular, mas ocasionalmente ainda podem liberar um óvulo. Logo, a mulher com FOP tem entre 5% e 10% de chance de ainda obter uma gravidez natural.

Uma a cada 250 mulheres apresentam FOP com 35 anos. Nas mulheres com mais de 40 anos, a condição ocorre em 1 entre cada 100 pacientes. Assim como no caso da menopausa antecipada, o distúrbio acontece devido a causas genéticas e por infecções. Nesta situação, também é possível ter como fatores causais a presença de anticorpos que combatem os folículos ovarianos, a quimioterapia e a radioterapia. Há situações em que o motivo é desconhecido.

Conheça os tratamentos indicados para a FOP:

Restauração da fertilidade

Para este tratamento, são utilizados hormônios estimuladores dos ovários, ou seja, para indução da ovulação. Quando passa por esse procedimento, a mulher utiliza remédios orais ou subcutâneos, que estimulam o seu ovário a liberar óvulos. Avaliando outros fatores, o médico indica, em seguida, técnicas como o coito programado ou a fertilização in vitro.

O método de restauração da fertilidade ainda não está disponível para mulheres que já entraram na menopausa, apesar de pesquisas estarem sendo realizadas na área. Para a menopausa precoce, é indicado o uso da fertilização in vitro com óvulo doado ou criopreservado.

Coito programado

A técnica do coito programado é o método mais simples de reprodução assistida. Nele, a mulher tem sua ovulação induzida, e em seguida o casal é orientado a intensificar a prática sexual. Com o óvulo disponível para a fecundação, as chances de gravidez são maiores.

Fertilização in vitro

Já a fertilização ocorre em laboratório. Neste caso, assim que o óvulo feminino é liberado, ele é colhido e levado ao laboratório. Os espermatozoides também são colhidos do homem, por meio da masturbação. Os gametas, então, são unidos, e geram um embrião. Cerca de cinco dias depois, este embrião é transferido para o útero da mulher, e deve se agarrar à parede do útero. Caso consiga fazê-lo, dá-se início à gestação.

Reposição do estrogênio

Considerando que a alteração de níveis do estrógeno é a principal causa da FOP, o médico pode indicar sua reposição. Isso pode ter um efeito benéfico na ocorrência natural da ovulação.

Doação de óvulos

Caso os óvulos da mulher não sejam mais liberados, mesmo com a indução, ou caso sejam de “má qualidade”, a futura mamãe pode utilizar de óvulos doados. Aqui, também é realizado o processo de fertilização in vitro.

Para garantir que as características físicas da mãe e bebê sejam semelhantes, o médico responsável pelo tratamento faz a escolha do gameta com base na ficha completa da doadora. Se necessário, também é possível contar com espermatozoides doados. O processo de doação é anônimo, ou seja, doadores e receptores não conhecem nem mesmo o nome uns dos outros.

Criopreservação de tecidos

Quando tem chances de desenvolver a FOP (considerando, por exemplo, o fator genético), a mulher pode utilizar da criopreservação de óvulos ou do tecido ovariano. Neste caso, os gametas serão preservados por meio do congelamento abaixo de −196 °C, podendo ser utilizados para o processo de fertilização no futuro.

É fundamental que qualquer destes métodos seja indicado e supervisionado pelo médico especialista. Inclusive o da indução da ovulação e coito programado, considerado mais simples. Afinal de contas, apenas uma avaliação detalhada poderá perceber o método com maior chance de sucesso para cada mulher.

Ademais, são muitas as causas possíveis para a ocorrência da dificuldade de engravidar, e é comum que elas apareçam associadas. Logo, o especialista deve fazer um diagnóstico completo, para que todas as condições sejam tratadas corretamente. Entre em contato com a Clínica GERA e obtenha a melhor atenção possível à sua saúde!

Sintomas da infertilidade

Os sintomas de infertilidade variam de acordo com a causa da dificuldade para a engravidar. Muitos deles, de qualquer forma, são comuns a vários problemas.

O primeiro sintoma comum da infertilidade é o ciclo menstrual irregular. Ele pode indicar, especialmente, alterações no sistema hormonal feminino. Afinal de contas, os hormônios são os responsáveis por regular o ciclo, liberando o óvulo para a fecundação e preparando o corpo para receber um feto. Caso esse eixo hormonal não funcione corretamente, todo o processo que dá origem à uma gravidez fica prejudicado.

Não só a irregularidade no ciclo é considerado um sinal de alerta. Sangramentos muito abundantes merecem igual atenção, especialmente se não ocorriam anteriormente.

Muitas pacientes também referem cólicas muito fortes e dores nas costas. Estes sintomas podem estar relacionados à endometriose, doença caracterizada pelo crescimento anormal do tecido que reveste o útero,chamado de endométrio. Ao invés de se manter no interior do órgão, esse tecido cresce fora dele. A endometriose pode provocar a obstrução das tubas, impedindo que o espermatozóide alcance o óvulo.

A infertilidade pode ocorrer frequentemente em mulheres que apresentam alterações na pele, crescimento de pelos abundantes ou o surgimento da acne. Novamente, esses sinais são provocados por alterações hormonais, principalmente com o aumento dos androgênios. A dentre estes a testosterona que um o hormônio predominantemente masculino, e normalmente aparece em pequena quantidade na mulher.

Além destes, a paciente com infertilidade costuma perceber a diminuição da sua libido, queda de cabelo, produção de leite sem gestação e  ganho de peso sem causa aparente.

Dificuldade de gravidez

De qualquer modo, o principal sintoma da infertilidade é a dificuldade em engravidar. Em alguns casos, porém, essa dificuldade é um sintoma (como nas alterações tubárias); em outros, apenas um reflexo do problema (como do mioma uterino).

De modo geral, um casal demora até 12 meses para conseguir uma concepção natural. Isso porque, por mês só há 20% de chance de gravidez, uma vez que a mulher precisa estar em seu período fértil para que a gestação aconteça.

O período fértil de uma mulher refere-se ao momento em que o óvulo está disponível para a fecundação. A data de liberação do gameta em um período regular ocorre no 14º dia após o primeiro dia da última menstruação. Além dessa data, compreende-se como período fértil os três dias anteriores e posteriores a ela. Isso uma vez que a previsão de liberação do óvulo é apenas uma estimativa – pode adiantar ou atrasar. Por isso, os especialistas indicam a intensificação da prática sexual nesses 7 dias.

O tempo de tentativas maior do que um ano, porém, não é normal, e por isso é fundamental que o casal procure auxílio médico. Assim, somente o especialista poderá diagnosticar a causa do problema e tratá-lo. Se for o caso, poderá ainda indicar técnica de reprodução assistida.

Sintomas por causas

Uma mulher que apresenta ovários policísticos possui uma série de cistos nos ovários. Esses cistos são pequenas bolsas cheias de líquido, que geralmente se formam a partir dos folículos ovarianos.

Todo mês, a mulher libera um óvulo. No processo conhecido como ovulação, um folículo ovariano, com o qual a mulher já nasce, amadurece e entrega esse gameta. O óvulo é a célula reprodutora feminina, e deve ser disponibilizado para que possa ser fecundada pelo espermatozóide masculino. É assim que dá-se início à gravidez.

Há situações, porém, em que o folículo não consegue liberar o óvulo. Nesse caso, o líquido permanece dentro dele, e um cisto folicular é formado. Também há casos em que o óvulo é liberado, mas ainda assim um cisto é gerado. Esse o cisto de corpo lúteo, e pode ter uma pequena quantidade de sangue em seu interior.

Quando cistos são formados, eles alteram consideravelmente o tamanho dos ovários. E aí, podem afetar a formação de novos óvulos e toda a fertilidade da mulher. O distúrbio não possui uma causa muito clara, mas os médicos acreditam que ele se desenvolva devido a um fator genético. Afinal de contas, mulheres com mãe, tias ou irmãs com ovários policísticos têm maior chance de desenvolverem o problema.

Outro fator relacionado à ocorrência dos ovários policísticos é a resistência a ação da insulina no organismo. Nesse caso, os pesquisadores perceberam o aumento da insulina na corrente sanguínea. Isso provoca desequilíbrios hormonais, que levam à formação de cistos.

Essa é a alteração hormonal mais comum nas mulheres, podendo atingir 20% delas. Como está relacionado à ovulação, o distúrbio só ocorre na idade fértil, normalmente entre os 13 e 45 anos.

Ovários policísticos: sintomas e diagnóstico

A mulher com ovários policísticos costuma perceber, primeiro, certa irregularidade na menstruação. Assim, um ciclo que era antes regular, ou tinha padrões irregulares, começa a acontecer em espaços de tempo muito maiores ou menores. O sintoma é resultado da alta produção de androgênios pelo corpo feminino. A testosterona é um hormônio predominantemente masculino, e normalmente está presente em pequenas quantidades no organismo da mulher.

Um sinal igualmente comum é a dificuldade de engravidar. Isso porque, muitas vezes a mulher deixa  de ovular, pois o processo é impedido pelos cistos. As pacientes ainda percebem o aumento de pêlos pelo corpo, especialmente nos seios, abdômen e rosto, e aumento da acne.

Para o diagnóstico do distúrbio, o médico realiza exame clínico, exames laboratoriais e o chamado ultrassom ginecológico. Nessa ultrassonografia, o especialista consegue perceber o aumento do volume dos ovários. Os cistos são igualmente visualizados, e o ovário policístico é caracterizado pela presença de 12 ou mais cistos em um ovário.

Já o exame laboratorial é utilizado especialmente para a análise dos níveis hormonais no organismo feminino. A glicemia sérica e a curva de insulina são igualmente medidas. O nível dessas substâncias no corpo da mulher é bastante alterado no caso de ovário policístico.

Tratamentos do distúrbio

A indicação de tratamento dos ovários policísticos pode variar bastante, de acordo com a gravidade do problema e com a avaliação médica. Para começar, o especialista pode receitar o uso de anticoncepcionais orais. Os remédios possuem ação hormonal, e assim ajudam a controlar os níveis das substâncias no organismo. Logo, a formação de folículos tende a diminuir. Os já existentes  também podem reduzir de tamanho.

Também é comum o uso de antidiabetogênicos orais. Esse tratamento é indicado quando percebida a associação do distúrbio aos níveis alterados de glicemia, a chamada resistência insulínica. O medicamento funciona para o tratamento da diabetes, e é ideal para a terapia da questão.

Ainda é possível utilizar de cirurgia para o tratamento do problema, na qual se realizam pequenos “furos” em cada cisto, melhorando a condição ovulatória ,é o que chamamos de “drilling”. A dieta e prática de atividade física regular tem igual benefício ao corpo da mulher, e hoje são considerados como primeira linha do tratamento.

Quem tem ovários policísticos pode engravidar naturalmente?

Como explicado até aqui, a mulher que sofre de ovários policísticos tem sua vida reprodutiva alterada. Ou porque seus óvulos param de ser liberados, ou porque o período fértil se torna bastante irregular.

O período fértil regular de uma mulher tem duração de aproximadamente 28 dias, e corresponde ao intervalo entre uma menstruação e outra. Geralmente no 14º após o primeiro dia da última menstruação, a mulher libera seu óvulo, e este fica disponível nas trompas uterinas, aguardando a fertilização pelo espermatozóide.

Além dessa data de ovulação, o tempo fértil consiste nos três dias antes e três dias depois do previsto para a ovulação. Isso porque, o acompanhamento do ciclo estabelece apenas uma previsão, mas o óvulo pode se adiantar ou atrasar, por uma série de fatores. Assim, é importante intensificar a prática sexual durante todos esses 7 dias, para que haja maior chance de que espermatozóides estejam no corpo da mulher quando o óvulo for liberado.

Em um período fértil irregular, ao intervalo entre uma menstruação e outra pode ser menor do que 28 dias, ou então bem maior, como de 45 dias ou mais.

Essas situações de anovulação ou irregularidade, apesar de dificultarem a gravidez natural, contudo, não a impedem. Primeiro, porque a mulher pode conseguir ovular, e o óvulo pode ser normalmente fecundado caso haja relação sexual sem nenhum método contraceptivo.

Tratamentos para concepção

Em segundo lugar, essa chance de concepção existe porque mulheres com este problema podem ser tratadas com o uso de anticoncepcionais. Neste caso, o medicamento será utilizado para regular o ciclo menstrual. Ao mesmo tempo, vai impedir a ovulação, mas também permitir que o ovário se recupere do desgaste causado pelos cistos. Logo, o órgão poderá eliminar os cistos e passar a ovular nos meses seguintes, após o término do medicamento.

Ademais, a mulher que sofre do distúrbio responde bastante bem à tratamentos de indução da ovulação. Aliás, como grande parte das mulheres. No caso da indução da ovulação, a paciente faz o uso de alguns hormônios, que estimulam o amadurecimento do folículo e a liberação do óvulo.

Todo o processo é acompanhado pelo médico, e assim que o gameta for liberado, o especialista indica a intensificação da prática sexual. A técnica é chamada de coito programado. Com os espermatozoides no corpo feminino e o óvulo liberado, as chances de concepção são grandes.

E se eu não conseguir engravidar?

De qualquer forma, a mulher, diagnosticada ou não com ovários policísticos, deve procurar ajuda médica após 12 meses de tentativas naturais de engravidar. Esse é o tempo médio estimado para que um casal atinja a concepção. Afinal de contas, por mês há apenas cerca de 20% de chance de gravidez, uma vez que a mulher precisa estar em seu período fértil.

Um período maior que um ano, porém, pode indicar problemas de fertilidade. Tanto relacionado aos ovários policísticos, quanto a outros distúrbios. A infertilidade também pode ocorrer por fatores masculinos  – em 30% das situações, essa é a causa da dificuldade em engravidar.

Nesses casos, o médico pode indicar o tratamento das questões impeditivas de gravidez. Se a terapia não for suficiente, uma ótima solução será utilizar técnica de reprodução assistida. Entre as mais comuns está a inseminação artificial, que insere os espermatozoides no fundo do útero feminino e diminui o caminho que as células deverão percorrer até o óvulo.

Já a fertilização in vitro faz com que óvulo e espermatozóides se unam e deem origem a um embrião em laboratório, que em seguida é transferido para o útero feminino para se desenvolver.

Quem tem ovario policístico pode engravidar tomando anticoncepcional?

O princípio básico de um medicamento anticoncepcional é impedir a gravidez. Por isso, caso a mulher esteja utilizando o remédio periodicamente, e de forma correta, não poderá engravidar. Isso caso sofra de ovários policísticos ou não.

Todos os medicamentos anticoncepcionais trabalham de forma a inibir a ovulação. Sem a liberação do óvulo, os espermatozóides não encontram o que fecundar e, portanto, não há gravidez.

Outra ação do remédio é sobre o muco cervical (do colo uterino) , que fica espesso e pouco elástico , impedindo que os espermatozóides adentrem ao útero e alcancem às trompas para encontrar o espermatozóide.

Os anticoncepcionais devem ser utilizados de forma diária, com interrupção segundo indicação médica. Assim, além das ações já citadas, o produto consegue regular o ciclo menstrual da mulher. Ele também funciona como prevenção contra a acne e diminui cólicas menstruais. Ao mesmo tempo, diminui a chance de anemia, que pode ocorrer devido a sangramentos exagerados na menstruação.

Quem tem ovário policístico pode engravidar de gêmeos?

Assim como qualquer outra mulher, pacientes com ovários policísticos podem engravidar de gêmeos. A gestação gemelar ocorre de dois modos: com um óvulo, ou com dois ou mais óvulos disponíveis. No primeiro caso, um único óvulo dá origem a dois embriões em seu primeiro “movimento” de divisão celular. Aqui, são gerados gêmeos univitelinos, idênticos na aparência física.

Na segunda situação possível, a mulher libera não um, como é comum, mas dois ou mais óvulos. Se todos esses óvulos forem fecundados, a gravidez irá gerar vários bebês, chamados de bivitelinos. Nesse caso, as crianças não são idênticas e podem, inclusive, ser de sexos diferentes.

De qualquer modo, existe a associação de ovários policísticos e gravidez gemelar. Ela ocorre porque a disfunção hormonal que gera o distúrbio pode provocar também a liberação de mais um óvulo mensalmente. Isso também ocorre devido aos tratamentos hormonais, como de indução da ovulação, que essas mulheres geralmente utilizam. Logo, quem tem ovário policístico tem sim maior chance de gerar gêmeos, mesmo que a questão gemelar esteja, na maior parte das vezes, ligada a questões hereditárias da mãe.

Remedio para engravidar

Como já citado ao longo do texto, é comum que a mulher que possui ovário policístico faça uso de anticoncepcionais. O medicamento pode ajudar a regular o período menstrual, dando tempo de recuperação ao ovário. Além desse, porém, existem outros medicamentos com boa indicação pelos médicos.

É o caso, por exemplo, do citrato de clomifeno. Ele é muito utilizado para as situações de indução da ovulação, e ajuda o organismo feminino a liberar seus óvulos. As injeções de hormônios podem ter os mesmos efeitos, e são utilizadas quando o clomifeno não apresenta resultados.

Para o uso de qualquer tipo de medicamento, é fundamental que a mulher possua indicação e  médico. Isso porque, nem toda mulher reage da mesma forma a uma substância. Se para uma o medicamento faz a regulação do ciclo menstrual, para outra pode causar intensas cólicas e piora do seu quadro. Por isso, procure seu médico e solicite uma avaliação completa do seu sistema reprodutivo. Apenas assim será possível definir a melhor substância para o seu tratamento.

Cuidados especiais

Para qualquer mulher, a realização do pré-natal correto é fundamental. Para a grávida com ovários policísticos, ou mesmo com o histórico da doença, o cuidado deve ser redobrado. Exames rotineiros poderão garantir a intervenção médica quando necessária, e assim permitirão a saúde de mãe e bebê.

Ademais, é fundamental manter uma alimentação saudável. Alimentos ricos em vitamina E, em zinco e em vitaminas do complexo B são essenciais para a correta formação do feto. Assim como aqueles que possuem o ácido fólico, indicado muitas vezes também como comprimido de suplementação à gestante. Por isso, invista em produtos como o grão-de-bico, óleo de girassol e folhas verde-escuras.

Lembre-se ainda de realizar a prática regular de atividades físicas. Converse com seu médico sobre o esporte mais adequado, e pratique-o três vezes por semana. O exercício só traz benefícios ao corpo, em qualquer época da vida.

O preço de uma inseminação artificial pode variar, por isso, é importante entender porque é tão variável o preço da inseminação artificial.

Os custos do laboratório longe da cidade de São Paulo podem ser mais elevados pela necessidade do transporte dos insumos laboratoriais e mão de obra especializada para manutenção, geralmente originários da capital paulista.

A inseminação artificial (IA) é um tipo de reprodução assistida. A inseminação artificial intrauterina (IAIU) mais utilizada é a inseminação intrauterina (IIU).

Quanto custa reprodução assistida

A reprodução assistida pode custar muito mais que R$ 20.000,00, pois ela pode englobar todas as técnicas de alta complexidade utilizadas dentro do laboratório de reprodução humana assistida.

Além de técnicas laboratoriais simples da inseminação artificial intrauterina, o custo da reprodução assistida pode elevar muito quando se utiliza a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), congelamento e descongelamento de óvulos e embriões, bem como os testes genéticos pré-implantacionais (PDT). Pode-se somar-se a isto, outros procedimentos menos comuns e mais onerosos.

O que é Inseminação artificial

Para entender a composição do custo a inseminação artificial, é importante saber o que é. A inseminação artificial é composta de uma série de técnicas de reprodução assistida. A mais utilizada é a inseminação intrauterina. Nesta técnica são colocados os melhores espermatozoides dentro do útero da mulher com um cateter.

No momento oportuno, é processado o sêmen do companheiro ou do doador em um laboratório de reprodução assistida. Geralmente, é realizada a indução da ovulação com medicamentos orais ou injetáveis. Em ciclo natural, sem indução da ovulação, os resultados são piores.

Para realizar a inseminação artificial é importante quantidade suficiente de espermatozoides e que a paciente tenha pelo menos uma tuba permeável. Assim, é importante a realização de um exame chamado histerossalpinogrofia. Neste exame, é inserido contraste no útero e realiza-se radiografias da região pélvica, exibindo a cavidade uterina, as tubas e a dispersão do contraste na cavidade abdominal.

Outro cuidado muito importante é a realização do controle ultrassonográfico transvaginal do crescimento dos folículos (contem óvulos). O que se espera é que com a estimulação ovariana consiga-se 1 a 2 folículos ovarianos, no máximo 3. Quando tem 4 ou mais, não se dever realizar a inseminação intrauterina e deve-se recomendar que o casal não tente engravidar naquele mês, pelo risco de gravidez múltipla.

Tipos de inseminação artificial

A inseminação artificial mais realizada é a inseminação intrauterina. A inseminação pode ser a intracervical, em que os melhores espermatozoides são depositados na entrada do útero e não dentro dele como na inseminação intrauterina. Os espermatozoides podem ser diluídos em volume maior de meio de cultura e injetados no interior do útero, passando para as tubas e para a cavidade peritoneal. Houve uma época em se utilizou esta técnica, inseminação intraperitoneal, que não se mostrou superior à inseminação intrauterina após estudos posteriores.

Pelo custo vale a pena fazer a inseminação intrauterina ou a fertilização in vitro (FIV)

O preço da inseminação intrauterina é três a 4 vezes mais em conta que a fertilização in vitro, mas por outro lado a FIV tem taxa de gravidez de 3 a 4 vezes maior.

Na realidade tanto a inseminação artificial como a FIV têm seu espaço. A inseminação é utilizada em pacientes mais jovens, preferentemente com até 35 anos, e com boa reserva ovariana (bastante óvulos).

Para realizar a inseminação artificial intrauterina deve-se ter boa qualidade de espermatozoides. Assim, se a qualidade do sêmen do companheiro não estiver boa, deve-se recorrer ao andrologistas, que é o especialista em fertilidade masculina.

O tratamento do homem infértil geralmente é demorado e custoso. Os resultados dos tratamentos no homem repercutem na qualidade do sêmen em 3 meses e o andrologista requer uma formação especializada médica que faz com que ele tenha um custo que deve ser considerado. Assim, muitos casais acabam optando pela FIV que utiliza recursos laboratoriais para que ocorra a fertilização e colocação do embrião dentro do útero.

O aparelho reprodutor feminino deve estar em ordem para que a IIU funcione. O trajeto dos espermatozoides não deve ter obstáculo até que eles passam encontrar com os óvulos no interior das tubas. Caso haja suspeita de que as tubas estejam comprometidas por aderências, a cirurgia deve ser considerada antes da inseminação.

A decisão entre realizar a IIU a FIV ou a cirurgia para restaurar a fertilidade natural, pode não ser fácil e exige experiência do especialista em reprodução humana.

Porque a IIU é tão mais em conta que a FIV?

As necessidades laboratoriais são bem mais simples na IIU que a FIV. O processamento seminal, que é a técnica utilizada para escolher os melhores espermatozoides, já existe há muitos anos e é realizada por muitos técnicos de laboratório, que aprendem com certa facilidade. Os aparelhos utilizados são relativamente baratos quando comparados aos utilizados na FIV.

Para formar um bom profissional de laboratório de FIV leva-se anos. Esta mão de obra especializada tem um custo maior, utiliza equipamentos mais caros. As exigências da ANVISA são enormes para manter um laboratório de fertilização funcionando.

Como que numa mesma clínica pode-se ter preços diferentes.

Com o tempo de atuação médica, experiência adquirida e casos de sucesso é fato que o médico aumente naturalmente o número de clientes. Alguns optam por manter uma fila de espera enorme e outros passam a contar com uma equipe de sua confiança para ajudar no atendimento.

Desta forma, numa mesma estrutura pode-se aumentar a quantidade de atendimento mantendo-se a qualidade e ajudando nos custos das instalações. A opção de aumentar a abrangência dos seus atendimentos ou restringir pela limitação do tempo é uma opção do médico.

Não é fácil formar uma equipe de médicos que trabalhem em sintonia durante muitos e muitos anos. Nesta equipe haverá diferenças individuais pelas qualidades de cada médico, mas é muito importante a honestidade e a humildade de cada um para saber até que ponto poderá seguir com seus conhecimentos ou recorrer a outros colegas da equipe. Dentro deste contexto, os princípios e valores do médico mais experiente, coordenador da equipe, é de extrema relevância, pois vai nortear o modo como se conduz o tratamento de infertilidade.

O Custo de uma inseminação e Fertilização in vitro (FIV)

A inseminação é a colocação dos melhores espermatozoides no interior do útero e a FIV a colocação do embrião. A primeira é bem mais em conta que a segunda, porque envolve muito pouco custo laboratorial, por outro lado com menor taxa de gravidez.

É importante lembrar que a IIU e a FIV devem ser indicadas de maneira correta e somente o médico é que poderá determinar.  Hoje temos centenas de laboratórios de reprodução assistida no Brasil e em São Paulo, são dezenas. A grande maioria tem seu próprio corpo clínico, e credenciam outros ginecologistas para que possam utilizar dos recursos tecnológicos da FIV em suas pacientes.

Os laboratórios de reprodução assistida funcionam como se fossem hospital, recebendo os médicos credenciados e suas respectivas pacientes. Desta forma, temos tabelas de preços praticados que é de comum acordo com a equipe e com o médico credenciado, a depender do que será oferecido às pacientes.

A composição de honorários médicos e dos custos laboratoriais é que fazem a composição dos preços cobrados das pacientes. É importante, lembrar que a inseminação ou a FIV tem que ser bem indicadas para ter os melhores resultados diminuindo-se os custos de tratamentos e que praticamente todos os insumos laboratoriais são importados para manter resultados comparáveis aos melhores centros de reprodução humana do mundo.

Qual o custo das consultas e tratamentos na Clínica GERA.

O GERA (Grupo de Endoscopia e Reprodução Assistida LTDA) foi fundado em 1993 em um prédio próximo ao MASP (Av. Paulista), Hospital 9 de Julho, Hospital Sírio Libanês. Ocupa várias salas e em diferentes andares para manter a privacidade.

O atendimento poderá ser feito na Clínica GERA, no Projeto Girassol e o Laboratório de Reprodução Assistida (LABFIV) recebe pacientes de outros ginecologistas.

A equipe da Clínica GERA (atendimento no conjunto 12-13) é composta de ginecologistas que há anos são focados em cirurgias e outros tratamentos de infertilidade, como da endometriose. Fizemos questão de agrupar médicos com sólida formação acadêmica (mestres ou doutores pela USP/UNIFESP), que possibilitou a criação de um curso de Pós-graduação lato sensu em reprodução humana assistida que em 2006. Atualmente, o curso é realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo, que faz parte do GRUPO GERA.

A Equipe médica da Clínica GERA já formou centenas de ginecologistas para tratar casais inférteis. Alguns foram selecionados para tralhar conosco no Projeto Girassol de Fertilidade acessível, que objetiva tratar de casais jovens em início da vida profissional, quando os recursos são mais limitados.

O nosso curso de Pós-graduação lato sensu em reprodução assistida é o mais reconhecido do Brasil. Estamos com capacidade máxima de alunos. São 30 ginecologistas entre aqueles de primeiro ano, que fazem a Pós, e outros de segundo e terceiro anos.

Todos os médicos que fazem nossos cursos de Pós-graduação são ginecologistas (todos especialistas em ginecologia, em média com 10 a 15 anos de formados em medicina) que se reúnem mensalmente para discussão de casos clínicos e atualização das condutas. Depois, estes ginecologistas, retornam às suas cidades e muitos ficam nosso credenciados (https://clinicagera.com.br/corpo-clinico/).

Desta forma fica fácil entender porque numa mesma equipe de médicos trabalhando num mesmo local temos preços diferentes. É sempre importante lembrar que a solução pode ser a IIU, a FIV ou outros procedimentos mais simples, por isto é importante a consulta médica.

Como conseguimos fazer um custo baixo, mantendo a qualidade.

O valor mais em conta da consulta, da IIU e da Fertilização in vitro é uma iniciativa dos mesmos professores de Pós-graduação e outros ginecologistas que se prontificam a atender no nosso Instituto, alguns sem qualquer retorno financeiro (Rua Peixoto Gomide 515, conjunto 55, São Paulo) pelo projeto GIRASSOL (11 – 32895209).

O laboratório próprio é de importância crucial para minimização do preço. Assim, podemos ajudar uma camada da população que não teriam condições de ter acesso às altas tecnologias da Reprodução Assistida e com resultados bem superiores à média Americana ou Europeia. A participação de médicos neste projeto é voluntária e condicionada ao consentimento do Grupo GERA, por isto somente se estende a algumas partes do Brasil.

Quanto custa fazer inseminação intrauterina e FIV no Grupo GERA

Em qualquer serviço que você for fazer o seu tratamento, o valor vai depender do médico que a paciente escolher. Como nosso grupo é grande e temos médicos com graus variados de experiência, mas todos com vários anos de atividade em reprodução humana, os preços variam conforme o médico que você escolher.

Independentemente do médico que você escolher para consulta e seguimento do tratamento, os valores já estão estabelecidos. A paciente é livre para escolher sem qualquer análise dos recursos financeiros. Os orçamentos seguem uma tabela e a paciente recebe por escrito após avaliação médica e determinação da conduta precisa.

É importante conhecer os nossos profissionais. O diretor da Clínica GERA é o Dr. Joji Ueno) que desde o termino da residência médica em 1986 dedica-se à infertilidade. Fez sua especialização nos Estados Unidos da América e depois orientou a montagem do Laboratório de Fertilização in vitro do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP, conduziu a parte laboratorial do primeiro “bebe de Proveta” em Hospital Público (HCFMUSP) em 1991. Fundou o GRUPO GERA em 1993. Editou o primeiro livro de vídeolaparoscopia/histeroscopia em 1996. Organizou e coordenou o primeiro curso de Pós-graduação Lato Sensu em Reprodução Humana Assistida do Hospital Sírio Libanês em 2006. No ano seguinte até os dias atuais, mantém o curso de Pós-graduação com a equipe do GRUPO GERA. Esta mesma equipe atende na Clínica GERA as pacientes com valores diferenciados, conforme o profissional (informe-se).

Todos os médicos da Clínica GERA são têm títulos acadêmicos pela USP ou UNIFESP. A Dra. Marise Samana é Doutora pela UNIFESP e com especialização na França. O Dr. Fabio Ikeda tem toda sua formação na USP, inclusive o Mestrado. O Dr. Alexander Kopelman é doutor pela UNIFESP. Mais recentemente, temos vários outros médicos fazem parte do Grupo GERA e são credenciados pela equipe da Clínica GERA para trabalhar em parceria. São médicos de São Paulo e outros estados.

A equipe médica que atende pacientes do Projeto Girassol tem a formação em reprodução assistida no instituto GERA e conta com a colaboração da equipe da Clínica GERA.

A política de preços justos, condutas éticas faz o Grupo GERA crescer.

Muitos anos atuando no ensino sempre com ética e transparência, atraíram centenas de ginecologistas para nossos cursos para aprender como tratar casais inférteis. Há muitos anos temos incentivado alunos (todos ginecologistas) a conduzir casos de infertilidade. Inclusive muitos montam seus próprios serviços.

Em 2016, o Dr. Antônio Miziara e Dra. Klissia P S Piccinin, que se destacaram como alunos, nos ajudaram a inaugurar nossa Filial em Campo Grande – MS, um dos laboratórios mais modernos do Brasil, concebido desde a sua construção para ser um laboratório de reprodução assistida.

Assim, os valores são diferenciados. O mais importante é que individualizamos as condutas com a investigação das causas de infertilidade e com preços justos.  Realizamos os tratamentos com melhor custo-benefício possível e nunca indicamos a fertilização in vitro sem temos a certeza que é a melhor opção.

A infertilidade é um problema que atinge muitos casais. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema afeta cerca de 15% a 20% dos indivíduos em idade fértil no mundo.

São diversas as causas que podem levar à infertilidade. Os casais devem procurar avaliação médica após 12 meses de tentativas naturais sem sucesso. Esse é o tempo médio em que os casais normais atingem a concepção, já que, a cada mês, há apenas 20% de chance de gestação. Para descobrir a causa, é preciso realizar exames, uma vez que a dificuldade para engravidar não indica necessariamente a  infertilidade. Veja também: Infertilidade feminina: 9 causas da perda da fertilidade da mulher

Um destes exames é a histerossalpingografia. Uma das causas de infertilidade é a obstrução (entupimento) das trompas assim por meio da histerossalpingografia é possível verificar se essa pode ser a causa da infertilidade da mulher. Para isso, o teste analisa principalmente as tubas uterinas da paciente, podendo verificar se elas estão alteradas (dilatadas,aderidas ou obstruídas) . A tuba uterina é o local no qual o óvulo aguarda pelos espermatozoides, para que seja a fecundado e originar a  gravidez. Caso existam alterações nessas estruturas, os óvulos e espermatozóides não irão se encontrar.

Para que serve a histerossalpingografia?

 

 

Outra função do exame é verificar malformações uterinas e qualquer outra alteração na anatomia do órgão. Cicatrizes no interior do útero podem, por exemplo, prejudicar a aderência do embrião, impedindo o desenvolvimento da gravidez.

Uma histerossalpingografia ainda funciona para a investigação de repetidos abortos. Alterações na forma do útero são responsáveis por aproximadamente 15% destes casos.

O teste é realizado por meio de um raio-X específico, com a injeção de uma solução através do colo uterino, que irá contrastar a cavidade uterina e as trompas. Pode diagnosticar também alterações na anatomia do útero (forma,contornos,cavidade). Pode diagnosticar miomas, alterações do endométrio,e da formação uterina (útero bicorno, septado etc ).

Além destes, a histerossalpingografia pode descobrir o acúmulo de líquido nas tubas uterinas, chamado de hidrossalpinge, e espasmos tubários. Se a paciente tiver realizado recentemente uma cirurgia nas tubas, o médico pode solicitar o exame para verificar o sucesso da operação.

Histerossalpingografia: Qual o preparo?

Como explicado até aqui, uma histerossalpingografia é geralmente solicitada quando a mulher apresenta dificuldades para engravidar. Pode ser usada também no pós-cirúrgico no sistema reprodutor, de modo a verificar o sucesso da operação. Contudo, antes de realizar o exame são necessários alguns cuidados.

Em primeiro lugar, é importante ter a certeza de que a paciente não está grávida. Isso porque, durante o exame é utilizado contraste que pode prejudicar o feto. A mulher ainda precisa informar ao médico sobre a presença de doenças inflamatórias ou sexualmente transmissíveis. Assim como da existência de alergia ao contraste iodado.

Exames de histerossalpingografia são realizados entre o 5º e 10º dia do período menstrual da mulher. Ou seja, no entre o 5º e 10 º dia após a data de início da menstruação daquele mês. No dia anterior ao teste, é necessário que a mulher mantenha abstinência sexual e siga as orientações fornecidas pelo serviço que irá realizar o exame.

Histerossalpingografia com sedação

Para realizar a histerossalpingografia, a mulher permanece em posição ginecológica por pelo menos 15 minutos. Para muitas delas, o teste é desconfortável e doloroso. Para evitar qualquer sensação desagradável, então, é mais comum que os médicos indiquem a realização do exame com sedação. Assim, a paciente tem sua ansiedade e consciência diminuídos durante o procedimento.

Como é feito Histerossalpingografia

De forma geral, um exame de histerossalpingografia dura aproximadamente 15 minutos. Para realizá-lo, a mulher é colocada na chamada posição ginecológica, semelhante à necessária no exame de Papanicolau.

Em seguida, é injetado no colo uterino o líquido conhecido como contraste. Assim que adentra o sistema reprodutor, o líquido se espalha, mapeando e percorrendo o útero e tubas. É por meio de seu uso que o médico consegue avaliar a anatomia das trompas e do útero. Sem o líquido, o resultado seria semelhante a um raio-X comum, insuficiente para a visualização detalhada do interior do corpo feminino.

Logo depois, são realizadas diversas radiografias da região pélvica,, em sequência. Essa rapidez na “fotografia” da região tem como objetivo verificar o caminho que o contraste realizará dentro do útero. Analisando este caminho, torna-se mais fácil perceber alterações no sistema. Além, é claro, do exame facilitar a perceção das causas destas alterações.

Com os resultados em mãos, o ginecologista pode indicar o tratamento mais adequado para solucionar alguns dos  problemas de fertilidade da mulher.

Como é o resultado?

O resultado do exame constará de um laudo (elaborado pelo radiologista que realizou o exame ) e das imagens. De posse desse resultado o ginecologista analisará as imagens e poderá indicar o tratamento mais adequado para solucionar o problema da infertilidade.

Caso o exame tenha um resultado normal, outras causas da infertilidade deverão ser avaliadas como por exemplo: fatores masculinos, fatores hormonais, fatores ovulatórios etc.

Por isso é fundamental que o homem também realize testes para avaliação da sua fertilidade. Em 30% dos casos, a infertilidade é gerada por fatores masculinos. Em outros 30%, os fatores são femininos. Nos 30% seguintes, a infertilidade é gerada por fatores do casal, e nos 10% restantes dos casos, o casal apresenta infertilidade por causa indefinida.

Se estiver alterado, o que se observa com mais frequência é a obstrução (entupimento da trompas).

Exames complementares

 

 

Independentemente da obtenção do diagnóstico ou não, é comum que o médico solicite a realização de exames complementares. Ou para a confirmação do problema percebido, ou para a descoberta de outras causas de infertilidade.

Outros exames costumam ser solicitados para complementar o diagnóstico, porque a histerossalpingografia analisa apenas o interior do útero e das trompas. Outras estruturas pélvicas, como os ovários, só podem ser verificados por ultrassom, ressonância magnética ou até mesmo videolaparoscopia

Uma videolaparoscopia, por exemplo, é realizada por meio de uma microcâmera inserida na cavidade abdominal. Ela é necessária porque existem situações em que o contraste não consegue chegar às tubas uterinas pela simples contração do músculo local. Ou seja, não há uma real alteração, mas apenas uma obstrução momentânea. O exame de imagem, então, pode confirmar ou refutar o diagnóstico preliminar.

Ultrassons e ressonâncias magnéticas, por outro lado, podem complementar o exame de histerossalpingografia.

De qualquer modo, é fundamental realizar todas essas consultas com um profissional de confiança. Apenas um médico especialista pode indicar os procedimentos necessários e realizar o diagnóstico correto. Dessa forma, obter sucesso no tratamento e na concepção será mais simples.

Cuidados pós-exame

Após a realização do exame, é comum que a mulher sinta alguma cólica abdominal. Sabendo disso, o ginecologista pode receitar remédios específicos para  dor, que podem ser analgésicos ou anti-inflamatórios.

Presença de secreção vaginal ou  leve sangramento podem ser percebidos após o exame.

Os sintomas,  tendem a desaparecer em algumas horas, permitindo a volta às atividades cotidianas rapidamente. Se houver algum desconforto um pequeno repouso será suficiente para o desaparecimento dos sintomas.

Por fim, é fundamental que a paciente tenha atenção à ocorrência de sinais como tonturas, febre, dor, cólicas e sangramentos, com grande intensidade. No entanto não é necessária a preocupação em relação ao contraste líquido. Após o teste, todo ele é eliminado do corpo.Em casos específicos de alergias prévias aos componentes do contraste , outras opções serão oferecidas.

Histerossalpingografia dói?

 

 

A percepção da dor em qualquer procedimento ou exame é bastante relativa, especialmente relacionada à sensibilidade do indivíduo à dor. Para algumas mulheres, o suportar do incômodo é simples, enquanto para outras a mínima sensação é bastante desagradável.

A histerossalpingografia não provoca dor intensa. O máximo que a paciente sente é um certo incômodo pela posição ginecológica e pela sensação de cólica que a injeção do  contrastante faz possa provocar. No caso do líquido encontrar obstrução na passagem, a mulher pode perceber uma contração pouco mais dolorida.

Durante o teste, as cólicas percebidas são mais leves, e geralmente não duram mais de 5 minutos. Ainda assim, para evitar os incômodos, as clínicas administram uma série de cuidados com a paciente antes do exame. É comum, por exemplo, que seja utilizado analgésico antes o teste, visando diminuir o desconforto.

Cuidado semelhante é realizado para evitar infecções. Neste caso, são utilizados antibióticos antes ou depois do exame. Além disso, o contraste usado no teste é sempre hidrossolúvel, ou seja, que se dissolve na água.

Já o espéculo, ou seja, o instrumento que dilata a vagina, é feito de plástico descartável. Mais flexível, o material diminui o desconforto inicial. O catéter do procedimento é igualmente descartável, além de fino e delicado.

Histerossalpingografia vantagens

Sem dúvida, a principal vantagem da realização da histerossalpingografia é a fácil visualização de seu resultado. Como mapeia todo o caminho que percorre, o líquido contrastante permite ao médico analisar de forma mais simples qualquer alteração ou obstrução do útero ou trompas. Mesmo quando não é determinante, o exame simplifica o diagnóstico, que pode ser confirmado por outros testes.

Além disso, a histerossalpingografia é um exame pouco invasivo. Possui ainda poucas chances de complicações, e as que existem podem ser rapidamente controladas pelo médico ginecologista. Em muitos casos, o teste consegue também aumentar as chances de concepção natural, por motivos que ainda apresentaremos neste texto.

Onde fazer o exame de Histerossalpingografia

Para realizar a histerossalpingografia, é indicado que a paciente procure clínica de radiografia especializada. O especialista responsável pela realização e análise do teste será o radiologista, e quanto maior confiança a mulher e ginecologista tiverem no profissional, mais facilmente será obtido o diagnóstico.

Histerossalpingografia ajuda a engravidar?

Há vários relatos de mulheres que, após realizar o exame de histerossalpingografia, engravidaram naturalmente. Isso acontece porque, caso haja apenas uma obstrução pequena e simples na trompa, o líquido contrastante pode vencê-la. Logo, os espermatozoides do homem conseguem alcançar o óvulo disponível na trompa, fecundá-lo e dar origem à gravidez.

Contudo, é importante destacar que a histerossalpingografia é um exame diagnóstico, e não tratamento para a infertilidade. Logo, ela pode desobstruir as trompas, mas este não é o resultado mais comum. O resultado mais comum consiste na percepção do problema pelo médico e então no tratamento da causa da infertilidade presente.

Como o diagnóstico é o objetivo principal do exame, assim que ele for realizado por meio da histerossalpingografia e dos exames complementares citados, o médico pode prescrever o tratamento mais indicado para a condição. Entre as terapias possíveis estão, por exemplo, o uso de remédios,a cirurgia, a indução da ovulação (coito programado), ou mesmo os tratamentos de reprodução assistida.

Histerossalpingografia e gravidez

 

Caso nenhuma dessas terapias mais “brandas” dê resultado, a solução para a infertilidade podem ser as técnicas de reprodução assistida. Como a fertilização in vitro. O método consiste na punção dos óvulos da mulher e do recolhimentos dos espermatozoides masculinos. Os gametas são, então, unidos em laboratório, gerando um embrião. Após de cerca de 5 dias cultivado, o embrião é transferido para o útero da mulher, onde deverá se agarrar e se desenvolver. Caso consiga fazê-lo, dá-se início à gestação.

Outro método comum para a reprodução assistida é a inseminação artificial. Neste caso, apenas os espermatozoides são colhidos, e inseridos no fundo do útero feminino. A técnica diminui o caminho a ser percorrido pelos gametas, facilitando sua chegada ao óvulo feminino disponível na tuba uterina.

Se o problema diagnosticado para a infertilidade for na morfologia do útero, pode ser indicado utilizar a chamada barriga solidária. No Brasil, a Lei determina que parentes de até quarto grau de um dos pais podem ser barriga solidária de uma gestação. Neste caso, é utilizada a técnica de fertilização in vitro, e os gametas do pai e mãe do futuro bebê são levados ao laboratório. Depois, o embrião é transferido para a barriga solidária, onde será gerado.

Por outro lado, caso haja alterações nos gametas dos futuros pais, há ainda solução. Neste caso, é sugerida a utilização de gametas doados. No País, a Lei determina que os utilizadores dos gametas não podem conhecer os doadores. Toda a doação, aliás, é feita no anonimato.

Quem escolhe os gametas a serem utilizados é o médico responsável pelo tratamento de reprodução, visando garantir que as características físicas dos cedentes sejam semelhantes aos dos pais do bebê. O embrião pode ser transferido para o útero da mãe, caso este seja saudável, ou para barriga solidária.

Histerossalpingografia preço, quanto custa?

Os custos para a realização da histerossalpingografia variam por uma série de fatores. Primeiro, de acordo com a região do país, uma vez que alguns locais cobram mais pelo exame. A escolha do laboratório também influencia no valor final.

É importante ressaltar, contudo, que é fundamental possuir a recomendação médica para a realização do teste. Afinal, é importante que o especialista análise uma série de condições da saúde da paciente antes de sugerir o procedimento.

Assim, é difícil estabelecer um custo preciso para a realização do exame.

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A vídeo-histeroscopia ou simplesmente histeroscopia, passou a ter seu campo de atuação muito difundido e ampliado, devido à possibilidade de se observar em monitores as imagens do interior do útero. Uma óptica é introduzida através da vagina e chega à cavidade uterina, que é iluminada, propiciando imagens nítidas em alta definição. Assim, pode-se proceder a gravação ou a obtenção de fotos. A vídeo-histeroscopia pode ser diagnóstica ou cirúrgica.

Como os nomes sugerem, as histeroscopias diagnóstica e cirúrgica são utilizadas para objetivos diferentes. A diagnóstica funciona para a visualização da parte interna de algumas partes do sistema reprodutor feminina. São elas o canal endocervical e o útero.

Esse tipo de exame é realizado para investigar qualquer problema intra-uterino. É indicado principalmente quando a mulher apresenta dificuldades para engravidar. É ainda teste obrigatório antes de procedimentos como a fertilização in vitro, para que seja possível avaliar as chances de sucesso da técnica de reprodução.

Enquanto isso, a histeroscopia cirúrgica é uma operação realizada sem nenhum corte. O procedimento é guiado por um monitor de vídeo, que obtém imagens por meio dos histeroscópios inseridos no útero. Para facilitar a visualização, o médico costuma aplicar soro fisiológico na cavidade, de modo a distendê-la.

Há situações, no entanto, que as mulheres não devem realizar nenhum dos tipos de histeroscopia. Como as gestantes, ou mulheres com infecções genitais. Isso porque o procedimento pode provocar aborto, ou então a complicação da doença presente. Mulheres em período menstrual também não podem realizar a técnica, pois o fluxo de sangue atrapalha a visibilidade da cavidade uterina.

Histeroscopia diagnóstica

A histeroscopia diagnóstica pode ser realizada em ambulatório hospitalar ou no consultório médico, indicada para identificar e investigar possíveis alterações intra-uterinas. Um exame simples, utilizado para visualização e inspeção do interior da cavidade uterina.

Entre os problemas que a histeroscopia pode diagnosticar está a infertilidade. Com o exame, o médico consegue perceber, por exemplo, alterações nos ovários, ou no próprio útero. É possível ainda localizar e verificar pólipos, miomas, aderências uterinas e hemorragias.

Ao mesmo tempo, este exame ambulatorial consegue analisar aderências uterinas, alterações no endométrio ou adenocarcinomas. Como citado, ele é fundamental no preparatório à fertilização in vitro, pois permite verificar a adequada saúde do útero para receber o embrião fecundado em laboratório. Caso a mulher sofra de abortamentos frequentes, a histeroscopia diagnóstica é igualmente útil. Se alterações forem encontradas, o médico poderá indicar a histeroscopia cirúrgica.

Histeroscopia diagnóstica: preparo

Para realizar o procedimento, é importante que a mulher evite relações sexuais por pelo menos 72  horas antes do teste. Após o exame, ela também deve aguardar ao menos 24 para voltar à atividade sexual.

A preparação à histeroscopia ainda inclui o consumo de um comprimido para prevenção de cólicas. A paciente deve tomá-lo cerca de meia-hora antes do exame. Em seguida, a mulher deverá ficar em posição ginecológica, como a do exame de Papanicolau. O médico, então, insere um dilatador mecânico no útero, e um histeroscópio. O instrumento tem até 4 milímetros de diâmetro.

Visando permitir a melhor visualização do interior do corpo, o histeroscópio conta com um emissor de luz em sua ponta. Também na ponta do instrumento, há uma microcâmera, que irá captar e transmitir imagens para um monitor de vídeo.

Há casos em que a mulher é sedada para a histeroscopia diagnóstica. Em outros, não. A sedação depende da avaliação médica.

Resultados do diagnóstico

 

 

Com a realização da histeroscopia diagnóstica, o médico pode analisar o tamanho, forma e tamanho de todo o útero. Ao mesmo tempo, o resultado pode indicar sinais de tumores, lesões, pólipos ou miomas. Caso situações assim sejam percebidas, o ginecologista deverá solicitar exames adicionais para confirmação dos problemas.

Os casos de complicações do exame são raros, uma vez que ele é relativamente simples. No entanto, eles podem acontecer, e incluem sangramentos e infecções. É igualmente possível que o histeroscópio realize o trajeto errado no útero, ou provoque sua perfuração.

Outro tipo de complicação possível é a intoxicação hídrica, que ocorre quando o organismo absorve mais líquido do que pode suportar. Caso o útero não se dilate, pode impedir a passagem do histeroscópio. São ainda possíveis lesões em órgãos próximos, como a bexiga. Porém, é importante ressaltar, novamente, que os problemas têm pouca ocorrência.

Histeroscopia com biópsia

Além da histeroscopia diagnóstica comum, mais simples, o ginecologista pode indicar a realização do procedimento com biópsia. A opção também verifica a cavidade abdominal, mas desta vez com a retirada de uma amostra de tecido, para análise em laboratório.

Esse tipo de teste é utilizado para diagnosticar uma série de problemas no aparelho reprodutor feminino. Como miomas, aderências ou pólipos.

Sua realização acontece como no procedimento anterior, com a dilatação do útero e inserção de histeroscópio na cavidade. Em seguida, porém, o histeroscópio é retirado do útero, e uma delicada pinça de biópsia é inserida em seu lugar. logo, faz-se a retirada do material para análise.

Exames complementares

Apesar de bastante útil e preciso, a histeroscopia pode demandar a realização de exames complementares. A histeroscopia diagnóstica ou cirúrgica deve ser precedida de ultrassonografia transvaginal e por vezes de uma histerossalpinogografia. Estes exames fornecem imagem que ajudam na complementação diagnóstica da histeroscopia. Assim, dão dicas se existe pólipos, miomas intrauterinos ou malformação congénita. A histerossapingografia é feita com a introdução de contraste para dentro do útero e realiza-se a radiografia do útero. Ela permite que o médico verifique mais detalhadamente aspectos anatômicos das tubas uterinas e do útero em si.

Histeroscopia cirúrgica

Histeroscopia Cirúrgica, geralmente é precedida de histeroscopia diagnóstica para o planejamento cirúrgico.   

A histeroscopia cirúrgica é realizada em um centro cirúrgico com anestesia (raqui ou sedação), pois são utilizados instrumentais mais calibrosos e os procedimentos são mais complexos que na histeroscopia diagnóstica, sendo mais seguro e rápido.

Procedimentos de histeroscopia cirúrgica precisam ser realizados em centros cirúrgicos, que possuem todo o aparato médico necessário. Diferentemente do teste diagnóstico, que é realizado no próprio consultório ginecológico.

Este método é utilizado para o tratamento de alterações no sistema reprodutor feminino. Geralmente, a alteração afeta na capacidade de reprodução da mulher, e precisa ser tratada para que haja chance de concepção.

As cirurgias mais realizadas por meio da histeroscopia são:

● Polipectomia;

● Miomectomia;

● Lise de sinéquias intrauterinas;

● Septoplastia;

● Ablação ou redução endometrial.

Na realização da cirurgia, a mulher precisa ficar em posição ginecológica, sob anestesia. Em seguida, o colo uterino é dilatado com um instrumento mecânico, conhecido como “vela de Hegar”. Então, introduz-se certa quantidade de soro fisiológico no órgão, para que a visibilidade seja aumentada.

Em grande parte dos procedimentos, nenhum tipo de corte é realizado para inserção de equipamentos. No total, a retirada do problema presente dura entre 30 minutos e uma hora. É comum que a paciente receba alta após aproximadamente algumas horas, pois não é necessária internação prolongada.

Mas e as indicações?

 

 

Os pólipos do útero e miomas intrauterino (tumores benignos) podem ser causas de infertilidade ou sangramento uterino anormal. Assim, a polipectomia e a miomectomia estariam indicadas. Diâmetros acima de 3 cm exigem maior experiência e habilidade do profissional. Nessas cirurgias, os tumores são retirados por fatiamento dos mesmos.

Sinéquias e septos uterinos são a mesma coisa?

Sinéquias e septos uterinos são semelhantes em sua aparência, apesar de serem diferentes na origem. Encontram-se no interior do útero, ligando as paredes e diminuindo o espaço, o que pode levar à infertilidade, indicando-se a lise de sinéquias e septos. As sinéquias são decorrentes de agressões intrauterinas (curetagem uterina) e os septos são congênitos (as pacientes já nascem com eles).

Sangramento uterino anormal

O sangramento uterino anormal pode ser decorrente de alterações endometriais que não respondem a tratamento clínico, sendo indicada a sua retirada ou redução (ablação ou redução endometrial). Isto leva a parada dos sangramentos genitais em quase totalidade dos casos, evitando a histerectomia (retirada do útero).

Histeroscopia: recuperação

Como não são feitos cortes, a recuperação da histeroscopia cirúrgica é relativamente rápida. Após o procedimento, é comum que a mulher sofra com algumas cólicas, muito semelhantes ao do período menstrual. O sintoma é resolvido com o uso de um analgésico, que deverá ter sido receitado pelo ginecologista.

Outro sinal comum no pós-procedimento é o leve sangramento, como o do final da menstruação. Há casos em que ele desaparece em poucos dias, ou pode se estender até o próximo período menstrual. É importante que o médico faça o acompanhamento destes sintomas, podendo indicar se ele é normal ou não.

Para o melhor acompanhamento, é necessário que a paciente realize consulta ginecológica dez dias após a operação. Assim, o médico poderá avaliar a resposta do corpo feminino ao procedimento. Essa visita deve acontecer mais rapidamente, ou em mais vezes, caso alguns sintomas aconteçam. Como sangramento intenso, ou reações alérgicas.

De forma geral, a mulher pode retornar completamente às suas atividades cotidianas, inclusive de esportes, entre dois a cinco dias após a cirurgia. Para a melhor recuperação, é importante evitar relações sexuais por pelo menos 15 dias pós-procedimento.

Histeroscopia cirúrgica: repouso

Após a realização da histeroscopia cirúrgica, a mulher precisa aguardar o fim do efeito da anestesia. Em seguida, é necessário que ela permaneça em observação por pelo menos 40 minutos, no  máximo poucas horas. Isso vai permitir ao médico verificar qualquer alteração causada pelo anestésico. Em casos especiais, ou de sintomas intensos, o especialista pode solicitar a internação por mais ou menos 24h, para avaliação mais detalhada.

Histeroscopia dói?

Quando vai realizar uma histeroscopia cirúrgica, a mulher é anestesiada. Logo, não sente nenhuma dor durante o procedimento. No pós-cirúrgico, porém, o incômodo é relativo. Algumas pacientes são sensíveis à dor, enquanto outras não apresentam qualquer desconforto. Por isso, é importante que o médico avalie o pós-cirúrgico com cuidado.

Histeroscopia: preço

O preço para realização da histeroscopia cirúrgica varia de acordo com a região do País, capacitação e experiência do médico. A cirurgia pode ser simples, mas tem potencial para complicar. O útero pode ser perfurado lesando alças intestinais, pode ocorrer sinéquia no pós-operatório (uma parede do útero pode aderir a outra) impedindo a gravidez futura. Podem ocorrer outras complicações. Por isto, a cirurgia tem valores variáveis. A histeroscopia diagnóstica é mais simples e portanto, com custo menor.  Na região Norte, por exemplo, ela pode ser feita por preço médio de R$300 e em SP pode chegar a R$ 1000 reais. Se com sedação, aumenta mais o preço.

Histeroscopia versus infertilidade

 

 

A técnica pode oferecer ótimos resultados contra a infertilidade feminina. Isso uma vez que elimina alterações uterinas, garantindo a melhor saúde do órgão para a concepção.

Imagine que o útero feminino apresente alterações no endométrio. O endométrio é o tecido que reveste o interior do órgão, e que permite o desenvolvimento preliminar de um embrião. É nele que o embrião se “agarra” ao ser formado pelo encontro entre óvulo e espermatozoides, e por onde é nutrido até a formação de uma placenta. Logo, eliminar problemas na formação endometrial é fundamental para garantir a concepção.

Essa atenção é necessária não apenas para a concepção natural. Quando a mulher vai realizar técnica de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, precisa passar pela histeroscopia diagnóstica para avaliar melhor a cavidade uterina.

Assim, caso percebidas alterações, a cirúrgica poderá ser utilizada para tratamento. Isso vai garantir a maior chance de sucesso da técnica assistida, algo fundamental, uma vez que ela demanda financeiramente e emocionalmente do casal em tratamento.

Na Clínica GERA contamos com a histeroscopia diagnóstica com ou sem sedação. Alguns procedimentos como a retirada de pequenos pólipos ambulatorialmente devido a instrumentos adequados. Realizamos exames para nossas pacientes e de outros médicos.

Quando a mulher desenvolve um mioma, pode apresentar sintomas bastante característicos. Como cólica intensa e aumento do fluxo ou até hemorragia menstrual. Conviver com esses problemas é perigoso, além de trazer uma série de desconfortos no dia a dia. Para resolvê-los, uma solução costuma ser a miomectomia.

Miomectomia: por que é realizada?

Os miomas são nódulos /tumores benignos que surgem no útero da mulher.  Eles se formam a partir do músculo do útero, e podem aparecer tanto do lado de dentro, quanto de fora do órgão. A presença de um mioma, além dos sintomas  já citados, pode também  alterar  o formato do útero.

Um mioma pode se desenvolver de forma isolada, como um tumor único, ou como múltiplos nódulos. Nesse último caso, a condição é caracterizada como leiomiomatose ou miomatose uterina, que pode ser tratada também por meio da miomectomia. A operação realiza a retirada dos miomas do útero da mulher.

A Medicina ainda não conseguiu identificar uma causa específica para o desenvolvimento de miomas uterinos e podem estar associados a vários fatores. A influência dos hormônios naturais  progesterona, estrogênio parece estar diretamente ligado ao crescimento dos miomas. Outro fator é a presença de predisposição familiar e  genética.

Esse tipo de distúrbio só atinge geralmente  mulheres em idade fértil. Isso significa que nem crianças, nem mulher na menopausa  apresentam sintomas relacionados aos miomas.  Estatísticas mostram que o problema é mais comum entre mulheres com idade entre 40 e 50 anos. De acordo com os mesmos dados, miomas são mais comuns em mulheres negras.

Cerca de 20 a 40% das mulheres do mundo irão desenvolver um mioma uterino em algum momento da vida. Muitas delas, porém, nem mesmo apresentam sintomas (são assintomáticas) . Nestes casos, percebem a presença de um tumor apenas após a realização de ultrassonografia de rotina ou quando  encontraram dificuldades para engravidar. Principalmente quando o mioma cresce para dentro do útero ou deforma a cavidade endometrial pode dificultar o processo de implantação do embrião ou  de dificultar o desenvolvimento do feto.

É importante ainda destacar que os miomas muito raramente podem se transformar em um câncer.  Ou seja na imensa maioria das vezes trata-se de um tumor benigno. As maiores consequências da condição são seus sintomas (sangramento intenso e e cólica)  e a dificuldade em engravidar.

Miomectomia: alternativas ao tratamento

 

 

Segundo pesquisas, a cirurgia para a retirada dos miomas consegue controlar os sintomas em 80% dos casos. Contudo, algumas mulheres podem desenvolver novamente o problema certo tempo depois. caso isto aconteça e permaneça os sintomas  o médico pode indicar a retirada do útero com solução definitiva para o problema.

Assim como qualquer cirurgia, a miomectomia possui riscos intrínsecos. No caso de haver hemorragia, por exemplo, o médico pode ter que retirar o útero da mulher, mesmo que não fosse este o objetivo inicial.  Às paciente acima do peso ideal podem ter dificuldade para realizar o tratamento cirúrgico e neste casos pode ser interessante fazer a retirada do útero pela vagina como forma de minimizar os risco .

Outros métodos de tratamento para os miomas são menos comuns, mas igualmente possíveis. Eles incluem, primeiro, a ablação do endométrio, ou seja, a destruição ou ressecamento das camadas internas do útero (endométrio) como forma de controlar o principalmente o sangramento excessivo. Outra alternativa possível é a realização de uma embolização das artérias que estejam nutrindo os miomas (artérias uterinas) . Este último tratamento não é bem indicado nos casos de infertilidade pois pode alterar o fluxo sangue e dificultar a implantação do embrião.

Além do tratamento cirúrgico, pela miomectomia, os problemas com miomas podem ser muitas vezes  controlados com medicamentos. Isso depende, no entanto, da gravidade da condição e do número de nódulos. Os remédios podem diminuir os miomas e controlar os sintomas. A cirurgia geralmente é indicada quando existe falha dos tratamento medicamentosos ou no caso de infertilidade quando o mioma cresce para dentro do útero.  

Ademais, há casos em que um tratamento nem mesmo é necessário. Como em mulheres que estão entrando na menopausa. Neste período, o corpo feminino diminui seus níveis hormonais. Em consequência, os miomas também costumam diminuir, e podem até mesmo sumir sozinhos.

Miomectomia: tipos

Existem três modos de realização da miomectomia. O primeiro tipo é da miomectomia abdominal. Em seguida, vem a miomectomia histeroscópica, também chamada de miomectomia videohisteroscopia. Por fim, há a miomectomia laparoscópica, também conhecida como miomectomia videolaparoscopica.  Acompanhe e descubra como cada uma é realizada!

Miomectomia abdominal

A miomectomia abdominal é um procedimento semelhante a uma cesária. Para sua realização, é feito um corte na região da pelve, corte que chega até o útero e permite a retirada do mioma.

Miomectomia histeroscópica

Já na miomectomia por videohisteroscopia, o médico insere na vagina da mulher um histeroscópio. Trata-se de um instrumento óptico permite ver o interior do útero graças a uma câmera, que transmite as imagens para um monitor de vídeo.

Uma cirurgia histeroscópica é indicada apenas para os miomas submucosos (miomas que crescem para dentro do útero) . Visualizando o interior do órgão, o cirurgião utiliza o mesmo instrumento para cortar, coagular e retirar os miomas que a mulher apresentar. Assim como anterior, esse tipo de operação precisa ser realizado em ambiente hospitalar, com a paciente sob anestesia.

Miomectomia laparoscópica

Finalmente, na miomectomia videolaparoscopica são realizadas pequenas incisões no abdômen da mulher. Os cortes são menores do que um centímetro, e servem para a inserção de microcâmera e outros instrumentos no útero. Os instrumentos fazer a retirada do mioma.

Uma operação laparoscópica é utilizada apenas quando o mioma está localizado na parte externa do útero (miomas subserosos) ou dentro da musculatura do útero (miomas intramurais). Também pode ser indicada caso existam outras doenças presentes, como a endometriose pélvica ou cistos no ovário. Em caso de comprometimento das tubas uterinas, a cirurgia igualmente indicada.

Miomectomia e gravidez

 

 

Por que existem dificuldades?

Tanto um mioma, quanto uma miomectomia, podem afetar a capacidade da mulher de engravidar. Afinal, ambos criam alterações no útero, o órgão que funciona como porta de entrada aos espermatozoides e também responsável pelo desenvolvimento de um embrião.

No caso da realização da miomectomia, os efeitos à fertilidade ocorrem devido a cicatrizes. Quando um mioma é retirado, formam-se aderências cicatriciais na parede do órgão. Segundo estudos, essas “marcas” podem dificultar a gravidez nos primeiros  anos pós-cirurgia.

Há registro ainda dessas cicatrizes favorecerem o rompimento do útero durante a gestação, ou mesmo no momento o parto. Essas ocorrências, contudo, são raras.

A mulher que passar por miomectomia pode engravidar?

Essas situações não significam, no entanto, que a mulher não será mais capaz de conceber – apenas que o processo será mais complicado. A avaliação correta das condições de gravidez precisa ser realizada por médico especialista.

A possibilidade de gestação vai ocorrer de acordo com a o método utilizado de miomectomia e o processo de recuperação do corpo. O endométrio, ou seja, a parede interna do útero, também precisa estar saudável. Isso uma vez que ela será a responsável por receber o embrião e nutri-lo até o desenvolvimento de uma placenta.

Nas consultas pós-cirurgia, o médico vai realizar ultrassom e analisar as condições do útero: se existem cicatrizes, sua extensão, e se ainda há presença de mioma ou não.

De qualquer modo, caso a mulher que vai realizar miomectomia deseje engravidar, precisa indicar esse desejo ao médico. Assim, o especialista poderá repensar a realização da cirurgia. Ou mesmo a possibilidade de retirada do útero, utilizada para a eliminação completa das chances de  desenvolvimento de miomas. Se o útero for removido, a mulher não poderá mais engravidar de forma natural .

Como citado anteriormente, o principal problema de um mioma são seus sintomas. Há casos, contudo, em que é possível engravidar mesmo com sua presença.

Além disso, pode ser possível utilizar métodos de reprodução assistida para a concepção. Mais uma vez, as alternativas precisam ser avaliadas pelo médico, mas incluem técnicas como a fertilização in vitro e a inseminação artificial.

Mesmo que a mulher não consiga gestar um bebê, poderá utilizar a chamada barriga solidária. Assim, outra mulher irá gerar seu bebê, mas utilizando os gametas da mãe e de seu parceiro.

Miomectomia: pós-operatório

 

 

Em qualquer pós-operatório de cirurgia ginecológica, é necessário tomar alguns cuidados básicos. Como a pouca movimentação do corpo: independentemente do tipo de miomectomia realizada, o útero e abdômen da mulher ficarão sensíveis. A movimentação pode causar dor e causar sangramentos, sintomas que podem dificultar a cicatrização da operação.

Também é fundamental realizar a limpeza correta e troca dos curativos. Ao sair do consultório, a paciente receberá instruções específicas a este cuidado. Manter a ferida limpa vai garantir que ela cicatrize, além de evitar que ocorram infecções na área.

Após a cirurgia, podem ocorrer alterações no corpo de acordo com o local do mioma retirado. Miomas próximos aos ovários ou tubas, por exemplo, podem afetar a liberação e fecundação do óvulo. Ademais, as cicatrizes no útero podem dificultar a gravidez. Caso o útero seja retirado, a gravidez será impossível, já que é no órgão que o embrião se desenvolve.

A miomectomia, de qualquer modo, não altera a libido ou prazer feminino.

Durante  o pós-operatório, a mulher precisa buscar auxílio médico caso apresente febre, vômitos incessantes sangramentos abundantes. A dor forte no abdômen que não desaparecer com o uso de medicamentos  receitados pelo médico também é um sinal de alerta. Tal qual a existência de secreção fétida, vermelhidão, calor ou sangramentos na ferida da operação.

Miomectomia: recuperação

Quando passa pela miomectomia, a mulher precisa ter atenção aos períodos indicados de inatividade. No pós-operação, é recomendado que ela permaneça de repouso por pelo menos uma semana. Assim, é essencial evitar qualquer tipo de esforço físico. O período vai garantir o início da correto da cicatrização da cirurgia.

Isso não significa, no entanto, que logo após uma semana a mulher poderá realizar atividades rotineiras. O carregamento de peso, realização de movimentos bruscos, movimento de abaixar e levantar, e exercícios físicos, só são indicados após três meses.

Já o tempo para realização da prática sexual deve ser recomendado pelo médico. O período médio de abstinência, no entanto, gira em torno de 30 dias. O tempo de resguardo vai evitar dores e infecções.

Finalmente, não costumam ser indicadas dietas especiais ao período pós-operatório. Basta manter uma alimentação saudável e rica em nutrientes. Caso uma dieta seja indicada, porém, a paciente deve segui-la à risca. Afinal, ela terá sido pensada exatamente ao seu quadro de saúde.

Em um casal que deseja ter filhos, a vida fértil da mulher merece especial atenção se comparada à do homem . Isso porque, eles são férteis durante quase toda a vida, embora não com  a mesma qualidade. Já as mulheres, na puberdade, têm em média 400 mil oócitos, mas apenas uma parte deles será liberada para a fecundação ao longo da vida

Uma mulher inicia sua vida fértil na puberdade, ou seja, por volta dos 13 ou 14 anos. A partir desta idade, ela passa a liberar ao menos um óvulo por mês. O óvulo é a célula reprodutora feminina, por isso, caso um espermatozóide se una a ele, já é possível originar à gravidez.

Contudo, é considerado como período fértil da mulher apenas o momento do mês em que o óvulo está disponível para fecundação. Nos demais dias, a mulher encontra-se em seu ciclo menstrual, em que o corpo é preparado continuamente para receber um bebê.

Conhecer seu período fértil é algo que facilita bastante a concepção. Afinal, ao saber o momento de disponibilidade do óvulo, o casal pode programar as relações sexuais, o que chamamos de coito programado, de modo que os gametas se encontrem e se unam.

Período fértil: ovulação

 

Todo o processo de entendimento do período fértil se inicia pelo conhecimento de seu ciclo menstrual. Entende-se por ciclo menstrual o processo contínuo em que o corpo se prepara para receber um embrião, libera o óvulo e, caso este não seja fecundado, origina-se a menstruação.

O ciclo menstrual de uma mulher é regido por seus hormônios. Há primeiro o FSH  e LH, produzidos na hipófise, e os mais conhecidos, estrogênio e progesterona, produzidos pelos ovários. São estas as substâncias responsáveis por promover a ovulação, ou seja, a liberação do óvulo, e  também por preparar o útero para a gravidez.

Passo a passo do ciclo menstrual

A mulher que  possui um ciclo regular, tem um ciclo de a 28 ou 30 dias. Isso significa que:  entre o início de um período e outro, há um intervalo mais ou menos de 28 a 30 dias. Nestes casos, seu período fértil ocorre no 14º  ao 16º dia do ciclo, contado a partir do primeiro dia da última menstruação.

Aliás, o período fértil de uma mulher sempre ocorre 14 dias antes da data da sua ultima menstruação, independentemente do tempo de intervalo entre um ciclo e outro, a fase pós ovulatória é sempre fixa em 14 dias e o que varia é a fase pré-ovulatória.

Para que o ciclo  se inicie, o cérebro produz o hormônio FSH. A substância é a responsável por promover o amadurecimento dos óvulos. Em seguida, os ovários produzem o estrogênio, que estimula o útero a tornar sua parede interna mais espessa. Essa parede é chamada de endométrio, e será ela a responsável por fixar o embrião caso ocorra a fecundação do óvulo.

Cerca de 14 dias após o início do processo, o óvulo já atingiu o tamanho adequado de 18 mm. Dessa forma, o LH age para liberá-lo. Então, o gameta é direcionado para a trompa uterina onde fica aguardando a chegada dos espermatozoides. Em seguida, os ovários produzem a progesterona, hormônio que vai garantir que o útero permaneça rico em nutrientes e sangue.

Período fértil feminino

Assim que liberado, o óvulo tem, de 24 a 72 horas de vida (apesar de ser mais comum que ele permaneça disponível por apenas 24 horas). São essas horas que caracterizam o período fértil da mulher, e num ciclo regular ocorre no 14º ou 16º após a última menstruação.

Contudo, é importante destacar que os espermatozoides possuem tempo de vida maior. Esta é uma questão muitíssimo importante quando estamos tentando engravidar. O espermatozoide sobrevive, em média, cerca de 72 horas (ou seja, cerca de 3 dias) dentro do corpo da mulher. Mas existem estudos científicos mostrando que alguns espermatozoides podem sobreviver até 7 dias, apesar de ser raro.

Assim, a fecundação do óvulo se torna mais possível caso as relações sexuais ocorram nos três dias anteriores, três dias seguintes, e no dia previsto para a ovulação. Afinal, o dia é sempre previsto, mas pode se adiantar ou atrasar. Com espermatozoides disponíveis para a fecundação, eles poderão chegar ao óvulo assim que ele for liberado pelo ovário. Logo, o período fértil da mulher compreende, em média, 7 dias, incluindo o dia da ovulação e os 3 anteriores e posteriores a ela.

Se o óvulo não for fecundado, os níveis hormonais do corpo caem. O útero então passa a se descamar e a liberar o endométrio antes preparado para receber o embrião. É nisto que consiste a menstruação, que também elimina o óvulo não fertilizado. A partir do primeiro dia de menstruação, todo o processo se reinicia.

Dúvidas sobre a ovulação

Sabendo de todas as informações citadas anteriormente, é possível que dois questionamentos bastante comuns tenham surgido em sua mente. Primeiro: “será que é possível ovular mais que uma vez a cada ciclo?”. Depois, “a ovulação ocorre com certeza em todos os meses?”.

A resposta para o primeiro questionamento é que sim, é possível ovular mais de uma vez por ciclo. Isso, no entanto, normalmente não cria dois períodos férteis diferentes, mas sim dois óvulos para fecundação. Ou seja, dois óvulos são liberados ao mesmo tempo e ficam disponíveis nas trompas uterinas. É deste modo que são gerados gêmeos não idênticos, se ambos os gametas forem fertilizados.

Esse tipo de ocorrência é mais comum em mulheres a partir dos 35 anos. Isso porque, a partir dessa idade, o ciclo menstrual começa a se tornar mais irregular, assim como os níveis hormonais. Ou seja, os hormônios podem provocar a liberação de mais de um gameta.

Sobre o segundo questionamento, há várias situações que podem impedir que a mulher ovule todos os meses. Muitas das mulheres que não ovulam podem, por exemplo, estar sofrendo da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). A condição pode fazer com que a mulher não libere o óvulo, pois os ovários ficam “obstruídos” pelos cistos.

Além disso, uma mulher pode não ovular caso possua a chamada hiperprolactinemia, que consiste na produção exagerada de prolactina no organismo. O hipotireoidismo e a perimenopausa, ou seja, o período pré-menopausa, também podem levar à não ovulação assim como uma série de outros fatores, que precisam ser diagnosticados e tratados pelo médico.

Período fértil irregular

Como citado anteriormente, o período fértil regular de uma mulher ocorre de 28 a 30 dias. No entanto, existem muitas pacientes que convivem com ciclos mais curtos, ou então bem mais longos. É comum, por exemplo, um ciclo de 21 dias, assim como os de 35 dias. Adolescentes e mulheres na pré-menopausa podem ter ciclos de até 45 dias, pois os níveis hormonais no corpo de cada uma estão bastante irregulares.

Considerando essas informações, já foi possível perceber que é mais difícil calcular o período fértil da mulher com ciclo irregular. Afinal, o tempo entre uma ovulação e outra pode mudar sem aviso prévio. No entanto, é sempre viável realizar uma estimativa.

Para isso, deve-se considerar os intervalos entre os três ciclos anteriores. Imagine que sua menstruação irregular aconteceu em intervalos de 37 dias, 36 dias e 35 dias nos meses anteriores.  Esses intervalos resultam numa média de 35 dias.O dia da ovulação geralmente corresponde ao tempo do ciclo subtraído por 14 dias. Neste exemplo, teremos o cálculo de 35 – 14. Logo, o 21º dia após a última menstruação será o dia fértil do mês seguinte.

Lembre-se porém, de que esta é apenas uma estimativa. Se você possui ciclo irregular e deseja engravidar, é interessante que mantenha uma prática sexual bastante regular, de aproximadamente 3 em 3 dias. Isso vai aumentar as chances de que, quando o óvulo for liberado, haverá espermatozoides disponíveis em seu organismo. Estes espermatozoides, então poderão nadar até o óvulo e fecundá-lo.

Período fértil: calculadora

Uma mulher com ciclo de 28 dias terá seu período fértil no 14º de seu ciclo. Um ciclo começa a ser contado a partir do primeiro dia de menstruação. Para garantir a marcação correta, utilize da chamada tabelinha.

Apesar de ser um método contraceptivo pouco confiável, a tabelinha permite verificar bastante bem a fertilidade. Afinal, mesmo que o cálculo seja apenas uma estimativa, será melhor utilizado se o objetivo for engravidar.

No caso do uso da tabelinha para a contracepção, porém, a mínima alteração hormonal pode alterar o ciclo fértil e então permitir a gravidez em um dia não previsto anteriormente. Por isso, quem não deseja engravidar deve utilizar método contraceptivo mais confiável, como o preservativo, pílula  anticoncepcional ou DIU.

É ainda importante destacar que o período fértil da mulher consiste no 14º do ciclo e nos três dias anteriores e posteriores a essa previsão.

Período fértil: sintomas

Mais do que por meio da estimativa do ciclo, a mulher pode perceber seu ciclo fértil tendo atenção a alguns sintomas que seu corpo apresenta neste período do mês.

Entre os sintomas mais percebidos está o aumento da secreção vaginal e da libido. A mulher se sente mais atraída sexualmente, e também tende a atrair mais. É igualmente comum que haja o aumento de acnes e espinhas, especialmente no rosto. Isso ocorre porque a pele se torna mais oleosa no período fértil.

Há também o aumento da temperatura corporal, que acontece quando os ovários estão prestes a liberar os óvulos. Essa liberação aumenta o nível de progesterona no organismo, hormônio que sobe a temperatura do corpo em cerca de 0,3 a 0,8ºC.

Outro aumento comum é do apetite, que faz a mulher comer mais, especialmente doces. Assim como da irritação e instabilidade emocionais, culpadas pelas mudanças repentinas de humor e pelo choro mais fácil.

Finalmente, a mulher pode sentir dor no baixo ventre que são semelhante a cólicas. Este incômodo vem em ondas, aparecendo e desaparecendo rapidamente.

Período fértil: muco

Há  um  outro sintoma bastante característico do período fértil: a mudança da cor e textura do muco vaginal. As secreções vaginais mudam ao longo do mês, e cada uma delas indica uma atuação hormonal diferente no organismo feminino. Em um único ciclo ocorrem mudanças hormonais constantes.

O que caracteriza o muco vaginal no período fértil é sua aparência transparente, viscosa e elástica. Ela também costuma ser bastante abundante e mais aquosa que em outros momentos do mês. Essas características são promovidas pelo hormônio estradiol, que intensifica a produção do muco semelhante à clara de ovo. O líquido mais fluído ajuda os espermatozoides a entrarem no corpo feminino e a se movimentarem até o óvulo.

Período fértil: anticoncepcional

 

Quando a mulher utiliza pílulas anticoncepcionais precisa ter o cuidado de consumir o medicamento todos os dias, sempre no mesmo horário. No mercado, existem os anticoncepcionais de 21, 24 ,28 e 30 dias.  Se a mulher desejar mentruar, deve interromper o uso da pilula por 4 a 7 dias. 

Um medicamento anticoncepcional age de modo a impedir a ovulação. Sem ter o óvulo liberado, a mulher não tem período fértil, nem a chance de engravidar. Por isso, se o objetivo é a concepção, é fundamental suspender o consumo do remédio, mas lembre-se: sempre com o acompanhamento médico.

Como citado anteriormente, apesar de não ovular, a mulher que utiliza pílulas pode ou não menstruar. Neste caso, contudo, a menstruação não consiste na liberação do endométrio e do óvulo não fecundado. Ela é considerada “falsa”, pois é, na verdade, o resultado da privação de hormônios criada durante o intervalo entre uma cartela e outra de remédios.

De qualquer modo, a mulher também percebe sintomas pré-menstruais. Eles incluem, por exemplo, a mudança rápida de humor, irritabilidade, inchaço corporal e mamas doloridas. Os sintomas, porém, são mais brandos do que na mulher com período fértil ativo.

Período fértil para engravidar

Apesar do período fértil ser o 14º antes do próximo ciclo, os óvulos podem ser liberados pouco antes ou pouco depois do previsto. Por isso, considera-se como período fértil para engravidar o intervalo entre o 11º e 17º dia do ciclo menstrual, ou seja, 3 dias antes e 3 dias depois da data prevista para liberação do gameta feminino. Dessa forma, o casal que deseja engravidar deve intensificar a prática de relações sexuais neste período.

Período fértil: é possível engravidar fora dele?

Existem três situações em que a mulher pode engravidar fora do momento dado como ideal. Nas três, contudo, há a existência de um período fértil, mas não o anteriormente previsto (por meio da calculadora). Ou seja, caso alguém diga que engravidou fora do período fértil, o que essa pessoa está querendo dizer é que engravidou fora do período fértil que tinha calculado para aquele mês.

A primeira situação possível ocorre quando há a ovulação no pico de adrenalina. Essa ovulação acontece quando a mulher libera mais de um óvulo por ciclo, em momentos bastante distintos. A liberação é estimulada por picos de adrenalina no corpo, que podem ser gerados inclusive pelo ato sexual.

Já na chamada ovulação precoce, a mulher libera um óvulo cerca de 8 ou 10 dias depois após o início do ciclo menstrual. Isso deixa o óvulo disponível para a fecundação pelo menos 4 dias antes do previsto na tabelinha. Uma ovulação precoce pode ocorrer por fatores como o álcool, fumo, existência de doença crônica, estresse, alimentação ou mudança no estilo de vida.

Neste caso, a mulher pode engravidar até mesmo se estiver apresentando pequenos sangramentos. Com ciclo ovulatório tão curto que ela pode ainda estar liberando a menstruação quando seu óvulo for disponibilizado. Assim, caso ocorra o coito, os espermatozóides poderão encontrar o gameta. Entretanto, essa ocorrência é rara, porque o sangue da menstruação cria um ambiente pouco agradável aos gametas masculinos.

Finalmente, a fecundação pode ocorrer porque os espermatozoides sobrevivem por dias no corpo feminino. Assim, mesmo que a mulher faça sexo 5 dias antes do seu período fértil, quando o óvulo for liberado ele poderá ser fecundado pelos gametas ainda existentes em seu organismo. Neste caso, a concepção não ocorrerá fora do período fértil comum, mas apenas porque haviam gametas masculinos ainda vivos e preparados para a fertilização.

Período fértil: sintomas de gravidez

 

Sinais iniciais

Os primeiros sinais da gravidez são bastante sutis e poucas vezes percebidos pela mulher. Afinal, muitas vezes eles podem ser confundidos com sinais da TPM (Tensão Pré-Menstrual), como é o caso da sensibilidade das mamas.

De qualquer modo, é interessante conhecer estes sintomas. O primeiro deles é uma secreção vaginal levemente rosada. Esse muco possui a mesma consistência do muco do período fértil e sua alteração de cor ocorre porque quando o espermatozoide fecunda o óvulo, ambos liberam vestígios de sangue. É este vestígio que “colore” o corrimento.

Outro sintoma comum da fecundação do óvulo é o inchaço da região pélvica, e também a cólica abdominal. Ambas ocorrem assim que a gravidez se inicia já que aumenta o fluxo de sangue no abdômen. A sensação de inchaço também é provocada pelas alterações hormonais que o organismo sofre.

Sintomas de 2 a 12 semanas de gestação

Mulheres grávidas ainda percebem suas mamas inchadas e sensíveis. Esse sinal, contudo, é mais facilmente percebido após cerca de duas semanas de gestação. Ele ocorre porque o sistema hormonal do corpo começa a estimular a produção de leite que vai alimentar o bebê após seu nascimento. Como, ao mesmo tempo, ocorre aumento do fluxo sanguíneo nos mamilos e eles tendem a se tornam mais escuros.

Também nas primeiras duas semanas pós-fertilização, a gestante pode apresentar intensas variações de humor. Assim como o surgimento de mais acnes e espinhas, uma vez que ocorre intensa mudança hormonal no organismo.

Também é possível perceber o corpo mais cansado, certa aversão a cheiros fortes, enjoo, vômitos, salivação e tontura. Estes sinais são mais frequentes e conhecidos, e geralmente são os que ligam a luz de alerta da mulher para a gravidez. Além, é claro, do atraso na menstruação.

Conforme a gravidez avançar, a grávida ainda deve apresentar aumento na vontade de urinar. O sinal ocorre porque o crescimento do útero diminui o espaço disponível para a bexiga, que se torna pressionada e precisa ser constantemente esvaziada. Além disso, os hormônios da gestação tornam os músculos da bexiga mais frouxos, fazendo com que a mulher tenha dificuldade em esvaziar o órgão de uma só vez e são necessárias várias visitas ao banheiro para fazê-lo.

Teste de gravidez

Para confirmar a gravidez, é possível utilizar os clássicos testes de farmácia. É indicado realizá-lo após alguns dias de atraso da menstruação – por isso, é interessante que você faça o controle adequado do seu ciclo.

Caso o teste dê negativo, mas a menstruação continue atrasada, realize um novo exame. Na manutenção do resultado e do atraso do ciclo, faça o exame sanguíneo em laboratório. O teste oferece maior fidedignidade de resultado e pode refutar ou confirmar de vez a gestação.

Período fértil: indução da ovulação

Como citado ao longo deste texto, algumas mulheres apresentam dificuldades para ovular, e aí não contam com período fértil, ou o possuem de forma bastante irregular. Para quem está buscando engravidar, essas situações podem complicar bastante a concepção. Neste caso, um tratamento indicado pode ser o da indução da ovulação.

Fazer a indução da ovulação significa estimular o organismo a liberar o óvulo adequadamente. Para isso, a mulher faz o uso de alguns hormônios, como os que existem naturalmente no corpo. Aplicados por cerca de 15 dias, os hormônios estimulam os ovários a amadurecer e a liberar o gameta feminino.

Apesar do que muitas mulheres acreditam, é fundamental que este processo seja coordenado por um médico. A injeção de hormônios no corpo pode ser prejudicial caso realizada de modo incorreto e desmedido.

Dessa forma, caso você apresente irregularidade nos ciclos, pode procurar um médico e solicitar auxílio. O mesmo para o caso de você e seu parceiro estarem tentando a concepção natural nos últimos 12 meses, sem sucesso. O período de um ano é o tempo médio que um casal leva para a concepção. Afinal, só há 20% de chance de fecundação por mês. A demora por tempo maior pode indicar dificuldades para ovulação ou mesmo outros fatores que causam a infertilidade tanto na mulher, quanto no homem.

Após a indução da ovulação, o casal pode realizar o chamado coito programado. Ou seja, realizar a prática sexual no dia da ovulação, que é induzida por meio de um segundo hormônio. O sexo praticado três dias antes e três dias depois dessa liberação do óvulo também aumenta as chances de concepção.

Período fértil: técnicas de reprodução assistida

Além do coito programado, após a indução da ovulação é possível utilizar de alguma técnica de reprodução assistida. Como a fertilização in vitro ou a inseminação artificial. Ambas as opções são indicadas para casos específicos.

A fertilização in vitro, por exemplo, pode ser a solução para vários casos de infertilidade ,como por exemplo a obstrução da trompas , que é o caso dos espermatozoides não conseguirem adentrar o corpo feminino devido ao pH ácido da vagina da mulher. Ela é realizada por meio da coleta do óvulo e dos espermatozoides, que são unidos em laboratório. Essa união gera um embrião, que após cerca de cinco dias será transferido para o útero feminino. O embrião, então, precisa se “agarrar” à parede interna do órgão (endométrio). Caso consiga fazê-lo, dá-se início à gravidez.

Já a inseminação artificial, é indicada para situações especiais como de pouca mobilidade do espermatozoide. Isso porque na inseminação apenas os espermatozoides são colhidos. Depois de analisados em laboratório, eles são escolhidos e inseridos no fundo do útero da mulher. De lá, o caminho até a trompa é menor, e assim os gametas têm mais chances de alcançar o óvulo.

Tem encontrado dificuldades para engravidar? Entre em contato com a Clínica GERA e marque uma conversa. Nossos especialistas poderão ajudar em seu período fértil ou indicar outras soluções para sua gestação.

 

Estima-se que 20% das mulheres na fase adulta sofram com a Síndrome dos Ovários Policísticos. Conhecida como SOP, o distúrbio interfere no processo normal de ovulação da mulher. Isso considerando que ele provoca o desequilíbrio hormonal feminino.

O processo de ovulação da mulher consiste na liberação do óvulo. O óvulo é a célula reprodutora feminina, liberada mensalmente pelos ovários. Para que essa ovulação ocorra, uma série de hormônios agem no corpo da mulher. Eles são responsáveis por amadurecer o folículo ovariano, estimulá-lo quando atingir o tamanho ideal, e então liberar o gameta. O óvulo, então, fica disponível na tuba uterina, aguardando a fecundação por um ou mais espermatozoides.

Quando a mulher desenvolve SOP, o folículo atinge o tamanho adequado, mas não consegue se abrir. Logo, o óvulo não é liberado, e o folículo se torna uma bolsa de líquido. Este é o tipo mais comum do cisto, apesar de também ser frequente a ocorrência de cistos de corpo lúteo. Os segundos se formam após o óvulo ser liberado, e costumam acumular pequena quantidade de sangue em seu interior.

Ao se desenvolver, o cisto aumenta consideravelmente o tamanho do ovário. Ele pode sumir após alguns meses, ou então permanecer e ir se acumulando a outros cistos. Esta é a primeira característica da Síndrome dos Ovários Policísticos.

Para que seja considerada SOP, no entanto, a condição deve ter outras características. Como o aumento da produção de hormônios masculinos no corpo da mulher. Também é necessário que haja anovulação, ou seja, a não liberação dos óvulos.

Causas do distúrbio

As causas do problema não são bem definidas. Acredita-se que boa parte de sua ocorrência está relacionada a fatores genéticos. Afinal, é comum que mulheres com ocorrência de SOP na família também desenvolvam o distúrbio. A porcentagem é de 50% deste desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, o problema está relacionado à produção excessiva de insulina no organismo. Segundo estudos, a quantidade exagerada da substância no sangue leva à disfunção hormonal. Esta, por sua vez, provoca as alterações no sistema reprodutor.

Sintomas da SOP

 

 

Em muitas das ocorrências de Síndrome dos Ovários Policísticos, a mulher não apresenta nenhum sintoma. Em situações assim, seu diagnóstico só é realizado quando, após certo tempo de tentativas, ela não consegue engravidar. Essa dificuldade, aliás, é o principal sinal da doença.

Nos casos sintomáticos, no entanto, a paciente costuma apresentar irregularidade em sua menstruação. Assim como certo ganho de peso, ou dificuldade para emagrecer. Muitas vezes, sua pele também se torna oleosa, favorecendo o aparecimento da acne.

É igualmente comum que a mulher sofra com a queda de cabelo. Também pode acontecer o crescimento de pelos no rosto, abdômen e seios, devido ao aumento dos hormônios masculinos no organismo.

Ovários policísticos causam dor?

A dor não é dos sintomas mais comuns da Síndrome dos Ovários Policísticos. Ela, no entanto, pode acontecer, principalmente na forma de cólica abdominal. Esse tipo de incômodo, no entanto, não ocorre apenas durante a menstruação, como é comum. Na mulher com cistos, ele pode ocorrer em qualquer momento do mês, em diferentes intensidades.

Além dos cistos ovarianos, a mulher também pode sofrer dos chamados “cistos de chocolate” ou cistos endometriais. As formações aparecem nos casos de endometriose, e não tem a ver com os folículos da SOP. Essas formações endometriais podem, por sua vez, causar dor. Especialmente durante as relações sexuais, em que a penetração do pênis acaba por irritar a região.

Há situações em que o ovário com cistos sofre torção. Nesse caso, a dor é intensa e repentina, podendo ser acompanhada de vômitos e náuseas. A condição é uma emergência médica, e a mulher deve se dirigir imediatamente ao hospital.

Por vezes, os cistos podem pressionar a bexiga, e provocar dor ao urinar. Em outros casos, eles podem se romper, levando também a uma dor súbita e intensa. Isso porque, rompido, o cisto derrama seu líquido na pélvis.

Ovários policísticos engordam?

 

É comum que mulheres que convivem com a SOP apresentem obesidade ou sobrepeso. Na maior parte das vezes, elas também têm dificuldades em emagrecer.

Essas situações ocorrem devido às alterações hormonais que o ovário policístico causa. Especialmente em relação à insulina. Essencial no corpo humano, a substância é a responsável por favorecer o estoque de calorias no organismo em detrimento da sua queima. Como os distúrbios hormonais aumentam os níveis de insulina, a mulher se vê em apuros para eliminar o acúmulo de calorias.

O tratamento para o problema de peso, então, precisa ser feito com auxílio médico. De forma geral, o especialista vai indicar remédios para manutenção do equilíbrio hormonal. Outros medicamentos poderão melhorar a sensibilidade do corpo à insulina, eliminando o distúrbio citado.

Ovários policísticos e gravidez

Um dos principais receios das mulheres que têm ovários policísticos está relacionado à sua capacidade fértil. Afinal, quem possui o problema tem sua fertilidade afetada. Isso não significa, no entanto, que a mulher com SOP não possa engravidar.

Apesar de possuir ovulação irregular, é possível que, esporadicamente, a mulher consiga ter seu óvulo liberado. Com o gameta disponível, a fecundação se torna possível.

Além disso, as mulheres com SOP são tratadas de modo a induzir sua ovulação. Os ovários policísticos impedem essa etapa fundamental do ciclo fértil, e quando ela é resolvida, pode permitir a concepção natural.

Contudo, é fundamental contar com auxílio de um especialista. Se a mulher não tiver diagnóstico, provavelmente irá perceber a existência de um problema ao verificar sua dificuldade de concepção. Isso geralmente ocorre após aproximadamente 12 meses de tentativas de gravidez, tempo médio para que os casais atinjam a concepção.

Caso já possua o diagnóstico de SOP, a mulher deve avisar a seu médico o desejo de engravidar, e iniciar tratamento prévio. Tudo isso porque a Síndrome dos Ovários Policísticos pode gerar complicações na gestação. Como o parto prematuro, diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia. Logo, seu tratamento e acompanhamento são essenciais para a saúde de mãe e bebê.

Caso nenhum dos tratamentos da SOP consiga favorecer a fertilização, existe outra opção: a reprodução assistida. A técnica mais indicada é a fertilização in vitro.

Para ela, a mulher passa pela indução da ovulação e tem seu óvulo pinçado. Em seguida, os espermatozoides de seu parceiro são coletados e ligados ao óvulo, no laboratório. O embrião gerado por essa ligação, então, se desenvolve em até 5 dias, e depois é inserido no útero da mulher. Se conseguir “se agarrar” à parede do útero, o embrião dá início à gravidez.

Ovários policísticos tem cura?

A Síndrome dos Ovários Policísticos possui uma série de opções para tratamento. Nenhuma delas, porém, é capaz de curar, eliminar completamente a doença. Mesmo com o problema controlado, a mulher com SOP pode voltar a apresentar sintomas e dificuldades para concepção. Isso caso interrompa a terapia indicada pelo médico, ou se voltar à obesidade, que é um fator de risco ao desenvolvimento do distúrbio.

Por isso, é fundamental diagnosticar a doença e manter seu tratamento por toda a vida. Assim, a mulher terá maior certeza de sua saúde reprodutiva.

Ovários policísticos: tratamento

A primeira medida para a realização do tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos é a perda de peso. Como citado anteriormente, a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento ou intensificação do problema. Logo, é fundamental manter o peso ideal.

Com este objetivo, o médico pode indicar a dieta balanceada e a prática de exercícios físicos. Como também é preciso controlar a insulina para a perda de medidas, alguns medicamentos precisam ser consumidos pela mulher. É fundamental, porém, que eles tenham prescrição do especialista.

Melhor anticoncepcional para ovários policísticos

 

 

Outro método de tratamento da condição é o uso de anticoncepcionais. Além de evitar a gravidez, o medicamento é um ótimo modo de controle hormonal, favorecendo a presença dos hormônios “corretos” ao organismo feminino.

Isso porque os contraceptivos promovem a produção de hormônios androgênios, os principais causadores de problemas.

Os contraceptivos indicados devem possuir estrogênio combinado e progesterona. Os hormônios são os responsáveis por regular o período menstrual, e conseguem favorecer a liberação do óvulo mensalmente.

Além das pílulas, mais comuns, a mulher pode utilizar o anticoncepcional em forma de anel vaginal, injetável ou por adesivo. Entre os anticoncepcionais, os mais interessantes são aqueles que com ciproterona, como o Diane 35 e Selene.

O tratamento com os medicamentos ainda protege a mulher do câncer de endométrio, uma vez que regula o período menstrual. O câncer se desenvolve quando há o acúmulo do endométrio no útero. O endométrio é o tecido que reveste o interior do útero, e é preparado mensalmente para receber um embrião. Quando a gravidez não acontece, ele é eliminado pela menstruação. Se não há menstruação devido à SOP, contudo, o acúmulo do tecido favorece o desenvolvimento de células anormais, que então dão origem ao câncer.

Em alguns casos, é indicado também que a mulher utilize medicações antiandrogênicas específicas. Assim como os anticoncepcionais, os remédios vão diminuir a presença do hormônio masculino no corpo da mulher.

Apenas o médico especialista pode indicar o anticoncepcional adequado a cada mulher. Afinal, uma série de fatores pode afetar a atuação das substâncias, e deve ser avaliada antes da prescrição.

Ovários policísticos: cirurgia

A cirurgia não costuma ser muito indicada ao tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos. Caso o médico considere a opção, no entanto, o procedimento realizado será a videolaparoscopia. A operação consiste na realização de até dez pequenas cauterizações na superfície dos ovários. Como resultado, a mulher pode obter a melhora do equilíbrio hormonal, permitindo a maturação correta dos folículos e liberação dos óvulos.

Geralmente, a cirurgia favorece essa ovulação espontânea em cerca de 70% dos casos. As mulheres parte dos outros 30% da porcentagem podem não ter nenhum resultado com a cirurgia, permanecendo com ciclos anovulatórios.

De qualquer modo, as pacientes que obtém resultados também são beneficiadas em outros aspectos. A videolaparoscopia consegue, por exemplo, diminuir a taxa de abortamento. Diminui também  chance de gestações de gêmeos, assim como a formação de aderências.

É importante destacar, no entanto, que a operação também oferece risco. Além do risco oferecido por qualquer tipo de cirurgia, o procedimento pode acabar provocar a chamada falência ovárica prematura. Ou seja, uma menopausa prematura, em que os hormônios reprodutivos sofrem declínio.

Ovários policísticos: tratamento natural

 

 

Somado aos tratamentos indicados pelo médico especialista, a mulher pode contar com opções naturais para o tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos. Como com o consumo do chá de uxi amarelo. A planta tem ótimas propriedades anti-inflamatórias. Possui também a capacidade de promover a ovulação impedida pelos cistos

Para o consumo do chá, é preciso prepará-lo com as seguintes medidas: 1 colher (de sopa) de uxi amarelo e 500 ml de água. Colocados juntos, os ingredientes devem ser levados ao fogo. Ao ferver, o usuário precisa desligar a panela e tampa-la, deixando a mistura repousar por cerca de dez minutos. Em seguida, coe, adoce a gosto, e consuma o chá.

Já a unha de gato é uma planta nativa da Amazônia, que também tem ação anti-inflamatória e de estimulação da ovulação. Para preparação do seu chá, é necessário misturar 1 colher (de sopa) de unha de gato com 500 ml de água. Os ingredientes devem ser colocados em uma panela e fervidos. Em seguida, com o fogo desligado, deixe o chá repousar, tampado, por dez minutos. Coe, adoce e consuma.

Finalmente, é possível consumir o chá de feno-grego. A planta é conhecida por regular os níveis hormonais do corpo feminino. É também recomendada para o tratamento de diversos problemas no sistema reprodutor da mulher, além de possuir propriedades anti-inflamatórias. Para preparação do chá, misture 250 ml de água fria com 1 colher (de chá) de sementes de feno-grego. Os ingredientes devem ser misturados e colocados em repouso por pelo menos três horas. Em seguida, é necessário ferver a mistura por dez minutos, coá-la e deixá-la amornar. O consumo pode ser feito em seguida, com açúcar a gosto

Consumo dos chás

Para a potencialização dos efeitos, é indicado associar o consumo dos três chás. O chá de uxi amarelo deve ser consumido pela manhã. Já o chá de unha de gato deve ser tomado à tarde. Por fim, a preparação de feno-grego pode ser consumida a qualquer hora, em até três vezes por dia.

É fundamental, de qualquer forma, que o tratamento natural seja associado ao indicado pelo médico. Abandonar um em detrimento do outro pode ser prejudicial. Além disso, converse o especialista sobre o consumo dos chás. Conhecendo as propriedades da planta, ele poderá indicar os reais efeitos do produto ao seu caso.

 

Talvez você tenha hoje uma amiga que não para de dizer “quero engravidar!”. Ou talvez você mesma esteja nessa situação. O desejo da maternidade é comum, principalmente quando se está em um relacionamento estável.

Para muita gente, porém, o processo de concepção parece demorado. Afinal, um casal tem apenas 20% de chance de engravidar a cada mês. A porcentagem acontece porque a mulher ovula apenas por pequeno período de tempo mensal.

A ovulação é o processo no qual o óvulo, célula reprodutora feminina, é liberado pelo ovário. Ele, então, fica disponível nas tubas uterinas, onde os espermatozóides, gametas masculinos, poderão encontrá-lo e fecundá-lo. É por meio da fecundação que um bebê é gerado.

O processo natural para que isso aconteça é a relação sexual. Há situações, no entanto, em que é necessário realizar tratamento para a infertilidade, ou processo de reprodução assistida. Para melhorar as chances de concepção, no entanto, é possível adotar algumas medidas interessantes. Especialmente aquelas que melhoram a qualidade de vida da mulher e de seu parceiro. Acompanhe algumas dicas neste texto.

Quero engravidar: o que faço?

Se você decidiu engravidar, a primeira coisa que deve fazer é consultar um médico. O médico poderá ser um ginecologista que poderá fazer a primeira avaliação ou um especialista que poderá realizar até procedimento de alta complexidade em reprodução assistida, com título de área de atuação concedido pela FEBRASGO/Associação Médica Brasileira. No consultório, o especialista precisa avaliar a saúde da paciente como um todo. Afinal, no caso  de já haverem problemas de saúde, é importante controlar a disfunção antes do início das tentativas. Com a detecção e tratamento da condição, haverá a certeza de que a doença não vai prejudicar a gestação.

O médico também pode avaliar problemas de fertilidade, tanto do homem, quanto da mulher. Por isso, é importante que o casal passe por avaliação. Caso os problemas sejam detectados, será possível realizar tratamento, ou mesmo indicar técnica de reprodução assistida para a concepção.

Os exames pré-gravidez também podem detectar problemas hormonais. Neste caso, a mulher pode apresentar dificuldades na liberação do óvulo. Se o gameta não for liberado pelos ovários, sua fecundação se torna impossível, mesmo que o casal mantenha a prática sexual regular.

Dentre os problemas que afetam a ovulação estão também a Síndrome dos Ovários Policísticos, que pode dificultar o processo de liberação do gameta. Em situações deste tipo, o médico poderá indicar medicamentos para a indução da ovulação. Os remédios, porém, só devem ser utilizados após a avaliação do organismo e prescrição médica. Por isso, de modo algum os consuma por conta própria.

Como a concepção elimina a possibilidade de uso do preservativo sexual, os exames pré-gestação também avaliam a existência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) no casal. Afinal, sua transmissão não poderá ser prevenida durante o coito. Caso elas existam, é importante realizar tratamento. Isso para que não sejam propagadas, nem provoquem problemas no desenvolvimento do bebê.

Suplementações importantes

Suplementação

Além do tratamento de problemas, o especialista pode indicar vitaminas importantes para o corpo feminino, assim como para o bebê.  Entre todas as suplementações, contudo, a mais importante é a de ácido fólico. O suplemento auxilia na proteção do feto contra alguns defeitos congênitos. Como a espinha bífida, caracterizada pelo mau desenvolvimento ou fechamento da medula espinhal do bebê.

Novamente, é essencial só consumir as vitaminas após prescrição médica. Isso vai garantir que a utilização das substâncias será apenas benéfica ao organismo.

A posição sexual influencia na concepção?

Numa rápida procura por sites de busca, é fácil encontrar informações sobre as melhores posições sexuais para engravidar. As explicações são muitas, mas giram principalmente em torno de um quesito: o encurtamento do caminho do espermatozoide até o óvulo! Assim, a posição papai e mamãe, por exemplo, tornaria esse caminho mais fácil, uma vez que a mulher se encontra deitada.

No entanto, é importante ressaltar que crenças desse tipos são apenas mitos. Não há comprovação científica de que qualquer posição sexual poderia facilitar a concepção. Isso porque, é raro que o colo do útero da mulher apresente posição incomum o suficiente para que a posição influencie no processo.

Contudo, existem duas situações que realmente podem facilitar o caminho do espermatozóide pelo útero. O que, obviamente, tornaria a chegada até o óvulo, e sua fertilização, mais propícia.

A primeira delas é a lubrificação vaginal. Isso uma vez que a lubrificação ajuda na entrada dos gametas masculinos no corpo da mulher. Por isso, as preliminares da relação sexual merecem atenção especial no momento do coito.

Outro ponto importante é o orgasmo feminino. Afinal, quando a mulher chega ao clímax, seu útero se contrai. Essa contração natural serve como impulso aos espermatozóides, que são “lançados” mais para o interior da cavidade. Ou seja: eles ganham ajuda para percorrer parte do caminho até o óvulo.

Atenção ao seu período fértil!

Conhecer seu próprio corpo é algo também muito importante se você deseja engravidar. Afinal, as chances de concepção da mulher estão limitadas ao seu período fértil. Ou seja, ao momento do mês em que seu óvulo está disponível para fecundação.

Os óvulos são desenvolvidos nos ovários, a partir dos ovócitos. Os ovócitos são os gametas femininos ainda não maduros, que já nascem com a mulher. Quando você entrou na puberdade, seus ovários começaram a amadurecer esses ovócitos, tornando-os óvulos.

Então, a cada mês um óvulo – ou mais – é liberado pelo ovário. Ele fica disponível para a fertilização, que irá acontecer caso um espermatozoide chegue até ele. Caso não seja fecundado, esse gameta é liberado pelo corpo na menstruação, que é formada também pelas camadas de endométrio. Essas camadas são preparadas mensalmente no útero. São elas quem vão permitir que um óvulo fecundado “se agarre” às paredes do órgão, seja nutrido e se transforme num embrião.

Um ciclo menstrual dura, geralmente, 28 dias. Isso significa que a mulher menstrua a cada 28 dias. Quem possui um ciclo regular deste tipo tende a ovular no 14º após o início da última menstruação. Assim, a concepção tem mais chance de acontecer no 14º dia do ciclo menstrual.

Atrasos ou adiantamentos do óvulo, porém, podem sempre acontecer. Dessa forma, é indicado que o casal intensifique a prática sexual três dias antes e três dias depois do previsto para a ovulação. Os espermatozóides se mantém no corpo feminino por até 72 horas, e assim a possibilidade de fecundação também aumenta.

Sexo e a “tabelinha”

Uma boa alternativa para acompanhar o seu período fértil é o uso da chamada “tabelinha”. Com ela, você poderá marcar o primeiro dia da sua menstruação mensal, e então fazer a previsão do seu período fértil. A percepção, mesmo que não seja exata, será aproximada, e poderá ajudar a “programar” o melhor período para coito.

Caso você possua ciclos irregulares, terá maior dificuldade em fazer essa previsão. Nesse caso, é interessante manter a atividade sexual o menos espaçada possível. De qualquer forma, lembre-se de não praticá-la por “obrigação”. Quando o sexo é realizado sem desejo, o corpo acaba por não favorecer a concepção. Principalmente porque a ansiedade e o estresse alteram os níveis hormonais, incluindo os relacionados à ovulação.

Importante ressaltar que, muitas vezes, o método da “tabelinha” é utilizado como contraceptivo, mas não é indicado pelos médicos. Afinal, a imprevisibilidade do ciclo é comum, e os erros da previsão podem acabar por favorecer a gravidez.

Faça sexo regularmente

Descoberto ou não o período fértil feminino, a relação sexual regular vai favorecer muito a concepção. A constância da prática vai manter sempre um “estoque” de espermatozoides no corpo da mulher, o que facilitará a fecundação do óvulo quando ele estiver disponível.

Ademais, lembre-se de que não adianta apenas praticar o coito nos “supostos” períodos férteis. Caso sua previsão esteja incorreta, os 20% de possibilidade de gestação mensal será bastante diminuído.

Permaneça deitada depois da relação

Além da relação sexual, é possível engravidar com a ajuda dos métodos de reprodução assistida. Dentre eles, um dos mais comuns é a inseminação artificial, realizada em clínicas especializadas. É deste método que vem a dica que intitula este tópico. Os dados foram percebidos por cientistas holandeses.

Dessa forma, é recomendado que a mulher que deseja engravidar permaneça pelo menos 15 minutos deitada após a relação sexual. Não é preciso colocar as pernas para o alto, como muitos acreditam. Apenas se manter de barriga para cima, ou com o corpo de lado, já é suficiente. Assim, suas chances de gravidez serão potencializadas.

Melhore sua alimentação

Alimentação saudável

Ao dizer ao médico a frase “Quero engravidar”, ele com certeza vai responder “Melhore sua alimentação!”. A dieta diária da mulher tem grande efeito sobre o funcionamento de todo o seu corpo, e também pode auxiliar no processo de concepção.

Primeiro, porque uma alimentação balanceada é importante para manter o peso em dia. Quando a mulher, ou seu parceiro, estão acima do peso, suas taxas hormonais são modificadas. Logo, hormônios como os que incitam a ovulação, ou os que ajudam a produzir os espermatozóides, ficam prejudicados.

Também não é interessante que a mulher esteja abaixo do peso. Isso porque, a falta de gordura corporal dificulta a produção de outros hormônios.

Na hora de modificar a dieta, é importante inserir no cardápio alimentos ricos em ácido fólico. A substância é encontrada principalmente em vegetais de cor verde escura. Está presente também no fígado de boi e quiabo, entre outros. O ácido fólico é essencial para a correta formação do feto, prevenindo, principalmente, problemas congênitos.

Ovos, azeite e gérmen de trigo também devem ter seu consumo intensificado. Tal qual o óleo de girassol e o grão-de-bico. Os alimentos são ricos em zinco, vitamina E e vitaminas do complexo B, nutrientes que atuam de forma muito benéfica no sistema hormonal.

Alguns alimentos ainda podem aumentar a capacidade de ovulação da mulher. Como o inhame, atum, maçã, ameixa, batata doce e milho. Os produtos aumentam os índices de glicemia no organismo, favorecendo a concepção.

O que evitar consumir?

Mais do que intensificar o consumo de alguns produtos, porém, é importante evitar a ingestão de outros, prejudiciais a todo o organismo. Como alimentos com carboidratos, que podem alterar o pH vaginal. Caso alterado, o pH pode acabar por dificultar a entrada dos espermatozoides no corpo feminino, assim como sua sobrevivência no útero. Logo, batatas, pães, macarrão e farinha branca devem ser, se não eliminados, diminuídos na dieta.

Do mesmo modo, as bebidas alcoólicas podem diminuir a fertilidade do casal. Na mulher, o álcool pode comprometer a produção de hormônios. Inclusive os relacionados à ovulação, interferindo no ciclo fértil e até nos gametas femininos.

Outra substância que pode prejudicar um pouco da fertilidade feminina é a cafeína. Os indivíduos que bebem mais de quatro xícaras de café por dia diminuem sua chance de gravidez em 26%. Os estudos foram realizados com mulheres que já possuem algum tipo de infertilidade, mas indicam o “perigo” da substância para o organismo das naturalmente férteis.

Mantenha a calma

O período de tentativas de concepção costuma ser marcado pela ansiedade. “Quero engravidar: será que vou conseguir? Toda essa prática sexual vai dar resultado? Será que estou mesmo ovulando?”. São muitas as dúvidas e inseguranças, e elas podem prejudicar tanto as relações sexuais, quanto a fecundação do óvulo.

Como citado anteriormente, quando o sexo é feito por “obrigação”, a mulher acaba por ter dificuldades com seu sistema hormonal. Isso afeta diretamente seu período fértil, inclusive com relação à liberação do óvulo.

Sensações de estresse fazem o mesmo. Especialmente porque o hipotálamo é muito afetado pelo estresse. O hipotálamo é a glândula do cérebro que regula os hormônios responsáveis pela ovulação.

Para conter a ansiedade, é possível aderir a um hobby ou ao exercício físico. Tirar férias também é uma boa dica, já que o período de descanso costuma diminuir o estresse e melhorar a qualidade do sono. Quanto maior o bem-estar e relaxamento da mulher, mais seu corpo terá disposição à engravidar.

Pratique um esporte!

Pratique um esporte

“Corpo são, mente sã”. É bastante provável que você já tenha ouvido essa frase, especialmente aos “defensores” de uma boa alimentação e prática de esportes. Esse pensamento é completamente correto: quando o corpo está bem nutrido e protegido, a mente se sente mais relaxada e despreocupada. Logo, a fertilidade da mulher também aumenta, uma vez que o estresse tem ligação direta com a facilidade de concepção – como citado anteriormente.

Por isso, se você deseja engravidar, é fundamental manter a prática regular de exercícios físicos. o esporte, primeiro, melhora a circulação sanguínea do organismo. Como o sangue é o responsável por levar oxigênio e nutrientes a todas as células do corpo, ele promove o ótimo funcionamento de todas elas.

De qualquer modo, é essencial contar com a indicação de um especialista antes do início da prática. O médico poderá avaliar seu tipo físico e recomendar a atividade que melhor se encaixa a ele. Poderá também avaliar a presença de qualquer lesão física, evitando indicar um esporte que a acentue.

A prática física pode ser feita diariamente. Não é necessário, no entanto, que ela seja muito intensa. O exercício por tempo entre 30 minutos e uma hora já oferece grande benefício ao dia a dia. É importante, porém, que o esporte acelere a frequência cardíaca. Ou seja, que seja ao menos de intensidade média.

Interessante ainda escolher um esporte que lhe dê prazer na prática. Gostando do exercício, seu corpo irá liberar maior quantidade de substâncias benéficas. Seu bem-estar vai favorecer o sistema hormonal e, consequentemente, sua ovulação.

Cuidados do parceiro

Até aqui, foram apresentados os métodos de cuidado à mulher. De nada adianta, no entanto, que a mulher cuide da própria saúde, e seu parceiro não. Assim como ela, o homem também é afetado por maus hábitos de vida, que podem interferir na sua fertilidade.

Para engravidar, o homem deve apresentar espermatozoides fortes e abundantes. Para isso, é essencial que ele, inicialmente, maneire no consumo do álcool. Estudos mostram que, quando consome bebidas alcoólicas, o homem tem reduzidos os seus níveis de testosterona. Concomitantemente, o número de espermatozoides presentes em seu esperma diminui, e o de gametas pouco eficazes aumenta. Assim, a fecundação de um óvulo se torna mais difícil.

Outra substância que diminui a qualidade dos espermatozoides é o cigarro. Assim como o uso de anabolizantes, que afeta grandemente a produção das células masculinas. Segundo pesquisa publicada na revista Fertility and Sterility, manter o telefone no bolso da calça, perto dos testículos, é igualmente prejudicial, pois gera um esperma mais pobre.

Para melhorar sua saúde, então, seu parceiro deverá, principalmente, investir numa boa alimentação e esporte. É importante que ele consuma frequentemente alimentos ricos em ácido fólico, zinco, cálcio e vitaminas C e D, além de produtos de soja. Todos eles aumentam a produção e concentração de bons espermatozoides no sêmen.

Já a prática de atividades físicas, assim como para as mulheres, pode ser feita entre 30 e 60 minutos diários. É fundamental que o exercício seja ao menos de média intensidade.

Posso ser infértil?

Após certo tempo de tentativas, é comum que a mulher vá ao médico com uma preocupação “Quero engravidar, mas não consigo!”. A ansiedade e estresse pela concepção são muito recorrentes, e compreensíveis. Porém, como a chance de gravidez de um casal, por mês, é de apenas 20%, não é preciso se desesperar.

Existem situações, no entanto, que merecem atenção. Para mulheres com até 35 anos, o tempo médio para tentativas naturais de concepção é de 12 meses. Se, após esse período, a gravidez ainda não aconteceu, é interessante que o casal procure um especialista. É sempre bom lembrar que se já há suspeita de infertilidade deve-se procurar o especialista o quanto antes,  como cólicas menstruais fortes com suspeita de endometriose, cirurgias abdominais anteriores, menstruações irregulares.

No consultório, o médico poderá avaliar possíveis problemas de fertilidade do casal. Caso eles existam, serão tratados, permitindo a concepção. Ou então o método natural de concepção, ou seja, o coito, poderá ser substituído por uma técnica de reprodução assistida.

Métodos de reprodução assistida

Reprodução Assistida

A Medicina hoje disponibiliza as mais variadas técnicas para concepção. A fertilização in vitro, por exemplo, é das mais comuns. Ela faz a fecundação do óvulo em laboratório. Para isso, a mulher doa um óvulo, e seu parceiro os espermatozoides. Os gametas são colocados juntos em laboratório, e assim geram um embrião. Após aproximadamente cinco dias, esse embrião é transferido ao útero da mulher, para que possa “se agarrar” à parede do órgão. Caso consiga fazê-lo, dá-se início à gestação.

No caso da inseminação artificial, apenas os espermatozoides são colhidos. Selecionados os mais saudáveis, os gametas são inseridos no útero feminino. Isso vai encurtar o caminho a ser seguido pelas células, facilitando a fecundação. O método é utilizado, por exemplo, em casos como a de acidez exagerada da vagina, que prejudica a entrada dos espermatozoides no corpo feminino.

Veja também: Quanto custa a inseminação artificial?

Se o problema de fertilidade for causado pela baixa qualidade dos gametas do casal, é possível contar com células reprodutoras de pessoas doadoras. Nesse caso, a doação deve ser anônima, algo definido pela Lei brasileira.

Para as mulheres com mais de 40 anos, o tempo de tentativas deve ser de seis meses. Após esse período, é interessante buscar atendimento médico. Isso porque, após essa idade, o corpo da mulher já tem fertilidade bastante reduzida.

Seguindo essas dicas com cuidado, sua chance de concepção com certeza será maior!

 

“Doutor, não consigo engravidar! O que está acontecendo?”. Frases desse tipo não são incomuns no consultório de um ginecologista. Afinal, após certo tempo de tentativas, a mulher costuma ficar preocupada em relação à sua fertilidade.

A preocupação exagerada, no entanto, não precisa acontecer. As estatísticas mostram que, até os 35 anos, a mulher pode demorar até 12 meses de tentativas para conseguir a concepção. Isso porque o casal só tem 20% de chance de gravidez a cada mês. Afinal, a gestação só pode ser iniciada no período fértil da mulher, que se limita a poucos dias mensais. Mas, se há suspeita de que o casal já tenha algum problema que justifique a infertilidade, como menstruações irregulares ou infecções, deve-se procurar o especialistas antes de ser tarde demais. Outra possibilidade de procurar o ginecologista o quanto antes é quando suspeita-se de que a mulher tem poucos óvulos.

O período fértil da mulher

O período fértil da mulher
O período fértil de uma mulher é caracterizado pela disponibilidade do óvulo para fecundação. O óvulo é a célula reprodutora feminina, liberada mensalmente pelo ovário. Os gametas são desenvolvidos a partir dos ovócitos, que já nascem com a mulher.

Este processo se inicia com a puberdade. A partir dela, o ovário começa a amadurecer mensalmente um ou mais ovócitos. Maduras, as células se transformam em óvulos e são liberadas para as tubas uterinas. Lá, elas ficam aguardando um espermatozóide, que deverá fecundá-lo. Caso isso ocorra, dá-se origem a um zigoto, que vai desenvolver um embrião e gerar o feto.
Caso o óvulo não seja fecundado, ele será eliminado pelo corpo. O endométrio (camada interna do útero) que estava pronto para receber o óvulos fecundado (embrião) descama formando a menstruação.

Até seus 35 anos, a maioria das mulheres tem período fértil normal. Por isso, só apenas 12 meses de tentativas é indicado buscar um médico. Para as que tem mais de 35 anos, o tempo de busca pela concepção pode ser de apenas 6 meses antes da procura por um especialista. Afinal de contas, a partir dessa idade sua fertilidade começa a diminuir.

Causas da infertilidade

Os motivos que levam à dificuldade em engravidar são diversos. Como citado anteriormente, a idade avançada é uma delas, já que diminui a fertilidade da mulher. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) também podem levar à infertilidade, assim como o estresse.

O estresse afeta a fertilidade do casal que está em busca de um herdeiro. Isso porque, a sensação de ansiedade e pressão influenciam no modo como os hormônios são produzidos e utilizados no corpo. Os óvulos da mulher são liberados pela ação de hormônios, assim como os espermatozoides masculinos. Logo, se não houver consistência no trabalho dessas substâncias, o processo de concepção fica prejudicado.

Outra causa muito comum da dificuldade são alterações no sistema reprodutor feminino. Os problemas, nesse caso, são os mais diversos. Há, por exemplo, a possibilidade de ocorrência da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). A SOP é provocada por um desequilíbrio hormonal. Nela, a mulher percebe a irregularidade de seu ciclo menstrual e da sua ovulação.
Já a endometriose é uma doença que acontece por implantação de tecido semelhante ao endométrio (camada interna do útero) fora do útero. Este tecido libera substâncias e provocam aderências em locais próximo do útero, causado a infertilidade.

Do mesmo modo, alterações na tireoide dificultam a gravidez. A glândula tireoide é uma das principais do corpo a produzir uma série de hormônios. Quando afetadas, a glândula provoca um desequilíbrio hormonal. Em consequência, os ovários têm dificuldade em liberar os óvulos, prejudicando também a concepção.

Infertilidade masculina

A dificuldade em conceber não ocorre apenas devido a fatores femininos. Segundo pesquisas, em 30% dos casos, a infertilidade do casal tem causas masculinas. Ou seja, o corpo do homem é quem apresenta dificuldades em fecundar o óvulo.

Uma série de condições pode levar a essa dificuldade. A primeira ocorre quando o homem não consegue produzir a quantidade adequada de espermatozoides. Aqui, o sêmen fica “pobre” de gametas masculinos, o que vai tornar a natação dos espermatozoides até o óvulo mais complicada.

Também podem acontecer situações como a dificuldade do homem em ejacular, ou em produzir espermatozóides com boa mobilidade.
Em 10% dos casos da infertilidade do casal, o problema não tem causa definida. Ou seja, ocorre a chamada Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA). Nesses casos, ao invés do tratamento do problema, costuma ser indicada alguma técnica de reprodução assistida para a concepção.

Não consigo engravidar: o que faço?

Não consigo engravidar: o que faço?
Se você disser ao seu médico “não consigo engravidar”, ele provavelmente irá te responder “Vamos ver se você tem todas as condições para engravidar ”. Afinal, para garantir uma gestação saudável para mãe e bebê, é fundamental preparar o corpo da mulher para concepção.

Por esse motivo, você deve procurar seu médico logo que tomar a decisão pela gravidez. No consultório, o especialista poderá avaliar sua saúde como um todo, atestando sua segurança em gerar um bebê. Isso significa, por exemplo, que será avaliada a existência de doenças em seu organismo. Caso problemas estejam presentes, é importante saná-los antes da concepção.

Exames também podem indicar qualquer tipo de alteração em seu aparelho reprodutor. Caso já descobertas neste momento, as condições podem ser tratadas antes mesmo do início das tentativas de concepção.

Além disso, o especialista poderá indicar uma série de suplementos, que vão favorecer todo o processo de gestação.

Dentre todos, o nutriente mais importante para a concepção é o ácido fólico. Encontrado em alimentos de folhas verde escuras, o produto está disponível em cápsulas “potentes”. A substância protege o bebê de malformações genéticas.

Essas substâncias estão disponíveis numa série de alimentos. Seu consumo por remédios, no entanto, facilita a absorção dos nutrientes pelo organismo. É essencial, porém, que o consumo desses suplementos só seja realizado com a devida prescrição médica.

É interessante, aliás, que o homem também passe por avaliação médica. Afinal, ele também será responsável pela gravidez. Garantir sua saúde aumenta as chances de fecundação do óvulo, como desejado.

Cuide bem da sua saúde!

Outra recomendação do seu médico especialista será pela adoção de uma dieta saudável. Quando o corpo está alimentado de nutrientes, trabalha ainda melhor em cada um dos seus sistemas. Incluindo os sistemas hormonal e reprodutor, os mais importantes no processo de concepção.
Dessa forma, é fundamental manter dieta rica em vitaminas E, A, C e D e nos nutrientes já citados. O consumo de proteína, ovos, verduras, frutas, soja, leite e derivado auxilia muito no trabalho do organismo, aumentando a possibilidade de concepção do casal.

Ao mesmo tempo, homem e mulher devem evitar o consumo de produtos maléficos ao organismo. Como bebidas alcoólicas, cigarros, cafeína em excesso e remédios sem prescrição médica. Tal qual as drogas, que tem péssimos efeitos sobre o organismo. Cada uma dessas substâncias pode interferir diretamente na ovulação feminina e na produção dos espermatozoides, no homem.
Para alcançar a concepção, é igualmente benéfico manter a prática regular de exercícios físicos. O esporte promove a liberação de uma série de substâncias benéficas ao corpo. Primeiro, isso auxilia no relaxamento do casal – algo essencial, uma vez que o estresse pode dificultar a gravidez. Simultaneamente, o exercício físico promove a melhor circulação sanguínea do organismo. Considerando que o sangue é quem leva nutrientes e oxigênio a todas as células do corpo, o funcionamento de todo ele é potencializado.

Sexo e período fértil

Como explicado anteriormente, um casal só consegue engravidar durante o período fértil da mulher. Esse período é definido pela disponibilidade do óvulo em ser fecundado. Logo, é importante que a mulher conheça seu período fértil, para que possa “programar” o melhor momento de praticar relações sexuais.
Para acompanhar o ciclo, uma boa opção é pelo uso da chamada “tabelinha”. Ela auxilia na percepção do dia de ovulação da mulher. Funciona assim: quando possui período regular, a mulher tem 28 dias de intervalo entre uma menstruação e outra. Neste caso, o 14º desse ciclo geralmente é o da ovulação, ou seja, o dia em que o óvulo é liberado pelo ovário.
Dessa forma, a mulher e seu parceiro podem intensificar a atividade sexual três dias antes, e três dias depois do dia de ovulação. Isso vai aumentar a possibilidade de com concepção, uma vez que o óvulo pode ser liberado pouco antes, ou pouco depois do previsto.

Entretanto, quando há o desejo de gravidez é importante que o casal “se dedique”. Ou seja, a prática sexual deve ser contínua. Mas é importante que o coito não seja tomado como uma “obrigação”. A ansiedade durante o sexo poderá provocar as alterações hormonais já citadas, e assim prejudicar a fecundação do gameta feminino.
Após a relação, é interessante ainda permanecer deitada, à semelhança do que se faz quando faz-se os procedimentos de reprodução assistida. O tempo adequado é de pelo menos 15 minutos. Ainda assim, indica o mesmo para o método “natural” de concepção.

Cuidados durante a relação sexual

Apesar de haverem mitos de que uma posição sexual poderia favorecer a concepção, a ciência refuta-os completamente. Não há indicações que um modo específico de praticar o coito dê resultados mais rápidos.

No entanto, algo na prática sexual deve ser avaliado: o uso dos lubrificantes sexuais. Segundo estudos, o lubrificante artificial pode interferir no muco cervical. Esse muco protege os espermatozoides, pois tem pH de acidez controlada. É ele quem permite que os gametas sejam corretamente introduzidos na vagina e nadem até o óvulo.
O uso de lubrificantes, porém, impede que os espermatozóides alcancem rapidamente o muco. Assim, eles podem acabar morrendo na vagina, sem ao menos entrar no útero. Ou seja: a concepção fica impedida, uma vez que os gametas masculinos não conseguem atingir as trompas uterinas.

Quais as soluções?

Se você já se “cansou” de repetir a frase “não consigo engravidar!”, e se o período comum de tentativas já foi extrapolado, será hora de procurar um médico. No consultório, o especialista vai avaliar a causa do problema e, se possível, deverá indicar tratamento para ela. Com a condição impeditiva resolvida, costuma ser possível realizar a concepção naturalmente.
No entanto, pode ser que a causa não seja definida. Ou que, mesmo após resolvida, o método comum, ou seja, por meio da relação sexual, não resulte em concepção. Dessa forma, uma alternativa interessante é a reprodução assistida.

A Medicina oferece diferentes modos para a concepção assistida. Há, por exemplo, a fertilização in vitro. Nesse método, a mulher tem um óvulo colhido, assim como os espermatozoides de seu parceiro.

Em seguida, esses gametas são unidos em laboratório. Isso gera um zigoto, que se desenvolve em laboratório por até cinco dias. Depois, esse embrião é inserido no útero da mulher, de modo que possa se agarrar à parede do útero e, então, se desenvolver. Caso ele consiga realizar esse feito, dá-se início à gravidez.

Inseminação artificial e doação de gametas

Inseminação artificial e doação de gametas
Outra técnica bastante comum é a inseminação artificial. Nela, apenas os espermatozoides são colhidos. Selecionados em laboratório, os mais fortes são inseridos no útero da mulher, o mais próximo possível das tubas uterinas. De lá, os gametas deverão “nadar” e encontrar o óvulo. A técnica é interessante para situações em que o espermatozoide tem pouca mobilidade. Ou em que algum fator supostamente prejudica sua entrada no corpo feminino.

Em ambas as técnicas, e em várias outras, é possível utilizar gametas de doadores. A alternativa é interessante quando as células reprodutoras do casal são motivo da não concepção. Ou seja, quando elas possuem alguma alteração genética, ou problemas para se unir. Em situações desse tipo, os doadores devem ser anônimos, como determina a Lei brasileira.
Por fim, é possível fazer à adoção de uma criança. Muitas aguardam pelo carinho de uma família, e serão muito bem-vindas quando o casal deseja, acima de tudo, serem pais.

Dentre as principais causas estão os problemas no ovário, órgão que produz as células reprodutoras femininas, os óvulos, imprescindíveis para dar origem a uma nova vida. Por diversos motivos, muitas mulheres podem não ter mais óvulos ou possuírem óvulos de má qualidade, o que dificulta uma gravidez natural.

Mas o sonho da maternidade pode ser mantido com o uso da doação de óvulos!

Ovodoação: quem são os receptores?

Ovodoação: quem são os receptores?

A doação de óvulos, ou ovodoação, é uma opção para ajudar no sonho de uma gravidez para mulheres que não possuem mais óvulos ou que os óvulos são de má qualidade.

A ovodoação é uma alternativa para mulheres que já chegaram à menopausa, seja ela de forma prematura ou não. Na menopausa, os ovários interrompem por completo a liberação de óvulos, pois a reserva de óvulos natural acaba. Isso impede a possibilidade de fecundação.

Outras mulheres têm sua reserva de óvulos afetada por cirurgia (remoção de cistos e tumores) ou por quimioterapia. Nestes casos, a ovodoação também pode ser uma opção.

O que mais afeta diretamente a qualidade dos óvulos é idade das mulheres e, isso ocorre principalmente após 42 anos.

Muitas vezes, mesmo tendo óvulos, a chance de formar um embrião normal após essa idade é pequena. Também pode influenciar em dificuldades durante a gravidez e ser causa de abortamento. Existem,também,alguma alterações genéticas e doenças hereditárias que podem interferir na qualidade dos óvulos provocando a formação de embriões defeituosos. Nesses casos, a ovodoação torna-se uma ótima opção para aumentar significativamente as chances de gravidez, pois utiliza óvulos de mulheres jovens e de boa qualidade.

Alguns casais que têm abortos de repetição (mais de três abortos consecutivos) podem usar da ovodoação para aumentar as chances de sucesso e conseguir uma gravidez.

Além disso, casais homoafetivos podem se utilizar da doação de óvulos para poder também realizarem o sonho de serem pais.

Quem pode doar?

O tratamento de reprodução com ovodoação acontece quando um óvulo de uma doadora é fecundado para que outra mulher, ou casal homoafetivo, se torne mãe/pais. Geralmente, os óvulos da doadora são fecundados pelo parceiro da mulher que deseja a maternidade. Caso isso não seja possível, devido à infertilidade do homem, o gameta masculino também pode ser proveniente de um doador. Após colhidos, ambos os gametas serão ligados por meio da fertilização in vitro.

No Brasil, existe uma normatização do Conselho Federal de Medicina que determina que doadora e receptora do óvulo não podem se conhecer. de acordo com a  lei: a doação deve ser anônima, e a mãe do bebê será a mulher que deu à luz a ele. Se a criança for gerada por barriga solidária, ou “barriga de aluguel”, considera-se que o filho é do beneficiado pelo procedimento, e não da mulher que o carregou em seu ventre.

No País, não existe um banco de óvulos para doação, como acontece, por exemplo, com o sangue. Apenas algumas clínicas no território mantêm óvulos restantes de tratamentos, com a autorização de suas doadoras. Por isso, é necessário que a ovodoação seja feita voluntariamente por mulheres que desejem ajudar outras pessoas na concepção.

Assim como o homem, atualmente a mulher pode doar voluntariamente alguns de seus óvulos, para ajudar outra mulher que precisa. Não é permitido que receba dinheiro por este ato, mas poderá beneficiar-se da ajuda que a receptora proporcionará pagando parte dos custos do procedimento.

Só podem ser doadoras mulheres com até 35 anos que tenham, preferencialmente, boa reserva de óvulos, considerando que eles serão compartilhados entre a doadora e a receptora. Além disso, a doadora não pode ter doenças sexualmente transmissíveis (DST), alterações genéticas ou hereditárias ou doenças graves. Tudo isso é avaliado antes de se iniciar o processo da doação.

A pré-doação

Ovodoação: quem são os receptores?

O primeiro passo para a doação de gametas femininos é a entrevista com a doadora desejosa. Durante a conversa na clínica, a mulher apresenta seus hábitos de vida, motivações para a doação, histórico médico, doenças na família e outros fatores que poderão classificá-la como uma boa concessora. A análise psicológica também é feita.

Em seguida, são realizados exames para verificar a saúde da paciente. Os testes realizados incluem, por exemplo, o exame de cariótipo, que verifica o número e forma de seus cromossomos, e a ecografia que verifica a saúde do útero e ovários da doadora.

Outra verificação realizada é a análise genética. Com uma pequena amostra de sangue da mulher, mais de 600 doenças genéticas podem ser verificadas. O sangue ainda indica a presença de doenças ou infecções. Alem disso, tambem são excluidas doenças sexuamente trasmissiveis e algumas doenças que podem interferir na qualidade dos óvulos.

Aprovada em todas essas etapas, a mulher pode começar o tratamento para doação de suas células reprodutoras. A partir desse momento, é indicado que ela redobre o cuidado durante atividades sexuais. Isso significa utilizar tanto métodos anticonceptivos, quanto o preservativo para a prevenção de DST’s.

Por fim, doadora e receptora dos óvulos assinam um acordo de consentimento informado, que estabelece um acordo legal entre as partes, inclusive quanto ao quesito filial após o nascimento do bebê.

Doação de óvulos

Para doar, a mulher passa pelo processo de indução da ovulação, em que faz o uso de medicamentos orais ou injeções. As substâncias agirão nos folículos do ovário, estimulando-os a produzir uma quantidade maior de óvulos em um mesmo ciclo.Esse tratamento é realizado no início do ciclo menstrual.

O procedimento, é realizado por meio de uma agulha de aspiração. Primeiro, a mulher recebe leve anestesia e em seguida, a agulha é aplicada dentro de sua vagina, entra no ovário e aspira o líquido dos folículos, que vai conter os óvulos. Após obtidos, os gametas passam para procedimentos de fecundação.

Para o tratamento de concepção, os óvulos são ainda avaliados de acordo com as características da receptora. Ou seja: as características físicas da doadora e receptora são comparadas, de modo que o gameta com características mais semelhantes seja escolhido para fertilização. O tipo de sangue de ambas é igualmente avaliado, para que o feto concebido não tenha problemas de compatibilidade com a mãe. Como todo este processo de “troca” entre as mulheres deve ser anônimo, quem faz a escolha dos óvulos é o médico responsável pelo tratamento.

Para que a segurança de todo o processo seja garantida, inclusive na pós-concepção, as clínicas brasileiras mantém um registro com dados clínicos de todos os doadores. Esses dados incluem desde as características fenotípicas da paciente, até uma amostra de suas células.

Além disso, a lei determina que, em uma área de um milhão de habitantes, uma mesma doadora não pode realizar mais doações caso suas doações anteriores tenham produzido duas gestações de crianças de sexos diferentes. O cuidado existe para que uma eventual semelhança entre crianças não cause constrangimentos futuros.

Riscos da doação: para a doadora

Para que a mulher consiga doar sua célula reprodutora, ela passa por um processo de estimulação dos ovários. Realizado por meio de medicamentos, esse processo pode gerar, posteriormente, a chamada Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO).

Quando ocorre, a SHO gera a maior produção do hormônio estradiol, uma importante substância para a regulação do ciclo menstrual. O resultado é a resposta exagerada dos ovários, que provoca a liberação de substâncias diversas. Essas substâncias, por sua vez, levam ao aumento da permeabilidade vascular.

As consequências podem ser variadas. Dessa maior permeabilidade pode se originar, por exemplo, a ascite, provocada pelo acúmulo de líquido no abdômen. O hidrotórax, acúmulo de líquido no tórax, é igualmente possível. Assim como, raramente, pode ocorrer a insuficiência renal e derrame pleural (caracterizado por líquido nos pulmões).

A maior quantidade de substâncias no corpo feminino também pode levar à trombose, tanto imediatamente quanto após uma gravidez futura dessa doadora. O resultado é o inchaço do corpo, assim como dores e outros sintomas. Evidentemente, todo o processo de estimulação ovariana é realizado de forma a reduzir o risco de problemas como esses.

Ainda considerando a etapa de indução da ovulação, podem ocorrer incômodos momentâneos. O método mais utilizado para a indução é por injeção autoadministrada. Dessa forma, é possível que a mulher sinta alguns incômodos na pele, inchaço pélvico, cólica e outros sintomas percebidos no período menstrual, que desaparecem em poucos dias.

Doação versus fertilidade da doadora

A maioria das paciente receptoras não possuem mais óvulos ou os têm óvulos são de má qualidade.

Por isso, a doação de óvulos ajuda em muito às paciente receptoras a conseguir realizar o sonho de serem mães. Como os óvulos utilizados na doação são de mulheres jovens (até 35 anos) as chances de gravidez são de aproximadamente de 50% para cada tentativa, ou seja, uma em cada duas conseguem engravidar com esse processo.

Além disso, as chances de doenças genéticas ou malformações dos bebês diminuem da mesma forma, pois também estão associadas a qualidade dos óvulos.

Riscos da doação: para a receptora

Por outro lado, os riscos da doação de óvulos para a receptora dizem respeito ao processo de concepção. Para gerar um bebê, a mulher passa pelo processo de fertilização in vitro, que insere um embrião no seu útero.

Inicialmente, esse embrião é um corpo estranho, portanto o organismo pode rejeitá-lo e provocar abortos espontâneos. Nesse caso, podem ocorrer fortes dores abdominais ou lombares.
Outra possibilidade é que o embrião se desenvolva fora do útero. Aqui, a gestação é chamada de gravidez ectópica, e pode provocar dor na pélvis e sangramento vaginal. Se não tratada, a condição pode prejudicar o funcionamento de órgãos próximos ao útero, e levar a óbito.

Como fazer a doação de óvulos?

Ovodoação: quem são os receptores?

Segundo normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Conselho Federal de Medicina, existem dois modos para realizar a ovodoação no Brasil: a compartilhada e a doação pura.

A doação compartilhada é aquela em que duas mulheres compartilham todo o processo do tratamento. Isso não significa que elas se conhecerão, pois é necessário que a doação seja anônima. O que acontece é que, primeiro, uma mulher se oferece para doar os óvulos. Esse processo, no entanto, acaba sempre por acarretar custos, principalmente para a estimulação da ovulação logo no início do tratamento.

Dessa forma, a mulher ou casal receptor assume os gastos da doadora, de forma parcial ou total. O pagamento é feito à clínica responsável e os receptores recebem o óvulo doado para seu tratamento de fertilidade.

Já a doação pura é realizada quando a mulher se oferece espontaneamente para prover suas células reprodutoras. Para isso, ela pode se dirigir a uma clínica especializada e manifestar o desejo de disponibilizar seus gametas.

Em ambas as possibilidades, a doação dos óvulos deve ser anônima, sem qualquer caráter comercial. Por esses motivos, aliás, quem escolhe o óvulo a ser utilizado pela mulher em tratamento para gravidez é o médico. A paciente pode apenas solicitar a busca por características físicas específicas, como a cor de pele e tipo de sangue.

Tecnologia a favor da doação

Como muitas vezes há dúvidas sobre como doar, diversas clínicas e médicos vêm desenvolvendo métodos de “aproximar” doadores e receptores. Ainda não existe um cadastro único, mas a tecnologia propicia o cadastramento em diversas clínicas, sem que a paciente tenha que se deslocar. Caso haja doadoras e receptoras com perfis que combinam, o processo é iniciado com a consulta presencial.

As mulheres interessadas na doação ou na recepção de gametas realizam um cadastro, incluindo suas características físicas, dados familiares e informações que poderão emparelhá-las com outras mulheres ou casais. Pelos recursos tecnológicos atuais é possível enviar fotos para escolha da melhor semelhança possível. É importante ressaltar que deve-se preservar o anonimato. Doadora e receptora não podem se conhecer.

Fertilização in vitro

Após receber as células doadas, a mulher receptora passa pela fertilização in vitro. O tratamento é o responsável por dar origem ao embrião que vai conceber a gravidez. Para isso, a primeira etapa é a análise dos óvulos colhidos. Se considerados saudáveis, os gametas são disponibilizados para fertilização e levados ao laboratório.

No laboratório, essas células femininas são ligadas a espermatozoides. Os gametas masculinos podem ser colhidos do homem parceiro da receptora, ou de um doador, ou de um dos homens que formam o casal homoafetivo, que está em processo de concepção.

Geralmente, os espermatozóides são colhidos por masturbação. Caso seja necessário, o homem passa por um processo de estimulação dos gametas, assim como as mulheres doadoras o fazem.

No caso de suspeita da baixa fertilidade do processo, a ligação dos gametas pode ser feita por intracitoplasmática. Nessa situação, um único espermatozóide é selecionado e injetado no óvulo.

O processo de fecundação é realizado no mesmo dia da aspiração dos óvulos. Os embriões passam, então, por um processo de maturação de três até cinco dias. Em seguida, eles são inseridos no útero da receptora, de modo que que possam “se agarrar” à parede do órgão e se desenvolverem. Nessa etapa, o médico insere um cateter fino na vagina da mulher, guiando o embrião até quase o fundo o útero – cerca de 1 centímetro antes de atingi-lo. O especialista se guia por um ultrassom.

Para que o processo tenha maior chance de sucesso, costumam ser inseridos pelo menos 2 embriões nas mulheres com até 35 anos. Para as que têm até 40 anos, são três embriões; a partir dessa idade, quatro. Isso não significa que todos os embriões serão gerados, mas a técnica aumenta a possibilidade de concepção. Cerca de 12 dias após esse processo, um exame é realizado para verificar se foi dado início à gestação.

Quando embriões não são utilizados, os casais podem optar por armazená-los em criopreservação, ou seja, por congelamento. Assim, será possível utilizá-los futuramente.

Mulheres e homens solteiros também podem recorrer ao uso de gametas doados e fertilização in vitro para a concepção.

A relação sexual é algo importante na manutenção de um casal. Porém, o medo de engravidar a parceira muitas vezes está presente e para evitar uma gravidez indesejada, existem muitos métodos contraceptivos, como por exemplo, a camisinha, o anticoncepcional, DIU, entre outros. Para o homem que já tem filhos ou que não deseja tê-los, no entanto, existe um método mais prático: a vasectomia!

Vasectomia: o que é?

Os espermatozoides são os gametas masculinos. isto é, são as células de reprodução do homem que, quando se unem ao óvulo feminino, geram uma nova vida. Esses gametas são produzidos nos testículos e, então lançados a um canal.

Chamado canal deferente, essa segunda estrutura é a que recebe as células, expelindo-as quando há a ejaculação. Ou seja, os deferentes são os responsáveis por transportarem os espermatozoides do epidídimo até a uretra. O epidídimo é o local de armazenamento dos gametas masculinos e fica na parte superior dos testículos.

Cada testículo possui um canal deferente ligado a ele. Sendo assim, este muito importante para a liberação dos gametas. O canal deferente que é a estrutura manipulada na vasectomia.

A vasectomia é um método contraceptivo obtido por meio de procedimento cirúrgico. Na operação, corta-se o tubo deferente. Logo, o caminho que seria percorrido pelo espermatozoide é interrompido.

Para o procedimento, não é necessário que o indivíduo esteja em jejum. Na sala de cirurgia, o homem recebe um anestésico local. Em seguida, uma pequena incisão, de aproximadamente 1 cm, é realizada em cada lado do saco escrotal.

Após realizar a vasectomia, o homem para de liberar espermatozoides. Os gametas ainda existem e continuam a ser produzidos, mas ficam retidos no epidídimo. O homem também continua a ejacular, pois o esperma, espécie de “líquido branco” da ejaculação, é formado por substâncias que vão além do gameta. O líquido em si é produzido acima da área separada do tubo, pela próstata e em glândulas mais próximas à uretra (a saída do pênis).

Onde realizar a cirurgia?

Como não libera mais gametas, então, o homem não mais pode gerar filhos. Por isso, esse método contraceptivo só é indicado para aqueles que possuem mais de 30 anos e já têm descendentes. Também é ideal que o homem possua bom planejamento familiar com sua parceria, tendo a certeza de que não desejam mais bebês.

A vasectomia é igualmente indicada para situações em que a mulher não pode utilizar métodos contraceptivos, como o anticoncepcional. A esterilização do homem, nesse caso, facilita muito a vida sexual do casal.

No Brasil, o procedimento cirúrgico pode ser realizado tanto pela rede particular, quanto pela pública. No primeiro caso, a cirurgia só é feita após absoluta certeza do paciente e avaliação médica. Os custos podem variar de acordo com o médico e a clínica.

Já o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) requer alguns outros requisitos mais. Primeiro, o homem precisa ter pelo menos 35 anos de idade. Posteriormente, é necessário que já tenha dois filhos. Para os médicos, a condição de já ser pai, diminui a chance de arrependimento no pós-cirúrgico.

Cuidados com a vasectomia

O primeiro cuidado a se tomar no pós-cirúrgico da vasectomia é com a recuperação. O procedimento é bastante simples. Por isso, a saída do hospital é feita no mesmo dia, com o homem, inclusive, podendo dirigir. Na maioria dos casos os indivíduos conseguem voltar completamente à rotina em três dias.

Há ocorrências, porém, em que o corte feito no ducto deferente provoca inflamação. Isso pode tornar o saco escrotal mais sensível à dor nos primeiros dias. Se for esse o caso, o paciente deve evitar os movimentos bruscos e até caminhadas desnecessárias. Com poucos dias, no entanto, a dor tende a sumir.

Já a prática de relações sexuais deve aguardar ao menos uma semana. Nesse caso, é fundamental que o casal ainda utilize algum método anticoncepcional. Isso porque, mesmo que a cirurgia interrompa imediatamente a passagem de espermatozoides, podem haver alguns restantes no ducto deferente. Se esses gametas restantes forem ejaculados, ainda poderão gerar uma gravidez. Em média, são necessárias 20 ejaculações para eliminar todos os espermatozoides restantes.

Em 45 dias após a vasectomia, o indivíduo deve realizar um exame de espermograma. Por meio dele, o médico vai poder analisar a existência de gametas ou não no sêmen. Apenas após comprovada sua inexistência, o sujeito poderá praticar atividades sexuais sem outro contraceptivo.

É fundamental destacar, porém, que a vasectomia previne a gravidez, mas não impede a transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Dessa forma, se existe uma união estável, homem e mulher devem realizar exames que demonstrem a inexistência de DST’s. Se houver mais de um parceiro sexual é essencial continuar o uso da camisinha. Só assim problemas como o HIV, gonorreia, clamídia ou outros poderão ser prevenidos.

Finalmente, é preciso abordar um receio que muitos dos homens que pensam na vasectomia possuem: o da impotência. No imaginário popular, há a ideia de que, se não puder ter filhos, o homem será impotente sexualmente. A cirurgia para interrupção do ducto deferente, no entanto, em nada influencia nesse quesito.

De fato, o que costuma ocorrer é que, devido à sensibilidade na região genital, o homem pode se sentir ansioso nos primeiros dias pós-procedimento. Assim, poderá ter dificuldade de ereção inicial. Isso, no entanto, não será mais um problema quando a sensibilidade da cirurgia passar.

Reversão da vasectomia

A reversão da vasectomia, segundo estudos, é poucas vezes buscada pelo simples arrependimento. Como a decisão é normalmente tomada pelo casal e bem instruída pelo médico, o homem tende a ter certeza pelo método, quando o realiza.

Pode acontecer, porém, do casal se separar e o indivíduo desejar ter um filho com a nova parceira. O falecimento de um filho também é um motivo comum, de modo que uma nova concepção possa amenizar a perda. Assim como, apenas a vontade de ter um novo bebê.

Para a reversão da vasectomia, o paciente precisa realizar um cuidadoso pré-operatório. Apesar de ainda simples, a operação de reversão é mais complicada do que a de corte do ducto. Assim, o médico solicita exames para a detecção de doenças, como a hérnia ou tumor no testículo. Uma condição pré-estabelecida poderia prejudicar a capacidade de recuperação do paciente. É solicitado também que seja feito jejum de oito horas.

A reversão da vasectomia é realizada por meio da reconexão das duas partes cortadas de cada canal deferente. Para isso, é realizada sedação local. Depois, uma pequena incisão é feita no saco escrotal, de aproximadamente 3 cm. Por meio dela, as pontas separadas do canal são identificadas e então costuradas juntas novamente.

Os canais são bastante finos, e por isso a cirurgia requer o uso de um microscópio. O equipamento consegue aumentar a imagem em até 25 vezes, e assim garantir a precisão do procedimento. Por fim, as incisões no saco escrotal são suturadas.

Fibrose e pós-operatório

Existe situação em que a operação se torna mais trabalhosa: quando há fibrose. A fibrose é o aumento das fibras de um tecido. No caso de uma vasectomia, o epidídimo acaba por sofrer pressão exagerada ao longo dos anos, uma vez que recebe, mas não libera espermatozoides. Essa pressão gera a fibrose, que cria obstruções logo abaixo do local onde o ducto deferente foi cortado. Nessa situação, ao invés de fazer o religamento dos ductos, é necessário levá-los até o epidídimo e ligá-los de forma que a área obstruída não impeça a passagem dos espermatozoides.

Pouco mais de um mês depois da cirurgia, o homem deve realizar um espermograma. Com ele, o médico poderá verificar a volta do espermatozoide ao sêmen. Isso vai permitir que o indivíduo fecunde um óvulo, gerando um bebê. Além da existência dos gametas, seu formato e mobilidade também são avaliados.

O nível de espermatozoides numa ejaculação vai aumentando ao longo do tempo. Três meses após a cirurgia, a presença dos gametas no sêmen é de 79%. De 4 a 6 meses, os níveis vão para 96%. Em um ano, os valores se estabilizam, chegando a 99%.

O ideal é que o contato íntimo seja feito apenas uma semana depois da cirurgia. Ou então, após os pontos suturados no saco escrotal caírem. Como na vasectomia, o procedimento não influencia na potência sexual.

Gravidez após a reversão da vasectomia

Algo que influencia muito no sucesso da cirurgia, ou seja, que os espermatozoides voltem a ser conduzidos pelo ducto deferente, é o tempo em que o homem permaneceu vasectomizado. Isso porque, com o passar dos anos, os gametas produzidos e armazenados tornam-se corpo estranhos ao organismo. Logo, o homem passa a produzir anticorpos contra as células reprodutoras, que vão eliminá-las assim que produzidas.

Dessa forma, a condição do tempo influencia também na chance de gravidez da mulher. Há um tabela básica para todos esses dados: se a vasectomia foi realizada há menos de três anos, a chance de sucesso da cirurgia é de 97%, com 76% de possibilidade de gravidez. Num período entre três a oito anos de esterilização, os números já começam a cair – são 88% de oportunidade de sucesso e 53% de gravidez. De nove a 14 anos, os números ficam em 79% e 44%. Com mais de 15 anos de vasectomia, as porcentagens são de 71% de sucesso de 30% de possibilidade de gestação.

Outros fatores também podem influenciar na concepção. Como a idade da mulher: se tem mais de 35 anos, a fertilidade da mulher está em declínio. Isso significa que será mais difícil engravidar. Doenças na mulher, como a endometriose, e outras no homem, também podem gerar dificuldades para concepção natural.

A gravidez não acontece. O que fazer?

Se qualquer dos fatores citados dificultar a desejada nova gravidez, a medicina oferece uma série de soluções. Estas que vão permitir a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, a geração de um zigoto e desenvolvimento do feto.

Geralmente, os tratamentos da infertilidade só começam a ser utilizados após um ano de tentativas de gravidez do casal. Esse é o período de demora considerada normal, uma vez que a fertilidade do ser humano é baixa. Por mês, um casal tem apenas 20% de chance de gravidez! Logo, quando 12 meses passam, parceiro e parceira devem procurar um especialista e verificar a existência de alguma condição impeditiva à gestação.

No caso da reversão da vasectomia, porém, não é necessário aguardar esse período para buscar auxílio. Cerca de um mês após a cirurgia, a existência de espermatozoides no sêmen será avaliada pelo espermograma. Assim como a mobilidade dos gametas, e sua saúde. Confirmada a fertilidade, o casal poderá tentar a gravidez normalmente.

Se após seis meses, porém, as tentativas não forem bem-sucedidas, é interessante consultar um especialista. Especialmente se a mulher tiver mais de 35 anos. Nesse caso, o médico poderá avaliar a fertilidade de ambos e indicar um tratamento para concepção.

Tratamentos para a infertilidade

Há, por exemplo, a possibilidade de realização da fertilização in vitro. O processo é iniciado logo nos primeiros dias da menstruação da mulher, em que seu ciclo menstrual é acompanhado. Com as informações colhidas, o médico descobre o período em que a mulher irá liberar seus óvulos. Para facilitar, na maioria dos casos a paciente passa por um processo de indução da ovulação. Em seguida, os gametas são colhidos, e levados ao laboratório junto dos espermatozoides. Os gametas masculinos geralmente são colhidos por masturbação.

A ligação do óvulo e espermatozoides é realizada em laboratório. Após aproximadamente cinco dias, o pequeno crescimento de células é introduzido no útero da mulher. Ele, então, busca se agarrar à parede do órgão, para se desenvolver. Em aproximadamente 15 dias, o médico poderá verificar o sucesso ou não do processo, ou seja, se a mulher está grávida ou não.

Outra alternativa comum é pela inseminação artificial. Nesse caso, os espermatozoides são colhidos e inseridos diretamente no útero ou fundo da vagina da mulher. De lá, os gametas “nadam” até o óvulo, buscando sua fecundação. O processo é mais indicado quando os espermatozoides do homem tem pouca mobilidade e, acabam morrendo devido ao pH ácido da vagina, ou outras situações semelhantes.

Se o problema de concepção for resultado da ausência do espermatozoide do sêmen, há a possibilidade de coleta cirúrgica do gameta. Nesse caso, o homem passa por uma punção, ou então por biópsia testicular. Assim, o médico obtém os espermatozoides e pode realizar o tratamento necessário para concepção.

Além disso, mesmo que o homem volte a produzir e a ejacular espermatozoides, eles podem não ser férteis. Nesse caso, a solução mais interessante é utilizar gametas doados e realizar fertilização in vitro ou inseminação artificial para uma nova gestação.

Para muitos casais, o desejo de gerar um filho é imenso. O período de gravidez, a ansiedade de espera pelo bebê, o período pós-nascimento que traz tanta alegria. Tudo parece fazer parte de um sonho…

Com o objetivo da gravidez, então, é suspenso o uso de métodos contraceptivos e a prática de relações sexuais sempre se torna mais intensa. Em algumas situações, porém, após meses e meses de tentativas, não há o menor sinal de uma gestação. O problema, nesse caso, pode ser infertilidade.

Os casos de infertilidade são mais comuns do que se imagina. Cerca de 15% dos casais encontram dificuldade em engravidar. Inclusive porque o ser humano não é um ser extremamente fértil: por mês, há apenas 20% a 25% de chance que uma gravidez “vingue” e, essas chances diminuem de forma mais acentuada após os 35 anos. Aos 40 anos, 33% das mulheres são inférteis, o que explica porque a infertilidade tem aumentado uma vez que muitas estão protelando o momento da gravidez. Além disso, a qualidade do sêmen também tem diminuído e isto se acentua após os 40 anos.

Hoje em dia com as diversas técnicas existentes, pode-se dizer que infertilidade é tratável. O fundamental é a realização de uma avaliação detalhada do casal, por médicos especialistas em infertilidade, para que se identifique as causas do problema e se institua o melhor tratamento de uma forma individualizada. Descubra tudo sobre a infertilidade nesse guia completo!

O que é a infertilidade?

Como citado no início desse texto, um casal apresenta por mês apenas 20% a 25% de chance de engravidar. Por isso, é mais comum que o período entre o “abandono” de contraceptivos e a gestação em curso tenha vários meses. Considera-se infértil um casal que mesmo tendo relações sexuais frequentes, não consegue engravidar após 12 meses de tentativa.

Se após um ano de tentativas a gestação não acontece, é fundamental que o casal procure o médico para fazer uma avaliação. Se a mulher possui mais de 35 anos, contudo, essa visita ao médico deve ocorrer mais cedo. Após seis meses de tentativas, homem e mulher devem procurar juntos um especialista. Afinal, após essa idade, a fertilidade das mulheres naturalmente diminui de uma forma mais acentuada. No caso dos homens, os espermatozoides também perdem sua qualidade, principalmente após os 40 anos.

Quando o casal consegue engravidar, mas a gestação não é levada adiante, por um aborto espontâneo e isso se repete mais de uma vez,  o quadro também é caracterizado como infertilidade. Por isso, deve-se da mesma forma,  procurar um médico especialista.

Existem dois tipos de infertilidade. A primária acontece quando a mulher nunca passou por gravidez. E também a secundária, quando ela já engravidou uma vez e não consegue mais. Isso significa que, mesmo que já tenha um filho, a mulher pode se tornar infértil.

As causas da infertilidade são sempre investigadas no casal. Isso porque os problemas podem ser tanto do homem quanto da mulher. Estima-se que 30% dos casos de dificuldades estão relacionados aos fatores femininos. Outros 30% dizem respeito às condições masculinas. Os 40% restantes são divididos entre motivos do casal (30%) e por causas indeterminadas (10% das situações).

Reprodução humana

Para que a gravidez ocorra, é preciso que um longo processo aconteça. Primeiro, a mulher nasce com um número limitado de células reprodutoras (os óvulos) e que vão sendo gastos ao longo de sua vida, sendo que quando ela entra na puberdade e, começa a menstruar sobram aproximadamente em torno de 500.000 óvulos. Pelos próximos 30 a 40 anos, 400 a 500 óvulos são selecionados mensalmente para serem ovulados. É importante saber de que deste óvulos selecionado mensalmente, na maioria das vezes, somente um atinge a maturidade necessária, para que ocorra a ovulação.  Caso não ocorra a fecundação as mulheres  menstruam, essa é a forma de liberar o útero, da estrutura que foi criada e, não utilizada, para o feto.

Já o homem, quando atinge a puberdade, passa a produzir espermatozoides. Eles são as células reprodutoras masculinas e fecundam o óvulo, para gerar um novo ser.

O processo natural para que isso ocorra é a relação sexual. Na ejaculação, o homem libera um jato de sêmen cheio de espermatozoides. As células, então, nadam pelo útero feminino e vão encontrar o óvulo nas tubas uterinas. O nadador “vencedor” alcança o óvulo e realiza sua fecundação.

Daí, as células dessa junção começam a se dividir. Primeiro, formam um pequeno emaranhado de células, chamado de zigoto. Ele é transportado e se “agarra” ao útero, onde receberá nutrientes para se desenvolver. Depois, as células vão se dividindo continuamente, até que dão origem ao feto e, formam cada parte do bebê. Em nove meses, normalmente, esse processo é completado e o novo pequeno ser humano vem ao mundo, para alegrar a família.

Pois bem, em qualquer um desses momentos, alterações podem ocorrer e impedir a completude do processo. Ou seja, a infertilidade se faz presente, e precisa ser tratada por um especialista.

Infertilidade feminina

Os dois principais fatores associados à infertilidade feminina são: dificuldade para ovular e as alterações nas trompas.

A dificuldade para ovular (disfunção da ovulação) é a causa de infertilidade mais comum, entre as mulheres e normalmente está relacionada as alterações do padrão da menstruação, principalmente quando existem ciclos com de mais de 30 dias. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a condição clínica que está ligada à disfunção da ovulação e pode acometer 15 a 20 % das mulheres em idade fértil. A SOP além da dificuldade para ovular,  está ligada ao aumento dos pelos, alterações metabólicas, como diabetes (aumento glicose no sangue), hipercolesterolemia (aumento de gordura no sangue) e obesidade. Outros distúrbios que podem trazer contratempos, são as alterações hormonais como por exemplo, problemas na tireoide.

A segunda causa mais comum de infertilidade feminina é a alteração das trompas, estas que  são fundamentais no processo de fecundação, pois é ali que há o encontro do óvulo com o espermatozoide. Algumas infecções que são transmitidas pelas relações sexuais, podem ocasionar a obstrução das trompas e, com isso impedir a fecundação. As bactérias mais comumente envolvidas neste processo são: a chlamydia e o gonococo (que causa a chamada gonorreia).

Outra doença que também pode comprometer as trompas, é  a endometriose.Uma doença na qual o endométrio (camada interna do útero) acaba por se posicionar fora do útero, onde promove alterações inflamatórias, que muitas vezes modifica a anatomia da pelve feminina, ocasionado lesões nas trompas. Além disso, este processo inflamatório pode levar a um quadro de dor forte no período menstrual (dismenorreia), alterações nos ovários com formação de um cistos de sangues (endometrioma), entre outras disfunções. A endometriose é uma doença complexa, que além de causar lesões nas trompas podem dificultar a ovulação e, atrapalhar a fecundação e implantação de embrião no útero. A endometriose pode acometer 10% das mulheres. O principal sintoma da endometriose é a cólica forte no período menstrual. Problemas hormonais, por sua vez, podem gerar a anovulação. Isso significa que a mulher deixa de liberar óvulo mensalmente. Sem ele, não há o que o espermatozoide fecundar. O estresse e ovário policístico podem ter esse mesmo efeito, assim como a perda significativa de peso corporal.

Outras causas no corpo da mulher

Problemas que acometem o útero também podem causar dificuldades para engravidar.

Os miomas ou fibromas (nódulos benignos do músculo do útero) são um exemplo disso. Porém, nem todo mioma interfere na fertilidade. Os miomas podem crescer para fora do útero (miomas subseroso), no músculo do útero (miomas intramurais) ou para dentro do útero( miomas submucosos). Somente os miomas que crescem para dentro da útero podem dificultar a gravidez.

Algumas más formações uterinas congênitas também podem ser causas de infertilidade. Dentre estas, destaca-se o útero septado  e o útero didelfo.

A chamada menopausa prematura é outro fator que pode levar à infertilidade feminina. Normalmente, a menopausa acontece após os 40 anos. Na versão prematura, ela ocorre antes deste período e compromete a reprodução, pois nesses casos, os óvulos acabam antes do tempo previsto.

Além desses, a esterilização feminina onde se faz a ligadura das trompas (laqueadura), feita como método contraceptivo, também pode impedir a gravidez, principalmente quando é realizada em mulheres jovens com menos de 35 anos. Muitas mulheres que foram submetidas à laqueadura acabam se arrependendo ou trocando de parceiros e uma vez que, as trompas foram ligadas existe o impedimento da fecundação natural.

Em outras situações, o muco liberado pelo colo uterino da mulher é tão espesso, que impede a passagem dos espermatozoides para o interior do útero e desta forma, dificulta a gravidez.

Infertilidade masculina

As alterações masculinas podem contribuir para infertilidade do casal em quase 50 % das vezes, sendo que em 30% é o principal fator. Normalmente as doenças que acometem os homens podem afetar: a produção de espermatozoides ou seja, as chamadas condições como a oligozoospermia ( poucos espermatozoides) e a azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen). Também existem aqueles com qualidade ruim e outros com dificuldade de movimentação. Além  dos casos em que existe impedimento da saída dos espermatozoides, no líquido do sêmen, chamado de fator obstrutivo.

A doença que mais comumente leva a infertilidade masculina é a varicocele. Trata-se da presença de varizes no bolsa escrotal, o que acarreta aumento da temperatura e aumento de substâncias nocivas aos espermatozoides, ocasionando alterações no número e na qualidade dos mesmos. Geralmente é possível o tratamento através de cirurgia.

Já a azoospermia é a condição em que o homem não possui espermatozoides presentes em seu sêmen. Ou seja, quando ejacula, ele não libera células reprodutoras. Podem ser obstrutivas ou não obstrutivas.

No caso da azoospermia obstrutiva o ducto deferente (canal pelo qual passa o sêmen) está obstruído ou não se formou . O problema pode ser gerado por infecções, fibrose cística (doença genética que não existe a formação dos ducto deferentes) e vasectomia. O tratamento pode ser feito através de cirurgia corretivas ou pode-se retirar espermatozoides de outras lugares do testículos).

No caso da condição não obstrutiva, porém, o homem possui geralmente uma deficiência na produção de espermatozoides. A deficiência pode bloquear por completo essa produção, ou gera um número insuficiente de células. Nesse caso, as causas costumam ser genéticas ou hormonais. A idade também pode afetar a qualidade e a produção dos espermatozoides, principalmente acima dos 40 anos.

A história que os homens vão ter espermatozoides a vida toda nem sempre é verdadeira.
Assim como no caso das mulheres, um casal em que existe problema da parte masculina, precisa fazer uma avaliação com um médico especialista em infertilidade.

Doenças, drogas e hormônios

Entre as causas da infertilidade masculina, é possível citar também processos infecciosos. Como a inflamação dos testículos, do canal deferente ou do próprio pênis. Normalmente, as infecções são resultado de Doenças Sexualmente Transmissíveis, como a gonorreia ou a clamídia.

O uso de uma série de medicamentos e drogas é igualmente prejudicial à fertilidade do homem. Medicamentos utilizados na quimioterapia, por exemplo, podem afetar a produção de espermatozoides. Assim como a utilização de anabolizantes, muito comuns nas academias,  que podem parar por completo a produção dos espermatozoides

Já a maconha afeta a locomoção dos espermatozoides. Enquanto isso, a cocaína prejudica sua produção. O cigarro tem os mesmos efeitos e também pode dificultar a ereção do homem. Por último, o álcool prejudica a qualidade dos gametas.

Existem ainda situações em que o próprio corpo do homem cria anticorpos contra os espermatozoides. O corpo da mulher pode fazer o mesmo com os gametas do homem. Aqui, as causas são diversas e os espermatozoides que deveriam fecundar um óvulo, são destruídos antes mesmo de saírem ou chegarem ao seu destino.

As alterações hormonais do homem, no que lhe concernem, podem dificultar a produção dos seus gametas. O FSH (Hormônio Folículo Estimulante) é o que estimula a produção do espermatozoide. Já o LH (Hormônio Luteinizante) é o que incita a produção da testosterona. Essa, por sua vez, é uma substância ligada ao libido e ereção masculina. Se forem produzidos em menor quantidade do que deveriam, esses hormônios falharão em suas missões.

Outros fatores causuais no homem

Os espermatozoides ainda podem apresentar anomalias devido à diabetes, tireoide, insuficiência hepática e renal. Assim como, tumores e má formação congênita.

A vasectomia, cirurgia utilizada como contracepção, também acaba por ser causa da infertilidade masculina. Em 80% dos indivíduos, contudo, é possível reverter o processo, e assim permitir que o homem volte a ejacular gametas.

Porém, é preciso destacar que os homens que realizam vasectomia tem sua fertilidade diminuída ao longo do tempo. Afinal, os espermatozoides, como não são liberados pelo corpo, acabam por ser represados. Eles logo morrem e são liberados na corrente sanguínea. O corpo, então, trata de produzir anticorpos contra essas células, o que pode se tornar um problema depois.

Fatores de risco

Dentre os fatores de risco que diminuem a fertilidade de homens e mulheres, os principais são os maus hábitos de vida e fatores ambientais . Como o cigarro, que afeta a produção e/ou liberação dos gametas. Por isso, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva estabeleceu quatro cuidados para quem deseja um dia ter filhos.

O primeiro deles é se preocupar com a idade. Como já explicado, quanto mais velhos os indivíduos, maior a dificuldade de fecundação do óvulo. Tanto porque a mulher diminui sua regularidade e liberação dos óvulos, quanto porque o homem passa a produzir menos espermatozoides e com qualidade mais baixa. Por isso, é interessante engravidar até os 35 anos, aproximadamente.

Outro cuidado mais que fundamental é com a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis. As doenças prejudicam o corpo humano de forma geral e muitas podem levar aos casos graves. Neste fato específico, porém, elas são prejudiciais porque também atrapalham produção e liberação de gametas. Ao mesmo tempo, podem danificar os órgãos reprodutores, como o útero e dificultar todo o processo de reprodução.

Além disso, há a necessidade de controle de peso. Quando os indivíduos estão muito acima ou muito abaixo do peso, o corpo responde de forma diversa, prejudicando todas as funções do organismo. Afinal, estar fora do peso adequado prejudica a produção de hormônios femininos e masculinos.

Por último, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva diz ser fundamental parar de fumar, pois o tabagismo afeta a fertilidade. A mulher é a principal afetada pelo fumo. O cigarro pode interferir, por exemplo, na implantação do óvulo fecundado, ou então na própria fecundação.

O estresse e outros fatores que debilitem a saúde também podem ser causas da dificuldade em engravidar. Por isso, devem ser considerados fatores de risco, ganhando atenção especial na prevenção.

Qual a diferença entre infertilidade e esterilidade?

Para muita gente que ouve falar em infertilidade, o susto e o receio são crescentes. “Isso quer dizer que não posso ter filhos?”, questionam-se. A infertilidade, porém, não quer dizer esterilidade – apesar de ambas serem temidas, significam coisas diferentes.
A infertilidade é uma condição em que o casal, após um ano de tentativas, não consegue engravidar. Ela requer tratamento e na maior parte dos casos é revertida. Logo, o casal consegue conceber e aumentar a família.
A esterilidade, por outro lado, é a impossibilidade completa de gerar filhos naturalmente. Geralmente, ela significa que o homem e/ou a mulher não conseguem produzir suas células reprodutoras. Pode referir-se também a impossibilidade de geração de zigotos viáveis. Mas mesmo nestes casos podem existir possibilidades de gravidez, através da doação de gametas (óvulos e espermatozoides) ou por meio do útero de substituição (“barriga de aluguel”) Cabe salientar que existem regras específicas para estes tipos de tratamentos, a fim de que se respeite as condições éticas. Uma outra alternativa, nestes casos é a adoção, que dá a família um filho não concebido pelo casal, mas amado da mesma forma.

Sintomas

Pode-se dizer que o principal sintoma da infertilidade é a falta da gestação após um tempo de 12 meses de tentativa, como já citado anteriormente. Entretanto, a infertilidade propriamente dita não possui sintomas. Suas causas, porém, costumam apresentar sinais e podem chamar a atenção dos indivíduos. Caso perceba um dos sintomas, o casal pode procurar um médico antes do previsto e, assim iniciar imediatamente o tratamento da condição.

Nos homens, é possível observar, por exemplo, o tamanho dos testículos. Quando um é maior que o outro, ou quando existe a sensação de uma massa em algum deles, pode ser sinal de algum problema que afete a reprodução.

Marcas de varizes nos órgãos são igualmente preocupantes. Afinal, elas são sinal de varicocele, que prejudica o transporte de sangue à região. Sem sangue, os testículos não recebem nutrientes para a produção dos gametas masculinos.

A dificuldade em urinar ou em obter uma ereção, também merecem atenção. Elas podem indicar, por exemplo, obstrução do canal deferente, o que impede a passagem dos espermatozoides.

Os sintomas nas mulheres são diversos, uma vez que são muitas as causas de infertilidade nelas. Cólicas muito fortes, por exemplo, podem indicar endometriose, um dos problemas mais comuns para engravidar.

O fluxo menstrual diferente do habitual e o ciclo menstrual irregular também devem ser observados. Assim como alterações na pele, diminuição do apetite sexual, ganho de peso e queda do cabelo. Nesses casos, os sintomas são gerados por alterações hormonais, o que, obviamente, afetam a concepção.

Diagnóstico de infertilidade feminina

Para a descoberta de problemas que afetam a fertilidade é muito importante que sempre seja feita uma avaliação do casal. Nunca pode-se falar que apenas o homem ou a mulher tem “culpa”. Até porque, fatores associados de ambos podem ser os causadores da dificuldade em conceber.

Na mulher, os exames realizados são diversos mas de uma maneira mais básica sempre procura saber se existe a ovulação, alterações uterinas e nas trompas. Neste caso é quase sempre necessário a realização de ultrassonografia transvaginal (analisa o formato dos útero, o tamanho dos ovários presença ou não de cistos ou tumores), realização de dosagem hormonal (com estes exames é possível avaliar principalmente a função dos ovários) e a realização de histerossalpingografia (exame que avalia o interior do útero e se as trompas estão pérvias).

Além disso, pode ser necessário exames mais detalhados como por exemplo, a ressonância magnética que identifica muitas vezes, a presença de endometriose e a histeroscopia (trata-se de uma endoscopia do útero, onde o médico visualiza a cavidade uterina, de forma direta através de uma câmera).

Descoberta da infertilidade no homem

O principal exame para a descoberta da infertilidade masculina é o espermograma. No teste, o médico especialista avalia a cor, odor, volume, viscosidade e pH do sêmen do homem. Pode perceber, ao mesmo tempo, a capacidade de movimentação dos espermatozoides, assim como sua forma. O sêmen é geralmente colhido por masturbação.

O exame físico no consultório médico é igualmente importante. Afinal, por meio dele o especialista pode perceber uma série de alterações, que não aparecem no espermograma, como por exemplo, a presença de varicocele ou tumores nos testículos.

Tratamentos

Feito o diagnóstico e determinada a causa da infertilidade do casal, o médico especialista pode indicar o tratamento mais adequado para a concepção. Em muitas situações, ele começa pelo tratamento da causa em si, e depois avança para técnicas de reprodução. Nem todo casal vai precisar de tratamento complexos como a fertilização in vitro. Pelo contrário, muitas vezes consegue a gestação, através de procedimentos mais simples.

O tratamento de reprodução assistida mais simples, trata-se do chamado coito programado. Neste caso é sempre necessário um espermograma normal e pelo menos uma trompa pérvia. Basicamente se faz a indução da ovulação e através de ultrassonografia seriada, consegue-se determinar o período fértil e, assim programar quais os melhores dias em que os casais devem ter relações sexuais.

Outra opção de tratamento comum é inseminação artificial. O processo é até parecido com o anterior, onde também ocorre a indução da ovulação e ultrassonografia seriada, mas neste caso é possível através de uma injeção, programar o rompimento do óvulo (a ovulação) para uma dia específico e, neste momento é inserido dentro do útero, o sêmen preparado com os melhores espermatozoides. A fecundação neste caso é natural e ocorre dentro do corpo da mulher. A alternativa é a ideal, por exemplo, para quando a infertilidade acontece pela inabilidade dos espermatozoides em “nadarem” ou seja, quando se tem alterações leves, da parte masculina. Colocados mais próximos ao óvulo (já dentro do corpo da mulher), os gametas têm maior chance de sucesso.

Dentre as possibilidades  mais popularmente conhecidas está a fertilização in vitro. Nela, o encontro entre óvulo e espermatozoide acontece fora do corpo da mulher. Ou seja, a formação dos embriões, e só depois ele é inserido no útero. Para isso, o processo é dividido em etapas.

Primeiramente, há a indução da ovulação. Por meio de medicamentos, o corpo da mulher é estimulado a produzir uma quantidade maior de óvulos, em um mesmo ciclo, em média de 8 a 15 óvulos. Vale lembrar que naturalmente é produzido normalmente somente um óvulo por vez. Em seguida, esse óvulos são coletados através de aspiração com uma agulha, por meio de uma cirurgia com sedação da paciente. A coleta dos espermatozoides também é feita, dessa vez por masturbação do homem.

Em seguida, a fecundação é realizada em laboratório. Isso significa que os gametas feminino e masculinos são unidos  e colocados para se desenvolver por até 5 dias. Após esse período, o processo já gerou um embrião que é inserido no útero da mulher. Após 15 dias, aproximadamente, é possível saber se a gravidez “vingou” ou não.

Já o chamado tratamento ICSI, coleta apenas um espermatozoide, que em laboratório é injetado no óvulo. Essa injeção é feita por uma agulha de extrema precisão. A técnica é interessante, para quando o problema é a fragmentação do DNA do espermatozoide. Quando criado, o embrião é também inserido no útero, como na fertilização in vitro.

O tratamento cirúrgico, por sua vez, é o mais adequado quando há a necessidade de coleta de espermatozoides, por forma que não seja a masturbação. Como quando o canal deferente está obstruído ou quando não existem gametas no sêmen. Coletadas, as células reprodutoras podem ser usadas no in vitro ou inseminação.

Fatores psicológicos X sucesso do tratamento

Cuidados com corpo e mente

Por todos esses motivos, é interessantíssimo obter acompanhamento psicológico durante o processo de tratamento para infertilidade. Conversando com um especialista regularmente, o casal poderá ter maior controle sobre seus sentimentos. Conseguirá também lidar melhor com as situações de decepção e frustração.

Além disso, é fundamental que haja intensa parceria entre o homem e a mulher. Se não se apoiarem, dificilmente terão sucesso rápido. Porque, como já explicado, o emocional afeta muito o resultado dos métodos para concepção. Assim, é preciso criar a ideia de ouvir o outro, ser compreensivo e nunca apontar a “culpa”.

É importante, ao mesmo tempo, investir tempo e atenção em outras áreas da vida. Dedicar-se ao trabalho e ao lazer, cria um subterfúgio às dificuldades de um tratamento para engravidar e ajuda a manter o corpo mais feliz, descansado e relaxado.

Para que o bem-estar do organismo, uma dica é manter a alimentação saudável e balanceada. Com uma dieta adequada, o nível de estresse pode inclusive baixar. A prática de exercícios físicos é igualmente vantajosa, mas não deve ser exagerada. Afinal, o exagero pode prejudicar a ovulação feminina.

Seguindo todas as indicações deste guia, a possibilidade de sucesso da sua gravidez é ainda maior! Lembre-se de procurar um especialista de confiança e iniciar o tratamento logo que perceber algo errado no processo de concepção.

Para muitas pessoas, criar uma família é um grande desejo. Engravidar, curtir a gestação, aninhar seu bebê nos braços e acarinhá-lo. Para alguns casais, porém, esse desejo não é fácil de ser realizado. Isso porque, após certo tempo de tentativas, a gravidez não vem. A situação é sinal de infertilidade, que diminui a chance de gestação drasticamente. O que não significa, no entanto, que ela seja impossível. Basta apenas procurar um especialista, que vai indicar o melhor tratamento para engravidar!

O que é infertilidade?

O que é infertilidade?

Para a reprodução humana, é necessário que óvulo, gameta feminino, e espermatozoide, masculino, se unam. Juntos, eles criam um zigoto, que logo passa a dividir suas células. Por geralmente nove meses, então, essas células continuam a se dividir e a formar um novo ser, um bebê, que logo poderá alegrar seus pais com um pequeno sorriso.

A fertilidade do ser humano, porém, é pequena. Um casal que tenha relações sexuais regulares tem apenas 20% de chance ao mês de engravidar. Por isso é comum que demorem meses até que a mulher possa confirmar sua gestação.

Um ano de tentativas regulares, no entanto, já é um período demasiado de tentativas. A infertilidade de um casal é caracterizada quando este tempo é ultrapassado. Ou seja, quando a gravidez não ocorre após 12 meses de relações sexuais sem método contraceptivo.

Nesse momento, é importante que os pais desejosos procurem um especialista. No consultório, o médico poderá avaliar a causa da infertilidade. Poderá ainda tratá-la, para que a gestação logo ocorra.

A busca por um especialista deve acontecer pouco antes se a mulher tiver mais que 35 anos. Nessa circunstância, o ideal é ir ao médico após seis meses de tentativas frustradas de concepção. O mesmo quando a mulher tiver caso registrado ou suspeito de doenças como endometriose e ovário policístico. Todas essas condições diminuem pouco mais a chance de gravidez natural.

Além disso, quando o casal não consegue continuar a gestação deve logo procurar o médico. Isso significa que abortos espontâneos não devem ser ignorados. Investigá-los antes da tentativa de nova concepção é fundamental, e poderá, inclusive, garantir a saúde do futuro bebê.

Tratamento para engravidar: para a mulher

Tratamento para engravidar: para a mulher

Quando, então, existem problemas para engravidar, inúmeros métodos podem ser empregados pela ciência. Tanto para homens, quanto para mulheres, os procedimentos facilitam a produção das células reprodutoras, ou o encontro delas para formação do zigoto.

Para as mulheres, ou melhor, dentre os métodos trabalhados nas mulheres, o mais comum e conhecido popularmente é a fertilização in vitro. Em ciclo natural, o processo é iniciado logo nos primeiros dias da menstruação, pois precisa acompanhar o ciclo menstrual corretamente. Esse acompanhamento vai informar em quais dias a mulher libera seus óvulos, que poderão ser colhidos para o procedimento. Caso a mulher possua ciclo regular, essa ovulação ocorrerá aproximadamente 14 dias após o 1º dia do ciclo menstrual anterior, ou seja, 14 dias após o início da menstruação mensal.

Colhidos, os óvulos são levados ao laboratório juntamente com os espermatozóides colhidos do homem, normalmente pela masturbação. A inseminação, quer dizer, a ligação das células, é logo realizada em laboratório. Após três a cinco dias, esse pequeno crescimento de células é introduzido no útero feminino, de modo a “se agarrar” à parede do órgão e então se desenvolver. Em uma quinzena, o médico poderá verificar se a gravidez vingou ou não.  Por outro lado, a grande maioria das vezes o ciclo  de fertilização in vitro é realizado administrando-se hormônios para produzir mais óvulos para serem fertilizados, aumentando-se as chances de gravidez.

Caso o problema de infertilidade seja causado pela dificuldade de produção dos óvulos e/ou espermatozóides, mulher e/ou homem deverão passar por tratamento medicamentoso antes de todos esses processos. O tratamento vai estimular a produção das células, que serão coletadas em laboratório posteriormente.

Além disso, a mulher faz o consumo de medicação específica antes do início de tudo. O objetivo é preparar o organismo para recepção do embrião.

Inseminação e tratamento medicamentoso

Inseminação e tratamento medicamentoso

Ao invés da fecundação em laboratório, no entanto, é possível realizá-la diretamente no útero da mulher. Nesse caso, o método é conhecido como inseminação artificial. Aqui, os melhores espermatozoides são selecionados provenientes do sêmen do homem. Em seguida, são introduzidos no útero da mulher, de forma a buscar um óvulo para o encontro. O sêmen também pode ser depositado no fundo da vagina, como numa relação sexual normal, assim, com pouca utilidade prática.

A alternativa é interessante principalmente para os casos em que os espermatozóides não conseguem vencer o percurso entre o pênis e o óvulo naturalmente. O depósito de gametas masculinos diretamente onde deveriam estar coloca-as mais perto de seu objetivo. Nessa situação, a mulher também deve utilizar medicamentos, mas dessa vez para indução da ovulação correta.

Em alguns casos, apenas o uso de medicação para indução da ovulação já serve como tratamento. Com as células corretamente “disponíveis”, o casal pode fecundá-las por meio da relação sexual. Os remédios estão disponíveis no mercado na versão oral e injetável.

Tratamento do homem para engravidar

Tratamento do homem para engravidar

O tratamento para a infertilidade masculina depende muito da causa dessa infertilidade. Para que ocorra a gravidez é necessário que o espermatozóide entre dentro do óvulo. Para tanto, ele tem que chegar até o local onde fica o óvulo.

Os espermatozóide têm que ser lançados dentro da vagina com a ejaculação. Assim, disfunções sexuais podem ser a causa da infertilidade, que é eventualidade rara. A diminuição da frequência das relações sexuais, também, pode diminuir a fertilidade. Mas, não precisa ser mais cada 2 dias no período fértil.

A utilização de anabolizantes e hormônios masculinos são importantes causas de infertilidade. Devendo ser interrompidos quando há desejo de gravidez. Problemas de tireoide e genéticos também podem ser causa de de infertilidade. Necessitando avaliação de clínico e geneticista

A reversão de vasectomia e a correção varicocele (veias dilatada no escroto), podem solução da infertilidade masculina. Outra causa, das mais prevalente é a infecção (prostatites, epididimites), cujo tratamento é o uso de antibióticos.

Finalmente, há o chamado ICSI. Por meio de técnicas laboratoriais, um único espermatozóide é introduzido dentro de um óvulo, com uma agulha de alta precisão. Para isso, a fertilização  é garantida até mesmo em casos em que há muito pouco espermatozóides ou mesmo, espermatozóides imóveis vivos.

Outros métodos

Além dos tratamentos para engravidar citados até aqui, existem ainda outros dois que podem oferecer ótimos resultados. Primeiro, o método do coito programado. Nele, o médico faz o acompanhamento da ovulação da mulher. Dessa forma, define o melhor dia para relações sexuais, em que a mulher estará em seu período fértil.

Para que o método funcione, é realizado exame de ultrassom. Quando percebido o momento de pré-ovulação, então, o médico recomenda que o casal pratique relações sexuais. Assim, quando o óvulo estiver disponível terá contato com as células masculinas quase que inevitavelmente. Logo, o gameta poderá ser fecundado e gerar um embrião. Não somente o momento exato do coito é importante, o médico observará se há condições  fisiológica ideais para ocorrer a gravidez, como a função hormonal e as condições locais do colo do útero.

Outra técnica de concepção possível é a gravidez com gametas ou embriões doados. Aqui, casais que não possuem gametas férteis, ou que não conseguem realizar a junção dos seus, utilizam material de outras pessoas para engravidar. Esses materiais doados podem ser espermatozoides, óvulos ou até embriões congelados. Para que o procedimento seja permitido, casal receptor e doadores não podem se conhecer.

É possível, porém, escolher o material genético por meio das características físicas do doador: cor dos olhos, cabelo, estatura, formato das orelhas. A doação tem que ser anônima e o sêmen é encontrado em bancos de sêmen. Estes têm amostras nacionais e importadas. As amostras são processada e em seguida, é preciso realizar a fertilização in vitro ou inseminação artificial para introdução do embrião no útero feminino.

Cuidados para o tratamento

Nem sempre o processo de tratamento para engravidar é fácil ou rápido. Por isso, é fundamental que médicos e pacientes desenvolvam uma relação de confiança. Com essa relação será mais fácil superar qualquer tentativa frustrada ou contratempo. O fortalecimento da relação entre homem e mulher tem os mesmos efeitos.

Cuidar da saúde também é fundamental nesse processo. Em 10% dos casos de infertilidade, por exemplo, a culpa é da falta ou excesso de peso da mulher. A característica fora do  ideal pode ter impacto negativo na produção dos óvulos.

O peso extra nos homens também é um problema. Estudos indicam que, quanto mais fora de forma o indivíduo, pior qualidade têm seus espermatozoides. Isso significa que mais dificuldade terão essas células em cumprir seu papel de reprodução.

Para superar essas questões, o casal deve se dedicar a uma alimentação mais saudável. Realizar a prática regular de esportes é igualmente indicado pelos especialistas. Cigarro e álcool, por sua vez, devem ser eliminados do dia a dia. Afinal, as substâncias de cada produto podem afetar a produção das células e sua saúde.

Antes de toda escolha por tratamento e até do diagnóstico, uma série de exames precisa ser realizada no casal. Como sorologia para HIV, rubéola, sífilis e hepatites B e C. Além, da sorologia para Zika que é obrigatória. A mulher ainda precisa realizar o consumo de ácido fólico. A substância fortalece o organismo, e ainda previne a ocorrência de malformação do bebê.

O que pode dar “errado”?

Como já citado, nem sempre as tentativas para engravidar dão certo. Por isso, podem ocorrer situações de insucesso nos procedimentos, mesmo com todo o cuidado tomado desde o diagnóstico do problema.

No caso da fertilização in vitro, por exemplo, o processo de implantação do embrião no útero feminino pode falhar. A inseminação artificial, por sua vez, pode utilizar espermatozóides não tão “potentes”. E assim por diante.

Causas da dificuldade em engravidar

As causas que impedem um casal de engravidar são as mais variadas. Aliás, o fato de já ter havido uma gravidez anterior não garante que uma nova concepção com certeza irá ocorrer de forma natural. Por isso é importante ter atenção ao tempo de tentativas, e procurar um especialista quando ele for superado. Não deixe de procurar um especialista o mais rápido possível, mesmo antes de um ano, para verificar se você tem tempo para esta espera, tendo em vista que o fator mais difícil de resolver é possibilitar o nascimento de filhos com a carga genética da mãe, devido à falta ou envelhecimento dos óvulos.

Infertilidade feminina

As causas da infertilidade na mulher começam com a endometriose. Doença comum, a condição acontece quando o endométrio cresce fora do útero. Essas células são a que recobrem a parte interna do útero, e funcionam como suporte ao embrião no órgão. Como a condição altera o sistema hormonal e funções das trompas de Falópio, pode dificultar o encontro entre as células reprodutoras.

Já a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um problema no qual os ovários da mulher liberam grande quantidade de androgênios. Androgênios são hormônios masculinos, importantes para o funcionamento do corpo da mulher. Se aparece em excesso, no entanto, pode prejudicar a ovulação.

Muitos outros fatores aparecem, como a idade (quanto mais velha a mulher, menor sua fertilidade), problemas nas tubas uterinas e infecções ou cirurgias. Há ainda a possibilidade de infecção no colo do útero, ou que o muco da vagina impeça a passagem dos espermatozoides. O ato de fumar e bebem também prejudicam as chances de gravidez.

Por fim, há situações em que a causa da infertilidade é indeterminada.

Infertilidade masculina

Geralmente, a causa da infertilidade masculina aparece com dois ou mais problemas associados.  Como a associação da idade do homem e a pouca mobilidade dos espermatozóides, que não conseguem chegar ao óvulo.

Doenças sexualmente transmissíveis, espermatozóides anormais e dificuldade na relação sexual também são fatores causais possíveis. Assim como a vasectomia ou a inexistência de produção dos gametas masculinos.

Dentre os problemas que podem dificultar a produção de espermatozoides estão doenças  criptorquidias, que provocam o posicionamento irregular dos testículos. A varicocele, no que lhe concerne, cria varizes na região do saco escrotal. Como os testículos são os responsáveis pelos gametas, qualquer problema na região pode afetá-los.

Doenças endócrinas, que alteram a produção dos hormônios, também criam resultados negativos. Tal qual processos inflamatórios, malformações congênitas ou tumores no corpo do homem.A  ereção e ejaculação precoce, por seus lados, dificultam o caminho dos espermatozoides e seu encontro com o gameta feminino. Hábitos de vida não saudáveis, aliás, podem ter influência sobre todas essas situações.

Além disso, o uso de anabolizantes pode dificultar a produção das células reprodutoras, tal qual afetar sua qualidade. Isso porque a substância é parecida com a testosterona, que em doses altas afeta negativamente os testículos.

Finalmente, há a vasectomia, que pode ser revertida em até 80% dos casos. A fertilidade dos homens vasectomizados, no entanto, diminui ao longo dos anos. Isso uma vez que os espermatozóides ficam armazenados e acabam por morrer. Quando morrem, eles caem na corrente sanguínea, e o corpo entende que é preciso criar anticorpos contra essas células. Assim, os espermatozoides podem ter perdido “força” quando forem liberados novamente.

Diagnóstico da infertilidade

Diagnóstico da infertilidade

Para que a correta definição da causa da infertilidade ocorra, e assim o melhor tratamento seja indicado, uma série de exames é solicitada pelo médico. Para os homens, é comum que seja indicado o espermograma, que vai verificar a qualidade e demais características dos gametas masculinos. Outro exame que tem aumentado sua solicitação é a fragmentação do DNA espermático.

Quando necessário, é possível realizar também testes como o para verificar dosagens hormonais. A ultrassonografia da região pélvica,  estudos genéticos do homem, biópsia testicular e outros também podem ser solicitados.

Para a mulher, a lista de exames básicos é mais extensa. Nela, o médico lista, por exemplo, a avaliação do seu histórico menstrual e dosagem de hormônios. Faz ainda a ultrassonografia transvaginal, para avaliação do útero. O estudo das tubas uterinas é igualmente realizado – ele é intitulado histerossalpingografia.

Se o diagnóstico, com essas informações, ainda não for conclusivo, é possível utilizar a ressonância magnética, histeroscopia, biópsia de endométrio  e estudo genético.

Com todas esses dados em mãos, o especialista consegue definir a melhor forma de tratamento para engravidar. Assim, o casal poderá logo iniciar o processo e buscar a concepção tão desejada.

Quando buscar auxílio para se tornar mãe? E mais que isso, como procurar a melhor clínica de reprodução assistida? Um momento importante do casal requer ajuda especializada.

Após tantas tentativas frustradas de uma gravidez, passam-se muitos questionamentos pela cabeça: o que está acontecendo com o meu corpo? Será que sou infértil? Será que nunca serei mãe/ pai? E outras questões que acercam um tema importante, quando buscar auxílio e como procurar a melhor clínica de reprodução assistida.

Um momento delicado que pode afetar o estado emocional do casal e fragilizar uma relação por conta de uma expectativa frustrada, sendo que de acordo com dados os últimos dados do IBGE, os homens e as mulheres são responsáveis por 40% dos casos de infertilidade cada, sendo os outros 20% restantes, causas desconhecidas ou de causas de associadas aos dois sexos. Cerca de 15% dos casais brasileiros em idade reprodutiva tem (e terão) dificuldades para ter filhos, dados que requer atenção.

Quando buscar auxílio para se tornar mãe?

Alguns sintomas e evidências podem representar dificuldade para engravidar, por isso, o casal jovem e fértil, caso tenha tentado engravidar de maneira natural por mais de 1 ano e não tenha conseguido, é o primeiro sinal para procurar ajuda de um especialista.  Aconselha-se procurar mais precocemente possível se tiver mais que 35 anos, suspeita de fatores de infertilidade tais como: irregularidade menstrual, cirurgias abdominais anteriores, infecções pélvicas, suspeita de endometriose (cólicas fortes), suspeita de que tenha poucos óvulos (baixa reserva ovaria). É bom lembrar que qualquer mulher que sonha em ter um filho avalie a sua reserva ovariana, mesmo que jovem.

Confiança é fundamental

Nos dias atuais é muito simples conhecer a reputação do profissional, sua formação, seu currículo, experiência na área, se tem reclamações contra o profissional, se ele é referência para outros médicos e pacientes.  Conversa humanizada, esclarecedora é o primeiro passo para criar confiança na clínica que estará presente em todo processo para este grande passo. O sucesso do procedimento começa com a confiança, por isso, este primeiro contato é essencial para conhecer toda equipe médica, como são os procedimentos e as taxas de sucesso, como funcionam para cada caso, como é a estrutura da clínica, detalhes que com certeza fazem toda a diferença na hora da decisão. Lembre-se de que a fertilização in vitro (FIV\) não deve ser a indicação rotineira para os tratamentos de infertilidade. O tratamento da infertilidade pode ser mais simples, para tanto é importante o diagnóstico da causa da infertilidade.

Sintomas e evidências mais comuns

Quando o casal fértil decide ter um filho e após a interrupção de métodos contraceptivos e relações sexuais frequentes e a gravidez não ocorre após 12 meses de tentativas, pode ser um sinal de infertilidade tanto no homem, quanto na mulher. Conheça alguns sintomas e evidências mais comuns de infertilidade no homem e infertilidade na mulher.

Infertilidade masculina

Tamanho dos testículos:

Quando um testículo é muito menor que o outro ou mesmo quando existe uma massa entre um deles, pode ser um sinal de problema de saúde que pode afetar diretamente a reprodução;

Problemas hormonais:

Caso o problema seja hormonal, o homem poderá ter os testículos muito pequenos e macios, que poderão afetar diretamente a produção de esperma. Alguns sintomas como insônia constante, irritabilidade, alteração na visão (vista turva e embaçada), alterações vocais, desenvolvimento da glândula mamária (ginecomastia), pedem atenção;

Ejaculação:

Problemas na ejaculação como impotência ou mesmo urina leitosa após a ejaculação, é sinal de ejaculação retrógrada, ejaculação esta que retorna ao corpo e vai para a bexiga, dificultando assim a fecundação.

Dor nos testículos:

O homem pode referir algum desconforto na região escrotal com aparecimento de veias. Isto pode ser sinal de varicocele. Mas, uma das causas mais frequentes de infertilidade é da infecção (prostatite, epididimite), que pode ter como causa a relação sexual anal desprotegida (sem preservativo).

Infertilidade feminina

Infecções:

Odor muito forte ou mesmo dores, pode ser algum tipo de infecção por bactéria ou vírus que deverá ser investigada e tratada, pois mesmo sem dores, há infecções como a clamídia, que afeta diretamente a fertilidade;

Problemas hormonais:

Alterações na produção de hormônios podem dificultar diretamente a gravidez. Sintomas como grande queda de cabelo, aumento do peso corporal, problemas dermatológicos deverão ser investigados;

Ciclos irregulares:

Menstruação irregular, excesso de fluxo menstrual, ciclos irregulares, pode indicar infertilidade. Os ciclos irregulares podem ser causados por diversas alterações na saúde feminina como endometriose, ovário policístico, entre outros.30

Métodos de diagnóstico e tratamentos com a mais alta tecnologia e humanização, são essenciais para tornar esta decisão em gerar uma nova vida viável. Na Clínica GERA os casos são analisados individualmente, a fim de tornar o sonho do casal possível com excelência comprovada em todos os aspectos. Em nosso site você poderá ter acesso ao currículo de todo Corpo Clínico.

Com as principais tecnologias a favor do sonho de ser mãe, conheça as principais utilizadas pela Clínica GERA.

A Clínica GERA é um centro de excelência, pioneira e referência nacional em Reprodução Assistida, pois desde 1993 dedica-se a restaurar a fertilidade a favor do sonho da se ser mãe e mais do que isso, busca precisão no diagnóstico com os equipamentos de última geração, a fim de acompanhar todas as tendências mundiais dos principais laboratórios de Reprodução Assistida e oferecer ao seu público não menos que a excelência em todos os processos. Conheça abaixo as principais tecnologias utilizadas pela Clínica GERA.

O que é a Time-lapse EmbryoScope® Plus e como funciona?

Time-lapse EmbryoScope® Plus é a mais alta tecnologia de uma incubadora com sistema inteligente que evita a manipulação manual desnecessária e faz a gravação dos embriões 24 horas por dia, permitindo o acompanhamento do desenvolvimento embrionário, sendo a tecnologia que procura a forma mais assertiva para haver posteriormente a transferência ao útero. Teoricamente analisando o padrão de desenvolvimento poderia escolher o melhor embrião para atingir a gravidez. A Clinica GERA foi a primeira a apresentar um trabalho cientifico em Congresso Nacional com experiência própria.

Biópsia embrionária a laser e suas funções

A biópsia embrionária a laser faz parte do processo do estudo genético do embrião e comumente é muito utilizado para aumentar as chances de gravidez e identificar doenças. Suas funções são duas: realizar diagnóstico médico pré-implantacional (DGP ou DPI) – que faz o diagnóstico de alterações genéticas e cromossômicas nos embriões, antes da implantação e também identificar o sexo da criança com precisão, minimizando os riscos de identificação equivocada por ultrassons futuros, estando ciente que a biópsia não é utilizada para escolher qual embrião implantar.

Como funciona o congelamento de embriões por vitrificação?

A Clínica GERA não utiliza mais a técnica de congelamento lento convencional do embrião e sim faz uso de uma técnica mais atual de criopreservação, a vitrificação. Este processo de vitrificação é ultrarrápido (70 vezes mais rápido que o convencional) e com isso, melhora o índice de sucesso e implantações futuras, pois preserva a qualidade deles, proporcionando um estado vítreo ao embrião e com isso, não causa danos às células. Muito indicada em casos de fertilização in vitro, além de ser de extrema e comumente  utilizada para a preservação da fertilidade. Desta forma a Clínica GERA oferece a preservação da fertilidade e o programa de ovodoação da forma mais segura existente no mercado.

Incubadora Trigás aplicada à Reprodução Assistida

A mais alta tecnologia dentre os novos conceitos de excelência para o cultivo de oócitos e embriões está presente na Clínica GERA, que conta com a Incubadora Trigás para o cultivo embrionário antes da implantação, equilibrando eletronicamente a quantidade de CO2, O2 e N2, o que melhora a taxa de sucesso de fertilização in vitro e garante menores taxas de alterações genéticas.

O que é a técnica Assisted Hatching, que facilita a implantação do embrião na Reprodução Assistida?

Basicamente, Assisted Hatching é uma técnica laboratorial em Reprodução Assistida que é capaz de aumentar as chances de implantação na fertilização in vitro para mulheres que já fizeram o procedimento e não obtiveram sucesso, pois esta técnica rompe/ afina a zona pelúcida. Na Clínica GERA a utilização desta técnica é utilizada por profissionais altamente renomados e conceituados, pois para esta técnica são necessários conhecimento e acima de tudo experiência. Quando bem utilizada esta técnica, as taxas de gravidez em fertilização in vitro podem ser maiores comparadas as que não fazem uso deste procedimento, e é feita com um método a laser, pois assim, possibilita um resultado mais preciso no desgaste da zona pelúcida, aumentando as taxas de sucesso da fecundação.

O sucesso da técnica está fundamentado na habilidade dos profissionais de laboratório, por isso, a Clínica GERA diferencia-se no segmento, sendo referência nacional em Reprodução Assistida, por contar com profissionais altamente renomados e capacitados, com completa infraestrutura, laboratório próprio e a mais alta tecnologia tanta em São Paulo, como a filial de Campo Grande. Além de propiciar acesso a estas vantagens a dezenas de parceiros médicos ginecologistas espalhados pelo Brasil, constituindo-se no maior grupo de médicos que se organizam para realizar os tratamentos de infertilidade de modo honesto e ético. Isto somente é possível com investimentos em formação de especialistas há mais de 10 anos e atualização constante.

Para alcançar o sonho de ser mãe muitos casais recorrem à Reprodução Assistida, porém, diagnosticar o motivo da infertilidade é o primeiro passo para o casal.

Fim de ano traz muitas reflexões e com o término de um novo ciclo e o início de um novo ano, muitos são os planos e sonhos, entre eles aumentar a família com a realização da maternidade/ paternidade.

A chegada de uma criança carrega com ela novos desafios que muitos casais adiam, seja por motivos financeiros ou mesmo uma estabilidade com o parceiro/ parceira. Com a mudança de comportamento da sociedade, a maternidade/ paternidade está sendo adiada e com isso, o não pensar na fertilidade carrega dificuldades quando o casal tenta engravidar tardiamente e assim, recorrem às clínicas de Reprodução Assistida.

Quando o casal não consegue engravidar, o que pode ser feito?

Investigar o motivo do casal não conseguir engravidar de maneira tradicional depois de muitas tentativas é o primeiro passo. Procurar uma clínica referência de confiança trará ao casal mais conforto ao tratar deste assunto, de maneira profissional e acolhedora.

Muitas são as técnicas para realizar o sonho de ser mãe, mas para isso, a investigação da infertilidade do casal indicará o melhor tratamento a ser feito, para restaurar e assim proporcionar a possibilidade da realização deste grande sonho. Não se deve banalizar a utilização da Fertilização in vitro (FIV) como solução de todos os problemas de infertilidade, porque é onerosa, desgastante fisicamente (pelas inúmeras injeções) e psicologicamente é muito sofrida. Além disso, a mesma causa da infertilidade pode ser o motivo do insucesso da FIV.

O que analisar ao buscar uma clínica de Reprodução Assistida?

Abaixo listaremos algumas dicas que lhe ajudará a escolher a melhor clínica, que vai muito além de um bom atendimento.

A Clínica GERA pode te ajudar a realizar o sonho de ser mãe em 2018! Com profissionais altamente renomados em todo País, a Clínica GERA é um centro de excelência, referência nacional em Reprodução Assistida, fundada e liderada pelo Prof. Dr. Joji Ueno, tendo como objetivo restaurar a fertilidade do casal, cuidando de cada caso com exclusividade. Realize o sonho de ser mãe em 2018! Entre em contato com a Clínica GERA e agende a sua consulta.

A cada dois anos ocorrem mudanças nas regras do Conselho Federal de Medicina, a fim de garantir à sociedade maior inclusão, de acordo com novos aspectos provocados pela evolução da população. A nova resolução nº 2.168/2017 abrange diversas novidades referidas diretamente à Reprodução Assistida.

Com a nova resolução, especialistas comemoram a possibilidade de procriação para diversos casos. Uma das principais mudanças das novas regras do Conselho Federal de Medicina (CFM) é a possibilidade de cessão temporária do útero para familiares em grau de parentesco consanguíneo descendente.

Mas o que essas mudanças significam?

As mudanças visam garantir à população maiores resoluções éticas, mas não há caráter de lei. Caso os médicos descumpram a nova resolução, poderão sofrer processos. Confira abaixo alguns destaques da nova resolução:

A idade limite para a ovodoação permanece em 35 anos para a nova resolução. Manteve-se, também, a idade de 50 anos como limite para as receptoras e a necessidade do termo dos de esclarecimento dos riscos da maternidade tardia, assumidos pela mulher e pelo obstetra. A idade limite para a doação de espermatozoides foi mantida em 50 anos.

Para uma relação homoafetiva em que não exista infertilidade, é permitida a gestação compartilhada. Utiliza-se o óvulo de uma mulher para a fertilização e o embrião formado é colocado no útero da parceira.

É permitida a doação voluntária de gametas, assim, a doadora não precisa estar em tratamento de infertilidade. Na resolução nº 2.121/2015, apenas os espermatozoides eram contemplados.

Caso os pacientes desejem doar os gametas ou embriões, no momento da criopreservação, essa vontade deverá ser manifestada por escrito. O destino deverá ser definido em caso de divórcio ou mesmo a dissolução de união estável, doenças graves ou falecimento. Solteiros que desejam ter filhos tardiamente também devem definir o destino do material genético no momento do congelamento.

Outra mudança na nova resolução diz respeito ao tempo mínimo para descarte dos embriões criopreservados (caso seja vontade do casal), que reduziu de cinco para três anos. Este prazo também se aplica ao “embrião abandonado” ou àquele em que os responsáveis descumpriram o contrato pré-estabelecido ou não são localizados pela clínica.

Com a nova resolução, houve a ampliação de familiares que podem ceder o útero para gestação, nos casos em que a paciente não tenha condições de gerar com seu próprio útero. Segundo a resolução anterior, somente mães, avós, tias e primas podiam ceder o órgão. Atualmente, filhas e sobrinhas também podem.

Poderão ser doados para pesquisa ou ser descartados quando sofrerem alterações genéticas (causadoras de doenças), conforme decisão dos pacientes.

Desde dezembro de 2017, com a nova resolução, a ovodoação voluntária passa a ser normatizada e mais inclusiva, envolvendo aspectos epidemiológicos e sociais. Assim, amigas de pacientes inférteis podem ser doadoras ou, ainda, uma mulher pode doar o produto de uma estimulação ovariana à outra. Por outro lado, ainda deve-se manter o anonimato e não pode haver comércio.

A nova resolução também definiu o número máximo de embriões a serem transferidos. A recomendação dependerá da saúde e da idade da paciente, mas não será ultrapassado o limite máximo de quatro embriões.

Na Clínica GERA, respeitamos rigorosamente as normas do Conselho Federal de Medicina. Esta é uma das razões de sermos referência nacional em Reprodução Assistida, tornando-nos o maior grupo de médicos ginecologistas da América Latina com mesmos princípios e valores, que podem discutir o seu caso de modo individualizado como uma grande junta médica e garantir um atendimento exclusivo e personalizado. Entre em contato, caso persista alguma dúvida.

Confira a Resolução Completa aqui

Cisto no Ovário é um mal que atinge muitas mulheres férteis no Brasil e muitas desconhecem. Se você quer saber mais sobre esse assunto continue nesse artigo até o final.

Para muitos casais, o sonho de se tornarem pais demora um pouco mais para chegar. Entre as muitas tentativas, uma consulta de rotina ao ginecologista pode revelar a causa: cisto no ovário, um mal que atinge cerca de 25% das mulheres em idade fértil no Brasil. No entanto, ao contrário do que os futuros pais e mães pensam, não é motivo para preocupação. Esse tipo de tumor é benigno e apresenta poucos ou nenhum sintoma.

Frequentemente encontrados em mulheres em idade reprodutiva, os cistos ovarianos são encontrados principalmente em mulheres com idade entre os 20 e 35 anos, sendo portadoras de endometriose ou com doença inflamatória pélvica. Na maioria das vezes os cistos ovarianos são indolores e não causam sintomas, ao menos que ocorra sangramento por ruptura ou torção do cisto, causando dor abdominal aguda severa.

Acompanhamento regular é essencial

Segundo o ginecologista Joji Ueno (CRM-48.486), doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da USP e diretor na Clínica GERA, em alguns casos, além de alterações menstruais, como sangramento intenso e dores, também podem causar, raramente, infertilidade. Para se prevenir e tratar a doença, o acompanhamento regular com o ginecologista pode ser suficiente. “O tratamento é simples e somente em alguns casos é necessário o uso da pílula anticoncepcional. Mas, na maioria das vezes, eles desaparecem sozinhos. O alerta fica apenas para quem já tem mais de 50 anos porque os cistos que aparecem depois da menopausa podem ser malignos”, alerta o médico responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês.

Como o cisto no ovário pode ser descoberto?

O cisto no ovário pode ser descoberto em um exame pélvico de rotina ou ecografia. Alguns exames laboratoriais podem ser necessários para avaliação dependendo dos sintomas encontrados. O tratamento pode ser somente observação naqueles cistos que, por suas características, desaparecerão espontaneamente, ou cirúrgico, geralmente através de laparoscopia e vai depender do tamanho, das características, tipo do cisto e da idade da paciente. “Devemos avaliar cuidadosamente, principalmente as meninas antes da primeira menstruação e as mulheres após a menopausa”, diz o médico.

Cisto no ovário pode dificultar, mas não impede a gravidez

Ao contrário do que se pensa, a mulher pode engravidar, embora sinta dificuldades em função das alterações hormonais produzidas pelo cisto no ovário. Segundo o Dr. Joji Ueno, depois do tratamento, o que tende a acontecer é uma regularização da superfície dos ovários, e estes cistos irão diminuir ou desaparecer e irá retomar seu ritmo hormonal normal e vai poder engravidar quando quiser, sem dificuldade.

Mas e se eu descobrir o cisto ovariano sabendo que estou grávida?

“No caso de descobrir o cisto ovariano nos três primeiros meses de gestação, a mulher deve tomar mais cuidados porque isso pode trazer algum risco à gravidez. Mas quando bem acompanhada e fazendo o pré-natal corretamente, a gravidez pode ser tranquila”, explica o ginecologista.

E o que são cistos ovarianos?

São bolsas, preenchidas por um material líquido ou semissólido, aparecem em um ou em ambos os ovários, podendo causar leve dor em um lado na região baixa do abdômen. Muitas vezes são descobertas por acaso durante a realização de um ultrassom de rotina ou até durante uma cesárea.

“A maioria dos cistos é decorrente do funcionamento natural dos ovários, chamados de funcionais. Eles aumentam e regridem com a variação do ciclo, sem que a mulher os perceba. Mas existem, ainda, outros dois tipos de cistos simples, os de corpo lúteo (pós-ovulação) e os hemorrágicos”, explica Joji Ueno.

Os cistos ovarianos menores de 6 cm podem ter tratamentos medicamentoso, mas os maiores têm de ser retirados cirurgicamente por laparotomia (opera-se o abdômen, de maneira semelhante ao que se faz na cesárea) ou por laparoscopia (introdução de cânula de endoscopia no abdômen).

Descubra a causa da infertilidade e restaure-a com quem é referência.

Entre em contato com a Clínica GERA.

Muitas são as dúvidas a respeito do cisto no ovário, tratamentos e cirurgia. Conheça abaixo as perguntas mais frequentes.

Os ovários têm importância fundamental para produzir óvulos e hormônios femininos. Assim, têm que ser abordados de maneira cautelosa para não prejudicar sua função em definitivo. Toda cirurgia leva, em maior ou menor grau, a perda de sua função. Desta forma, nas mulheres que desejam ter filhos a conduta cirúrgica deve ser minimizada. Porém, é indicada quando há suspeita de doença maligna. Vale ressaltar que o cisto no ovário é uma alteração benigna, que não tem relação direta com o câncer em sua grande maioria dos casos. Confira abaixo algumas das principais dúvidas frequentes no consultório.

O que é um cisto de ovário?

Cisto de ovário é uma lesão benigna de formação, com conteúdo líquido de alguns milímetros (até vários centímetros), como uma bexiga, porém, seu tamanho pode oscilar, chegando a ocupar todo o abdome. Quando pequenos e múltiplos, são bilaterais e diagnosticados como ovários policísticos, tendo relação direta com problemas de ovulação. Em raras situações, podem ser malignos e nesta condição, geralmente contam com paredes irregulares ou contam com conteúdo sólido no próprio ovário ou ao redor do mesmo.

Quando suspeitar de cisto no ovário?

Na maioria das vezes, o cisto de ovário não provoca qualquer sintomatologia. Pode, sim, causar leve desconforto no baixo ventre, ou mesmo uma dor fraca, que pode intensificar-se se ocorrer complicações como rotura. Assim, boa parte das vezes o cisto é achado em exame de ultrassonografia de rotina, quando a paciente sente leve dor e o ginecologista pede o exame de ultrassom ou faz o exame ginecológico.

Não se deve confundir cisto de ovário com ovário policístico, que geralmente é identificado quando a paciente tem alterações menstruais (atrasos menstruais constantes) e realiza-se a ultrassonografia, observando-se vários pequenos cistos de até 6-7 mm, distribuídos nas camadas mais externas dos ovários.

Quais os tipos de cisto de ovário?

No início do ciclo menstrual existem várias pequenas formações císticas que crescem até 6-7 mm. Por volta do quinto dia do início da menstruação, começa a destacar-se uma das formações císticas, que passa a crescer e outros diminuem. Este que cresce é o dominante que após pouco mais de 2 cm estoura, liberando o óvulo (ocorre a ovulação) e o cisto desaparece. Mas, ele pode persistir, sem ovular e crescer até vários centímetros. Quando o cisto persiste por mais de dois ciclos menstrual é sinal que ele não vai diminuir, tendo que questionar a possibilidade de cirurgia. Se há a constatação que não tem origem maligna, pode-se continuar acompanhando-o por meses. A paciente dever ser alertada quanto ao risco de complicações como torção ou rotura.

Na paciente com ovários policísticos, os pequenos folículos param de crescer com 6-7 mm, não ocorrendo uma ovulação. Esta falta de ovulação acarreta a impossibilidade de gravidez, o aumento dos hormônios masculinos na mulher e os ovários ficam maiores que os ovários normais, mas não apresenta nenhum cisto maior.

Às vezes o cisto pode ter alguns componentes sólidos em seu interior, sendo que em jovens, poderá corresponder à teratoma de ovário.  A formação cística complexa, parte líquida e sólida, ocorre em mulheres mais velhas (depois da idade reprodutiva), e pode sugerir um tumor maligno do ovário.

Outros tipos de cisto ovariano são: endometrioma, cisto dermoide e cistadenoma.

O que o cisto no ovário pode causar?

Além de leve desconforto ou mesmo dor ou incomodo na região ovariana, o cisto de ovário pode causar muita dor quando ocorre a torção. Por ser uma estrutura pediculada, a base do ovário pode torcer-se devido à movimentação do cisto durante um movimento brusco da mulher, causando dor aguda e intensa, podendo inclusive romper.

Quando muito grande, o cisto no ovário pode levar a um grande desconforto na região abdominal, dificuldade respiratória ou mesmo distúrbios intestinais e urinários.

O cisto por si só não causa distúrbios menstruais ou infertilidade. Estas alterações são causadas por distúrbios hormonais nas pacientes com ovários policísticos.

A menstruação sofre alteração com o cisto no ovário?

A menstruação geralmente não altera com o cisto de ovário, mesmo que seja de endometriose. Por outro lado, quando o cisto aparece por persistência de um folículo (cisto fisiológico, natural) que não ovulou, pode relacionar-se com o mecanismo normal do ciclo menstrual, acarretando irregularidade menstrual.

Pacientes com ovários policísticos geralmente apresentam atrasos menstruais de 2-3 meses e encontram dificuldades para engravidar por falta de ovulação.

O que fazer quando descobrir o cisto no ovário?

Primeiramente é necessário saber qual é a causa deste cisto. Alguns cistos desaparecem sem medicação, outras vezes o tratamento pode ser simplesmente a administração de pílula anticoncepcional, que pode acarretar o desaparecimento de boa parte dos cistos benignos funcionais. Se eles não desaparecerem em 2-3 meses, deve-se pensar em realizar a vídeolaparoscopia para tratamento e esclarecimento diagnóstico.

Pacientes com ovários micro policísticos são tratados com medidas gerais (emagrecimento), anticoncepcionais, indutores da ovulação. A cirurgia (drilling) é exceção.

Ovário policístico e Síndrome dos Ovários Policísticos, qual a diferença?

Muitas mulheres têm ovários policísticos sem qualquer relevância clínica. Mas, se passar a ter atrasos menstruais de 2-3 meses ou mais, sinais de aumento de hormônios masculinos (aumento de pelos, acne) e obesidade, através de uma ultrassonografia poderá observar se há ovários micropolicísticos. Estas pacientes têm dificuldade de engravidar pela ausência de ovulação, alterações hormonais (aumento de hormônios masculinos) e também há maior prevalência de diabetes.

Cisto de ovário pode ser endometriose?

A endometriose pode aparecer no ovário levando a formação de cisto (endometrioma) que vai crescendo com velocidade e tamanhos variáveis. Contém material que se assemelha a chocolate derretido, as vezes com liquido mais espesso e outras vezes mais fluido. Podendo ser único ou múltiplo e em um ou em ambos os ovários. Ele pode comprometer a função ovariana, diminuindo a produção de óvulos naturalmente ou quando se estimula para fertilização in vitro. Mesmo assim, é raro ter que operar o endometrioma devido ao risco de comprometimento da quantidade de óvulos.

Qual a relação entre cisto no ovário e câncer?

O câncer de ovário pode ter algumas partes com líquido, ou a maior parte com esta aparência à ultrassonografia. Por isto, algumas vezes não é fácil diferenciar um cisto benigno do maligno. Não é comum, mas a etiologia maligna do cisto pode ser confirmada após a cirurgia.  O câncer geralmente é encontrado em mulheres com mais idade, depois dos 45 anos, podendo acometer jovens. Na grande maioria das vezes é descoberto em exame ultrassonográfico de rotina ou quando a paciente tem pequena sintomatologia no baixo ventre. Existem diversos exames que podem ajudar a diferenciar o benigno do maligno e por isso, a rotina ao médico de confiança é essencial.

Qual a relação entre cisto no ovário e infertilidade?

Quando se fala em cisto de ovário muitas mulheres pensam em infertilidade. De fato, o que está mais relacionado à infertilidade são os ovários micropolicísticos em pacientes com atrasos menstruais constantes. Estas pacientes têm maior dificuldade de ovulação, por isto demoram mais para engravidar ou abortam com mais frequência devido às alterações hormonais. Na realidade elas não têm um cisto de ovário (formação que parece uma bexiga), elas têm vários pequenos (de até 6-7 mm). O tratamento consiste na estimulação da ovulação ou no controle das alterações hormonais, não é a cirurgia para retirar o cisto.

Pacientes com cisto de endometriose (endometrioma) podem ter um pouco mais de dificuldade pelas alterações causadas pela endometriose. Diversos tecidos semelhantes à camada interna do útero podem espalhar-se pela pélvis (focos de endometriose) ou mesmo se alojar nos ovários e assim, crescer com as menstruações (endometrioma).   Os focos de endometriose podem levar a aderências, produzir substâncias que dificultam a gravidez ou levam a abortamentos. Atualmente, não se opera endometrioma com objetivo de melhorar a fertilidade, pelo risco de acabar com os óvulos.

Cistos de ovários únicos geralmente não tem relação com infertilidade e geralmente desaparecem espontaneamente.

Um bom parâmetro para ver se a paciente está com alteração hormonal e problemas de fertilidade é a menstruação. Com menstruação cíclica regular (normal) não deve ter alteração hormonal, por outro lado, se a menstruação é irregular, a mulher deve ser investigada qual a causa da irregularidade menstrual.

Quando fazer tratamento clínico em mulheres com cisto no ovário?

A cirurgia pode ser evitada com conduta mais cautelosa. Se o cisto é pequeno, de até 5 ou 6 cm, sem qualquer característica que lembre malignidade, pode-se observar por 2 ou 3meses. Repete-se a ultrassonografia após as menstruações para ver se desapareceu. Esta conduta é mais eficaz em mulheres jovens. Nas mulheres por volta dos 50 anos ou mais, não é uma conduta recomendada, sendo a cirurgia geralmente a conduta.

Quando o cisto é grande ou de endometriose, geralmente não desaparecem com qualquer tratamento clínico. A indicação cirúrgica não é urgente e deve ser muito bem indicada pela possibilidade de comprometimento da reserva ovariana (quantidade de óvulos).

As pacientes com ovários micropolicisticos devem ser acompanhas clinicamente, indicando-se anticoncepcionais para controle dos hormônios que estão alterados, medicamentos para diminuir hormônios masculinos ou para resistência insulínica (estas pacientes tem tendência de ter diabetes).

Quando operar a paciente que quer engravidar e tem cisto no ovário?

Quase nunca se opera uma mulher com cisto de ovário com o objetivo de aumentar a fertilidade. Em raras vezes, pode-se fazer o “drilling” ovariano que tem o objetivo de provocar furos no ovário com bisturi elétrico, causando diminuição dos hormônios masculinos dentro do ovário.

A indicação cirúrgica com objetivo de aumentar a fertilidade não é realizada, mas pelo risco de complicações ou na vigência de complicações, há indicação cirúrgica. Assim, o cisto pode torcer, o que é grave, pela dor causada, pelo comprometimento da vascularização, danificando o ovário ou ele pode romper causando hemorragia interna. Deve-se operar com cautela e tentado manter o ovário o mais intacto possível. Por isto, é melhor realizado pela videolaparoscopia (cirurgia realizada com a introdução de uma óptica no interior do abdome pelo umbigo que amplia as imagens). Assim, retira-se o cisto e mantêm-se os ovários. Mesmo, que se realize o mais cuidadosamente possível é quase invariável a perda de alguns óvulos. Por isto, evita-se opera os cistos de endometriose (endometrioma).

Ao invés de retirar o cisto pela videolaparoscopia, pode-se puncionar o cisto com ultrassom transvaginal. Apesar de ter vantagens, é uma técnica que não é muito realizada pela alta recidiva e pelo risco de estar puncionando um cisto com componente maligno.

Exames completos e complexos a fim de encontrar o motivo da infertilidade do casal e assim restaurá-las. Entre em contato com a Clínica GERA e agende hoje mesmo a sua consulta.

Com a chegada do verão e o período de festas, casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) aumentam, de acordo com a Organização Mundial da Saúde e isso interfere diretamente na infertilidade tanto dos homens, quanto das mulheres.

O uso de preservativo é essencial em todas as épocas do ano, evitando assim diversas doenças e protegendo a saúde. Mas o uso da camisinha pode mesmo proteger de infecções que causam infertilidade?

A importância de se usar a camisinha

Um método contraceptivo conhecido, porém ainda enfrenta alguns tabus e preconceitos nos dias atuais. Além de contraceptivo, a camisinha é um importante aliado à prevenção das DST, como a AIDS, gonorreia, hepatite B, entre outras.

Dentre os motivos que algumas pessoas ainda costumam levantar para não usar a camisinha, são: confiança no parceiro (a), desconforto no ato sexual, medo, vergonha, entre outros. Por isso, o diálogo é importante entre o casal, sempre deixando claro que a saúde é prioridade.

Principais infecções que causam infertilidade

Algumas infecções causam infertilidade, por isso, vamos esclarecer sobre as DST que originam das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), que crescem anualmente por conta da não informação.

O que é DST?

As DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são doenças venéreas causadas por vários tipos de agentes e são transmitidas principalmente através de relações sexuais com pessoas infectadas sem o uso de preservativos ou outro método de barreira.

Aproximadamente cerca de 340 milhões de casos de DST por ano acontece no mundo, sendo a clamídia, gonorreia e a sífilis em maior número, ao qual a herpes genital e o HPV não constam neste levantamento.

Geralmente as DST se manifestam no organismo por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Como o uso da camisinha pode ajudar a proteger essas infecções

O uso do preservativo nas relações sexuais é o método mais seguro e eficaz para a redução do risco de transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e consequentemente das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), além do vírus da AIDS.

Ao utilizar a camisinha você e seu/ sua parceiro (a) estão seguros, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que no mundo, ocorra aproximadamente 340 milhões de casos de DST por ano. Importante lembrar também que segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, cerca de 4% a 5% da população acima de 65 anos de idade são portadores do vírus HIV, comprovando que homens e mulheres na terceira idade estão mantendo relações sexuais sem prevenção e consequentemente se contaminando com o vírus da AIDS e outras DST.

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Homens com mais de 45 anos podem sofrer de câncer nessa glândula, porém, quando houver casos na família, a consulta com um médico especialista deverá ocorrer antes, por volta dos 40 anos. Mas o que o câncer na próstata pode acarretar na fertilidade masculina?

Diretamente o câncer de próstata não tem relação com a infertilidade masculina, mas sim os tratamentos para a doença, que afetam diretamente a fertilidade. Ao constatar o câncer e verificar o histórico de vida do paciente, se já tem ou pretende ter filhos, é essencial para indicar o tratamento ideal, bem como o procedimento adequado.

O que é câncer de próstata?

A próstata produz um fluido que além de nutrir, transporta o esperma. Quando há dificuldades para urinar ou mesmo sem sintomas, chegando o homem aos 45 anos, é necessária uma visita ao especialista, para exames e orientação.

Há casos em que o câncer é agressivo e necessita de maiores tratamentos como radioterapia, quimioterapia, entre outros tratamentos. Alguns tipos de câncer de próstata crescem lentamente, por isso, o monitoramento é essencial.

No Brasil de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de próstata é a segunda maior causa de morte pela doença no País entre os homens.

Principais causas do câncer de próstata

Não há uma causa específica, porém estudos apresentam que desequilíbrios genéticos podem causar alterações moleculares, desencadeando assim seu desenvolvimento.

Afinal, o câncer de próstata pode ou não prejudicar a fertilidade masculina?

As infecções que atingem a próstata podem afetar a fertilidade do homem. Quanto ao câncer, não existe uma relação direta com a infertilidade masculina, mas sim os tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia.

Quando detectado o câncer, o médico deverá aconselhar seu paciente para fazer a congelação do sêmen, medida esta adotada caso o homem tenha o desejo de ter um filho posteriormente, porém, independente da idade a orientação de congelamento do sêmen é indicada.

Ao falarmos de tratamentos para a infertilidade masculina, um bom diagnóstico com um médico de confiança é o aconselhado. A Clínica GERA conta com profissionais altamente renomados no País que cuidam de cada caso com total atenção e exclusividade, a fim de garantir a restauração da fertilidade. Assine a newsletter e fique por dentro dos mais variados assuntos relacionados à fertilidade com quem é referência.

Uma decisão que passa por muitos dilemas nas cabeças das mulheres, mas quando e por que buscar óvulos doados?

Um procedimento que pode ser a solução para que mulheres mais velhas, com falência ovariana, com doenças genéticas ou mesmo tentativas de insucesso anteriores de fertilização in vitro é optar pela ovodoação ou doação de óvulos.

No Brasil, a lei estipula que a ovodoação seja anônima e que a mãe da criança gerada seja a mesma e não a que forneceu o óvulo, porém, caso seja uma barriga solitária (ou barriga de aluguel), a criança é considerada do beneficiado.

Este procedimento é crescente no País, totalmente seguro e as doadoras destes óvulos que serão fecundados, são jovens voluntárias (mulheres com menos de 35 anos, com boa reserva ovariana) ou mesmo jovens mulheres que vão se submeter ao tratamento de reprodução humana e querem ajudar.

A condição dos óvulos para preparo da fertilização é altamente analisada, havendo a necessidade de boas condições para serem utilizados. As receptoras comumente não apresentam óvulos capazes de serem fertilizados e gerarem embriões geneticamente normais, porém com a ovodoação (recepção dos óvulos) elas conseguem tornarem-se mães.

Com o dia a dia muito se discute até quando postergar a maternidade, mas e a fertilidade, como preservar?

O comportamento e hábitos sociais e culturais estão mudando, assim, muitas mulheres postergam a gravidez, a fim de conquistar segurança financeira, relacionamento estável e outros fatores que fazem com que ano a ano a procura pela criopreservação aumente gradualmente. Casos oncológicos também entram neste índice, optando o casal pela preservação da fertilidade tanto na mulher, quanto no homem, com as mais avançadas técnicas de reprodução assistida.

Quando deve ser feita a criopreservação?

A criopreservação poderá ser feita a qualquer momento, nos casos dos homens consiste no recolhimento de amostras de sêmen antes de iniciar o tratamento oncológico, além de tratamentos como criopreservação de tecido testicular, entre outros. No caso das mulheres, diferentes técnicas poderão ser utilizadas, porém a escolha irá depender de diversos fatores, como a idade da paciente, o tipo de câncer que tiver, da necessidade, quadro clínico, entre outros.

Atualmente, a preservação da fertilidade feminina conta com técnicas avançadas, como: criopreservação de tecido ovariano (experimental), de óvulos, supressão da função ovariana e transposição ovariana.

O auxílio e suporte de equipe especializada em reprodução humana são essenciais para que você tenha total suporte e garanta em conjunto com o seu médico de confiança a escolha e tratamento ideal para o seu caso.

Confira algumas das dúvidas mais frequentes da fertilização in vitro:

1) Tenho mais de 40 anos, não posso mais realizar a fertilização in vitro?

Pode. O ideal é realizar o procedimento até 43 anos, já que a taxa de gravidez diminui com o passar dos anos. Com 45 anos, não se recomenda fazer FIV com os próprios óvulos pela chance quase inexistente de gravidez.

 

2) Tem alguma preparação para realizar a FIV?

Sim. Existe um tratamento prévio com medicações específicas e indicadas por um especialista antes da coleta dos óvulos para aumentar o número dos mesmos durante o ciclo. Paralelamente, um acompanhamento com ultrassonografias, exames de sangue e outros, ocorrem antes desta coleta para a realização da FIV.

 

3) A FIV tem algum efeito colateral?

Dificilmente. Dores de cabeça, desconforto abdominal, mudanças de apetite não são normais, mas podem ocorrer. Há mulheres que identificam um pouco de inchaço abdominal, mas isso ocorre por conta da estimulação ovariana.

 

4) Mas e a síndrome da hiperestimulação, é comum acontecer?

Durante todo o processo de estimulação ovariana é possível haver a síndrome da hiperestimulação do ovário, pois as mulheres podem produzir excesso de hormônios e isso pode causar inchaço e dor. Caso não haja gravidez, essa síndrome se cura sozinha e em casos raros há a agravação do caso, havendo intervenção clínica para recuperação da paciente.

 

5) Inseminação artificial e FIV é a mesma coisa?

Não. Na FIV ocorre a colocação de espermatozoides em contato com óvulos em laboratório e quando fecundados, os embriões são alocados no útero previamente preparado. Na inseminação artificial, por meio de um cateter, é realizada uma “injeção de espermatozoides” diretamente no útero.

Preocupações diversas como a carreira, a busca por uma nova especialização, estabilidade financeira, um relacionamento estável e outros fatores, fazem com que as mulheres adiem cada vez mais a gravidez.

Estudos recentes afirmam que o número de mães que engravidam após os 35 anos está cada vez mais frequente e crescente, logo, ao optar pela maternidade tardia, entender os riscos é fundamental.

O fato é infelizmente as chances de engravidar diminuem drasticamente com o passar dos anos, pois quanto maior o tempo, mais há a diminuição do número de óvulos (fato este que ocorre cerca de aproximadamente 15 anos antes da menopausa), além de haver maior probabilidade de um aborto espontâneo, complicações como pré-eclâmpsia, gravidez ectópica, cesariana, bem como maior probabilidade de ter um bebê com Síndrome de Down e/ou outras doenças genéticas.

Além da idade, vale ressaltar que vários fatores podem interferir diretamente na fertilidade do casal, como os maus hábitos da vida moderna, a degradação do meio ambiente, entre outros, por isso um levantamento e avaliação da fertilidade do casal é essencial para o melhor diagnóstico e tratamento.

A utilização de um óvulo doado pode aumentar as chances de se conceber, mas para isso é necessário à fertilização in vitro. Todos os tratamentos e diagnósticos precisam ser indicados por um especialista de confiança e acima de tudo com credibilidade.

A Clínica GERA é referência nacional em restauração da fertilidade, com profissionais altamente especializados e renomados no mercado, preparados para identificar e melhor diagnosticar quaisquer tratamentos voltados à fertilidade, entre e contato e saiba mais.

Um dos tratamentos para engravidar é a inseminação artificial, conhecida também como inseminação intrauterina.

Indicada para casos leves de infertilidade em casais jovens, que estimulará a evolução através de medicações hormonais que tem como objetivo atuar direta ou indiretamente nos ovários, a fim de estimulá-los quanto à produção de óvulos.

Esta técnica, assim como as outras, deverá ser indicada por um profissional, que avaliará os fatores não apenas biológicos, como individuais de cada paciente.

Especializada em reprodução humana, a Clínica GERA, liderada pelo Prof. Dr. Joji Ueno e corpo clínico composto por Mestres e Doutores pela USP/UNIFESP, conta com atendimento personalizado e completa infraestrutura, com o que há de mais moderno em reprodução assistida, saiba qual a melhor técnica para realizar o seu maior sonho.

“Dr. é possível reverter a laqueadura?” – Esta é uma das perguntas mais ouvidas pelo médico Joji Ueno, ao longo de seus mais de 20 anos de profissão. Antes de responder ao questionamento, o médico prefere fazer algumas considerações voltadas para as mulheres que ainda não se submeteram a este procedimento: “É preciso muito diálogo entre o casal e o profissional de saúde para que esta decisão seja consciente e autônoma.

laqueadura é um procedimento que apresenta apenas 50% de chances de sucesso em sua reversão. Em alguns casos, se realizada com cuidados microcirúrgicos, a laqueadura pode chegar a uma taxa de reversão com 70-80% de incidência de gravidez.

Mas são poucos os centros de saúde que contam com tecnologia e profissionais capacitados para realizar a reversão deste procedimento, o que dificulta o acesso a este tipo de tratamento. Antes de pensar em fazer a laqueadura é preciso buscar outros meios contraceptivos, como a pílula, o DIU ou os anticoncepcionais injetáveis”, avisa.

A experiência clínica também ensinou ao médico que a paciente que busca a reversão da laqueadura, na época da cirurgia, tinha pouca idade e pouca experiência de vida. “Geralmente, elas não imaginam que podem se casar novamente e que desejarão ter filhos com o novo parceiro. Outras não contavam que o crescimento dos filhos seria tão rápido e logo o lar estaria vazio. E há também as mães cujos filhos faleceram”, observa Joji Ueno.

E além das razões particulares, há também imposição do marido, dificuldades financeiras e outros problemas de saúde, que são variáveis que podem levar a mulher a operar. Planejamento familiar: direito assegurado por lei

Planejamento familiar: Direito assegurado por lei

A Constituição Federal assegura o direito ao planejamento familiar, que foi regulamentado pela Lei Nº 9.263, de 1996. Assim, é dever do Poder Público garantir às pessoas informações, meios, métodos e técnicas para regulação da sua fecundidade. A lei coloca como responsabilidade do Governo Federal a distribuição gratuita de métodos contraceptivos e a realização de procedimentos cirúrgicos, como a laqueadura e a vasectomia.

O acesso ao conhecimento faz parte do direito ao planejamento familiar, e é ele que permite uma escolha livre e consciente. No fim de maio, o Governo Federal apresentou na Escola Paulista de Medicina, em São Paulo, sua Política Nacional de Planejamento Familiar.

Entre as medidas que entrarão em vigor estão a inclusão da vasectomia na Política Nacional de Cirurgias Eletivas e a venda de anticoncepcionais com preços promocionais de até 90% nas farmácias e drogarias credenciadas no Programa Farmácia Popular do Brasil. Um dos objetivos da nova política é fazer com que a responsabilidade pelo planejamento familiar não fique centralizada apenas nas mãos das mulheres ou em uma cartela de pílulas anticoncepcionais. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de vasectomias já vem crescendo no País. De julho a novembro de 2005, foram realizados 6.298 desses procedimentos nas aproximadamente 570 instituições de saúde habilitadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Brasil tem um dos maiores índices de laqueaduras do mundo, com 40% das mulheres em idade reprodutiva -de dez a 49 anos- esterilizadas, ao lado da Índia e China, segundo a Organização Mundial da Saúde, (OMS). Nos Estados Unidos, esse índice é de 20% e na França, de 6 %. Tecnicamente, a laqueadura é um método definitivo de contracepção, realizado pela obstrução da tuba, que liga os ovários ao útero. Existem cerca de dez técnicas para a realização da cirurgia: “Queimar as trompas e cortá-las, colocar anéis de plástico ou clipes de titânio, ou mesmo fazer com fio de sutura”, explica Joji Ueno.

“A laqueadura só é recomendada sem restrições para mulheres com problemas de saúde, tais como diabetes descompensada, histórico de eclampsia e pressão alta. Métodos definitivos devem ser usados como última escolha, quando a gravidez implica em risco de vida”, informa o Joji Ueno, diretor da Clínica GERA.

A reversão

A reversão da laqueadura, a salpingoplastia, é um procedimento mais complexo e poucos serviços do SUS o oferecem. Pode ser realizada por anastomose tubária microcirúrgica, via laparotomia ou via laparoscopia. “Quanto mais jovem a mulher esterilizada procurar pela reversão, maior é a probabilidade de ela vir a engravidar no futuro, e quanto menor o tempo de esterilidade, maior é a chance dela engravidar”, afirma Joji Ueno. O grau de reversibilidade varia de acordo com a lesão que a técnica cirúrgica causou. Laqueaduras feitas com anel plástico ou clipes de titânio são mais fáceis de reverter. Para as pacientes que foram submetidas à salpingectomia (retirada das trompas), a reversão é impossível.

“Após a reversão tubária, em média, as mulheres demoram de 6 meses a um ano para conseguir engravidar, caso a recanalização seja bem sucedida”, informa Joji Ueno, coordenador do Curso Teórico-Prático de Reprodução Humana Assistida, oferecido pelo Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo. Mas o sucesso da cirurgia, observa o médico, relaciona-se com vários outros fatores:

Após uma reversão de laqueadura tubária, o risco de uma gestação ectópica – gestação que ocorre na própria trompa – aumenta de 1 em 100 para 5 em 100 gestações. O que significa que a cada 100 gestações, cinco poderão ser ectópicas. “Quando as trompas reconstituídas não recuperam a função, a alternativa de tratamento seria a reprodução assistida por meio de técnicas de fertilização in vitro e transferência de embriões”, diz Ueno.

A reversão da laqueadura tubária deve ser considerada como uma opção adequada na busca de novas gestações para mulheres mais jovens (<35 anos), sem qualquer outro fator de infertilidade além da laqueadura. As pacientes com mau prognóstico ou com idade mais avançada devem ser encaminhadas aos programas de fertilização in vitro. “Tal posição é compartilhada em grandes centros de reprodução humana em países desenvolvidos, onde ambos os procedimentos são igualmente oferecidos”, afirma o diretor da Clínica GERA.

A ICSI é uma técnica semelhante, porém mais sofisticada de fertilização in vitro.

Na fertilização, no laboratório, o espermatozoide deve penetrar sozinho no óvulo para ser fecundado.

Já na ICSI, o espermatozoide é injetado no óvulo maduro, dessa forma, melhorando os índices de fertilização.

Mas, para as duas técnicas as etapas de tratamento são as mesmas, ou seja, a paciente recebe estimulação do ovário, depois há coleta de óvulos e espermatozoides para finalizar com a transferência do embrião no útero.

Antes de tudo é importante a investigação da infertilidade, sendo o primeiro passo a busca de um especialista na área, pois só assim você poderá esclarecer todas as suas dúvidas referentes a esta técnica.

A FIV (fertilização in vitro) é uma técnica em que o óvulo e o espermatozoide são fecundados em laboratório e somente após esta fecundação, são transferidos para o útero da mãe. A técnica é dividida em algumas etapas, que são:

Estimulação dos ovários: a estimulação dos óvulos acontece por meio de medicamentos, hormônios injetáveis para desenvolver folículos que contém óvulos. A aplicação é via subcutânea.

Controle e avaliação: somente o especialista irá avaliar se os óvulos estarão ou não prontos para serem fecundados e assim, realizar a aspiração deles. Neste processo a fase de coleta de sêmen do homem também ocorre, de forma natural, pela masturbação.

Fecundação: na etapa final o espermatozoide e óvulo são fecundados para que o embrião seja transferido para o útero da mulher e assim, dar início a gestação.
Altamente especializada e com corpo clínico composto por Mestres e Doutores pela USP/UNIFESP, a Clínica GERA é referência e considerada um centro nacional em cuidados com a fertilidade

Causas da infertilidade feminina

Existem diversas causas da infertilidade feminina. O fator preponderante no prognóstico dos tratamentos, contudo, é certamente a idade, que está relacionada diretamente à quantidade e qualidade de óvulos.  A faixa etária em que a fertilidade é ótima para a mulher é por volta dos 20 a 30 anos de idade. Apenas 3,5% dos casais cujas mulheres tem menos de 25 anos de idade são inférteis. Aos 35 anos esta taxa já chega a 11% e aos 45 anos a altos 87%.

Aos 50 anos, praticamente todas são inférteis. É fato que podemos encontrar mulheres que engravidam nesta idade mais avançada de maneira natural, mas são eventos raros aos 45-50 anos ou mais de maneira natural, e a taxa de abortamentos espontâneos é muito alta. Nesta idade é quase impossível obter-se gravidez de modo artificial, com a fertilização in vitro (FIV), pois os embriões formados em sua maioria são defeituosos e não implantam ou ocorre o aborto precoce.

De qualquer forma, em casais com mulheres mais jovens, a causa da infertilidade pode ser masculina (40%), feminina (40%) e mista (20%). Todo casal considerado infértil, tem uma causa de infertilidade. É sempre muito importante pesquisar a causa da infertilidade, porque esta pode ser a razão para não engravidar, mesmo com tratamentos de alta complexidade em reprodução assistida.

Ao longo desse texto, destacaremos as principais causas femininas para a infertilidade do casal. É importante frisar que todas elas possuem diversos desdobramentos e causas. Logo, ter alguma das condições abaixo não necessariamente significa que a paciente é infértil e cada caso deve ser analisado separadamente.

Veja nosso guia completo sobre a infertilidade.

9 causas da infertilidade feminina

Alteração da ovulação

Estresse, exercícios físicos exagerados, obesidade, doenças da tireóide e complicações em outras glândulas hormonais podem comprometer a ovulação da mulher. Esses problemas podem levar a ovulações esporádicas, o que dificulta a gravidez, ou podem interromper a ovulação, o que leva à infertilidade feminina. Outras alterações hormonais causam doenças como a dos ovários policísticos, que ao se desenvolver, também causa infertilidade à paciente.

Endometriose

É uma doença que se manifesta na mulher, em idade reprodutiva, e que se caracteriza por apresentar tecidos semelhantes aos da camada interna do útero (endométrio) em locais diferentes do habitual. A doença pode causar cólicas menstruais e dores pélvicas de intensidades variadas e infertilidade, em decorrência da distorção da anatomia local ou pela produção de substâncias que provocam cólicas ou que dificultam a concepção. Nem sempre a gravidade da doença está relacionada à infertilidade feminina ou à dor. Às vezes, endometriose mínima pode ser acompanhada de graves sintomatologias e/ou infertilidade, enquanto formas avançadas podem ser assintomáticas.

Aderências pélvicas

A aderência pode ser causada por infecções, endometriose ou cirurgia prévia. Estes fatores podem acarretar na aglutinação de órgãos (aderências), ocasionando distorção da anatomia local, dor ou esterilidade.

Alterações tubáreas

Obstruções, deformações ou encurtamentos nas tubas impedem a concepção. Desta maneira, a laqueadura tubária ou doenças locais tornam-se uma causa da infertilidade feminina.

Mioma uterino

É tumor benigno do útero, que surge nas camadas musculares (miométrio) e cresce localmente (intramural), para fora (subseroso) ou para dentro do útero (submucoso). Outras vezes ele pode crescer na região do colo do útero ou saindo por este local (parido). Quando submucoso ou intramural e grande, pode ser causa de dor, abortamento ou mesmo dificultar a passagem do espermatozoide ou a implantação embrionária.

Malformações

Algumas poucas mulheres podem ter como causa da infertilidade alterações genitais congênitas (desde o nascimento) que podem ser graves a ponto de serem incompatíveis com a gestação ou simples, não interferindo no processo.

Pólipo uterino

É um tumor benigno da camada mais interna do útero. Eles podem impedir a passagem dos espermatozoides pelo canal cervical (entrada do útero) ou para o interior da tuba. Ao adquirir grandes proporções, podem impedir a implantação embrionária ou provocar abortamentos.

Sinéquia uterina

Geralmente é sequela de curetagem uterina. Ocorre o fechamento parcial ou total da cavidade uterina no processo de cicatrização depois da curetagem, causando abortamentos ou dificuldade de implantação embrionária.

Causas genéticas

Acontece principalmente em casais com mais idade, sendo esta uma das explicações para falha de implantação (a fertilização in vitro) não dar certo.

A infertilidade pode ser causada por um dos fatores citados ou por outros menos frequentes, como causa isolada ou em associação com causas diversas.

Você já deve ter ouvido falar nesse termo, mas será que sabe o que ele significa? A infertilidade inexplicável é quando tanto o homem quanto a mulher, fizeram e refizeram todos os tipos de exames necessários para investigar porque a gestação não acontece e não se chega a nenhuma resposta científica.

Entre 10% a 15% dos casais recebem esse tipo de diagnóstico. Claro que com o tempo e a evolução da medicina será possível entender melhor o motivo, mas por enquanto realmente não existe explicação.

Porém, mesmo sem uma justificativa dá para se ter filhos sim. O tratamento vai depender muito do casal. Às vezes, o médico vai orientar mudanças na alimentação (para ficar no peso ideal) e algumas vitaminas e logo a gravidez vem. Mas, em outras situações é sugerido um procedimento mais complexo, como a relação sexual programada, a inseminação intrauterina ou a fertilização in vitro.

Na relação programada, por exemplo, o crescimento do óvulo é acompanhado até a ovulação, quando se aplica uma injeção que vai ajudar a maturação e então é recomendada relações sexuais diárias.

Já na inseminação intrauterina o espermatozoide é recolhido e inserido no óvulo para fecundar. E na fertilização in vitro os óvulos são aspirados e em laboratório, junto com o espermatozoide, são fecundados e implantados na mãe.

Assim, mesmo sem saber porque o casal não consegue engravidar dá para ter uma gestação.

 

Fonte: Joji Ueno, ginecologista, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, diretor e fundador da Clínica GERA.

Segundo pesquisadores da área da saúde ainda é esperado um pico de contágio do vírus da Zika para os meses de abril e maio deste ano. Isso porque nesse período há histórico de dengue, principalmente na região sudeste.

Devido à preocupação do vírus com a microcefalia, muitas mulheres têm optado por congelar seus óvulos para uma gravidez futura.

O procedimento consiste em estimular a produção de óvulos, por meio de medicamentos e depois inibir a menstruação. Assim, a paciente passa por uma aspiração que vai captar o maior número possível de óvulos que serão congelados em nitrogênio líquido.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 15% de todos os casais do mundo relatam ter dificuldade para engravidar, esse número representa 60 milhões de famílias que querem ter pelo menos um filho.

Na conta não existe apenas um responsável pela infertilidade, alguns estudos apontam que 30% das causas são decorrentes de problemas femininos, 30% de problemas masculinos, 30% decorrente de motivos de ambos e apenas 10% são por causa indefinida.

A procura por uma clínica de reprodução assistida deve acontecer quando depois de um ano de tentativa a gravidez não vem.

A preservação da fertilidade é um assunto que precisa ser discutido entre o médico e o paciente que vai passar por um tratamento oncológico, isso porque os efeitos da quimioterapia e radioterapia podem causar danos ao tecido ovariano e testicular, levando ao comprometimento da fertilidade em diferentes graus.

Ao final da terapia os pacientes são divididos em quatro grupos, que variam conforme o tipo de câncer, o tratamento indicado, o tempo e a dosagem dos medicamentos. O primeiro grupo é aquele em que a função reprodutiva continua normal e o casal pode engravidar facilmente de forma natural.

O segundo se caracteriza pela infertilidade temporária, ou seja, a mulher pode ficar sem menstruar e o homem sem espermatozoides por um período que depende do tipo de tratamento, das doses recebidas e da resposta natural de cada paciente.

Já no terceiro grupo estão aqueles pacientes que terão dificuldade de engravidar da forma convencional, porém com a ajuda de técnicas reprodutivas eles podem ser tornar pais sem grandes dificuldades.

Porém, o último grupo é formado por pacientes que recebem como diagnóstico a infertilidade permanente, devido à alta agressão sofrida na função ovariana ou testicular.

Para evitar surpresas desagraveis é importante conversar com o seu médico e procurar também um especialista em reprodução assistida, dessa forma, os profissionais poderão avaliar quais riscos o paciente pode correr.

Como solução, a medicina oferece diversas opções para ajudar o casal a realizar o sonho de ter uma família, depois do tratamento. Entre as técnicas mais buscadas estão o congelamento de óvulos, de tecido ovariano, de sêmen, de tecido testicular e de embriões. Verifique com o um profissional o melhor meio para garantir uma gravidez futura.

Fonte: Joji Ueno, ginecologista, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, diretor e fundador da Clínica GERA (São Paulo e Campo Grande).

Cerca de 20% da população masculina pode ser diagnosticada com varicocele.

A doença leva a dilatação das veias do escroto e em 40% dos casos tem relação com a infertilidade.

A explicação para o problema é que o aumento de temperatura na região, seguido da falta de oxigenação e do maior número de radicais livres levariam a morte celular.

A cirurgia é a solução para grande parte desses pacientes.

Com o procedimento há aumento na chance de gravidez de forma natural e também nas formas de reprodução assistida.

Algumas técnicas facilitam a chegada dos espermatozoides com genes femininos ou masculinos, mas elas não são infalíveis.
Menino ou menina? Essa é uma das principais perguntas feitas para quem está grávida. E, para muitos casais, o sexo do bebê não implica preferência. No entanto, algumas pessoas querem muito que a criança nasça menino ou menina Mesmo quem está tentando a gravidez pela segunda vez, geralmente, acaba torcendo por um determinado gênero, devido ao desejo de formar um casal. E ainda existem casos em que a descoberta do sexo do bebê gera até certa frustração.

Muito se fala sobre técnicas para engravidar de menina ou engravidar de menino. A verdade é que não existe uma fórmula mágica para determinar o sexo do bebê antes da concepção. A única maneira precisa de determinar qual será o gênero do bebê é por meio da fertilização in vitro (FIV), pois os espermatozoides podem ser previamente selecionados. É importante ressaltar que, por uma questão ética, tal prática só é aprovada com a finalidade de evitar doenças ligadas aos cromossomos sexuais.

Vale relembrar que não existe uma garantia absoluta de que as técnicas que tentam orientar o nascimento de menino ou menina de maneira natural funcionam. Dos milhões de espermatozoides liberados na ejaculação, apenas um deles atingirá o óvulo, e é praticamente impossível determinar se será um que carrega o gene X ou Y.

Com o tratamento adequado, é possível recuperar o equilíbrio hormonal e fertilidade.

Muitas mulheres, ao receberem o diagnóstico de cistos no ovário, temem a impossibilidade de engravidar. E não são poucas, esse é um mal que atinge cerca de 25% das mulheres em idade fértil no Brasil. Ele aparece, sobretudo, nas que são portadoras de endometriose (afecção inflamatória provocada pelas células do endométrio que não foram expelidas durante o ciclo menstrual, pois migraram no sentido oposto e caíram nos ovários) ou que estão com doença inflamatória pélvica.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que uma em cada 15 mulheres, com idade entre 20 e 30 anos encontra dificuldades para engravidar. Nos casais em que a faixa etária está entre 30 e 40 anos, este número eleva para uma em cada oito mulheres. Esta dificuldade em conseguir concluir a fecundação pode estar relacionada ao cisto no ovário, um tipo de tumor benigno que apresenta poucos sintomas.

O que é cisto de ovário?

É uma bolsa preenchida por meio líquido ou material semissólido e que se forma sobre ou dentro dos ovários. A incidência mais comum é a dos cistos funcionais, formados a partir de um funcionamento normal dos ovários. O ovário produz mês a mês um óvulo durante o ciclo menstrual que é colocado dentro de uma bolsa denominada de folículo e dentro dele é produzido o hormônio estrogênio. Assim ele é liberado e estimulado a ovulação.
Este processo serve para indicar ao útero que o óvulo está pronto para a fertilização. Porém, quando a ovulação não acontece ou quando um folículo não consegue abrir para liberar o seu óvulo, o líquido permanece dentro do mesmo, resultando no crescimento do cisto. Desta forma, eles aumentam e regridem com a variação do ciclo, sem que a mulher os perceba, pois são indolores a menos que, em alguns casos, provoquem sangramento intenso por ruptura ou torção, levando a dor aguda severa na região abdominal.

Cistos versus gravidez

O cisto no ovário não causa infertilidade na mulher, mas gera dificuldades para que ela engravide por causa das alterações hormonais produzidas pelo problema. Além disso, se houver irregularidade na menstruação ou apresentar ausência da mesma, o processo ovulatório pode ser afetado. Diante disso, para tratar a doença é imprescindível buscar ajuda médica.

Os cistos de ovário podem ser descobertos em um exame pélvico de rotina ou ecografia. Em alguns casos é necessário o uso de pílula anticoncepcional para regularizar a superfície dos ovários, mas na maioria das vezes eles desaparecem de forma espontânea. Contudo, deve-se ficar atento aos casos de cistos em mulheres acima dos 50 anos e que já estão na menopausa, porque eles podem ser malignos.

Vale ressaltar que a maioria dos cistos são benignos e não necessitam de cirurgia. Mas, se houver a indicação cirúrgica em mulher com desejo reprodutivo futuro, deve-se operar com profissional competente para não comprometer a reserva ovariana (diminuir a quantidade de óvulos). Mas em caso de descoberta do mal durante o primeiro trimestre de gestação é fundamental redobrar os cuidados, já que pode trazer risco para a mãe e o bebê. Neste caso, é preciso manter o acompanhamento do pré-natal adequadamente.

Com hábitos saudáveis é possível prevenir a infertilidade.

Qualidade de vida é algo crescente mundialmente, o que tem feito com que os casais planejem ter filhos com mais antecedência, organizando rotinas, planos e projetos, cuidando de todos os detalhes para o maior dos sonhos, o nascimento do seu filho.

Ao falarmos de hábitos saudáveis, automaticamente falamos de qualidade de vida. Além da biologia natural do casal (que é importante ter um histórico saudável), alguns hábitos são necessários para não comprometer a fertilidade, como:

Manter o peso adequado
O peso acima do ideal pode interferir também no ciclo hormonal da mulher.

Boa alimentação, atividades físicas, não fumar e ingerir bebidas alcóolicas
Hábitos que contribuem diretamente para a qualidade do óvulo e do espermatozoide.

Prevenção de DST
Uma doença sexualmente transmissível e assintomática é a clamídia, que causa obstrução nas trompas e infertilidade.

Liderada pelo Prof. Dr. Joji Ueno e um corpo clínico altamente especializado e renomado em reprodução assistida, a Clínica GERA é considerada um centro nacional de referência na restauração da fertilidade.

Conscientização da população sobre as causas da infertilidade e as soluções é destaque em junho.

Em muitas culturas, questões referentes à reprodução são de grande importância. O sentimento de decepção e frustração que muitos casais enfrentam por não conseguirem alcançar o objetivo esperado em ter um filho pode gerar diversos fatores de risco para a infertilidade, como o estresse psicológico.

Junho é mundialmente considerado o Mês Internacional da Infertilidade, sendo uma oportunidade para a população ter mais acesso às informações pertinentes ao tema e assim, alertar a todos sobre o problema e os tratamentos disponíveis para prevenção.

A data foi estipulada pela American Infertility Association (AIA) e desde então a meta é conscientizar a população mundial a respeito das doenças que podem ser causadoras de infertilidade, como a Síndrome dos Ovários Policísticos, Miomas e Endometriose.

Fundada em 1993 pelo Prof. Dr. Joji Ueno, a Clínica GERA é considerada um centro nacional de referência na restauração da fertilidade. Assim, prioriza o diagnóstico preciso da causa da infertilidade para depois indicar o tratamento adequado, quer seja clínico, cirúrgico ou a mais alta tecnologia da reprodução assistida.

As aderências pélvicas são tecidos fibrosos, semelhantes a uma cicatriz, que por vezes unem órgãos da região pélvica como útero, trompas, ovários e intestino.

Uma vez instaladas, podem gerar deformações nos órgãos afetados, modificando sua função.

Causa e Sintoma da Aderência Pélvica

A principal responsável por estes problema é a  inflamação pélvica, que ocorre quando microrganismos invadem útero e tubas. A maior parte destas infecções ocorre por bactérias sexualmente transmissíveis. Outras causas frequentes são  traumas, cirurgias pélvicas ou endometriose.

Os sintomas mais comuns das aderências pélvicas são: Dor pélvica, constipação, cólicas intestinais,  infertilidade e dor durante relação sexual.

Tratamento para Aderência Pélvica

O tratamento mais moderno é a Videolaparoscopia. A cirurgia minimamente invasiva abrange os princípios de excelência para tratar o problema, já que com o método é possível realizar a retirada cirúrgica de aderências de modo preciso e delicado.

O método ainda possibilita a irrigação com líquidos  adequados e o uso de barreiras protetoras desenvolvidas para tratar a aderência pélvica.

A duração destes procedimentos é de 1 a 2 horas. A  recuperação ocorre em 7 a 10 dias.

Quando a deformidade das trompas é muito severa impedido a gravidez,  o tratamento da infertilidade deve ser feito por fertilização in vitro. Desta forma os óvulos são fecundados em laboratório e os embriões resultantes colocados diretamente no útero.

Quando a mulher recebe o diagnóstico de gravidez nas trompas significa que o óvulo fertilizado não conseguiu chegar até o útero e ficou alojado nas trompas de Falópio.

Essa dificuldade pode ser causada por diferentes fatores, como infecções, endometriose, mulheres com mais de 35 anos ou aquelas que passaram por algum tipo de cirurgia abdominal.

Por ser uma região onde não existe tecido apropriado para garantir uma gestação, há casos em que o bebê não consegue se desenvolver e nem sobreviver. E para essas mães fica o alerta de cuidados redobrados na próxima gestação. Afinal, depois do diagnóstico de gravidez nas trompas, a mulher tem de 15% a 20% de chances de ter novamente esse tipo de gestação.

O espermograma é exame laboratorial, que analisa a qualidade do sêmen do homem, de acordo com determinados critérios definidos pela Organização Mundial da Saúde. A amostra geralmente é obtida através da masturbação e, em casos especiais, com o auxílio de procedimentos como vibro-ejaculação ou eletro-ejaculação.

A análise engloba aspectos macroscópicos do ejaculado, como a viscosidade, liquefação, volume, coloração, e pH do material, assim como características microscópicas dos espermatozoides, como motilidade e morfologia.

Quando o Exame é Feito

O espermograma é o principal exame para avaliação da fertilidade do homem, e é feito quando há determinada condição física, genética ou imunológica que possa modificar condições espermáticas, levando a uma interferência na fertilidade.

No geral, é pedido em casos onde há os casais tem dificuldade para engravidar, mas pode ser solicitado também após a realização de vasectomia para ter certeza do sucesso do procedimento ou em casos de suspeita de processos infecciosos. Pode ser solicitado também quando há algum histórico que possa levar a infertilidade, como trauma testicular, infecções passadas ou varicocele.

Realização do Espermograma

O exame geralmente é realizado em laboratórios ou clínicas de reprodução humana e o material é obtido por meio de masturbação. Todavia, em casos onde há dificuldade de ejaculação, o material pode ser obtido em casa ou através de relação sexual com preservativo especial, que não atrapalha sua posterior análise. Nestes casos, o casal assina um termo de responsabilidade de que o material é do paciente em questão.

Significado do Resultado do Espermograma

Os resultados deste exame indicam como está a fertilidade do homem, podendo ajudar na conduta a ser tomada. Pode ser indicado tentativa de gestação natural, realização de inseminação artificial ou mesmo a fertilização in vitro, tratamento onde o óvulo é fertilizado com o espermatozoide fora do corpo da mulher.

Também pode gerar a suspeita de problemas em outros órgãos reprodutores, em especial na próstata.

O resultado de tal exame não é considerado definitivo. Quando o exame se revela alterado, deve-se repetir o exame pelo menos mais uma vez com um intervalo mínimo de 2 semanas, pois existem vários fatores transitórios que podem levar a estas alterações.

Dr. Fábio Ikeda
(Membro do Grupo GERA em São Paulo, Mestre em ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP).

Em caso de dúvidas, consulte o seu ginecologista ou entre em contato conosco.

A biópsia do endométrio é um exame ginecológico que ajuda no diagnóstico de alterações intrauterinas. O material é colhido do interior do útero e enviado para o patologista.

 


 

Como é Feita

A paciente fica em posição ginecológica como se fosse colher um Papanicolau (exame preventivo de câncer). É feita a limpeza do colo com alguma solução antisséptica e introduzida uma sonda dentro do útero ou instrumental específico, realiza-se pressão negativa e aspira-se fragmentos de endométrio (camada interna do útero). Dura uns 15 segundos. A paciente pode sentir uma cólica como de uma menstruação, ou mais forte (depende da sensibilidade da paciente). Algumas pacientes optam pela realização sob sedação. Os fragmentos intrauterinos são colocados em um líquido especial para serem levado para exame microscópico.

Para que serve

Pode ser utilizada para detecção de causas de sangramento uterino anormal que podem ser decorrentes de alterações hormonais ou inclusive o câncer. Já foi muito utilizado na no diagnostico de ovulação em pacientes inférteis, depois entrou em desuso para esta finalidade. Mais recentemente, tem se sido utilizada para diagnósticos de causas microscópicas intrauterinas de infertilidade. Estas causas não são detectáveis por outros métodos, como a histeroscopia, ultrassonografia, histerossalpigografia ou ressonância magnética.
A histeroscopia é um exame que olha o interior do útero com imagens em alta definição. Mesmo assim, em cerca de 40% das vezes são observadas alterações microscópicas a nível celular do revestimento interno do útero, algumas destas alterações podem ser causa de infertilidade ou de falha de implantação (de não dar certo a fertilização in vitro). A maioria dos patologistas quando examinam os fragmentos estão com os olhos voltados para a detecção de doença maligna. Então, nos casos de infertilidade eles devem ser avisados que a biopsia esta sendo realizada para esta finalidade e este patologista deve ter conhecimento das alterações endometriais devido aos hormônios, endometrites, pólipos funcionais, dentre outras causas de infertilidade.

Dr. Joji Ueno
(Coordenador do Grupo GERA em São Paulo, Doutor em ginecologia pela Faculdade de Medicina de USP).

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Você “emprestaria” a sua barriga para gerar um filho de outra pessoa? E se fosse para um parente próximo que sonha em ter um filho, mas não pode? Barriga de aluguel é uma questão bastante polêmica e que divide opiniões, tanto entre a população como entre profissionais e entidades médicas. A confusão começa pelo nome popular, “barriga de aluguel”, termo inadequado, pois no Brasil não pode haver relação comercial nesse tipo de tratamento. A doadora de útero não pode receber nenhuma remuneração por isso, então, aluguel não seria o termo correto a ser empregado e, sim, Útero de Substituição. O casal doador do material genético deve arcar apenas com as despesas médicas da grávida.

 


 

No Brasil, esse tipo de prática só é permitida em “caráter solidário”, ou seja, entre mulheres com algum vínculo afetivo e sem acordos financeiros. Assim determinam as normas dos conselhos regionais de medicina, especialmente a Resolução CFM N° 1.358/92. No entanto, desde maio deste ano uma nova resolução do Conselho Federal de Medicina, nº 2.013/13, estabeleceu novas regras para a técnica da barriga solidária. Até então, ela só era permitida entre pessoas com parentesco de até segundo grau. A justificativa para esta recomendação era exatamente coibir a comercialização. Caso não houvesse esse vínculo familiar, era preciso pedir autorização para o CFM onde o casal reside. Agora, com o novo texto, parentes de até quarto grau – tias e primas – também podem emprestar o útero para este fim.

A legislação sobre barriga de aluguel varia de país para país. O procedimento só pode ser remunerado em alguns estados americanos, como a Califórnia e a Flórida, e na Índia. Desde 2002, quando a prática foi legalizada pelas autoridades do país, as mulheres indianas vêm sendo muito procuradas por casais de estrangeiros. O motivo é o baixo preço do aluguel de sua barriga 7 000 dólares, em média. O negócio assumiu tal proporção que se fala, inclusive, em “turismo da medicina reprodutiva”. Entre as americanas, o valor da barriga de aluguel gira em torno de 25 000 dólares.

Como não há leis brasileiras sobre o tema, o que temos como elemento norteador é a resolução feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que se restringe à atividade médica, mas na lacuna de outras leis, é usada como orientação também para profissionais da justiça.

Acompanhamento psicológico é fundamental

A nova resolução sobre o uso das técnicas de reprodução assistida preenche uma lacuna da legislação brasileira, que não tem uma lei específica para a prática. A falta de leis federais revela a complexidade do tema e não é apenas no aspecto jurídico que a gravidez de substituição necessita de regulamentação.

A substituição temporária de útero é um procedimento prático simples: é realizada uma fertilização in vitro (conhecido como proveta) dos óvulos, mais os espermatozoides, e depois da fecundação, é transferida para o útero hospedeiro. No entanto, a maior preparação deve começar antes, uma extensa preparação psicológica feita para que se evitem problemas entre as duas mulheres posteriormente, no que se refere aos direitos sobre a criança. Embora não esteja amparada por lei, essa preparação é normalmente prevista no tratamento.

No caso da receptora, ela deve ser o ponto de partida para iniciar o processo e vem de alguns meses antes, com análises psicológicas até que seja aprovado o recebimento do embrião. Deve ficar claro que a gestante não tem direito sobre a criança, assim como a herança ou a custódia. O direito é total da mãe biológica. Ela terá, no entanto, direito a acompanhamento médico antes e após o parto.

A preparação é feita também com a mãe biológica, pois ela pode se sentir em segundo plano na gestação, visto que quem está recepcionando o bebê receberá mais atenção por ser a gestante. Outros medos comuns se relacionam com uma possível separação dos pais biológicos, em meio à gestação, ou então, com uma possível malformação da criança. Todos estes temas merecem um acompanhamento psicológico apropriado.

Técnicas de Reprodução Assistida. Para que ocorra a gravidez, é necessário que ocorra o encontro do óvulo com os espermatozoides de maneira natural (relação sexual) ou artificial (reprodução assistida – RA). Assim, em laboratório, pode-se processar os espermatozoides e escolher os melhores para serem introduzidos no interior do útero (inseminação intrauterina) ou deixar os espermatozoides selecionados junto com os óvulos, em laboratório, para que um deles fertilize o óvulo (fertilização in vitro). Um único espermatozoide pode ser selecionado em laboratório e introduzido no interior do óvulo (injeção intracitoplasmática de espermatozoides). Com a fertilização, ocorre a formação do pré-embrião (PE), que pode ser transferido para o interior do útero.

Técnicas de Reprodução Assistida


 

Inseminação intrauterina – IIU

A inseminação intrauterina é uma das técnicas de reprodução assistida em que o sêmen é processado no laboratório para separar o líquido seminal dos espermatozoides e os melhores espermatozoides são capacitados para realizar a fertilização. Estes espermatozoides são introduzidos pela vagina, através do colo do útero, e depositados no interior do mesmo (cavidade uterina). Desta forma, eles atingem o interior das tubas até a cavidade abdominal. Então, essa técnica estaria indicada para os casais em que ocorresse uma dificuldade nesse trajeto ou que os espermatozoides estivessem próximos da normalidade. É obvio que pelo menos uma tuba deva estar normal e que os espermatozoides sejam capazes de fertilizar os óvulos naturalmente. Assim, não são muitas as indicações da IIU numa clínica especializada, pois a maioria das pacientes tem fatores mais graves de infertilidade. Além do que, a taxa de sucesso é relativamente baixa (10 a 15% por tentativa). Os melhores resultados são obtidos com a indução da ovulação para que se produzam 2-3 óvulos. Quando se produz mais do que essa quantidade, recomenda-se o cancelamento do ciclo ou partir para fertilização in vitro para tentar minimizar os riscos de gravidez múltipla, transferindo-se apenas um a dois PE. Outras vezes, não se consegue qualquer resposta. Assim, percebe-se que para se conseguir resposta ovariana adequada não é muito fácil.

Fertilização in vitro – FIV / Injeção intracitoplasmática de espermatozoides – ICSI

Nessas técnicas, o PE é colocado no interior do útero com um cateter de transferência. A FIV foi realizada pela primeira vez com sucesso em 1978 (nascimento de Luise Brown – primeiro “bebe de proveta” do mundo), quando o médico inglês Robert Edward colocou espermatozoides junto com um óvulo em laboratório e ocorreu a formação do PE. Nesta técnica não há necessidade de tubas, mas precisa-se de boa qualidade de espermatozoides e útero. Até hoje a técnica é utilizada com modificações. Hoje, estimulam-se os ovários para produzirem mais óvulos para melhorar os resultados. Além disso, a ICSI tem sido mais utilizada, pois, com a tecnologia (micromanipulador), se consegue injetar o espermatozoide no interior do óvulo, possibilitado formação de PE mesmo quando a quantidade e/ou qualidade dos espermatozoides não é boa.

O desenvolvimento da FIV possibilitou mudança radical na reprodução humana, pois permitiu o tratamento de diversos tipos de infertilidade. Por isso, o seu autor foi agraciado com o prêmio Nobel de 2010. Hoje, consegue-se fazer a ovodoação – pacientes que não têm mais óvulos conseguem engravidar recebendo óvulos de outras pacientes. Os PE excedentes de estimulação ovariana podem ser congelados (vitrificados) para utilização própria ou para doação para terceiros. A ausência de útero ou contraindicação de gestação podem ser contornadas com a cessão temporária do útero (“barriga de aluguel”).

Mulheres jovens podem preservar a fertilidade com a vitrificação de óvulos quando jovens, para serem utilizados no futuro.

Pode-se escolher PE geneticamente normais antes da transferência (PGD-FISH, CGH). Os PE podem ser monitorados no interior da incubadora para estudar seu desenvolvimento antes da transferência embrionária (embrioscópio).

Assim, são raros os casos em que não se consegue solução para a infertilidade principalmente se aplicadas corretamente as técnicas de reprodução assistida que foram apresentadas. Mas, o profissional deve estar atento às normas e aos exageros da tecnologia para não cometer excessos.

É necessário o encontro do óvulo com o espermatozoide para que aconteça a gravidez. Os problemas que interferem no processo de ovulação estão entre os motivos da infertilidade da mulher. O ciclo menstrual é regido por uma série de hormônios, qualquer alteração neste complexo sistema pode levar ao quadro de anovulação. Dentre as principais causas hormonais ligadas à infertilidade feminina estão síndrome dos ovários policísticos, hiperprolactinemia e alteração tireoidiana.

 


Síndrome dos Ovários Policísticos

A Síndrome dos Ovários Policísticos é caracterizada por um quadro de anovulaçāo crônica e hiperandrogenismo, frequentemente acompanhado de ovários com aspectos multifoliculares. Existem múltiplos mecanismos fisiopatológicos envolvidos na SOP: o aumento da secreção do hormônio luteinizante (LH) estimula o aumento da produção de androgênios pela células da teca, maior conversão em estrogênio que leva a diminuição da secreção do FSH, ocasionando maturação incompleta dos folículos e consequentemente anovulaçāo. Há principalmente nas mulheres acima do peso, aumento da resistência a insulina e hiperinsulinêmica, que estimula os receptores dos ovários a produzirem mais androgênios, piorando o quadro da SOP. Portanto, o controle do peso é fundamental e em muitas vezes pode-se reverter a fertilidade. Clinicamente apresentam-se com quadro de menstruações irregulares e espaçadas, hirsutismo (pelos aumentados) e acne. O diagnóstico é realizado achados clínicos, dosagens hormonais, avaliação metabólica e ultrassom. O tratamento da infertilidade, além do controle de peso, tem boa resposta as medicações de indução da ovulação. Na reprodução assistida essas pacientes merecem uma atenção especial por apresentam risco aumentado para Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO).

Hiperprolactinemia

Prolactina é um hormônio produzida por uma glândula chamada hipófise, localizada no sistema nervoso central. Sua principal função é estímulo das glândulas mamárias a produzirem leite durante a amamentação. A produção aumentada desse hormônio, denominamos hiperprolactinemia. Pode ser causado por um tumor benigno da hipófise, algumas medicações, esforço físico e situações que não conseguimos esclarecer a causa, chamamos de idiopática. Pode ter como sintomas alteração menstrual, com consequente anovulaçāo, dor de cabeça, diminuição do desejo sexual, e secreção de leite pelas mamas. O diagnóstico é feito pela da dosagem da prolactina em exame de sangue. O tratamento, em boa parte das vezes, é feito com medicações orais e tem bons resultados.

Alteração tireoidiana

O distúrbio tireoidiano acomete cerca de 4 a 8,5 % da população, sendo ainda uma prevalência mais elevada nas pacientes com dificuldade de engravidar. A glândula da tireoide pode estar produzindo os hormônios (T3 e T4) em excesso (hipertireoidismo), ou faltando a produção (hipotireoidismo). Dentre os sintomas encontramos no hipertireoidismo o metabolismo acelerado, aumento da frequência cardíaca, emagrecimento e tremores. No hipotireoidismo, o metabolismo esta lentificado causando aumento de peso, sonolência, pele seca e até depressão. Devem ser sempre lembrado naquelas histórias de alterações menstruais, abortamento espontâneo e dificuldade de engravidar. O hipotireoidismo se destaca pela sua maior incidência. Podem ser diagnosticados com dosagem hormonal em exame de sangue. A pesquisa de anticorpos antitireoidianos, como anti-tireoglobulina (anti-TPO) e anti tireoperoxidade (anti-TG) também devem ser pesquisados por aumentarem os riscos de abortos e complicações obstétricas. O tratamento na maioria das vezes é feito com medicações orais e boa resposta clínica.

É fundamental a investigação hormonal na mulher que está com dificuldades em engravidar. Através do diagnóstico é possível realização do tratamento ideal ajudando na fertilidade desta paciente.

Dra. Eliana Yokota
(Membro do Grupo GERA em São Paulo, Especialização e Reprodução Humana pelo Instituto GERA).

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É um exame rotineiro na avaliação ginecológica e obstétrica, que possibilita a visualização do aparelho reprodutor da mulher: útero, ovários e tubas uterinas (trompas). Ele é usado para confirmar a normalidade destes órgãos e diagnosticar doenças ginecológicas e obstétricas como: miomas, endometriose, adenomiose, pólipos endometriais, tumores ovarianos, hidrossalpinge, gravidez nas trompas, aborto, entre outras. Também pode ser utilizado para determinar a periodicidade da ovulação na mulher. Por isso, ele é essencial na avaliação inicial das pacientes e condução dos tratamentos em reprodução assistida.

 


 

Ele será realizado em quase todas as etapas dos procedimentos envolvendo as técnicas de reprodução, que vai desde a investigação inicial da paciente, durante o tratamento: indução da ovulação, captação dos óvulos e no final para a confirmação da gravidez.

No período da estimulação ovariana, o médico utiliza o ultrassom transvaginal para o acompanhamento do crescimento dos folículos e o controle é realizado com intervalos de dois a três dias. O desenvolvimento folicular demonstra a resposta ao tratamento hormonal receitado. Este controle é importante para determinar o momento ideal da captação do óvulo, que está dentro do folículo.

Esta observação é importante; o folículo é um tipo de cápsula que abriga o óvulo durante o tempo em que amadurece. Nas imagens ultrassonográficas, não conseguimos ver o óvulo, somente o folículo.

Na fertilização in vitro, após a estimulação ovariana, chega o momento da captação dos óvulos. Esta etapa é realizada através do auxílio do ultrassom transvaginal, que mostra como estes folículo estão posicionados no ovário e guia a introdução da agulha de aspiração folicular, afim de captar os óvulos que estão dentro dos folículos.

Como ocorre o exame

O exame é simples, o médico insere uma sonda ultrassonográfica, pela vagina da mulher, protegida por um preservativo e gel lubrificante. É através deste instrumento, que o especialista obtém as imagens do aparelho reprodutor feminino.

A grande vantagem desta via de acesso é a proximidade da ponta da sonda ultrassonográfica com os órgãos da pelve feminina, proporcionando uma melhor definição das imagens captadas. Durante o exame são realizados movimentos com a sonda para mapear os órgãos da pelve. A depender da variação da posição destes órgãos ou doença associada a paciente, será necessário imprimir uma pressão maior, podendo ocasionar desconforto na paciente

O período para a realização do ultrassom transvaginal, dependerá da sua indicação. Em algumas situações, será realizado no período menstrual. Isto ocorre, porque o tratamento de reprodução assistida inicia-se nos primeiros dias do ciclo menstrual. Já na rotina ginecológica, na maior parte das vezes, a indicação é inversa. A paciente realizará o exame após o término do ciclo.

Tem relevante utilidade para controle clínico das gestações, pois a sonda não tem em nenhum momento contato com feto e não emite nenhuma irradiação nociva, sendo assim, não há possibilidade de prejudicar o mesmo. Tal exame possibilita controle do desenvolvimento do feto e por não se tratar de técnica invasiva, pode ser feito tantas vezes for necessário.

Dr. Fábio Sakae Kuteken
(Membro do Grupo GERA em São Paulo, Mestre em ginecologia pela Santa Casa de São Paulo).

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O que fazer quando não consegue engravidar e tem dor? Você deve procurar seu ginecologista de confiança ou escolher outro profissional com experiência no tratamento de mulheres inférteis, pois pode estar com endometriose, isto é, uma doença definida pela presença do endometrio fora da cavidade do útero,  nos órgãos da região pélvica, como por exemplo: trompas, ovários, bexiga e intestinos.

Mensalmente ocorre um processo preparatório para que o óvulo fecundado, se fixe no útero, o endométrio, por conta disso, fica mais espesso. Quando não acontece a gravidez, esse endométrio é expelido com a menstruação. Existem casos em que o sangue, faz o caminho inverso e se instala nos ovários ou cavidade abdominal, dando origem à lesão endometriótica.

Geralmente surge quando a mulher está na faixa etária dos 30 anos e pode ser hereditária. Esta disfunção atinge quase seis milhões de brasileiras, conforme relatório da Associação Brasileira de Endometriose. Acomete mulheres em idade reprodutiva e, não fazer o tratamento, pode causar infertilidade.

Boa parte dos ginecologistas não tratam de mulheres inférteis e, encaminham para outros que foram capacitados para esta abordagem. Assim, o ginecologista que deseja tratar de mulheres inférteis, tem que direcionar seus estudos e se capacitar. É extremamente importante uma consulta detalhada, avaliando todos os exames e com o foco na conduta adequada para cada caso. Pois, a avaliação errada pode comprometer a fertilidade de modo definitivo ou trazer outras complicações.

Cólica menstrual forte? Saiba a relação com a infertilidade.

Não é a cólica menstrual que causa a infertilidade e sim a endometriose. Ela provoca cólica menstrual em graus variáveis e, quanto mais forte a dor, maior o comprometimento dela em relação à infertilidade.

A endometriose grave distorce a cavidade pélvica causando aderências próximas do útero. As tubas podem perder sua função no processo de fertilização, em decorrência das aderências causadas pela endometriose. Por outro lado, pode não ter esta linearidade. A paciente pode ter pouca dor e ser infértil.

Endometriose e infertilidade

É inquestionável que endometriose pode causar a infertilidade e quanto mais grave for, maior a possibilidade de a mulher ser infértil. Frisando que nem sempre a mulher com endometriose é infértil, e, mesmo que a endometriose seja grave a mulher pode ser fértil.

Assim, é importante avaliar caso a caso para avaliação mais precisa. Nem toda paciente tem que ser operada da endometriose, por conta da dor ou da infertilidade. Por outro lado, o melhor tratamento da paciente com endometriose e infertilidade é a reprodução assistida ou a cirurgia.

A suspeita da endometriose se dá pelador pélvica cíclica. Os exames como ultrassonografia e ressonância magnética pélvica ajudam muito no diagnóstico e, mostram uma estimativa do quão grave a endometriose se encontra. Mas, o tratamento é feito pela videolaparoscopia (VLP), que é uma cirurgia em que se olha através do umbigo, o interior do abdômen.

Trata-se de procedimento seguro, mas como toda cirurgia, a indicação deve ser de maneira criteriosa. Mesmo aqueles pacientes com cisto ovariano de endometriose (endometrioma), não quer dizer que necessitam obrigatoriamente de cirurgia.

É sempre uma decisão difícil pelas potenciais complicações graves que podem ocorrer com a cirurgia, quando o caso é avançado, como quando tem que retirar parte do intestino. Assim, é aconselhável uma avaliação minuciosa de uma equipe multidisciplinar competente, que entende de dor pélvica, de infertilidade e endometriose.

Muitas vezes há necessidade da participação de um ginecologista, que entenda de reprodução humana ou com foco em dor pélvica, do cirurgião, especialista em intestino e, de um urologista.

É importante ressaltar alguns pontos: geralmente não precisa fazer videolaparoscopia para fazer o diagnóstico de endometriose em pacientes inférteis e, nem para retirar cisto de endometriose (endometrioma). As complicações iminentes da endometriose ou as fortes dores são as principais indicações cirúrgicas.

Foi publicada a Resolução nº 2.116/2015 reconhecendo a reprodução assistida como áreas de atuação. Ficará vinculada à ginecologia e obstetrícia. No Brasil, são realizadas cerca de 25 mil fertilizações in vitro.


 

Com essa Resolução, os médicos que atuam poderão buscar, via Associação Médica Brasileira (AMB), a sua certificação. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) também poderá credenciar programas de formação. Tanto os documentos emitidos pela AMB, como pela CNRM, habilitam o médico a buscar o registro da área de atuação junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

“Haverá um reposicionamento dos cursos de formação, que terão de ser regulamentados”.

Não significa que os médicos especializados estejam em discordância com a boa prática médica. “Quem procurou se aperfeiçoar e está atuando, deve continuar. Só precisa procurar a AMB para obter a certificação”.

Veja Mais no Portal CFM.

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07Cisto de ovário
Em nossas últimas publicações aqui no blog, temos tratado sobre o cisto de ovário. Primeiramente, foi possível entender propriamente o que é um cisto de ovário, já ficando mais fácil para conhecer seus diferentes tipos e saber como identificá-los. Em seguida, nos aprofundamos nas diferenças de um cisto de ovário para outro, apresentando os impactos que cada um tem no corpo feminino. Logo, dessa vez podemos focar em ações que podem ser tomadas e quais tratamentos são indicados para os cistos.

Lembramos que nada substitui bons diagnósticos, prognósticos e tratamentos médicos. Portanto, havendo qualquer suspeito de cisto de ovário, não hesite em procurar um médio antes de se aventurar em tomar qualquer outra atitude a respeito.


  1. O que fazer caso seja identificado um cisto de ovário? 

Para saber o que fazer caso apresente cisto de ovário, é necessário saber qual é a causa deste cisto. Alguns cistos desaparecem sem medicação. Outras vezes o tratamento pode ser simplesmente a administração de pílula anticoncepcional, que pode acarretar no desaparecimento de boa parte dos cistos benignos funcionais. Se ele não desaparece em 2 a 3 meses, deve-se pensar em realizar a videolaparoscopia para tratamento e esclarecimento diagnóstico.

Pacientes com ovários micropolicísticos são tratadas com medidas gerais (emagrecimento), anticoncepcionais, indutores da ovulação. A cirurgia, que usa a técnica de drilling (perfuração) é a exceção nesses casos.

Grupo Gera Cisto de Ovário Tratamento


  1. Quando é possível fazer tratamento clínico para eliminar o cisto de ovário?

A cirurgia pode ser evitada com conduta mais cautelosa. Se o cisto for pequeno, de até 6 cm, sem qualquer característica que lembre malignidade, pode ser feita observação por 2 ou 3 meses. Após esse período, repete-se a ultrassonografia para verificar se desapareceu. Esta conduta, no entanto, é mais eficaz em mulheres jovens. Em mulheres com 50 anos ou mais, a cirurgia já costuma ser mais recomendada, já que os riscos do cisto são maiores.

Quando o cisto é grande ou de endometriose, geralmente não desaparecerá com qualquer tratamento clínico. A indicação cirúrgica, contudo, não é urgente e só costuma ser indicada após um cuidadoso estudo da paciente.

As pacientes com ovários micropolicísticos são acompanhas clinicamente, muitas vezes fazendo tratamento com anticoncepcionais para controle dos hormônios que estão alterados, ou com medicamentos para diminuir hormônios masculinos ou para resistência insulínica (já que estas pacientes têm tendência a ter diabetes).


  1. Pacientes que tem cisto de ovário e querem engravidar podem operar?

Quase nunca se indica operação para cisto de ovário com o objetivo de aumentar a fertilidade. A indicação de cirurgia acaba vindo para preservar a saúde da mulher, não para recuperar a sua fertilidade.

Agora, caso seja necessário fazer uma cirurgia mesmo com o desejo da paciente de engravidar, o procedimento indicado é a videolaparoscopia, onde é feita a introdução de um canal óptico no interior do abdome pelo umbigo, permitindo a ampliação das imagens para mais clareza na cirurgia. Assim, retira-se o cisto e mantêm-se os ovários. Todavia, mesmo que se realize o mais cuidadosamente possível é quase invariável a perda de alguns óvulos.

A palavra inseminação é muito utilizada como sinônimo de fertilização in vitro (FIV) nos meios de comunicação. Na realidade, a inseminação artificial engloba uma série de técnicas que objetivam atingir a gravidez colocando os espermatozoides mais próximo dos óvulos: intracervical, intraperitoneal, intratubária e intrauterina.

A inseminação artificial mais utilizada é a inseminação intrauterina. Nesta técnica coloca-se os melhores espermatozoides no interior do útero (Figura 1). Enquanto que na FIV coloca-se o embrião dentro do útero (Figura 2).

A inseminação intrauterina tem melhor resultado de mulheres até 35 anos, tubas uterinas normais e sêmen de boa qualidade. A paciente toma injeções de hormônios para crescimento de folículos ovarianos (estimulação ovariana) e controle ultrassonográfico, que é essencial. Não se deve fazer a inseminação intrauterina se a paciente tiver mais que 3-4 folículos, pelo risco de gravidez múltipla. Ente 10 a 12 dias do início da menstruação é administrado um hormônio para provocar a ovulação e neste dia é processado o sêmen (escolhido os melhores) e colocados no interior do útero com uma sonda. A taxa de gravidez é de 15% e o custo é bem menor que a FIV. Medicamentos via oral ou ciclo natural tem resultados inferiores. Apesar da taxa de gravidez não ser muito alta, a inseminação intrauterina é utilizada nos casos de bom prognóstico por 3 a 6 ciclos para melhorar a possibilidade de ocorrer a gravidez (taxa cumulativa de gravidez). Após este número de tentativas, tem que ser indicada a FIV.

Na FIV faz-se a estimulação ovariana mais vigorosa para produzir mais folículos. Mas, antes da ovulação realiza-se a retirada dos óvulos num laboratório de fertilização in vitro. Este laboratório deve ser completo para contemplar todas as técnicas de reprodução assistida, com sala de procedimentos cirúrgicos, laboratório de FIV, andrologia e criopreservação. No laboratório de FIV a paciente é sedada e com auxílio de um ultrassom transvaginal introduz-se uma agulha que perfura o ovário, aspirando-se os óvulos que se encontram no interior dos folículos.

Os óvulos obtidos são colocados junto com espermatozoides dentro de uma incubadora, ocorrendo a FIV. Mas, quando há risco de falha de fertilização (espermatozoides que não conseguem entrar dentro do óvulo), procede-se a injeção intracitoplasmática de espermatozoides no óvulo (ICSI).

Três a 5 dias após a fertilização em laboratório, o embrião é colocado no interior do útero da mulher com uma sonda. Devido ao risco de gravidez múltipla tem-se colocado até 2 embriões em mulheres até 35 anos, até 3 embriões em mulheres com 36 a 39 anos e até 4 embriões em mulheres com 40 ou mais anos. A taxa de gravidez é de 20 a 40%, podendo ser maior ou menor a depender do caso.

Conclui-se, que a inseminação artificial é uma técnica bem mais simples que a FIV e utilizada em pacientes mais jovens, pois consiste na simples colocação dos melhores espermatozoides no útero da mulher. A FIV mais complexa, mas com resultados melhores que a inseminação porque coloca-se o embrião dentro do útero.

Há muito os especialistas em reprodução humana alertam os casais sobre os riscos do adiamento da maternidade. Com mais e mais mulheres, no mundo todo, dedicando-se às suas carreiras, elas e seus parceiros estão deixando a experiência da maternidade e da paternidade para muito além dos trinta e tantos anos. Segundo dados de uma pesquisa do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, as mulheres com 35 anos de idade são seis vezes mais propensas a ter problemas de fertilidade, em comparação com as que tem 25 anos de idade.

Os dados apresentados pela entidade médica dizem que os casais mais velhos, ao adiarem indefinidamente a decisão de ter filhos, estão aumentando o próprio risco de complicações médicas sérias para a mãe e para o bebê. “Com a idade de 40 anos, uma mulher é mais suscetível a um aborto espontâneo do que a dar à luz. Mulheres grávidas na casa dos quarenta anos ​​são muito mais propensas a sofrer complicações, como pré-eclâmpsia, gravidez ectópica ou abortos espontâneos, além de serem mais propensas a precisar de uma cesariana. Os bebês que nascem destas mães são mais propensos a ser prematuros, menores ou a apresentar síndrome de Down e/ou outras doenças genéticas”, afirma o ginecologista, Prof. Dr. Joji Ueno.

Com o tempo, a fertilidade dos homens também diminui, a partir dos 25 anos. Segundo informações do estudo britâncio, os homens de 40 anos levam, em média, dois anos para conseguir engravidar sua companheira, mesmo quando ela está na casa dos vinte anos.

Retardar ao máximo a gravidez

O relatório é um alerta claro sobre os perigos do adiamento da maternidade. “O documento é muito relevante porque um número crescente de casais está fazendo exatamente essa escolha, sem compreender completamente as conseqüências e os riscos desta opção de vida”, diz o Prof. Dr. Joji Ueno.

O número de mães que dá à luz, depois dos 40 anos, triplicou nos últimos 20 anos, no Reino Unido. Quase 27 mil bebês nasceram de mães com mais de 40, no ano passado, em comparação a 9336, em 1989. Segundo dados do Royal College, até 30% das mulheres com mais de 35 anos de idade demoraram mais de um ano para engravidar, comparado com apenas 5% das que estavam com 25 anos de idade.

As mães tardias são um fenômeno mundial, não apenas inglês. Um quarto das mulheres americanas está optando por engravidar com 35 anos ou mais também. Na última década, a gravidez, depois dos 35 anos, cresceu 84% nos Estados Unidos. Ela é resultado de uma mudança de comportamento que está redesenhando a família no mundo inteiro e também no Brasil. O IBGE revela que o número de mães com mais de 40 anos no Brasil cresceu 27%, entre 1991 e 2000. As que tiveram filhos, pela primeira vez, com idades entre 40 e 49 anos, fazem parte de um segmento populacional com alta escolaridade. “Em 2000, o número de mães mais velhas chegou a 9.063, ou seja, 0,79% da população brasileira. Ainda que em número absolutos este grupo de mães seja pequeno, esse fenômeno é apontado pelo IBGE como uma tendência nos centros urbanos”, afirma Joji Ueno.

Adiar até quando?

Os médicos britâncios alertam que as campanhas governamentais para reduzir a gravidez na adolescência e aumentar a adesão aos métodos contraceptivos pode ter resultado em gerações que acreditam que podem adiar indefinidamente a maternidade e a paternidade.

O membros do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists destacam também que a FIV deu às mulheres uma “falsa sensação de segurança”, apesar de grandes avanços nos últimos anos. “Tanto na Europa, quanto nos Estados Unidos e no Brasil, é preciso esclarecer que a taxa de sucesso de um tratamento para infertilidade é de 3% para mulheres acima de 44 anos de idade. E que metade das mulheres com mais de 40 anos necessita de ovodoação, pois os seus próprios óvulos não são mais apropriados à concepção”, conta Joji Ueno.

Por fim, os médicos britânicos defendem também que os riscos do adiamento da maternidade e da paternidade devem ser ensinados nas escolas, nas mesmas aulas que pregam o sexo seguro. Às mulheres devem ser dadas mais informações sobre a imprevisibilidade da gravidez tardia, bem como sobre os problemas que ela acarreta. Muitos pesquisadores sugerem que gráficos, mostrando o declínio da fertilidade, com o aumento da idade, devem ser afixados em clínicas de planejamento familiar.

Conhecer para tratar

Além da idade, vários fatores podem interferir na fertilidade de um casal. “Além dos fatores físicos, nas duas últimas décadas, vem crescendo o número de casais inférteis em decorrência da degradação do meio ambiente e dos maus hábitos da vida moderna. Portanto, diante dessa infinidade de possibilidades, só depois de avaliar os resultados dos exames do casal é que os profissionais que trabalham com Reprodução Humana Assistida poderão dizer, com certeza, o que está impedindo a tão sonhada gravidez – e, assim, indicar o melhor tratamento. Diversas técnicas de fertilização artificial – de baixa e alta complexidades – facilitam a concretização da gravidez, para saber qual a melhor alternativa terapêutica é preciso aprofundar-se e estudar”, destaca o diretor da Clínica GERA.

transplante de útero com sucesso permitiu o nascimento do primeiro bebe em 2014 de uma mulher que tinha útero com defeito grave que inviabilizava gestação. Ocorreu na Suécia (grupo do Dr. Brannstrom) em mulher de 35 anos e a doadora tinha 61 anos. Foram realizados pouco mais de dez e com resultados limitados.

Como é feito o transplante de útero?

Retira-se o útero da doadora e coloca-se na mulher na receptora. Necessita de uma equipe multidisciplinar grande para seleção da paciente, cirurgia e acompanhamento posterior.

Em quem poderá ser feito e qual a alternativa?

Em mulheres que querem vivenciar a gestação e tem útero com defeito grave (Síndrome de Rokytanski), aderência intrauterina grave (cavidade uterina não viável para gestação) ou pós histerectomia (retira de útero).  A alternativa seria o útero de substituição (“barriga de aluguel”) ou adoção.

Quais os riscos?

Os riscos da própria cirurgia e a rejeição pelo sistema imunológico, necessitando tomar imunossupressores. Mas, também poderá ocorrer: trombose, infecções, necrose progressiva do útero, abortos espontâneos. Se a complicação ocorre durante a gravidez será um evento bastante crítico e ela futuramente terá que submeter-se a histerectomia para não ter que tomar imunossupressores.

Perspectivas futuras?

Propicia novo horizonte para mulheres que sonham em dar à luz ao seu filho. Mas, ainda por muito tempo, a opção será utilizar o útero de outra mulher (útero de substituição) ou a adoção.

Dr. Joji Ueno
Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP
Diretor do Grupo GERA (São Paulo, Campo Grande) – Medicina Reprodutiva
Responsável pelo Setor de Histeroscopia do Hospital Sírio Libanês.

Quando se trata de fertilidade feminina, parece que todos – incluindo a irmã da melhor amiga da sua sogra – têm “dicas infalíveis” para compartilhar. “Mas muito do que se ouve é um disparate, sempre alerto isto às minhas pacientes. A fertilidade é um tema importante para muitas mulheres, mas antes de tudo, é um processo biológico, sobre o qual não temos controle absoluto. Num momento de vulnerabilidade, quando as coisas não acontecem exatamente do jeito que queremos, começamos a procurar explicações para os nossos problemas de saúde. É aí que os mitos começam a circular”, afirma o ginecologista Joji Ueno, diretor da Clínica GERA.

A seguir, o médico lista fatos e mitos muito comuns sobre a fertilidade feminina, que ele vem reunindo há algum tempo:

 

1º Dietas e exercícios preservam a sua fertilidade

Há uma queda natural na qualidade dos óvulos femininos decorrente da idade, independentemente desta mulher ser uma pessoa saudável. “Com a idade de 40 anos, uma mulher é mais suscetível a um aborto espontâneo do que a dar à luz. Mulheres grávidas na casa dos quarenta anos ​​são muito mais propensas a sofrer complicações, como pré-eclâmpsia, gravidez ectópica ou abortos espontâneos, além de serem mais propensas a precisar de uma cesariana. Os bebês que nascem destas mães são mais propensos a ser prematuros, menores ou a apresentar síndrome de Down e/ou outras doenças genéticas”, afirma o ginecologista, Prof. Dr. Joji Ueno. Em relação a seguir uma boa dieta, é importante saber que o peso ideal pode melhorar as chances de engravidar em qualquer idade. “As mulheres com sobrepeso ou obesas têm frequentemente mais problemas para engravidar e estão mais propensas a desenvolver complicações como diabetes gestacional e pressão alta”, diz o médico.

 

2º A pílula anticoncepcional dificulta a gravidez

O uso de anticoncepcional oral não interfere na maior ou menor fertilidade da mulher. Os estudos mostram que quando a mulher pára de tomar as pílulas anticoncepcionais, elas voltam a ovular normalmente em até três meses. Muitas conseguem regularizar o seu ciclo de ovulação antes disto. “Uma mulher pode começar a tentar engravidar, logo após parar de tomar a pílula, não existem impedimentos. Em princípio, mulheres que utilizam anticoncepcionais orais podem engravidar assim que o uso das pílulas for interrompido. Já os anticoncepcionais injetáveis de aplicação mensal ou trimestral podem ter um efeito cumulativo no organismo”, explica o ginecologista. Na verdade a pílula pode ter um efeito protetor para a saúde reprodutiva feminina. “A pílula pode ajudar a retardar ou mesmo prevenir o desenvolvimento de cistos ovarianos e de endometriose. Tanto os cistos, quanto a endometriose são condições que podem interferir na ovulação”, diz o médico. Se uma mulher apresentar problemas para engravidar, depois de parar de tomar a pílula, a dificuldade pode ser fruto de mudanças que tenham ocorrido naturalmente, ao longo do tempo, no seu ciclo menstrual.

 

3º Para engravidar rapidamente, você deve ter relações sexuais todos os dias

esperma pode se manter vivo no organismo feminino por cerca de 38-72 horas, por isto, não há necessidade real de fazer sexo todos os dias para engravidar. Transformar a relação sexual numa obrigação não é o caminho mais rápido para engravidar. Além disso, ter relações sexuais mais de uma vez, por dia, durante alguns dias, pode reduzir a contagem de espermatozóides. “Descobrir quando vai ovular é uma informação importante para as que desejam engravidar, pois pode-se aumentar a frequencia das relações sexuais cerca de dois-três dias antes e depois do dia da ovulação. Geralmente, os médicos indicam o coito programado apenas para mulheres que apresentam problemas de ovulação”, explica Joji Ueno, que também dirige o Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

 

4º O estresse é o problema mais comum entre as mulheres que têm problemas para engravidar

A infertilidade, sem dúvida, provoca estresse, mas o estresse não causa infertilidade. As pesquisas mostram que a maioria dos casos de infertilidade é resultado de problemas físicos no sistema reprodutivo da mulher ou do homem e os fatores psicológicos raramente são a causa primária da infertilidade do casal. “Já o diagnóstico de infertilidade pode causar estresse considerável e tristeza. Os pacientes frequentemente relatam altos níveis de depressão e ansiedade. Alguns estudos têm comparado o estresse provocado pela infertilidade ao estresse vivido por pacientes com câncer ou doenças cardíacas. Para avaliar os efeitos de níveis elevados de estresse, os pesquisadores estão estudando se o estresse pode tornar o corpo ‘um lugar menos hospitaleiro para uma gravidez’ e se esta suposição, de alguma forma, pode interferir no sucesso dos tratamentos de infertilidade”, informa Joji Ueno. São muitos os programas de tratamento da infertilidade que já abrangem o aconselhamento individual e do casal para ajudar homens e mulheres a lidarem melhor com o diagnóstico e com o tratamento da infertilidade, “mas não sabemos ainda, com certeza, se este tipo de ação pode afetar as taxas de sucesso do tratamento”, relata o ginecologista.

 

5º Se você tem ciclos menstruais regulares, você não terá problemas para engravidar

Menstruações regulares indicam que a mulher está ovulando normalmente, mas não garantem que estes óvulos são de boa qualidade. A incidência de problemas de saúde que comprometem a fertilidade de um casal varia de acordo com a idade. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que uma em cada 15 mulheres, com idade entre 20 e 30 anos encontra barreiras para engravidar. Nos casais em que ela está na faixa entre 30 e 40 anos, este número sobe para uma em cada oito mulheres. Depois dos 40, a proporção é de um para cada quatro casais que não consegue ter filhos sem a ajuda de tratamentos ou métodos de fertilização artificiais. Problemas ovulatórios, obstruções na trompa, doenças uterinas, infecções no colo do útero e fatores imunológicos estão entre as principais causas de infertilidade feminina. “Muitas mulheres apresentam dificuldades para ovular causadas pela Síndrome dos Ovários Policísticos ou por disfunções na tiróide ou nas glândulas supra-renais”, diz Joji Ueno, que também é Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP. As obstruções nas trompas podem ser causadas pela endometriose ou algum tipo de aderência que dificulte a mobilidade, ou seja, o transporte do óvulo até o útero que é realizado pela trompa. Em alguns casos, os problemas estão localizados no útero, causados por miomas e pólipos. “As infecções do colo do útero também impedem a gravidez porque deixam o muco vaginal hostil, não permitindo a sobrevivência e a passagem do espermatozóide”, afirma o médico. Há casos também em que a mulher não engravida porque seu sistema imunológico entende o espermatozóide como um intruso e o rejeita. Somados aos fatores biológicos, estão também o uso de drogas, álcool, remédios sem prescrição e hábitos de vida sedentários que podem causar infertilidade também.

 

6º Ter abortado afeta a sua capacidade de engravidar novamente

Um aborto afeta a fertilidade somente se a mulher teve uma complicação, durante ou após o procedimento. Uma infecção, por exemplo, pode deixar cicatrizes no útero, que poderia interferir na implantação de um novo embrião. De acordo com um estudo holandês recente, mesmo as mulheres com episódios de abortos recorrentes podem estar certas de que o tempo que levam até uma concepção subseqüente não é significativamente maior do que o de mulheres em idade fértil, sem história de aborto espontâneo. “Como os abortos recorrentes são extremamente estressantes para essas mulheres, o estudo serve como alento para as que desejam continuar tentando ter um bebê”, observa Joji Ueno.

 

7º Se você já teve um filho, conceber novamente será muito fácil

Ter engravidado naturalmente uma vez, com facilidade, não é garantia de que o mesmo acontecerá uma segunda vez. “São comuns os casos de infertilidade secundária, quando um casal não consegue engravidar ou levar uma gravidez até o final, após já terem tido um filho. Esse tipo de infertilidade é tão comum quanto a infertilidade primária, sem ocorrência de gravidez anterior”, afirma o Prof° Dr. Joji Ueno, diretor da Clínica GERA. Os mesmos fatores que causam a infertilidade primária podem causar a secundária: bloqueio de trompas, endometriose, problemas de ovulação, pouca quantidade ou falta de motilidade dos espermatozóides, varicocele, dentre muitos outros motivos. Com o passar do tempo, as condições de saúde do casal podem se alterar. “Seja qual for a causa da infertilidade secundária, ela se desenvolveu ou se agravou, após a primeira gestação. Para ter o segundo filho, o casal precisa passar pela avaliação de um especialista em fertilidade”, recomenda o médico.

A maioria das mulheres já pensou em ter filhos algum dia. A melhor fase fisiológica para tê-los seria por volta dos 20 anos, mas sabemos que não é a realidade da sociedade moderna. Para muitas mulheres o sonho acaba sendo difícil de ser atingido quando aparecem os problemas que levam à infertilidade.

A jovem está mais focada nos estudos, na profissão ou mesmo em “curtir” a vida sem filhos. Mas, imagine se é acometida por algum tipo de câncer e tenha que se submeter a uma quimioterapia que acaba com a função ovariana (não produzindo mais óvulos). Ou tenha que se submeter a uma cirurgia por cisto ovariano e perde o ovário. Ou tenha nascido com a predisposição de ter menos óvulos, fato que poderá levá-la a ter menopausa precoce.

Estes são alguns imprevistos da vida que podem acabar com a capacidade fértil da jovem. O que se pode fazer para continuar tendo a possibilidade de ter filho, mesmo postergando a maternidade?

Atualmente, isso é possível preservando a fertilidade pelas técnicas de reprodução assistida.

1 – A jovem pode ter menos óvulos que a maioria das mulheres da mesma idade

A reserva ovariana é a quantidade de óvulos que a mulher tem nos ovários que vão sendo consumidos com o passar dos anos. A mulher perde em média 1.000 óvulos por mês desde que começa a menstruar. Eles não são repostos pois ela não fabrica óvulos. A mulher nasce com uma quantidade de óvulos que vai sendo consumida ao longo da vida.

Mesmo que a mulher tenha vida saudável, não fume ou não beba, ela não evitará a diminuição da reserva ovariana. A baixa reserva ovariana significa que ela tem menos óvulos que a média das mulheres da idade dela. A queda poderá ser mais lenta ou mais rápida, variando de paciente para paciente. Se a tendência de queda for aguda, ela chegará mais rapidamente à menopausa.

É muito comum as mulheres ficarem surpresas quando descobrem que têm pouco tempo de vida fértil. Principalmente se não tiverem um companheiro para antecipar o projeto de ter filhos. Isso é relativamente comum mesmo em mulheres por volta dos 30 anos de idade. A vantagem é que, nesta idade, ainda é relativamente fácil ter filhos se começar a tentar. Mas, se tiver baixa reserva por volta dos 40 anos de idade, a situação é mais complicada porque a qualidade dos óvulos é bem pior.

2 – A quantidade de óvulos pode ser avaliada pela reserva ovariana

A reserva ovariana pode ser quantificada de diversas formas. Pode-se contar a quantidade de folículos antrais (CFA) no início da menstruação pela ultrassonografia transvaginal (USGTV). É um exame simples de ser realizado que dá uma boa ideia se a mulher tem bastante folículos, dentro dos quais encontra-se o óvulo. No início da menstruação ocorre o crescimento de vários folículos até o quinto dia do ciclo, quando termina o processo de dominância folicular.

Após esse período, um folículo passa a crescer mais que os outros, que vão para atresia (não servirão mais para procriação). Esse processo ocorre todo mês, ou seja, é inevitável o consumo dos óvulos.

Assim, com o USGTV conta-se a quantidade desde folículos pequenos, não dominantes. Temos uma boa ideia do potencial de resposta ovariana quando administramos medicamento para estimular a ovulação. Dessa forma é possível ter uma noção do tempo de vida fértil da paciente. Se tiver baixa CFA, ela terá pouco tempo de vida fértil, e se tiver alta CFA, indicará que terá muito tempo de ovulação.

Outra forma de avaliar a reserva ovariana é a dosagem no sangue do hormônio anti-mulleriano (AMH). Esse hormônio é produzido pelos folículos ovarianos. Quanto mais folículos, mais alta é a dosagem do AMH e vice-versa. O valor é expresso em um número que pode ser colocado em gráfico, ficando fácil para a paciente enxergar a avaliação da sua reserva ovariana.

Existem outras formas para tentar quantificar a reserva ovariana, mas as duas primeiras são as mais modernas utilizadas. Uma forma de fazer a estimativa seria a dosagem do hormônio folículo estimulante (FSH) e estradiol (E2) no terceiro dia do ciclo menstrual. Se o FSH estiver alto, significa que o ovário está funcionando pouco pois é ele que estimula o ovário a produzir folículos. Outras formas de tentar predizer se a paciente tem boa ou má reserva ovariana têm pouco interesse prático.

3 – Não basta ter boa quantidade de óvulo para achar que é fértil

Com o avanço da idade vai piorando a qualidade dos óvulos e consequentemente aumenta a possibilidade de gerar filhos com alteração genética. Assim, mesmo mulheres que têm bastante óvulos (boa reserva ovariana), como ocorre com as mulheres com ovários policísticos, podem ter poucos óvulos viáveis. Inquestionavelmente, mulheres por volta dos 40 anos têm muito mais óvulos ruins do que aquelas com 10 anos a menos. Por outro lado, algumas mulheres podem ter má qualidade mesmo mais jovens.

Não temos como garantir a boa qualidade dos óvulos mesmo nas jovens. Mesmo olhando os óvulos ao microscópio não é possível garantir sua qualidade. Uma maneira de avaliar melhor seria, após sua fertilização, fazer um exame genético do embrião formado. Dessa forma, seria possível uma avaliação muito mais apurada. Mesmo assim, não é 100%.

Portanto, quanto mais jovem, maiores são as possibilidades de ter óvulos de qualidade.

4 – O que fazer se a mulher tem poucos óvulos?

Como sabemos, a mulher não “fabrica” óvulos, ela vai consumindo os que ela tinha ao nascer. Dessa forma, não é possível aumentar a quantidade de óvulos ou evitar o seu consumo. Ou seja, não há como aumentar a reserva ovariana ou evitar que ela pare de diminuir. Quando não se tem mais óvulos, a alternativa para ter filhos é receber óvulos de outra mulher por algum programa de ovodoação.

Essa possibilidade nunca é aceita de imediato pelas pacientes que têm ausência ou baixa reserva ovariana já que o filho, produto de recepção de óvulos, terá a carga genética do pai e não da receptora. Porém, essa é uma solução bastante utilizada para concretizar o sonho da mulher ter um filho, mesmo com carga genética diferente.

O processo para a aceitação da recepção de óvulos é geralmente muito doloroso, por conta da dificuldade de aceitação pela receptora que não se conforma que tem boa saúde e não tem mais óvulos de qualidade para gerar o seu filho. Assim, normalmente ela tenta várias estimulações ovarianas, que geram um custo grande com medicações e honorários, além do estresse psicológico e desgaste físico pela quantidade enorme de injeções que são ministradas.

Quando ocorre a aceitação e realização da fertilização in vitro com resultado positivo, o casal geralmente fica muito feliz. Porém, não é fácil encontrar doadoras de óvulos já que elas precisam ser anônimas e respeitar diversas regras ditadas pelo Conselho Federal de Medicina (2015).

A última alternativa para a mulher que não tem mais óvulos e não aceita receber óvulos de outra mulher é a adoção.

Assim, seria importante a mulher guardar seus óvulos enquanto os tem em quantidade para utilização futura por meio da preservação da fertilidade.

5 – O declínio da fertilidade com a idade

Não muito tempo atrás, as mulheres que tinham filhos aos 28 anos eram consideradas idosas para tal feito. Estudos indicam que, aos 35 anos, a fertilidade feminina alcança a metade da chance apresentada aos 25 anos, e isso vai diminuindo gradativamente. Com 40 anos, a probabilidade de engravidar é a metade da confirmada aos 35 anos.

A partir dos 35 anos, os óvulos passam a envelhecer de forma mais ativa e isso pode interferir na formação do bebê que tem mais chances de apresentar deficiências cromossômicas. Aos 40 anos, um terço das mulheres já são inférteis. Depois dos 40 anos, as mulheres também enfrentam maiores riscos de aborto espontâneo, chegando a 57% aos 44 anos.

Com a idade, há maior risco de serem produzidos embriões com alterações cromossômicas, aumentando as taxas de abortamento e de algumas doenças cromossômicas, dentre elas a síndrome de Down. Em algumas mulheres esse processo de degradação dos óvulos inicia-se ainda mais precocemente, sendo que uma a cada 250 mulheres terão falência ovariana prematura ou menopausa precoce aos 35 anos, e uma em cada 100 mulheres, aos 40 anos.

Assim, seria importante a mulher guardar seus óvulos enquanto os tem com qualidade para utilização futura por meio da preservação da fertilidade.

6 – Aparecimento de doenças com avanço da idade que interferem na fertilidade

À medida que a mulher vai envelhecendo vão aparecendo alterações que podem comprometer a fertilidade. Doenças como diabetes gestacional, hipertensão, alterações hormonais com aumento de prolactina e disfunções na tireoide.

A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade. É uma doença que se caracteriza por implantação de tecido endometrial (camada interna do útero) em outros locais fora do útero. Ela provoca alterações anatômicas em órgãos próximos do útero. Pode levar a aderências que podem ocluir as tubas ou causar seu mau funcionamento.

Também pode causar formações de cistos no ovário (endometrioma), que podem destruir os ovários se não forem tratados adequadamente. Durante uma cirurgia por endometrioma a paciente pode perder o ovário todo ou parte dele. A tendência da endometriose é piorar com a idade podendo comprometer a fertilidade de modo definitivo.

O mioma pode compreender a concepção natural ou a levar a maus resultados da fertilização in vitro. Ele pode crescer internamente ou desenvolve-se em locais em que pode obstruir a passagem dos embriões, interferindo na fecundação.

As aderências dos órgãos pélvicos, uns com os outros, poderão interferir na fertilidade ao dificultar o encontro dos óvulos com os espermatozoides. Pode ser tão intensa que chegam a comprometer a fertilidade de forma definitiva.

Assim, seria importante a mulher guardar seus óvulos enquanto há essa possibilidade para utilização futura por meio da preservação da fertilidade.

7 – Vida saudável ajuda, mas não impede a queda da fertilidade

Vá a uma clínica de reprodução humana avaliar sua reserva ovariana.

Muitas mulheres se surpreendem quando descobrem que sua fertilidade já está baixa, mesmo tendo menos que 35 anos e uma vida saudável.

Por vezes, mesmo aquelas com mais idade acham estranho que tenham poucos óvulos para garantir sua fertilidade. Independentemente da vida saudável, há perdas constantes de óvulos ao longo da vida e algumas mulheres têm menos óvulos que outras. Além disso, as doenças ginecológicas que comprometem a fertilidade podem aparecer ao longo dos anos, mesmo com hábitos saudáveis.

Mesmo assim, é sempre bom apostar em uma dieta equilibrada, fazer atividade física regularmente, dormir bem, evitar vícios como álcool e cigarro, e manter o peso sob controle. Tais medidas contribuem para garantir a função ovariana em melhores condições, mas não evitam a diminuição da fertilidade.

Por isso, é recomendável que você vá ao seu ginecologista para fazer avaliação da reserva ovariana se você ainda pretende ter filhos algum dia, mesmo aparentemente muito saudável e mesmo jovem com menos de 35 anos. É simples e rápido fazer a avaliação da reserva ovariana, basta uma ultrassonografia e dosagens hormonais no sangue.

São muitas as dúvidas que pairam sobre os cistos de ovário. Por isso, estamos preparando uma série de perguntas e repostas para esclarecer melhor esse tema. Nessa primeira publicação, respondemos a cinco perguntas preliminares frequentes sobre cisto de ovário. Leia às respostas com atenção e comece a compreender melhor o que um cistos de ovário realmente é. 

  1. O que é um cisto de ovário?

Cisto de ovário é uma formação com conteúdo líquido de alguns milímetros até vários centímetros, como uma bexiga. Pode ser tão grande que ocupa todo o abdome. Quando pequenos e múltiplos são bilaterais e diagnosticados como ovários policísticos, tendo relação com problemas de ovulação (pacientes não ovulam). Em raras situações, podem ser malignos e, nesta condição, geralmente têm paredes irregulares ou conteúdo sólido.

  1. Quais são os tipos de cisto de ovário?

 No início do ciclo menstrual, existem várias pequenas formações císticas que crescem até 7mm. Por volta do quinto dia do início da menstruação, começa a destacar-se uma das formações císticas, que passa a crescer enquanto as outras diminuem. Este que cresce é o cisto dominante que após pouco mais de 2cm estoura, liberando o óvulo (ocorre a ovulação) e o cisto desaparece. Contudo, essa formação pode persistir, interrompendo a ovulação e podendo crescer até vários centímetros, o que resulta em problemas para a mulher.

Em pacientes com ovários policístico, os pequenos folículos param de crescer com 6-7mm, não ocorrendo a ovulação. Esta falta de ovulação acarreta impossibilidade de gravidez e aumento dos hormônios masculinos na mulher. Os ovários ficam pouco maior que os ovários normais, mesmo não apresentando nenhum cisto grande.

Existem, ainda, outras ocorrências de cistos, em geral benignos. Mesmo assim, é preciso fazer acompanhamento médico para garantia de qualidade de vida à paciente.

Grupo Gera Cistos de Ovário

  1. Quando suspeitar de cisto de ovário e como identificá-lo?

Na maioria das vezes, o cisto de ovário não provoca qualquer sintomatologia. Outras vezes, pode causar leve desconforto no baixo ventre, ou mesmo dor fraca, que pode intensificar-se se ocorrer complicações como rotura. Assim, boa parte das vezes o cisto é achado de exame de ultrassonografia de rotina ou quando a paciente sente leve dor e o ginecologista pede o exame de ultrassom ou faz o exame ginecológico.

No caso de ovários policísticos, há alterações menstruais (atrasos menstruais constantes), sendo esse um de seus principais sintomas. Para serem identificados, realiza-se a ultrassonografia, observando-se vários pequenos cistos de até 6-7mm, distribuídos nas camadas mais externas dos ovários.

  1. O que o cisto de ovário pode causar?

Além de leve desconforto ou mesmo dor ou incomodo na região ovariana, ele pode causar muita dor quando ocorre a torção. Por ser uma estrutura pediculada, a base do ovário pode torcer-se devido à movimentação do cisto durante um movimento brusco da mulher causado dor aguda e intensa. Outras vezes, pode romper.

Quando muito grande, pode levar a desconforto severo abdominal e até dificuldade respiratório ou distúrbios intestinais e urinários.

O cisto por si só não causa distúrbios menstruais ou infertilidade. Estas alterações são causadas por distúrbios hormonais nas pacientes com ovários policísticos.

  1. O que fazer caso haja suspeita de cisto no ovário?

A melhor opção é consultar-se com um ginecologista o quanto antes, para evitar maiores complicações. A partir dos exames corretos, é possível fazer o diagnóstico correto e preciso para depois haver encaminhamento ao tratamento.

Saiba mais sobre o mioma uterino uma espécie de tumor benigno que afeta as mulheres e que ainda gera muitas dúvidas.

Miomas Uterinos são tumores benignos que crescem no miométrio e necessitam de acompanhamento clínico. Podem produzir sangramentos atípicos, dores pélvicas e fluxo menstrual elevado. O tratamento medicamentoso ou cirúrgico se baseia no estudo do mioma, bem como sua localização e tamanho, além da idade e desejo futuro de gestação.

Os miomas uterinos são tumores benignos que surgem a partir do desenvolvimento do músculo liso que cresce dentro ou na periferia do útero. Acredita-se que a origem dos miomas seja por uma mutação em uma única célula, que afeta as demais células vizinhas, produzindo um crescimento desenfreado e anormal de uma massa distinta do miométrio (revestimento uterino).

Como os miomas uterinos se desenvolvem?

Os miomas se desenvolvem durante a fase reprodutiva e regressam após a menopausa. Isto se deve ao fato de que altas concentrações de estrógeno e progesterona estimulam o desenvolvimento dos miomas uterinos, enquanto que na menopausa esses níveis estão bastante reduzidos, diminuindo assim os riscos de mioma neste período.

Mas pode ser um tumor maligno?

O que mais assusta as mulheres que recebem o diagnóstico de mioma é que este possa evoluir para um tumor maligno ou ter problemas para engravidar, mas é importante deixar claro que somente 5% dos miomas causam infertilidade, além de que são raríssimos os casos de evolução maligna dos miomas.

O que causa um mioma uterino?

Não existe uma causa definida para o aparecimento de miomas uterinos, mas existe uma tendência maior entre membros da família, mulheres de raça negra, obesidade e consumo de álcool.

Existe algum sintoma?

Os miomas podem ser silenciosos, ou seja, assintomáticos e eles não atrapalham a gravidez, alguns até regridem e desaparecem após a gestação.

30 a 60% das mulheres em período fértil apresentam os seguintes sintomas:

Dependendo do local e tamanho do mioma, a bexiga pode sofrer uma pressão e causar a sensação de esvaziamento urinário incompleto, além de alterações no trato gastrointestinal, como por exemplo, ocorrência de prisão de ventre.

Ter um mioma é grave?

A gravidade do mioma varia de acordo com a sua localização, tamanho e sintomas que se manifestam.

Os miomas do tipo submucosos se localizam na porção central do útero e produzem sangramentos abundantes e risco aumentado de abortos. Já os pediculados, que ficam ligados ao útero ligados por um estreito ligamento, produzem dores pélvicas. Os intramurais são os mais comuns, aumentam o volume do útero e produzem intenso fluxo menstrual e dor pélvica.

Como diagnosticar um mioma uterino?

O diagnóstico de miomas uterinos é realizado avaliando as queixas da paciente e exames laboratoriais, como hemograma completo, ultrassonografia transvaginal e confirmação por ressonância magnética, exame de mostra melhor a localização e dimensão do mioma, capacitando o médico na escolha do tratamento adequado. Medicamentos podem ser utilizados para reduzir os sintomas e regredir o mioma, preparando a mulher para procedimentos cirúrgicos em casos de necessidade, como por exemplo: histeroscopia, laparoscopia, miomectomia ou até mesmo histerectomia. A técnica cirúrgica escolhida varia com o quadro clínico (tamanho e localização do mioma) e desejo de futura gestação.

Investigar a causa da infertilidade com exames precisos e atendimento diferenciado, na Clínica GERA você conta com profissionais prontos a lhe atender, com o máximo de descrição e profissionalismo. Solicite uma conversa.

A endometriose é uma doença que se caracteriza pela implantação de tecido semelhante ao endométrio (revestimento interno do útero) fora do útero. Ela pode se localizar em diversos locais próximos do útero ou mesmo longe dele, causando dor ou sangramentos. A endometriose está relacionada à cólica menstrual, dor pélvica em graus variados, sangue na urina ou nas fezes na época da menstruação. Qualquer sintoma ou sinal relacionado ao ciclo menstrual pode ser uma manifestação da endometriose. Pode levar a grande sofrimento doloroso e/ou a infertilidade.

Cólica e dor na menstruação podem estar relacionadas a infertilidade

A cólica menstrual está relacionada à endometriose. Antigamente, se dizia que as cólicas uterinas melhorariam com o casamento. Mas, de fato a endometriose provoca cólica menstrual que melhora quando a paciente tem um filho. Ironicamente, quem tem endometriose tem mais dificuldade para engravidar pela produção de algumas substâncias e aderências que ficam próximas do útero e tubas.

Ador na menstruação é típica, mas pode ser incaracterística nas pacientes com endometriose. As dores podem ser tão fortes que a mulher não consegue ter relação sexual de tanta dor que sente durante o ato, pode não conseguir trabalhar ou fazer outras atividades, inclusive atividades profissionais. Algumas vezes, a dor fica constante e persistente. Assim, diante de qualquer quadro álgico pélvico e infertilidade, deve-se pensar que a paciente pode ter endometriose.

Muitas vezes, é numa clínica de reprodução humana que a endometriose é descoberta.

Muitas mulheres demoram anos até que se diagnostique a endometriose, podem passar de 7 à 10 anos antes da confirmação diagnóstica. O diagnóstico é feito geralmente durante a investigação do motivo da dor no período menstrual ou quando se pesquisa a causa da infertilidade.

Quando as cólicas menstruais são fracas ou moderadas, as mulheres não investigam a causa da dor contribuindo muito para a ausência do diagnóstico de endometriose. A dor é interpretada como algo natural da mulher que menstrua e, ela somente vai procurar avaliação médica, depois de anos de evolução da doença, quando já está bastante avançada. Por vezes, quando acarreta sintomas graves com sangramento durante a evacuação ou ao urinar. A doença tem caráter progressivo variável de pessoa a pessoa, tanto em relação à dor quanto na capacidade de produzir a infertilidade.

A endometriose, mesmo em sua fase inicial (mínima e leve), podem causar infertilidade, sem comprometer a anatomia dos órgãos genitais internos. Ela pode evoluir de forma imperceptível para a paciente e, depois de algumas tentativas frustradas de engravidar de modo natural, se sente há necessidade de buscar ajuda numa clínica de reprodução humana. Então, são realizados exames que ajudam no diagnóstico. Alguns exames como de sangue, ultrassonografia e ressonância reforçam a hipótese de que a paciente tem endometriose. Mas é a cirurgia com biopsia é que fornece o diagnóstico. A indicação da cirurgia e o modo como será realizada sempre deve criteriosa.

O diagnóstico precoce da endometriose é vantajoso devido à possibilidade de tratamentos precoces que diminuem as sequelas mais graves.

A maioria das mulheres já pensou em ter filhos algum dia. A melhor fase fisiológica para tê-los seria por volta dos 20 anos, mas sabemos que não é a realidade da sociedade moderna. Para muitas mulheres o sonho acaba sendo difícil de ser atingido quando aparecem os problemas que levam à infertilidade. A jovem está mais focada nos estudos, na profissão ou mesmo em “curtir” a vida sem filhos. Mas, imagine se é acometida por algum tipo de câncer e tenha que se submeter a uma quimioterapia que acaba com a função ovariana (não produzindo mais óvulos). Ou tenha que se submeter a uma cirurgia por cisto ovariano e perde o ovário. Ou tenha nascido com a predisposição de ter menos óvulos, fato que pode levá-la a ter menopausa precoce. Estes são alguns imprevistos da vida que podem acabar com a capacidade fértil da jovem. O que se pode fazer para continuar tendo a possibilidade de ter filho, mesmo postergando a maternidade? Atualmente, isso é possível preservando a fertilidade pelas técnicas de reprodução assistida.

A jovem pode ter menos óvulos que a maioria das mulheres da mesma idade

A reserva ovariana é a quantidade de óvulos que a mulher tem nos ovários que vão sendo consumidos com o passar dos anos. A mulher perde em média 1.000 óvulos por mês desde que começa a menstruar. Eles não são repostos pois ela não fabrica óvulos. A mulher nasce com uma quantidade de óvulos que vai sendo consumida ao longo da vida.

Mesmo que a mulher tenha vida saudável, não fume ou não beba, ela não evitará a diminuição da reserva ovariana. A baixa reserva ovariana significa que ela tem menos óvulos que a média das mulheres da idade dela. A queda poderá ser mais lenta ou mais rápida, variando de paciente para paciente. Se a tendência de queda for aguda, ela chegará mais rapidamente à menopausa.

É muito comum as mulheres ficarem surpresas quando descobrem que têm pouco tempo de vida fértil. Principalmente se não tiverem um companheiro para antecipar o projeto de ter filhos. Isso é relativamente comum mesmo em mulheres por volta dos 30 anos de idade. A vantagem é que, nesta idade, ainda é relativamente fácil ter filhos se começar a tentar. Mas, se tiver baixa reserva por volta dos 40 anos de idade, a situação é mais complicada porque a qualidade dos óvulos é bem pior.

Se tiver 37 anos e planeja filho aos 44 anos, ou seja, postergar maternidade. Com congelamento de óvulos e sêmen de doador sua chance será de 51,3%, se não congelar, 21,9%. Se não aceitar doador a chance cai para 9,2% e 3,8% com e sem congelamento respectivamente. Assim, o congelamento de óvulos permite a postergação da maternidade com boa chance de sucesso, mesmo aos 37 anos. A maioria das mulheres congelam antes desta idade e tem mais chance de conseguir engravidar no futuro.

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A preservação da fertilidade é um assunto que precisa ser discutido entre o médico e o paciente que vai passar por um tratamento oncológico, isso porque os efeitos da quimioterapia e radioterapia podem causar danos aos tecidos ovariano e testicular, levando ao comprometimento da fertilidade em diferentes graus.

Mas, infelizmente isto nem sempre é feito pela urgência e gravidade do quadro clínico, outras possibilidades são a desinformação inacessibilidade da tecnologia ou custos.

Para congelar espermatozoides, basta o homem ir até um centro especializado e masturbar-se para conseguir material para congelamento. Porém, a mulher tem que ser submetida a hiperestimulação ovariana que dura por volta de 10-12 dias para produzir diversos óvulos.

Tem-se que congelar o máximo possível, mas isto poderá levar a síndrome da hiperestimulação ovariana que quando grave pode postergar o tratamento oncológico. Outras técnicas menos utilizadas são o congelamento de embriões e tecido ovariano.

Preservação da fertilidade em pacientes com câncer

Os tratamentos oncológicos podem danificar as gônadas em diferentes graus de intensidade, até o grau máximo causando impossibilidade definitiva de produção de óvulos ou espermatozoides.

Desta forma, é importante a avaliação multidisciplinar para estudar a possibilidade da criopreservação.

O câncer mais prevalente na mulher é o de mama e os tratamentos melhoram muito, permitindo a sobrevida da grande maioria.

As jovens com câncer de mama são as principais pacientes para serem encaminhadas aos centros de reprodução humana para verificar a possibilidade de congelamento de óvulos.

Se a pessoa tem desejo de ter um filho e foi acometida por um câncer deve procurar um centro de reprodução humana para verificar a possibilidade de preservar a fertilidade.

Como sabemos, a mulher não “fabrica” óvulos, ela vai consumindo os que ela tinha ao nascer. Dessa forma, não é possível aumentar a quantidade de óvulos ou evitar o seu consumo. Ou seja, não há como aumentar a reserva ovariana ou evitar que ela pare de diminuir. Quando não se tem mais óvulos, a alternativa para ter filhos é receber óvulos de outra mulher por algum programa de ovodoação. Essa possibilidade nunca é aceita de imediato pelas pacientes que têm ausência ou baixa reserva ovariana já que o filho, produto de recepção de óvulos, terá a carga genética do pai e não da receptora. Porém, essa é uma solução bastante utilizada para concretizar o sonho da mulher ter um filho, mesmo com carga genética diferente.

O processo para a aceitação da recepção de óvulos é geralmente muito doloroso, por conta da dificuldade de aceitação pela receptora que não se conforma que tem boa saúde e não tem mais óvulos de qualidade para gerar o seu filho. Assim, normalmente ela tenta várias estimulações ovarianas, que geram um custo grande com medicações e honorários, além do estresse psicológico e desgaste físico pela quantidade enorme de injeções que são ministradas. Quando ocorre a aceitação e realização da fertilização in vitro com resultado positivo, o casal geralmente fica muito feliz. Porém, não é fácil encontrar doadoras de óvulos já que elas precisam ser anônimas e respeitar diversas regras ditadas pelo Conselho Federal de Medicina (2015).

A última alternativa para a mulher que não tem mais óvulos e não aceita receber óvulos de outra mulher é a adoção.

Assim, seria importante a mulher guardar seus óvulos enquanto os tem em quantidade para utilização futura por meio da preservação da fertilidade.

A reserva ovariana pode ser quantificada de diversas formas. Pode-se contar a quantidade de folículos antrais (CFA) no início da menstruação pela ultrassonografia transvaginal (USGTV). É um exame simples de ser realizado que dá uma boa ideia se a mulher tem bastante folículos, dentro dos quais encontra-se o óvulo.

A quantidade de óvulos pode ser avaliada pela reserva ovariana

No início da menstruação ocorre o crescimento de vários folículos até o quinto dia do ciclo, quando termina o processo de dominância folicular. Após esse período, um folículo passa a crescer mais que os outros, que vão para atresia (não servirão mais para procriação). Esse processo ocorre todo mês, ou seja, é inevitável o consumo dos óvulos. Assim, com o USGTV conta-se a quantidade desde folículos pequenos, não dominantes. Temos uma boa ideia do potencial de resposta ovariana quando administramos medicamento para estimular a ovulação. Dessa forma é possível ter uma noção do tempo de vida fértil da paciente. Se tiver baixa CFA, ela terá pouco tempo de vida fértil, e se tiver alta CFA, indicará que terá muito tempo de ovulação.

Outra forma de avaliar a reserva ovariana é a dosagem no sangue do hormônio anti-mulleriano (AMH). Esse hormônio é produzido pelos folículos ovarianos. Quanto mais folículos, mais alta é a dosagem do AMH e vice-versa. O valor é expresso em um número que pode ser colocado em gráfico, ficando fácil para a paciente enxergar a avaliação da sua reserva ovariana.

Existem outras formas para tentar quantificar a reserva ovariana, mas as duas primeiras são as mais modernas utilizadas. Uma forma de fazer a estimativa seria a dosagem do hormônio folículo estimulante (FSH) e estradiol (E2) no terceiro dia do ciclo menstrual. Se o FSH estiver alto, significa que o ovário está funcionando pouco pois é ele que estimula o ovário a produzir folículos. Outras formas de tentar predizer se a paciente tem boa ou má reserva ovariana têm pouco interesse prático.

Não basta ter boa quantidade de óvulo para achar que é fértil

Com o avanço da idade vai piorando a qualidade dos óvulos e consequentemente aumenta a possibilidade de gerar filhos com alteração genética. Assim, mesmo mulheres que têm bastante óvulos (boa reserva ovariana), como ocorre com as mulheres com ovários policísticos, podem ter poucos óvulos viáveis. Inquestionavelmente, mulheres por volta dos 40 anos têm muito mais óvulos ruins do que aquelas com 10 anos a menos. Por outro lado, algumas mulheres podem ter má qualidade mesmo mais jovens.

Não temos como garantir a boa qualidade dos óvulos mesmo nas jovens. Mesmo olhando os óvulos ao microscópio não é possível garantir sua qualidade. Uma maneira de avaliar melhor seria, após sua fertilização, fazer um exame genético do embrião formado. Dessa forma, seria possível uma avaliação muito mais apurada. Mesmo assim, não é 100%.

Portanto, quanto mais jovem, maiores são as possibilidades de ter óvulos de qualidade.

O custo do congelamento varia de clínica para clínica que podem criopreservar material genético do homem ou da mulher. O honorário médico para congelamento de óvulos é menor o que de uma fertilização in vitro, pois não há a transferência e a estimulação ovariana é mais simples. Quando a paciente é oncológica e vai submeter-se a quimioterapia na sequência, é de muita responsabilidade e geralmente feita por profissional bem capacitado, pois se ocorrer hiperestímulo ovariano haverá o atraso da quimioterapia.

O honorário de laboratório deveria ser mais em conta porque não ocorrerá a fertilização in vitro, mas há o custo do congelamento e a manutenção dos óvulos congelados.

O congelamento de embriões tem custo semelhante ao de óvulos, mas a sua manutenção exige muito mais cuidado, por questões éticas e legais. Já o congelamento de tecido ovariano é experimental o que dificulta sua precificação. Assim, é importante você procurar uma clínica de sua confiança e não somente basear-se no preço

Estima-se que 20% das mulheres na fase adulta sofram com a Síndrome dos Ovários Policísticos. Conhecida como SOP, o distúrbio interfere no processo normal de ovulação da mulher. Isso considerando que ele provoca o desequilíbrio hormonal feminino.

O processo de ovulação da mulher consiste na liberação do óvulo. O óvulo é a célula reprodutora feminina, liberada mensalmente pelos ovários. Para que essa ovulação ocorra, uma série de hormônios agem no corpo da mulher. Eles são responsáveis por amadurecer o folículo ovariano, estimulá-lo quando atingir o tamanho ideal, e então liberar o gameta. O óvulo, então, fica disponível na tuba uterina, aguardando a fecundação por um ou mais espermatozoides.

Quando a mulher desenvolve SOP, o folículo atinge o tamanho adequado, mas não consegue se abrir. Logo, o óvulo não é liberado, e o folículo se torna uma bolsa de líquido. Este é o tipo mais comum do cisto, apesar de também ser frequente a ocorrência de cistos de corpo lúteo. Os segundos se formam após o óvulo ser liberado, e costumam acumular pequena quantidade de sangue em seu interior.

Ao se desenvolver, o cisto aumenta consideravelmente o tamanho do ovário. Ele pode sumir após alguns meses, ou então permanecer e ir se acumulando a outros cistos. Esta é a primeira característica da Síndrome dos Ovários Policísticos.

Para que seja considerada SOP, no entanto, a condição deve ter outras características. Como o aumento da produção de hormônios masculinos no corpo da mulher. Também é necessário que haja anovulação, ou seja, a não liberação dos óvulos.

Causas do distúrbio

As causas do problema não são bem definidas. Acredita-se que boa parte de sua ocorrência está relacionada a fatores genéticos. Afinal, é comum que mulheres com ocorrência de SOP na família também desenvolvam o distúrbio. A porcentagem é de 50% deste desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, o problema está relacionado à produção excessiva de insulina no organismo. Segundo estudos, a quantidade exagerada da substância no sangue leva à disfunção hormonal. Esta, por sua vez, provoca as alterações no sistema reprodutor.

Sintomas da SOP

 

Em muitas das ocorrências de Síndrome dos Ovários Policísticos, a mulher não apresenta nenhum sintoma. Em situações assim, seu diagnóstico só é realizado quando, após certo tempo de tentativas, ela não consegue engravidar. Essa dificuldade, aliás, é o principal sinal da doença.

Nos casos sintomáticos, no entanto, a paciente costuma apresentar irregularidade em sua menstruação. Assim como certo ganho de peso, ou dificuldade para emagrecer. Muitas vezes, sua pele também se torna oleosa, favorecendo o aparecimento da acne.

É igualmente comum que a mulher sofra com a queda de cabelo. Também pode acontecer o crescimento de pelos no rosto, abdômen e seios, devido ao aumento dos hormônios masculinos no organismo.

Ovários policísticos causam dor?

A dor não é dos sintomas mais comuns da Síndrome dos Ovários Policísticos. Ela, no entanto, pode acontecer, principalmente na forma de cólica abdominal. Esse tipo de incômodo, no entanto, não ocorre apenas durante a menstruação, como é comum. Na mulher com cistos, ele pode ocorrer em qualquer momento do mês, em diferentes intensidades.

 

Além dos cistos ovarianos, a mulher também pode sofrer dos chamados “cistos de chocolate” ou cistos endometriais. As formações aparecem nos casos de endometriose, e não tem a ver com os folículos da SOP. Essas formações endometriais podem, por sua vez, causar dor. Especialmente durante as relações sexuais, em que a penetração do pênis acaba por irritar a região.

Há situações em que o ovário com cistos sofre torção. Nesse caso, a dor é intensa e repentina, podendo ser acompanhada de vômitos e náuseas. A condição é uma emergência médica, e a mulher deve se dirigir imediatamente ao hospital.

Por vezes, os cistos podem pressionar a bexiga, e provocar dor ao urinar. Em outros casos, eles podem se romper, levando também a uma dor súbita e intensa. Isso porque, rompido, o cisto derrama seu líquido na pélvis.

Ovários policísticos engordam?

 

É comum que mulheres que convivem com a SOP apresentem obesidade ou sobrepeso. Na maior parte das vezes, elas também têm dificuldades em emagrecer.

Essas situações ocorrem devido às alterações hormonais que o ovário policístico causa. Especialmente em relação à insulina. Essencial no corpo humano, a substância é a responsável por favorecer o estoque de calorias no organismo em detrimento da sua queima. Como os distúrbios hormonais aumentam os níveis de insulina, a mulher se vê em apuros para eliminar o acúmulo de calorias.

O tratamento para o problema de peso, então, precisa ser feito com auxílio médico. De forma geral, o especialista vai indicar remédios para manutenção do equilíbrio hormonal. Outros medicamentos poderão melhorar a sensibilidade do corpo à insulina, eliminando o distúrbio citado.

Ovários policísticos e gravidez

Um dos principais receios das mulheres que têm ovários policísticos está relacionado à sua capacidade fértil. Afinal, quem possui o problema tem sua fertilidade afetada. Isso não significa, no entanto, que a mulher com SOP não possa engravidar.

Apesar de possuir ovulação irregular, é possível que, esporadicamente, a mulher consiga ter seu óvulo liberado. Com o gameta disponível, a fecundação se torna possível.

Além disso, as mulheres com SOP são tratadas de modo a induzir sua ovulação. Os ovários policísticos impedem essa etapa fundamental do ciclo fértil, e quando ela é resolvida, pode permitir a concepção natural.

Contudo, é fundamental contar com auxílio de um especialista. Se a mulher não tiver diagnóstico, provavelmente irá perceber a existência de um problema ao verificar sua dificuldade de concepção. Isso geralmente ocorre após aproximadamente 12 meses de tentativas de gravidez, tempo médio para que os casais atinjam a concepção.

Caso já possua o diagnóstico de SOP, a mulher deve avisar a seu médico o desejo de engravidar, e iniciar tratamento prévio. Tudo isso porque a Síndrome dos Ovários Policísticos pode gerar complicações na gestação. Como o parto prematuro, diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia. Logo, seu tratamento e acompanhamento são essenciais para a saúde de mãe e bebê.

Caso nenhum dos tratamentos da SOP consiga favorecer a fertilização, existe outra opção: a reprodução assistida. A técnica mais indicada é a fertilização in vitro.

Para ela, a mulher passa pela indução da ovulação e tem seu óvulo pinçado. Em seguida, os espermatozoides de seu parceiro são coletados e ligados ao óvulo, no laboratório. O embrião gerado por essa ligação, então, se desenvolve em até 5 dias, e depois é inserido no útero da mulher. Se conseguir “se agarrar” à parede do útero, o embrião dá início à gravidez.

Ovários policísticos tem cura?

 

 

A Síndrome dos Ovários Policísticos possui uma série de opções para tratamento. Nenhuma delas, porém, é capaz de curar, eliminar completamente a doença. Mesmo com o problema controlado, a mulher com SOP pode voltar a apresentar sintomas e dificuldades para concepção. Isso caso interrompa a terapia indicada pelo médico, ou se voltar à obesidade, que é um fator de risco ao desenvolvimento do distúrbio.

Por isso, é fundamental diagnosticar a doença e manter seu tratamento por toda a vida. Assim, a mulher terá maior certeza de sua saúde reprodutiva.

Ovários policísticos: tratamento

A primeira medida para a realização do tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos é a perda de peso. Como citado anteriormente, a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento ou intensificação do problema. Logo, é fundamental manter o peso ideal.

Com este objetivo, o médico pode indicar a dieta balanceada e a prática de exercícios físicos. Como também é preciso controlar a insulina para a perda de medidas, alguns medicamentos precisam ser consumidos pela mulher. É fundamental, porém, que eles tenham prescrição do especialista.

Melhor anticoncepcional para ovários policísticos

Outro método de tratamento da condição é o uso de anticoncepcionais. Além de evitar a gravidez, o medicamento é um ótimo modo de controle hormonal, favorecendo a presença dos hormônios “corretos” ao organismo feminino.

Isso porque os contraceptivos promovem a produção de hormônios androgênios, os principais causadores de problemas.

Os contraceptivos indicados devem possuir estrogênio combinado e progesterona. Os hormônios são os responsáveis por regular o período menstrual, e conseguem favorecer a liberação do óvulo mensalmente.

Além das pílulas, mais comuns, a mulher pode utilizar o anticoncepcional em forma de anel vaginal, injetável ou por adesivo. Entre os anticoncepcionais, os mais interessantes são aqueles que com ciproterona, como o Diane 35 e Selene.

O tratamento com os medicamentos ainda protege a mulher do câncer de endométrio, uma vez que regula o período menstrual. O câncer se desenvolve quando há o acúmulo do endométrio no útero. O endométrio é o tecido que reveste o interior do útero, e é preparado mensalmente para receber um embrião. Quando a gravidez não acontece, ele é eliminado pela menstruação. Se não há menstruação devido à SOP, contudo, o acúmulo do tecido favorece o desenvolvimento de células anormais, que então dão origem ao câncer.

Em alguns casos, é indicado também que a mulher utilize medicações antiandrogênicas específicas. Assim como os anticoncepcionais, os remédios vão diminuir a presença do hormônio masculino no corpo da mulher.

Apenas o médico especialista pode indicar o anticoncepcional adequado a cada mulher. Afinal, uma série de fatores pode afetar a atuação das substâncias, e deve ser avaliada antes da prescrição.

Ovários policísticos: cirurgia

 

A cirurgia não costuma ser muito indicada ao tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos. Caso o médico considere a opção, no entanto, o procedimento realizado será a videolaparoscopia. A operação consiste na realização de até dez pequenas cauterizações na superfície dos ovários. Como resultado, a mulher pode obter a melhora do equilíbrio hormonal, permitindo a maturação correta dos folículos e liberação dos óvulos.

Geralmente, a cirurgia favorece essa ovulação espontânea em cerca de 70% dos casos. As mulheres parte dos outros 30% da porcentagem podem não ter nenhum resultado com a cirurgia, permanecendo com ciclos anovulatórios.

De qualquer modo, as pacientes que obtém resultados também são beneficiadas em outros aspectos. A videolaparoscopia consegue, por exemplo, diminuir a taxa de abortamento. Diminui também  chance de gestações de gêmeos, assim como a formação de aderências.

É importante destacar, no entanto, que a operação também oferece risco. Além do risco oferecido por qualquer tipo de cirurgia, o procedimento pode acabar provocar a chamada falência ovárica prematura. Ou seja, uma menopausa prematura, em que os hormônios reprodutivos sofrem declínio.

Ovários policísticos: tratamento natural

Somado aos tratamentos indicados pelo médico especialista, a mulher pode contar com opções naturais para o tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos. Como com o consumo do chá de uxi amarelo. A planta tem ótimas propriedades anti-inflamatórias. Possui também a capacidade de promover a ovulação impedida pelos cistos

Para o consumo do chá, é preciso prepará-lo com as seguintes medidas: 1 colher (de sopa) de uxi amarelo e 500 ml de água. Colocados juntos, os ingredientes devem ser levados ao fogo. Ao ferver, o usuário precisa desligar a panela e tampa-la, deixando a mistura repousar por cerca de dez minutos. Em seguida, coe, adoce a gosto, e consuma o chá.

Já a unha de gato é uma planta nativa da Amazônia, que também tem ação anti-inflamatória e de estimulação da ovulação. Para preparação do seu chá, é necessário misturar 1 colher (de sopa) de unha de gato com 500 ml de água. Os ingredientes devem ser colocados em uma panela e fervidos. Em seguida, com o fogo desligado, deixe o chá repousar, tampado, por dez minutos. Coe, adoce e consuma.

Finalmente, é possível consumir o chá de feno-grego. A planta é conhecida por regular os níveis hormonais do corpo feminino. É também recomendada para o tratamento de diversos problemas no sistema reprodutor da mulher, além de possuir propriedades anti-inflamatórias. Para preparação do chá, misture 250 ml de água fria com 1 colher (de chá) de sementes de feno-grego. Os ingredientes devem ser misturados e colocados em repouso por pelo menos três horas. Em seguida, é necessário ferver a mistura por dez minutos, coá-la e deixá-la amornar. O consumo pode ser feito em seguida, com açúcar a gosto

Consumo dos chás

Para a potencialização dos efeitos, é indicado associar o consumo dos três chás. O chá de uxi amarelo deve ser consumido pela manhã. Já o chá de unha de gato deve ser tomado à tarde. Por fim, a preparação de feno-grego pode ser consumida a qualquer hora, em até três vezes por dia.

É fundamental, de qualquer forma, que o tratamento natural seja associado ao indicado pelo médico. Abandonar um em detrimento do outro pode ser prejudicial. Além disso, converse o especialista sobre o consumo dos chás. Conhecendo as propriedades da planta, ele poderá indicar os reais efeitos do produto ao seu caso.

 

As DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) representam 25% das causas de infertilidade, sendo 15% entre elas e 10% entre eles.

Estamos falando aqui de clamídia e gonorreia, principalmente entre as mulheres.

Já o HPV, hepatite B, herpes genital e sífilis não causam diretamente a infertilidade, mas podem prejudicá-la por causa dos efeitos colaterais do tratamento.

Com isso fique atente, pois é possível se prevenir dessas doenças com o uso de preservativos masculinos ou a camisinha feminina. O preservativo, também, é recomendado para os homens que têm esposas gravidas pelo risco de transmitir o vírus da Zika para a mulher.

E se você tem dúvida ou suspeita ter algumas dessas patologias, procure o quanto antes ajuda médica, assim é possível evitar maiores complicações.

Ela já foi chamada de doença da mulher moderna, isso porque estresse e ansiedade podem ter relação com o problema.

Em uma pessoa normal o endométrio, que é o tecido que reveste o útero é eliminado no ciclo menstrual. Porém esse tecido, que é estimulado mensalmente, pode migrar para outros órgãos e provocar uma reação inflamatória que é o diagnóstico de endometriose.

Alguns dos sintomas do problema são: cólicas menstruais severas e dor durante a relação sexual. Mas é quando a gravidez não vem que muitas mulheres descobrem a doença. Isso porque segundo a Associação Brasileira de Endometriose 10% das mulheres com endometriose não vão apresentar nenhum sintoma.

Qual a relação da Endometriose com a infertilidade?

A relação da doença com a infertilidade pode ser por acometimento das trompas, que são as responsáveis por conduzir o óvulo ao útero.

Se o tratamento for para aliviar a dor pode ser indicado o uso de medicamentos ou cirurgia. Mas se o desejo da mulher for engravidar a abordagem é diferente.

Um médico deve avaliar cada caso e os métodos de reprodução assistida, como inseminação intrauterina e fertilização in vitro têm resultados satisfatórios. Por outro lado, o ginecologista deve considerar correções simples da ovulação ou até mesmo cirurgias avançadas para eliminar o maior número possível de focos de endometriose.

Fonte: Joji Ueno, ginecologista, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, diretor e fundador da Clínica GERA (São Paulo, Campo Grande, Passo Fundo).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam de 60 a 80 milhões de casais com problemas de fertilidade.

Os motivos estão ligados ao adiamento da idade de concepção, a existência de múltiplos parceiros, a falta de proteção, aos hábitos sedentários e ao consumo excessivo de gorduras, tabaco, álcool e drogas.

O casal deve procurar ajuda após um ano de tentativas sem resultados.

Se a mulher tiver mais de 35 anos o período de espera para dar início a um tratamento é quando em até seis meses a gravidez não é confirmada.

Saber quais são os possíveis problemas relacionados à infertilidade é o primeiro passo para dar início ao tratamento. É fundamental lembrar que a ausência de gravidez pode ser tanto por alterações no organismo da mulher, quanto do homem, porém separamos somente as causas femininas e os tratamentos mais indicados.

A idade é o principal problema entre elas. Com as mudanças de gerações as mulheres estão deixando para engravidar mais tarde e isso resulta em menos óvulos disponíveis. Estamos falando aqui em mulheres com mais de 35 anos. Para aquelas que estão próximas dessa idade, mas ainda querem esperar um pouco mais para ter um bebê devem procurar congelar os seus óvulos para uma gestação no momento ideal.

Quando há deficiência na ovulação a gravidez também não vem. O motivo é variado e acontece em mulheres que passaram por tratamentos fortes como quimioterapia ou radioterapia ou naquelas que tem Síndrome dos Ovários Policísticos. Neste caso, o especialista pode usar medicamentos para promover o crescimento folicular e desencadear a ovulação.

Distúrbios hormonais também podem impedir a ovulação. Algumas vezes ele é decorrente de alterações na tireoide. Um exame de sangue poderá diagnosticar a causa e o tratamento é individual, com administração de medicamentos via oral.

A obstrução das tubas uterinas acontece quando o espermatozoide não consegue alcançar o óvulo, impedindo a fecundação. Para resolver o problema a mulher deve passar por um procedimento cirúrgico para remover esse bloqueio. Em situações que não é possível fazer essa correção à mulher pode optar pela fertilização in vitro, já que essa técnica não depende da tuba para o sucesso.

A endometriose é outro motivo. Ela acontece quando a camada que reveste o útero acaba se alojando no ovário, bexiga ou intestino, por exemplo. Depois de diagnosticada o especialista pode sugerir a administração de medicamentos ou cirurgia. Mesmo com a patologia a mulher pode engravidar por meio da inseminação intrauterino ou fertilização in vitro.

Ainda entre as causas estão o mioma. Estes tumores benignos acometem o útero e em alguns casos não apresentam sintomas. Geralmente a administração de hormônios ajuda no tratamento, mas conforme o tipo é indicado à cirurgia.

Independente de o motivo de infertilidade é fundamental um bom diagnóstico para definir a melhor forma de conseguir uma gestação saudável e tranquila.

Fonte: Joji Ueno, ginecologista, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, diretor e fundador da Clínica GERA (São Paulo e Campo Grande).

A varicocele é a dilatação das veias dos testículos o que gera um retorno de sangue ou aumento da pressão testicular.

No mundo, estima-se que aproximadamente 15% dos homens tenham o problema. Já quando o casal tem dificuldade de engravidar a doença está relacionada a 35% dos casos.

A varicocele não apresenta sintomas, mas um urologista pode identificar o problema em um exame físico ou pela ultrassonografia, porém em muitos casos é somente quando a gravidez não vem que o paciente recebe a confirmação do diagnóstico.

A explicação de que a doença causa infertilidade em alguns homens é que ela leva a um aumento na temperatura dos testículos e assim prejudica seu funcionamento. Como o sangue fica ali parado é maior o número de substâncias tóxicas e consequentemente há queda na produção, movimentação e funcionamento dos espermatozoides.

Como resolver a Varicocele?

Para resolver o problema o homem deve passar por um procedimento cirúrgico no qual faz uma ligação das veias dilatadas. O resultado é variável quanto à fertilidade. Cerca de 50% apresentam melhora do espermograma e conseguem engravidar, mas os demais podem usufruir das técnicas de reprodução assistida.

A inseminação intra-uterina e a fertilização in vitro são as opções mais indicadas. Consulte um especialista e dê continuidade ao sonho do casal de ter um filho.

Fonte: Joji Ueno, ginecologista, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, diretor e fundador da Clínica GERA (São Paulo, Campo Grande, Passo Fundo).

Uma publicação feita pela Universidade Médica de Roterdam, na Holanda, confirmou que mulheres expostas em excesso a pesticidas ou produtos químicos estão associadas a menor fertilidade ou a bebês com nascimento abaixo do peso. O estudo avaliou o relato de 8.880 mulheres.

A exposição a metais pesados, como cobre, chumbo e mercúrio também trazem prejuízos. Por serem difíceis da eliminação pelo organismo esses metais alteram a liberação do hormônio gonadotrofinas, que assim interfere na liberação dos hormônios responsáveis pela ovulação e produção de espermatozoides.

No ovário essas substâncias alteram o estradiol e a progesterona, afetando o desenvolvimento dos óvulos e alterando os cromossomos embrionários.

O importante, ao tentar engravidar, é informar o contato com esse tipo de substâncias para que o especialista faça a melhor indicação de tratamento e hábitos de vida.

Antes mesmo de um diagnóstico médico, a mulher pode notar alguns sinais de que o corpo dá de que algo está errado e por isso ela não consegue engravidar.

A infertilidade afeta cerca de 20% de todos os casais do mundo. Em 40% dos casos o motivo tem ligação com a saúde da mulher, enquanto nos demais 40% e 10% a relação é com alterações no organismo masculino ou em ambos, respectivamente.

Confira a seguir alguns indícios que o corpo dá de que é preciso procurar ajuda se o casal deseja ter um ou mais filhos.

5 sinais de que a mulher pode ter problemas de fertilidade

1 – Cólicas – Ter cólicas menstruais muito fortes pode ser um alerta de endometriose. Segundo alguns estudos, aproximadamente 25% a 50% das mulheres inférteis tem endometriose, enquanto de 30% a 50% com a doença são inférteis.

2 – Dor pélvica – Desconfortos no ‘pé da barriga’ podem ter relação com alguma alteração na cavidade abdominal, como inflamação das trompas.

3 – Peso corporal – O excesso de peso, assim como o peso abaixo do ideal podem ser consequência de distúrbios hormonais que vão dificultar o processo de ovulação.

4 – Cirurgias na região do abdômen – Certos procedimento cirúrgicos na região do abdômen ou pélvica estão ligados à formação de aderências nas trompas e consequentemente infertilidade.

5 – Vícios – O consumo excessivo de bebida alcoólica, assim como o hábito de fumar estão diretamente relacionados a casos de infertilidade tanto na mulher, quanto no homem.

Se o casal não consegue engravidar mesmo tendo relação sexual ativa em um período de um ano e a mulher apresentar algum dos indícios acima procura ajuda de um profissional para tratar o quanto antes o motivo da infertilidade.

Fonte: Joji Ueno, ginecologista, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, diretor e fundador da Clínica GERA (São Paulo e Campo Grande).

O tratamento para infertilidade masculina pode, muitas vezes, ser a solução para que casal consiga realizar o sonho de uma gravidez. No entanto, são muitas as causas existentes, assim como os tipos de terapia. Para esclarecer melhor a infertilidade masculina, listamos neste texto tudo o que você precisa saber. Acompanhe!

Infertilidade masculina

A infertilidade de um casal acontece devido a uma série de fatores. Quase metade dos casais com dificuldade para engravidar, podem apresentar problemas relacionados à saúde reprodutiva masculina, sendo que em 30% dos casos, aparece como o principal fator da dificuldade de gravidez.  

No entanto, a infertilidade masculina não significa a impossibilidade definitiva de ter filhos. Muitas das causas dessa dificuldade, podem ser tratadas como disfunções hormonais ou processos infecciosos. Além disso, as técnicas de reprodução assistida podem ajudar o homem com distúrbios, mesmo quando não se consegue tratar definitivamente o caso.

É sempre importante ressaltar a necessidade de investigação do casal, para descobrir todas as causas que dificultam a gestação.

Como acontece a gestação?

De qualquer modo, uma mulher só pode engravidar em seu período fértil. Esse intervalo corresponde, normalmente, ao tempo entre o 11º e 17º dia do seu período menstrual, isto é, do primeiro dia em que ocorreu a menstruação.

O período fértil de uma mulher equivale ao tempo que o óvulo, sua célula reprodutora, fica disponível para fecundação. O óvulo é liberado pelo ovário, após ser amadurecido. Habitualmente, a célula é liberada por volta do 14º do ciclo fértil, mas o processo pode acabar por atrasar ou se adiantar. Especialmente devido as mudanças hormonais.

Por isso, recomenda-se que o casal tenha uma maior frequência de relações sexuais neste período. O casal que pratica o coito três dias antes e, três dias depois do tempo previsto de ovulação, tem maior chance de engravidar.

A fecundação do óvulo ocorre pela célula reprodutora masculina, o espermatozoide. O gameta é inserido no corpo da mulher por meio da ejaculação masculina. Ao serem lançados no útero, os espermatozoides nadam até a tuba uterina, onde o óvulo os aguarda.

Há casos, no entanto, que mesmo com muitas tentativas, a gravidez não acontece. Para um casal saudável, o tempo mínimo de tentativas é de um ano. Isso caso a mulher tenha até 35 anos. Se após esse período a gestação não acontecer, é necessário procurar auxílio médico.

No consultório de um especialista, o casal vai passar por uma bateria de exames. Assim, poderá descobrir e tratar, problemas de infertilidade. Caso não seja possível eliminar a condição, técnicas de reprodução assistida serão indicadas. Como a inseminação artificial e a fertilização in vitro.

Caso a mulher tenha mais de 35 anos, é importante procurar um médico após seis meses de tentativas. Isso porque a idade influencia diretamente em sua fertilidade, diminuindo-a.

Causas da infertilidade

Situações de infertilidade masculina ocorrem, geralmente, devido a uma associação de fatores. Uma causa única também pode ser verificada, mas isso é menos comum. A primeira causa recorrente é a baixa produção de espermatozoides ou mesmo que sejam de qualidade ruim. Alterações testiculares são as principais culpadas por casos assim.

Entre as doenças mais comuns que atrapalham a produção do gameta está a varicocele. A varicocele consiste no surgimento de varizes nos testículos. Com ela, ao invés de ser direcionado corretamente, o sangue volta e se acumula na região. Isso aumenta a temperatura do órgão e prejudica fortemente a produção dos espermatozoides. Afinal, os testículos precisam de temperatura específica para trabalhar. Além disso, existe também um acúmulo de substâncias tóxicas que interferem diretamente na qualidade dos espermatozoides.

Também existem as doenças que impedem a saída dos espermatozoides. Como a fibrose cística, que obstrui os canais deferentes, que são os responsáveis por levar os gametas até a uretra e, de lá, para fora do corpo do homem.

Fatores genéticos são, do mesmo modo, causas comuns da infertilidade masculina. Pesquisas recentes mostram que muitos dos pacientes com azoospermia ou oligozoospermia graves, apresentam anormalidades cromossômicas. A azoospermia é a condição na qual nenhum espermatozoide está presente no sêmen ejaculado pelo homem. Já a oligozoospermia grave indica que a contagem dos espermatozoides é inferior a 2 milhões do mililitro de sêmen. A quantidade média de gametas no esperma pode, normalmente, chegar a 40 milhões.

Existem ainda a possibilidade de que alterações hormonais comprometerem a fertilidade. Os níveis hormonais no corpo masculino estão diretamente relacionados à produção de espermatozoides. O Hormônio Folículo Estimulante (FSH) é o responsável por estimular a produção dos gametas. Enquanto isso, o Hormônio Luteinizante (LH) mantém os níveis de testosterona altos, garantindo a libido e possibilidade de ereção do homem.

Outras causas da infertilidade masculina

Maus hábitos de vida também prejudicam a fertilidade. Como o tabagismo, o sedentarismo, obesidade, dieta pouco balanceada e estresse. O uso de drogas tem efeitos igualmente maléficos, assim como a prática de exercícios físicos de modo excessivo.

Da mesma forma, existem os malefícios dos medicamentos. Como os anabolizantes, que tem ação semelhante à da testosterona. Com as doses altas do hormônio, o homem tem o funcionamento de sua hipófise prejudicada. Consequentemente, a produção dos espermatozoides cai muitas vezes de forma drástica.

Outro medicamento problemático é a finasterida. Utilizada normalmente para combater a queda de cabelo, a substância diminui o número de gametas masculinos no sêmen.

Além desses fatores, há a possibilidade de processos infecciosos levarem à infertilidade. Nesses casos, eles podem agir alterando as taxas de espermatozoides, destruindo os gametas, ou ainda obstruindo os canais deferentes. As infecções geralmente são provocadas por Doenças Sexualmente Transmissíveis, como a clamídia e a tricomoníase.

Infertilidade masculina: sintomas

Os casos com homens são assintomáticos e não apresentam sintomas de sua infertilidade, em sua maioria. Como na condição de varicocele: grande parte dos pacientes afetados não percebe nenhum sinal da doença.

Deste modo, o sintoma mais comum percebido é a dificuldade de engravidar. Como já citado, é comum a demora em atingir a gestação. Por mais de 12 meses, porém, as tentativas frustradas podem indicar a infertilidade. É nesse momento que o indivíduo procura o médico. Não antes, porque ele dificilmente acredita na possibilidade de ser infértil.

Algumas causas da infertilidade masculina podem, contudo, provocar sintomas. Habitualmente, eles aparecem relacionados aos testículos, local de produção dos espermatozoides. A região tende, por exemplo, parecer mais quente. Assim como apresentar um testículo maior do que o outro. Nos casos mais intensos de varicocele, é possível perceber veias saltadas na área.

Alterações hormonais, por outro lado, podem provocar reações em outras regiões. O indivíduo afetado pelos problemas pode perceber alterações vocais, visão embaçada, irritabilidade e insônia. Também é possível que ocorra a chamada ginecomastia, que consiste no desenvolvimento da glândula mamária do homem.

Já a urina leitosa pós-ejaculação pode indicar a presença de  ejaculação retrógrada. O aspecto é esbranquiçado e espumosos. A ejaculação retrógrada indica que o esperma não saiu do corpo e que, consequentemente, os espermas não foram liberados para fecundação.

Infertilidade masculina: espermograma

Na hora de diagnosticar a infertilidade masculina, o principal exame utilizado é o espermograma. Sozinho, o teste consegue avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides. Inclusive avaliando se eles são capazes de fertilizar um óvulo.

Faz-se a coleta do sêmen do homem por meio da masturbação. Para que o teste seja mais concreto, indica-se que o indivíduo fique em abstinência sexual entre 03 e 05 dias. Isso inclui tanto o ato da masturbação, quanto a relação sexual em si.

Recolhido, o sêmen passa por dois tipos de avaliação. A macroscópica é feita à olho nu, enquanto a segunda é microscópica. Juntos, os dados das análises vão oferecer informações como o volume e a viscosidade do esperma. O pH, tempo de liquefação, presença de anticorpos e as características dos esmatozoides são igualmente mensurados.

Primeiro, o volume do sêmen, o médio normal em um indivíduo saudável fica entre 02 e 05 militros. Caso os valores não sejam estes, pode ser sinal de hipospermia, que é a diminuição do volume de esperma. Ou de hiperespermia (aumento do volume ). Ambas as condições sugerem a ausência ou número reduzido de espermatozoides.

Já o pH do sêmen pode se apresentar como ácido, neutro ou alcalino. O maior problema está na sua acidez, que pode indicar uma infecção. Ao mesmo tempo, pode ser sinal da inexistência dos canais escretores do sêmen no homem.

Quando há problemas a viscosidade do sêmen, o médico costuma solicitar a análise genética do gene CFTR. O mesmo é feito em relação ao aumento do tempo de liquefação do líquido, ou seja, por mais de trinta minutos.

Espermograma e a análise dos espermatozoides

Finalmente, os espermatozoides são os analisados. Sua concentração mínima deve ser de pelo menos 15 milhões de células por mililitro de esperma. Há indivíduos que pode chegar a apresentar 300 milhões/ml sendo que a concentração média gira em torno de 40 milhões/ml.  

Sua mobilidade saudável, por outro lado, é variável. De qualquer modo, as células fecundantes, ou seja, as que vão alcançar o óvulo, apresentam mobilidade progressiva. A medida costuma ser superior a 32% do total. Quando ocorre a astenozoospermia, há a diminuição da mobilidade dos gametas; na necrozoospermia as células morrem, e ficam completamente imóveis. Entre as causas das condições estão: infecções, obstrução dos ductos deferentes, períodos longos de abstinência ejaculatória e defeitos na formação dos espermatozoides.

Enfim, ocorre a análise da morfologia dos gametas. A morfologia relaciona-se diretamente a capacidade do espermatozoide entrar no óvulo ou seja, fecundá-lo. A morfologia mais importante é a chamada morfologia estrita de kruger e, o seu valor deve ser superior a 4% do total de espermatozoides.

Caso seja percebida a aglutinação de espermatozoides, esta é uma indicação de anticorpos antigametas no sêmen. Já a presença de leucócitos, fungos ou bactérias são sinal de infecção. A existência de espermatozoides imaturos apontam a descamação do epitélio germinal. O problema ocorre principalmente devido as infecções e diminuição do número e qualidade das células reprodutoras.

Outros exames indicados

Somado ao espermograma, outros testes costumam ser solicitados para diagnosticar a infertilidade do homem. Como o exame de fragmentação de DNA, que verifica o DNA espermática. Caso existam alterações nesse aspecto, a característica pode dificultar a gravidez e até provocar abortos.

No chamado espermograma sob magnificação, um microscópio específico aumenta a visualização do espermatozoide em até mil vezes. Por meio dessa análise, o especialista consegue verificar, por exemplo, a presença de buracos dentro do gameta. Esse tipo de alteração diminui a capacidade de fertilização do gameta.

O exame FISH, por sua vez, verifica alterações no número de cromossomos da célula reprodutora do homem. Aqui, podem ser percebidas condições como as diplóides, que consistem na duplicação de todos os cromossomos do espermatozoide. Assim como a dissomia, caracterizada pela existência de alguns cromossomos a mais que o comum.

Em contrapartida, o exames de DST  de carga viral é utilizado para pacientes com sorologias alteradas. Ou seja, aqueles afetados pela Hepatite, HIV e HTLV, por exemplo. Para análise do sêmen, o líquido branco passa por um processo de centrifugação e lavagem. O processo retira o líquido seminal contaminado, deixando apenas os espermatozoides para análise.

Este passo a passo permite verificar se os espermatozoides estão contaminados. Caso não, eles poderão servir normalmente para a fecundação do óvulo, só que por meio do processo de fertilização. Assim, a contaminação da mulher e do embrião serão evitadas.

Por fim, é comum a solicitação de exame imunológico. Ele é o responsável por investigar se o sistema imunológico do homem não está combatendo e destruindo as suas células reprodutivas.  

Ademais, o médico analisa o histórico do casal e sua periodicidade de prática sexual. A regularidade do coito é fundamental, pois aumenta as chances de que os óvulos estejam disponíveis para fecundação.

Infertilidade masculina tem cura?

Apenas algumas das causas de infertilidade do homem tem cura. Como a varicocele, que pode ser tratada por meio de um processo cirúrgico, que bloqueia as veias problemáticas e impede o bloqueio da passagem dos espermatozoides.

Outra condição que tem cura são as infecções urogenitais. Aqui, podemos incluir casos de prostatite (infecção na próstata), problemas nas vesículas seminais e infecções provocadas pela clamídia ou gonorreia. Quando instaladas, essas situações provocam a obstrução, total ou parcial, do ducto deferente. O canal é o que guia os espermatozoides para fora do corpo masculino.

Como distúrbios hormonais são fatores casuais mais “leves”, podem ser tratados. A cirurgia de vasectomia, que impede a passagem dos espermatozoides, pode também ser revertida. Isso restaura a capacidade do homem em gerar filhos.

Tratamentos do problema

Há casos, que mesmo quando não se consegue reverter de forma definitiva o problema ainda assim os espermatozoides do homem podem estar disponíveis e saudáveis para a fecundação. Nestas situações, recomenda-se a realização de técnicas de reprodução assistida. Com elas, a concepção poderá ser realizada.

A inseminação artificial é a primeira das técnicas normalmente utilizadas no tratamento para infertilidade masculina. Ela acontece por meio da inserção de uma seleção dos melhores  espermatozoides ejaculados, diretamente dentro do útero da mulher. O método diminui o caminho que precisa ser percorrido pelos espermatozoides, sendo a mais indicada para quando existem problemas mais leves de fertilidade dos gametas.

Para a realização da técnica, primeiramente a mulher realiza tratamento para indução da ovulação. Isso vai garantir que a célula reprodutora esteja disponível para fertilização. Os espermatozoides, então, são colhidos por meio da masturbação do homem. Ou então podem ser retirados diretamente do testículo, caso existam disfunções em sua liberação. Inseridos no corpo feminino, os gametas deverão nadar até o óvulo.

Já na fertilização in vitro, óvulos e espermatozoides são colhidos e levados ao laboratório. Lá, são unidos e formam um embrião, que se desenvolve por aproximadamente cinco dias. Após esse período, o embrião é inserido no corpo da mulher, de forma que possa “se agarrar” ao útero. Caso consiga realizá-lo e a gestação “vingue”, o feto passa a se desenvolver.

Com o mesmo princípio da fertilização in vitro, é possível realizar a técnica conhecida como ICSI. Ela é a mais indicada para quando existem problemas mais graves, como por exemplo, a fragmentação do DNA do espermatozoide.

Funciona, então, por meio da coleta de óvulo e gametas masculinos. Na hora da fecundação, contudo, um único espermatozoide é inserido no óvulo. A célula reprodutora masculina é escolhida no laboratório e sua inserção acontece com agulha de cristal.

Uso de medicamentos no tratamento para infertilidade masculina

O uso de remédios para a infertilidade masculina só é recomendado após a determinação da causa do problema. Para varicocele, por exemplo, que pode provocar quadros de dor, são indicados analgésicos. Infecções no aparelho reprodutor também podem ser curadas por meio de remédios, como os antibióticos.

O tratamento hormonal bem como o uso de vitaminas e antioxidantes, podem também serem utilizados em casos específicos afim de se aumentar a quantidade e a qualidade dos espermatozoides. O tempo de uso das substância gira em torna de três meses, tempo este geralmente necessário, para produção de novos espermatozoides pelo testículo do homem.

Infertilidade masculina: tratamento natural

Além dessas terapias específicas, é possível contar com a ajuda da natureza na hora de realizar tratamento para a infertilidade masculina. As alternativas naturais, no entanto, devem ser associadas aos tratamentos médicos. Sozinhas, elas dificilmente darão jeito na condição impeditiva da gravidez.

O uso do Tribulus Terrestris, por exemplo, é eficaz para a produção dos hormônios sexuais. Ele auxilia o corpo a fabricar substâncias como o LH, DHEA e a testosterona, que influenciam na libido masculina, ereção e na contagem de espermatozoides.

Outro que possui o mesmo efeito é o aspargo. Considerada afrodisíaca, a planta pode aumentar a concentração do sangue no pênis e facilitar a ereção. A marapuama, por outro lado, funciona bastante em  situações para ejaculação precoce e impotência sexual. A planta é nativa da Amazônia.

Visando aumentar a libido, o volume de espermatozoides e do sêmen, o homem ainda pode consumir a raiz de maca-peruana. A maca pode ser encontrada tanto de forma natural, quanto em cápsulas e shakes. Tem ainda o poder de melhorar a mobilidade dos gametas masculinos. A Pygeum Africanum oferece a mesma funcionalidade.

Ficou com alguma dúvida sobre o tratamento para infertilidade masculina? Encaminhe-a para a gente nos comentários!

 

Endometriose é a responsável por 40% dos casos de infertilidade. Quando a mulher não consegue engravidar começa-se a busca pela causa de infertilidade que pode ser tanto feminina, quanto masculina.

Entre elas, cerca de 40% dos motivos têm relação com a endometriose.

De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE) de 10 a 15% de todas as mulheres em idade fértil no Brasil têm a doença, ou seja, cerca de 6 milhões de brasileiras.

Quando a Endometriose aparece:

A endometriose aparece quando o endométrio, tecido que reveste o útero, não é eliminado com a menstruação.

Sendo assim, esse tecido migra para outros órgãos como ovários, bexiga e vagina, e leva ao problema.

Quando o tecido do endométrio atinge as trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, a mulher dificilmente consegue ter uma gestação.

O tratamento de endometriose pode ser feito por meio de medicamentos ou cirurgia.

Se o seu sonho sempre foi ser mãe, e isso ocorresse, você veria o seu sonho distante. Mas, a maioria das vezes os tratamentos são eficazes nesta idade, conseguindo-se a gravidez, até mesmo restaurando a fertilidade natural.

Esta é a conduta médica adequada e a que as pacientes preferem. Por outro lado, mesmo em pacientes jovens é importante avaliar a reserva ovariana.

Cerca de 10% da mulheres aos 30 anos de idade já terão falta de óvulos para engravidar.

Se a paciente tem poucos óvulos, tem que fazer tratamento com resultado mais imediato, nestes casos, a fertilização in vitro (FIV) é indicada. Se a paciente tem bastante óvulos, o tratamento pode ser mais lento com correções das causas de infertilidade e tentativa de gravidez com coito ou inseminação intrauterina.

Por vezes a paciente não quer tentar naturalmente e/ou quer engravidar o mais rapidamente possível, assim, opta-se pela FIV. Nesta modalidade de tratamento, há a vantagem de doar voluntariamente e de maneira anônima alguns óvulos a outra mulher que necessita de receber óvulos para engravidar.

A vantagem de quem doa é grande redução dos gastos com a doação compartilhada. Estas condutas citadas, são validas para as pacientes jovens, de maneira geral, até 35 anos. Mas, sempre é importante avaliar o parceiro, que pode ter a causa da infertilidade

Então, não é bom saber que é infértil aos 30 anos, mas a grande vantagem é a possibilidade de tratamentos eficazes e acessíveis. Assim, é possível conseguir realizar o sonho de ser mãe com melhor custo-benefício.

Esse é o principal exame indicado para o homem quando o casal não consegue engravidar.

O sêmen é colhido por masturbação após dois a cinco dias de abstinência sexual.

São avaliados o volume, o pH, a cor, a viscosidade e a liquefação do sêmen.

Depois é feita a contagem dos espermatozoides e avaliada a sua movimentação, por meio de microscópio.

O resultado mostra como está à fertilidade do paciente e se os espermatozoides têm condições de chegar ao óvulo nas trompas da mulher.

Com o exame ainda é possível diagnosticar outros problemas do órgão reprodutor masculino, como alterações na próstata.

A tireoide é aquela glândula em formato de borboleta, localizada no pescoço.

Ela fabrica dois hormônios, a tiroxina (T4) e a tri-iodo-tironina (T3), considerados importantes para equilibrar o metabolismo.

Quando a produção desses hormônios não vai bem, a mulher tem ciclos menstruais irregulares ou até a sua ausência, além de registros de abortos espontâneos.

Para saber se a sua tireoide está impedindo o sonho de engravidar, converse com o seu médico e avalie os níveis hormonais.

Na maioria dos casos é possível controlar a glândula da tireoide com medicamentos e prosseguir com as tentativas de gravidez.

O uso de anabolizantes, combinado com as atividades de musculação é a rotina de muitos homens que buscam ganhar massa, forma física e resistência.

Porém, algumas vezes eles esquecem ou desconhecem que o uso desse tipo de produto interfere na fertilidade, mesmo após a ingestão ser interrompida.

Isso acontece porque ao consumir testosterona sintética, presente no anabolizante, a produção natural do organismo é reduzida e assim a qualidade dos espermatozoides caem.

Os danos, em muitos casos, são irreversíveis. Por isso, cuidado e evite esses tipos de produtos.

A infertilidade secundária acontece quando o casal já tem um ou mais filhos, porém não consegue engravidar novamente.

O diagnóstico é incompreensivo para muitas famílias, afinal, eles já tiveram sucesso em outra gravidez, mas não conseguem uma nova gestação.

No Brasil, não existem dados numéricos sobre essas pessoas, entretanto, nos Estados Unidos, estima-se que um a cada sete casais tenham infertilidade secundária.

As causas da infertilidade, nesse caso, são praticamente as mesmas da infertilidade primária. O médico pode diagnosticar problemas na ovulação, alterações tubárias, no útero, endométrio ou endometriose.

Já nos homens pode haver ausência de espermatozoide no sêmen ou dificuldade no transporte do espermatozoide.

A obesidade e a idade avançada também se tornam motivos de risco nessa fase.

Mas, assim como na infertilidade primária, a secundária requer calma do casal, para lidar com as cobranças e discernimento para buscar por uma avaliação especializada para descobrir o motivo de não ocorrer a gravidez e consequentemente o tratamento mais adequado.

Entre os métodos para conseguir engravidar o casal pode optar pela fertilização in vitro, em que é colhido o óvulo da mãe e o espermatozoide do pai e após fecundação em laboratório, o embrião é transferido para o útero materno.

Ou ainda recorrerem a inseminação artificial. Neste procedimento deposita-se o sêmen diretamente no útero, por meio de um cateter, durante a ovulação, garantindo assim mais um membro para a família.

Fonte: Joji Ueno, ginecologista, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP, diretor e fundador da Clínica GERA (São Paulo, Campo Grande).

O teste de gravidez é uma das últimas fases da fertilização in vitro.

O indicado é fazer o exame entre dez a 12 dias depois da transferência do embrião.

Um teste positivo será acima de 50 UI/ml de hormônio beta-HCG.

A ultrassonografia transvaginal é feita após 15 dias do resultado positivo de gestação.

Esse exame é importante para visualizar a evolução do embrião implantado.

Quando o casal não consegue engravidar, o que deve ser feito? Veja abaixo um excelente texto produzido pelo Dr. Joji Ueno, diretor do Grupo GERA em São Paulo e Doutor em ginecologia pela Faculdade de Medicina de USP:

QUANDO PROCURAR AJUDA

Define-se infertilidade após um ano de tentativas, se sucesso. Mas, você deverá procurar ajuda mesmo antes deste tempo, se tiver mais que 35 anos, suspeita de baixa reserva ovariana (poucos óvulos restantes) ou suspeita de que haja algum fator de infertilidade, como: irregularidade menstrual, companheiro sem filhos em outros relacionamentos, antecedente de infecções pélvicas, cirurgias abdominais anteriores, endometriose.

QUEM PROCURAR

A mulher deve procurar o ginecologista que tenha formação em reprodução humana, que poderá encaminhar o homem para o andrologista (urologista com formação em infertilidade masculina). Isto é muito importante, pois se o profissional não tiver esta formação a avaliação do casal infértil ficará inadequada, levando a condutas inapropriadas, perda de tempo e custos desnecessários. Confira sua formação, mesmo após receber uma indicação, pois o ginecologista/urologista ou outros especialistas precisam adquirir conhecimentos específicos para conduzir casos de infertilidade.

COMO SERÁ A CONSULTA

O médico irá conversar com você sobre a história clínica de infertilidade do casal. Perguntará há quanto tempo estão tentando, tratamento anteriores, gestações anteriores, sobre seu padrão menstrual, se existem prováveis causas de infertilidade. Será realizado o exame ginecológico oportunamente e o homem encaminhado ao andrologista, se necessário. Serão solicitados exames conforme o quadro clínico. O homem deverá fazer pelo menos uma análise seminal (espermograma). Para a mulher já de início são solicitados mais exames. A ultrassonografia transvaginal vai mostrar a anatomia de útero e ovários, bem como possibilita a contagem de folículos antrais (avaliação da quantidade de óvulos). A histerossalpingografia avalia o formato da cavidade uterina, a permeabilidade das tubas e levantará suspeita de aderências. A histeroscopia e biopsia de endométrio, avaliarão o interior do útero e alterações microscópicas do endométrio (camada interna do útero). Os exames de sangue poderão avaliar a reserva ovariana (dosagem de hormônio anti-mulleriano), alterações hormonais, especialmente importantes em mulheres que não menstruam regularmente.

QUAIS OS DIAGNÓSTICOS QUE PODERÃO SER FEITOS

Quantidade ou qualidade anormal de espermatozoides, cuja causa deverá ser esclarecida. Fatores que impedem o encontro dos espermatozoides com óvulos causados por tubas obstruídas, aderências locais, presença de pólipos ou miomas que dificultam o trajeto dos espermatozoides. Alterações hormonais que influenciam a ovulação como ocorrem nos ovários policísticos, alterações da tireoide, aumento da prolactina. Alterações imunológicas ou genéticas que podem levar a abortamentos. É muito importante a determinação da causa da infertilidade para propor o tratamento. A infertilidade sem causa aparente vai depender do serviço onde você faz a pesquisa de infertilidade, pois dependem dos recursos diagnósticos. Desta forma, o diagnóstico genético pré-implantacional pode esclarecer causas de infertilidade até então indeterminadas.

QUAIS OS TRATAMENTOS

Os tratamentos devem ser individualizados. Nunca aceite a conduta de ir tentando engravidar sem pelo menos saber que você tem condições de engravidar naturalmente ou que você tem boa reserva ovariana, pois você poderá perder um tempo que você não tem. Nunca tome medicamento para induzir ovulação sem controle de ultrassonografia, pois o medicamente pode não provocar a ovulação ou poderá levar a gestações múltiplas indesejáveis. O tratamento poderá ser a administração de medicamentos para curar infecções, alterações hormonais, cirurgias corretivas. Estas devem ser realizadas por profissionais capacitados, pois as cirurgias para restauração da fertilidade são muito especializadas e a cirurgia pode comprometer a fertilidade. Assim, procura-se evitar o máximo possível a cirurgia em ovários que podem diminuir a reserva ovariana como as cirurgias para retirada de endometriomas (cisto de endometriose no ovário). Mas, os tratamentos mais realizados são os da reprodução assistida, que podem ser a determinação do momento ideal da relação sexual (coito programado), colocação dos melhores espermatozoides no interior do útero e a fertilização in vitro com colocação do pré-embrião dentro do útero. Esta é a mais utilizada pelos excelentes resultados, mas tem que ter indicação precisa, pois além do custo financeiro há um desgaste emocional e administra-se muitos hormônios.

RESULTADOS ESPERADOS

Um filho saudável independentemente do sexo deve ser o almejado e é geralmente conseguido com a conduta adequada. A gravidez múltipla é uma complicação indesejada, pois aumenta o risco de prematuridade, assim a estimulação ovariana deve ser cuidadosa para evitar a gravidez com 3 ou mais conceptos. Até mesmo a gemelaridade pode levar a prematuridade. O diagnóstico genético pré-implantacional (PGD) é permitido para diagnosticar alterações genéticas nos pré-embriões, mas não aumenta a taxa de gravidez se utilizado como rastreamento e não é permitido no Brasil para a seleção de sexo.

 

Responsável pelo Texto:
Dr Joji Ueno

(Coordenador do Grupo GERA em São Paulo, Doutor em ginecologia pela Faculdade de Medicina de USP)
Em caso de dúvidas, consulte o seu ginecologista ou entre em contato conosco no 11 3266.7974 ou 3266.7975 e contato@grupogera.com

Falar em exames pré-nupciais pode soar estranho para muitos, pois o casamento não é mais programado como antes. Atualmente, quando os casais optam pelo casamento, grande parte já tem uma vida sexual ativa e já mora junto. Mesmo assim, o “check-up nupcial” deve ser item obrigatório na lista de providências pré-matrimoniais. “Os exames pré-nupciais são preventivos e têm como objetivo verificar as condições de saúde e de fertilidade do casal. São essenciais para os que desejam ter filhos. São o marco zero do planejamento familiar”, afirma Joji Ueno.

Considerando que, no mundo inteiro, 20% dos casais têm problemas de fertilidade, é possível dimensionar a importância dos exames pré-nupciais. Até alguns anos atrás, estes exames se resumiam a uma visita ao ginecologista/urologista e à realização de testes laboratoriais simples – sangue, urina e espermograma.

Hoje, com o desenvolvimento tecnológico, os exames se sofisticaram, possibilitando a detecção e o tratamento precoce de doenças. “O mais recomendável é marcar uma consulta num período de seis a três meses antes do casamento, com um ginecologista e um urologista de inteira confiança dos noivos”, aconselha Ueno.

Antes da realização dos exames propriamente, é feita uma anamnese, uma avaliação do passado médico do casal. “A finalidade básica dos exames pré-nupciais é avaliar o histórico do casal quanto a doenças anteriores e suas possíveis seqüelas que não somente dificultem a gravidez, como também possam indicar a possibilidade de fetos mal-formados”, explica o médico.

Ainda durante a consulta são avaliados os medicamentos e as vacinas que o casal já tomou, bem como o mapeamento de vícios que sejam prejudiciais à saúde. Além disso, é preciso verificar anomalias genéticas nas famílias, episódios de aborto ou gravidez anterior.

Outro fator importante a ser considerado é a faixa etária do casal, pois quanto mais avançada for a idade dos pais, maiores são as chances do bebê vir a apresentar alguma anomalia.

Relação de exames pré-nupciais:

– Espermograma: determina as condições de fertilidade do homem e permite o tratamento de infecções assintomáticas que diminuem o número de espermatozóides. Com orientação e tratamento, muitos desses problemas são reversíveis;

– Cariótipo: exame que avalia a existência ou não de alterações cromossômicas, podendo causar problemas reprodutivos como infertilidade, abortamentos de repetição e prole malformada. Caso se diagnostiquem alterações cromossômicas é possível determinar riscos específicos.

– Sorologia para rubéola: determina a imunidade para a rubéola e a necessidade da vacinação, que protegerá o feto. Em caso de vacinação deve-se evitar a gravidez por pelo menos três meses;

– Toxoplasmose: identifica infecções provocadas pelo protozoário toxoplasma gondii, permitindo o tratamento para evitar a transmissão vertical, isto é, da gestante para o feto. A transmissão para o feto no primeiro trimestre da gravidez pode provocar óbito fetal, abortamento ou deixar seqüelas, como a cegueira.

– VDRL: detecta a sífilis, possibilitando o tratamento;

– Hemograma completo: avalia anemias e alterações de glóbulos brancos e plaquetas;

– Clamídia – (chlamydia trachomatis): identifica a doença sexualmente transmissível e de grande prevalência que pode provocar infecções oculares, urogenitais e infertilidade;

– Sorologia para a hepatite: detecta a infecção pelos vírus B e C, permitindo encaminhamento ao especialista no caso de infecção e indicando vacina do tipo B nos casos de sorologia negativa;

– HIV: exame que detecta a infecção pelo vírus HIV, de importância fundamental para o início de um tratamento adequado e aconselhamento para casos de gestação;

– Urina: detecta eventuais infecções assintomáticas e doenças renais;

– Exame parasitológico de fezes: permite diagnóstico e tratamento de parasitoses assintomáticas que podem trazer conseqüências indesejáveis no futuro.

A realização dos exames pré-nupciais também é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde, OMS, que em 2005, durante a realização de sua 58ª Assembléia Mundial, instigou os governos de todo o mundo a incentivar a realização destes exames como uma das formas de prevenir deficiências. “Mesmo depois do casamento, é aconselhável continuar de olho na saúde do casal, principalmente se acontecer uma gravidez, pois à exceção da tipagem sangüínea, todos os outros exames devem ser refeitos durante o pré-natal, principalmente os de toxoplasmose, hepatites, HIV e citomegalovírus”, afirma Joji Ueno.

Facilidade para engordar e dificuldade para emagrecer, pele oleosa, acne, queda de cabelo. A quem você pediria socorro nesse caso? Poucas mulheres consideram marcar uma consulta no ginecologista quando esses problemas surgem sem explicação e persistem, mas deveriam. Afinal, todos são sintomas da síndrome do ovário policístico (SOP, como é conhecida no meio médico), que tem nome complicado, porém é mais comum do que a gente imagina e chega a afetar 10% da população feminina entre 20 e 40 anos.

Não se trata de uma doença. Como em toda síndrome, o diagnóstico da SOP se dá pela manifestação de alguns sintomas. Além daqueles estéticos – ou antiestéticos – já citados, aumento de pelos em lugares inusitados do corpo (como rosto, seios e barriga), ciclos menstruais irregulares e ausência de ovulação são outros sinais de que você pode ser mais uma vítima desse transtorno.

síndrome do ovário policístico é um daqueles males que só a genética explica: não depende necessariamente do estilo de vida da paciente para dar as caras nem se conhece exatamente suas causas. O que se sabe é que ela atinge um número significativo de mulheres em idade reprodutiva. “Sabemos que entre 20% e 30% delas têm ovário policístico, mas de 5% a 10% manifestam a síndrome”, revela o ginecologista Joji Ueno, de São Paulo. “As outras podem menstruar normalmente, ter filhos, jamais apresentar qualquer sintoma e, mesmo assim, em um exame de ultrassom, constatar que possuem ovário policístico. Nesses casos, é apenas uma característica da mulher, que não precisa passar por tratamento.”

A cara do problema
O exame de imagem e o de toque durante a consulta com o ginecologista são os mais adequados para detectar o ovário policístico, que tem praticamente o dobro do volume do órgão saudável (que mede de 3 a 9 centímetro cúbicos, mais ou menos o tamanho de uma azeitona). Esse aumento ocorre quando o processo de desenvolvimento dos folículos ovarianos não se completa e vários pequenos cistos se formam. Eles, então, vão se acumulando na superfície do ovário. “Com isso, o órgão acaba aumentando de volume e ganhando um tipo de capa esbranquiçada”, descreve o ginecologista especializado em reprodução humana Isaac Yadid, da Clínica Huntington, no Rio de Janeiro.

Ah, os hormônios!
Como em boa parte dos problemas de saúde femininos, os hormônios têm papel determinante nessa história. “Uma alteração na função da glândula hipófise leva ao aumento da produção de andrógenos (hormônios masculinos, como a testosterona) e à resistência do organismo à insulina”, explica a ginecologista Rosa Maria Neme, de São Paulo. É o excesso de hormônios masculinos que responde pelo aumento de pelos, da oleosidade da pele e do aparecimento de espinhas. Mas o prejuízo vai além da beleza. “A testosterona interfere no processo de ovulação, por isso é que boa parte das mulheres portadoras da síndrome tem dificuldade para engravidar”, esclarece Joji Ueno. Sem falar que, quando conseguem, têm maior risco de aborto e tendência a complicações como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia (quadro de hipertensão induzida pela gravidez que pode provocar também grande retenção de líquidos).

O dilema do peso
Já o excesso de insulina no sangue (sempre que existe a resistência a um hormônio, o organismo passa a produzir mais dele) favorece o estoque de calorias e atrapalha a queima, como observa a endocrinologista Ellen Simone Paiva, de São Paulo. “Isso explica por que a maioria das pacientes tem sobrepeso e dificuldade para se manter magras.” Mas a gordura típica de quem possui o distúrbio é mais do que uma consequência estética negativa. Significa também um fator de risco para que a síndrome se instale. “A obesidade pode levar a irregularidades no ciclo menstrual e na ovulação e ao surgimento de acne e pelos”, fala Ellen.

S.O.S. saúde
Além dos prejuízos à beleza, o desequilíbrio hormonal pode trazer outros perigos. “A síndrome do ovário policístico aumenta o risco de a mulher desenvolver diabetes, que, se não tratada, pode levar a pressão alta, queda do colesterol bom e alteração nas gorduras do sangue”, avisa Joji Ueno. Tem mais: a grande quantidade de hormônio feminino circulando no corpo por um tempo prolongado pode aumentar o risco de câncer de endométrio.

O TRATAMENTO MAIS ADEQUADO

Livre-se dela
O tratamento mais adequado para a SOP depende dos sintomas apresentados e do objetivo da paciente. Para uma jovem preocupada com a beleza, por exemplo, o mais comum é corrigir o desequilíbrio hormonal por meio de pílula anticoncepcional – mas sempre com a prescrição do médico. Se a mulher está tendo dificuldade para engravidar, o caminho é estimular a ovulação. “Em todos os casos, é necessário tratar antes o sobrepeso, se ele existir, pois isso vai influenciar o ciclo menstrual, regular os hormônios e a ovulação”, diz Ellen Simone Paiva.

Não confunda com cisto no ovário
O cisto é uma espécie de tumor cheio de líquido que se armazena quando o folículo ovariano (onde os óvulos se desenvolvem) não atinge o estágio em que arrebenta e expele o óvulo (a ovulação). Apesar de gerar preocupação, ele quase sempre é benigno e não precisa ser extraído.

Mexa-se contra a síndrome
Hoje já se sabe que a ginástica e a eletroacupuntura (técnica que envia estímulo elétrico às agulhas posicionadas em pontos do corpo) têm papel importante para vencer o ovário policístico. Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, comprovaram que elas reduzem a atividade do sistema nervoso simpático, que fica descompensado em quem sofre do problema, regulando os níveis de testosterona no corpo e os ciclos menstruais.

FONTE: REVISTA CORPO A CORPO

O espermograma tem como objetivo analisar a qualidade dos espermatozoides e a saúde de todo o sistema reprodutivo masculino. Esse teste é indolor, não invasivo e não oferece risco à saúde. Para sua realização, o próprio homem efetua a coleta de sêmen por masturbação.

O teste pode ser solicitado por um urologista, endocrinologista ou pelo especialista em reprodução humana, especialmente durante a investigação da infertilidade de um casal, indicada após um ano de tentativas de concepção natural. Este é o tempo médio no qual a gestação é atingida, considerando que o período fértil da mulher representa apenas 20% do mês.

Após este período, a dificuldade de engravidar pode indicar um problema de infertilidade. Segundo estatísticas, 30% dos casos são originados por fatores femininos e 30% por fatores masculinos, em outros 30% os impedimentos estão presentes em ambos indivíduos e 10% dos casos de infertilidade ocorrem por causas indeterminadas.

Dessa forma, é importante que tanto o homem quanto a mulher realizem exames para diagnóstico da infertilidade. Assim que descoberto, o problema poderá ser tratado para tornar possível a concepção natural ou a técnica de reprodução assistida

Espermograma: para que serve?

O espermograma é um exame para avaliação da fertilidade masculina. Além da indicação para análise da infertilidade de um casal, o exame pode ser solicitado para outras situações, como avaliação pós-vasectomia e avaliação de infecções subclínicas do trato genital

A análise após a cirurgia de vasectomia visa verificar a ausência de espermatozoides no sêmen dos gametas no sêmen. Apenas com a confirmação de sua inexistência é seguro praticar relações sexuais sem o risco de concepção.

Para avaliação das causas da infertilidade masculina, o exame permite a análise de uma série de fatores, como a existência de problemas para a produção do espermatozoide. A qualidade do gameta pode ser igualmente averiguada, indicando ou não sua capacidade de fecundação de um óvulo.

Espermograma: preparação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve o protocolo que deve ser seguido na realização do espermograma. O cuidado com suas indicações garante a quantidade necessária de material a ser coletado, além de aumentar a confiabilidade no resultado obtido.

A OMS indica que o homem mantenha abstinência sexual por, pelo menos, cinco dias antes da realização do exame, incluindo a masturbação. Durante o procedimento, antes da coleta do sêmen, o homem precisar realizar a higiene das mãos e do pênis e secar toda a região com uso de gaze, evitando que qualquer resíduo interfira no resultado do exame. Por este motivo, não deve ser utilizado nenhum tipo de lubrificante para a masturbação, incluindo a saliva.

Não é necessário realizar jejum para um espermograma comum. Porém, caso o médico solicite o exame também da dosagem de frutose, o jejum é indispensável.

Espermograma: como é feito?

 

 

O material é sempre colhido num frasco esterilizado, fornecido também pelo laboratório. Para o conforto do paciente, as clínicas devem disponibilizar salas exclusivas para a masturbação, devidamente isoladas da circulação comum. Assim que a coleta terminar, é importante fechar o recipiente imediatamente. Isso evita que ocorra a alcalinização da amostra.

Em seguida, o material colhido precisa ser entregue ao responsável da clínica. Ele será rapidamente levado ao laboratório, para análise.

O que o espermograma analisa?

A análise do espermograma em laboratório resulta nas seguintes informações: o volume de sêmen; o número de espermatozoides presente no líquido seminal; a capacidade do sêmen de se tornar líquido, a velocidade, tamanho, formato e capacidade de movimento dos espermatozoides, entre outras. A investigação da amostra é feita em duas etapas, detalhadas a seguir:

Análise macroscópica

Na análise macroscópica, o especialista do laboratório mede a quantidade do líquido, em mililitros, para avaliar o volume de sêmen. O pH, que representa a acidez da amostra, também é verificado.

Ao mesmo tempo, essa primeira análise permite perceber a cor e aspecto do sêmen. Neste caso, é feita a avaliação da tonalidade, consistência e opalescência.

Ainda é realizada a análise da viscosidade da amostra e a verificação de seu tempo de liquefação, ou seja, o prazo que o sêmen leva para sair de seu estado coagulado e chegar ao líquido.

Análise microscópica

Já na análise microscópica, o especialista do laboratório investiga informações mas relacionadas aos espermatozoides. Inicialmente é medida a concentração de gametas por 1 mililitro de líquido assim como a quantidade total de espermatozoides na amostra.

Em seguida, é feito o check-up da morfologia dos espermatozoides, para avaliar seu formato e características físicas. Neste caso, o especialista verifica se existem anormalidades, como quebra ou multiplicidade da cauda (flagelo); deformações na peça intermediária, onde está localizado o motor propulsor dos espermatozoides; e alterações de formato da cabeça, que podem indicar alterações no acrossoma, a estrutura responsável por perfurar a parede do óvulo e fecundá-lo.

O espermograma ainda verifica a concentração de leucócitos e de células redondas por amostra. Os leucócitos são algumas das células de defesa no organismo e sua presença no sêmen pode indicar alguma infecção nos testículos e trato reprodutor. As células redondas, por sua vez, são aquelas que não se especializaram durante a espermatogênese (processo de produção dos espermatozoides) e ainda estão imaturas, não tendo a capacidade de fertilizar o óvulo.

Dessa forma, o espermatozoide precisa possuir uma boa motilidade, que diz respeito a sua capacidade de movimento. Por este motivo, este outro fator essencial a ser avaliado durante o espermograma.

O exame analisa a motilidade progressiva do gameta, verificando quantos espermatozoides conseguem nadar numa direção linear. Também é analisada a motilidade não progressiva, contando o número de células que se movem sem um deslocamento linear direcionado, movimentando somente sua cabeça ou calda ou até mesmo nadando em círculos. Por último, é feita a contagem dos espermatozoides imóveis, que podem estar vivos ou mortos.

Por esse motivo, em casos em que cerca de 40% de espermatozoides estão imóveis na amostra, é realizado o teste de vitalidade. Essa pesquisa verifica a porcentagem de gametas vivos no sêmen coletado.

Espermograma: resultado

 

 

Para realizar a análise do sêmen do paciente, o laboratório responsável considera uma série de informações-base para comparação. Caso existam alterações na amostra, esses parâmetros são os utilizados para definir a presença de problemas.

Análise macroscópica

O volume da amostra coletada, em mililitros, deve ser igual ou superior a 1,5mL. No caso do pH do líquido seminal, a medida normal varia de 7 a 8,2.

A cor do sêmen, por sua vez, deve ser esbranquiçada ou levemente acinzentada, com aspecto opalescente, ou seja, não transparente. Após sete dias, o líquido pode ser tornar amarelado. Caso esta mudança ocorra antes, pode ser indicação de infecção.

A liquefação do sêmen, ou seja, sua transformação em líquido, é um processo natural, que ocorre habitualmente entre 5 e 20 minutos após a ejaculação. Como o processo de coleta para análise coloca o sêmen num espaço diferente, esse tempo pode ser um pouco maior, chegando até, no máximo, 60 minutos. A liquefação acontece devido a ação de enzimas produzidas na próstata, que eliminam as proteínas que agregam os espermatozoides. Caso o processo não ocorra, ou demore muito, pode ser sinal de problemas no órgão masculino.

Para medir a viscosidade do líquido, o laboratório considera a medida de 2,0 cm de altura como normal. O exame é feito por meio do uso de um bastão de testes. Uma viscosidade aumentada apresenta valor maior que esse; a diminuída, menor; e a viscosidade nula nem mesmo adere ao bastão.

Análise microscópica

O valor normal da concentração de gametas por mililitro de sêmen é de, pelo menos, 15 milhões de células. Enquanto isso, a concentração total de espermatozoides ejaculados deve ser de, no mínimo 22,5 milhões.

Segundo a análise da motilidade, um homem fértil tem resultado de 32% de espermatozoides com motilidade linear. Para ser saudável, sua motilidade imóvel ou não progressiva não deve ultrapassar os 40% dos gametas, no total.

Por fim, é analisada a morfologia da célula reprodutiva e a incidência de espermatozoides alterados. Um homem saudável tem ao menos 70% de seus espermatozoides normais.

Outras análises

Durante as análises microscópica e macroscópica, são avaliados os granulócitos positivos para peroxidase. Considerando neutrófilos, leucócitos polimorfonucleares e macrófagos. Eles são identificados com uma coloração, obtida por meio imunohistoquímica;

Em seguida, é feita a contagem das células leucocitárias e, caso esteja superior a 1 milhão por mililitro, é considerada anormal. O teste pode indicar tanto uma infecção, que necessita de tratamento, quanto apenas a presença de espermatozoides ainda não amadurecidos.

Finalmente, o médico solicitante do exame pode desejar saber mais sobre a frutose, uma substância produzida pelas vesículas seminais e que dá energia ao espermatozoide. Sua ausência no sêmen pode auxiliar no diagnóstico da obstrução dos ductos deferentes, na percepção de fatores congênitos, ou mesmo da inexistência das vesículas seminais.

O que as informações podem diagnosticar?

O espermograma tem papel limitado na avaliação da fertilidade masculina. No entanto, diversas informações podem ser obtidas a partir dessa avaliação e o principal objetivo do andrologista é melhorar o quanto possível os parâmetros microscópicos do espermograma.

Alterações nos espermatozoides

Outro diagnóstico possível é de azoospermia, ou seja, a ausência de espermatozoides na amostra, a qual inviabiliza a fecundação e a formação de embrião pela inexistência de gametas. As causas do problema podem ser infecções no sistema reprodutor, DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis) ou obstrução dos canais seminais. Geralmente, sua percepção ocorre por meio da análise da baixa concentração de células reprodutivas no esperma.

A oligospermia também pode ser diagnosticada no exame. Ela indica que os espermatozoides estão presentes no sêmen em quantidade tão baixa que não são suficientes para percorrer o trato feminino e fertilizar o óvulo. O distúrbio também pode ser resultado de DST’s, infecção no sistema reprodutor ou efeito colateral de um medicamento. Ainda é possível que a pequena concentração de gametas seja consequência de varicocele, uma condição que provoca varizes nas veias do testículo e prejudica a produção dos espermatozoides.

Já a astenospermia é caracterizada pela vitalidade ou motilidade pequenas das células. Isso prejudica tanto a sobrevivência, quanto o deslocamento dos gametas no corpo feminino. Logo, há maior dificuldade de concepção. O problema pode ser consequência de doenças autoimunes, HIV, lúpus; do estresse; ou do alcoolismo.

Ainda é possível diagnosticar a teratospermia, ou seja, alterações na morfologia dos espermatozoides, que também prejudicam sua capacidade fértil. A condição pode ter como origem uma inflamação, a varicocele, ou uso do álcool e drogas.

Exames complementares

Para auxiliar no diagnóstico de qualquer das condições citadas anteriormente, o médico solicitante do espermograma costuma indicar a realização de outros exames. Assim, é possível definir com mais fidedignidade a causa da infertilidade masculina.

O primeiro dos exames sugeridos é a fragmentação de DNA. O teste consegue analisar no líquido seminal a taxa presente de DNA desprendido dos espermatozoides. A alta medição deste quesito está ligada à infertilidade e pode favorecer abortos espontâneos do embrião.

Um segundo teste indicado é o espermograma sob magnificação. A diferença deste para o espermograma normal está na análise microscópica: aqui, são utilizadas lentes que aumentam a imagem em até mil vezes. Esse aumento considerável torna a análise do sêmen e dos gametas muito mais precisa, especialmente em relação à morfologia das células.

Há ainda a FISH (Hibridização fluorescente in situ), que analisa os cromossomos do espermatozoide. Por meio deste exame, o responsável do laboratório pode perceber o número de espermatozoides deficientes no líquido seminal.

Finalmente, o exame de carga viral é feito por meio de uma centrífuga, para verificar infecções no espermatozoide. O teste geralmente é utilizado por pacientes que possuem hepatite ou HIV, infecções que podem ser transmitidas para o feto. Se o espermatozoide não estiver infectado, pode ser utilizado normalmente para a fecundação.

Espermograma: valor

O custo de realização do espermograma varia de acordo com o laboratório e a região do país. O teste também pode ser realizado de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Tratamento da infertilidade masculina

 

 

Diagnosticada a causa da infertilidade masculina, o médico indicará seu tratamento. Para melhorar a produção e contagem de gametas, o especialista também costuma sugerir alterações na alimentação diária.

Alimentos ricos em vitamina A, como o leite, podem auxiliar na produção dos hormônios sexuais. Os que possuem vitamina E, como o óleo de milho, podem melhorar a qualidade da membrana celular dos espermatozoides. A vitamina C, por sua vez, consegue aumentar a motilidade dos gametas.

Existem diversas situações, porém, nas quais as alterações seminais inviabilizam a concepção natural. Nestes casos, a melhor solução para a concepção é o uso de técnicas de reprodução assistida. Para casos de infertilidade do homem, são três as possibilidades mais indicadas: inseminação de sêmen intrauterina, a fertilização in vitro e a injeção espermática intracelular (ICSI)

Inseminação artificial

Na inseminação artificial, o único gameta colhido é o espermatozoide. Aqui, a mulher também passa pelo processo de indução da ovulação, mas apenas para garantir que o óvulo estará disponível. Os gametas masculinos são inseridos no fundo do útero feminino e devem nadar até as tubas, onde o óvulo geralmente aguarda. Essa inserção dos gametas mais próximos ao seu objetivo facilita a fecundação, especialmente para aqueles que possuem pouca mobilidade.

Fertilização in vitro

A fertilização in vitro é a técnica indicada para os casos de oligospermia, por exemplo. O método é realizado por meio da junção do óvulo e espermatozoides em laboratório. Para isso, a mulher passa por um tratamento de estimulação ovariana, o que proporciona a liberação de mais de um óvulo.

Cada óvulo é, então, levado ao laboratório e unido a espermatozoides colhidos por masturbação. Caso o homem sofra problemas de ejaculação, a coleta dos espermatozoides pode ser feita por meio da retirada do gameta diretamente nos testículos.

Os espermatozoides fecundam a célula feminina e dão origem a um embrião, que é cultivado em laboratório por alguns dias e, em seguida, transmitido para o útero. Caso o embrião consiga se agarrar à parede do órgão, será originada a gravidez

ICSI

Por outro lado, a técnica de reprodução por ICSI é especialmente indicada para casos de alterações morfológicas ou genéticas nos espermatozoides. Ela é realizada de forma muito semelhante à fertilização in vitro, alterando o momento de junção dos gametas.

Na ICS, os espermatozoides colhidos são analisados detalhadamente. O mais saudável e sem problemas genéticos é selecionado e inserido no óvulo por meio de uma micropipeta. Assim que esse processo é feito, o gameta faz a fecundação da célula feminina e gera um embrião, que será transferido para o corpo da mulher em poucos dias.

 

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O útero, órgão fundamental na reprodução humana, é revestido pelo endométrio. A camada de tecido protege a região, além de ser preparada mensalmente para receber o embrião (caso haja fecundação do óvulo). Há casos, porém, em que o endométrio sai da cavidade uterina, atingindo outros órgãos. Essa condição é chamada de  endometriose.

Endometriose: o que é?

A parede interna do útero é chamada de endométrio. O tecido acolhe e nutre o embrião logo no início da gravidez. Ou seja, o órgão permite o desenvolvimento do óvulo fecundado até que seja formada a placenta, que vai fornecer nutrientes e oxigênio ao feto.

Para que consiga realizar essa função de nutrição, todos os meses o endométrio fica mais espesso. Assim, o óvulo, quando fecundado pelo espermatozóide, poderá se agarrar à camada de tecido.

Se não ocorre a fecundação, no entanto, o tecido precisa ser eliminado, para que logo após seja renovado e preparado novamente para a gravidez. Assim, é o endométrio o componente eliminado durante a menstruação da mulher. O que se vê no sangue da menstruação nada mais é do que camadas e camadas de tecido interno do útero.

Há situações, porém, em que o endométrio não é completamente eliminado. Ao invés disso, o tecido descamado é levado a outros órgãos próximos ao útero, como os ovários, trompas de falópio, intestino, reto, vagina, e até a bexiga. Essa é a endometriose. Esta é a teoria mais aceita, existem outras que tentam explicar porque há possibilidade de ter endometriose em outro locais como no pulmão.

Causas da doença

As razões para esse ocorrência da endometriose ainda não são conhecidas por completo. A Ciência consegue apenas descrever fatores possíveis, ou que favorecem a ocorrência do problema. É o caso, por exemplo, da menstruação retrógrada. O quadro consiste na ida da menstruação através das tubas para o interior do abdome. Esse retorno aloja o tecido em locais onde não deveria, como os já citados.

Outra característica comum nas mulheres que sofrem da doença é a alteração imunológica do corpo. Nas pacientes, há certa dificuldade em eliminar as células do endométrio quando elas chegam à cavidade pélvica. Nessa ocorrência, as camada acabam aderindo lentamente a regiões como o ovário e o intestino.

Alterações no próprio endométrio também favorecem essa aderência incorreta do tecido. Como no caso da presença de vasos sanguíneos em excesso, ou o aumento das chamadas enzimas matriz-metaloproteinases e integrinas.

Existem ainda fatores ambientais que influenciam no surgimento da doença. Como o contato constante com a dioxina, um poluente comum no ar de grandes metrópoles. Segundo estudos recentes, a substância promove alterações no endométrio, prejudicando sua eliminação correta pelo corpo feminino.

Finalmente, os médicos indicam fatores hereditários na ocorrência da endometriose. Ou seja, mulheres que têm na família alguém que já sofreu do problema, têm mais chance de desenvolvê-lo. O risco da doença é sete vezes maior para a mulher que tem irmã ou mãe com histórico desse tipo. Esse fator de risco ocorre geralmente por alterações chamadas de polimorfismos, no DNA, e mudanças nos genes.

Sintomas da endometriose

 

 

A endometriose pode afetar a mulher a partir de sua primeira menstruação, se estendendo até a menopausa. Segundo a Associação Brasileira de Endometriose, de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva no País, quer dizer, dos 13 aos 45 anos, pode desenvolver a doença. Trinta por cento dessas têm chances de ficar estéreis, caso o problema não seja descoberto e tratado.

O diagnóstico da condição, no entanto, só costuma acontecer por volta dos 30 anos. Isso porque, o principal sintoma da doença é a forte cólica abdominal durante a menstruação. A cólica, no entanto, é algo comum durante o ciclo menstrual, e tratada como banal por muitas das mulheres. Então, mesmo que a dor da endometriose seja muito mais intensa, ela poucas vezes é considerada algo que deve ser verificado pelo médico.

Assim, o diagnóstico geralmente é feito no momento em que a mulher deseja engravidar. Normalmente, durante exames antes das tentativas de gestação. Ou ainda ao encontrar dificuldades de concepção. Essa banalização da dor, porém, não deve ocorrer.

Se a dor no ciclo menstrual é intensa, e por vezes incapacitante, o correto é procurar um especialista o quanto antes. Dessa forma, mesmo que não seja endometriose, o ginecologista poderá receitar tratamento para melhora da qualidade de vida da mulher.

A dor pode provocar ainda náuseas e vômitos. Nesse caso, os sintomas podem ser reflexo da invasão da doença ao interior do intestino delgado, ou obstrução desse órgão.

Intestino, bexiga e fertilidade

A dor característica da doença também pode aparecer de forma difusa na região pélvica, e mesmo em momentos que não sejam de pré-menstruação ou menstruais. Para as mulheres que sofrem da condição, a sensação é ardente e de fortes pontadas.

Essa mesma dor pélvica pode ocorrer durante relações sexuais, e o incômodo costuma persistir após o sexo. Nesse caso, ela ocorre porque a penetração pode atingir a área sensível do tecido endometrial.

Alterações intestinais e urinárias também são sinais de problema. Durante a menstruação, a mulher pode sofrer com o intestino preso ou solto demais, assim como ter dificuldade ou facilidade excessiva para urinar. Se a doença afetar áreas próximas à bexiga, também é comum que haja dor ao evacuar ou urinar, durante todo o mês.

É igualmente comum que a mulher sofra inchaço da pelve. A área se torna sensível ao toque, e causa mal-estar. Já se a doença invadir a parede do intestino, a paciente pode sofrer sangramentos no reto.

Outros sintomas da endometriose incluem fadiga crônica, exaustão e sangramento menstrual irregular ou muito intenso. Além, é claro, da dificuldade em engravidar. Estimativas especificam que cerca de 40% das mulheres com endometriose apresentam problemas para concepção.

Todos esses incômodos tendem a prejudicar a vida da mulher por completo. Primeiro pelas dores sentidas, que prejudicam a realização de atividades básicas do dia a dia. Com o tempo, a vida sexual da mulher é a afetada, uma vez que há dor durante a prática. Muitas vezes, as pacientes também passam a se isolar socialmente, pois os sintomas estão sempre presentes, causando fadiga e sofrimento emocional.

Por isso, é fundamental procurar auxílio médico logo que sintomas intensos forem percebidos. Mesmo que o senso popular os considere algo inerente ao corpo feminino.

Endometriose profunda

A endometriose pode acontecer de duas formas. Primeiro, há a endometriose superficial, a mais comum entre as mulheres. Nela, o endométrio que “escapa” do útero afeta o peritônio da pelve, ou seja, afeta a membrana que recobre os órgãos da região da barriga. Isso significa que ela atinge o próprio útero e órgãos como as tubas uterinas, ovários e bexiga.

No tipo superficial, a penetração do tecido endometrial é pequena, de até cinco milímetros em relação à superfície do órgão atingido. Logo, é comum que apenas uma cauterização consiga eliminar as células da doença.

Já a endometriose profunda é mais grave. Ela acontece quando o tecido endometrial invade as membranas dos órgãos por mais de cinco milímetros. Geralmente, atinge órgãos como a bexiga, apêndice e intestino. Útero e os ligamentos útero-sacros, que ficam localizados na parte de trás do órgão, também são comumente afetados pela condição.

Além dessas, é possível que a mulher sofra de endometriose ovariana quando existe o endometrioma de ovário. Nesse caso, além dos problemas com o endométrio, a paciente possui um cisto no ovário. O cisto é preenchido por um líquido denso, de coloração escura, que pode prejudicar intensamente a fertilidade feminina.

Endometriose e infertilidade

Dentre todas as mulheres que apresentam dificuldades para engravidar, 50% delas sofre de endometriose. A estatística é alta porque o espalhamento do endométrio modifica a estrutura do sistema reprodutor feminino, dificultando a fecundação do óvulo ou o prosperar do embrião.

A doença pode, por exemplo, afetar a tuba uterina. É no órgão que o óvulo, liberado pelo ovário, permanece aguardando a chegada dos espermatozoides. Quando existem problemas endometriais, a tuba pode ficar obstruída, ou sofrer lesões, condições que vão impedir a espera do gameta feminino.

Se a endometriose atinge o ovário, por outro lado, pode impedir até mesmo a liberação do óvulo. A maturação dessas células também fica prejudicada, podendo gerar gametas de baixa qualidade.

Nesse caso, o óvulo fecundado pode formar embriões mais “fracos”, que terão menor capacidade de implantação no útero. Logo, o feto não irá se desenvolver. Esse mesmo problema pode ocorrer devido à pouca receptividade do endométrio doente.

Endometriose e gravidez

 

 

A mulher com endometriose, na maior parte das vezes, não é permanentemente infértil. Com o tratamento da doença, ela pode controlar o problema médico e gerar um bebê. Seja naturalmente (por meio da relação sexual) ou com a ajuda de técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.

Assim, é importante que a mulher com endometriose invista em um tratamento prévio à gravidez. Informar o desejo de gestação ao médico é fundamental, pois assim as técnicas aplicadas vão buscar restaurar a capacidade reprodutora dos órgãos. O tratamento é ainda mais importante nas situações de endometriose profunda.

É melhor tratar a endometriose e acompanhá-la o quanto antes pois, parece que pacientes com endometriose parece ter risco aumentado de parto prematuro, hemorragia anteparto, placenta prévia, raras complicações de hemoperitoneo (sangramento no abdome) espontâneo na gravidez, perfuração de alça intestinal.  

Como a endometriose não tem cura, apenas controle, durante a gravidez o médico deverá indicar alguns cuidados especiais. Como o consumo de uma dose extra de progesterona nos primeiros três meses de gestação. A substância diminui a chance de aborto espontâneo da mulher.

De qualquer modo, a gravidez consegue reduzir alguns sintomas da endometriose. Isso porque, durante a gestação a mulher possui nível de progesterona maior e, consequentemente, de estrogênio mais baixo. A endometriose “se alimenta” do estrógeno, e por isso os sintomas, principalmente as dores, se tornam bem menos intensos.

No pós-gestação, no entanto, os sintomas da doenças habitualmente voltam. Assim, é necessário realizar tratamento hormonal pós-gestacional para controle da endometriose.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da endometriose é realizado por meio de quatro métodos: a conversa com o médico, o exame físico, exames de imagem e de coleta de material celular. Primeiro, na conversa com o especialista, a mulher expõe seus sintomas e histórico médico e familiar, o que pode situar o médico em relação ao problema.

Em seguida, o ginecologista se utiliza do exame físico. Promovendo pressão na barriga da mulher, ele pode perceber o inchaço característico da doença. Já com o exame de toque, poderá verificar a existência da endometriose profunda que, pode provocar dor no fundo da vagina e quando mexe o útero, pode ser percebida dessa forma.

Em seguida, vêm os exames de imagem. Diversos podem ser solicitados pelo especialista, de modo que a visualização do interior do útero seja mais completa. Entre esses exames há a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal. O procedimento permite a identificação de locais suspeitos de terem focos de endometriose em diversas regiões próximas do útero, intestino e bexiga.

Já a ressonância magnética tem resultados mais claros, mas há a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal é preferido por muitos especialistas.

Além desses, podem ser utilizados testes como a  ultrassonografia transretal, a ecoendoscopia retal e a tomografia computadorizada. A associação das técnicas vai permitir diagnóstico ainda mais acertado do problema.

Caso alguma alteração seja identificada pelos exames, o médico poderá solicitar, para confirmação, a biópsia do material genético. Ela pode ser realizada pela laparoscopia, que é feita por meio de incisões na barriga. Por esses “cortes”, o especialista insere no corpo da paciente instrumentos telescópios, que permitem a visualização interna do útero e demais órgãos. Nesse caso, é realizada a coleta de material para avaliação em laboratório.

Com esses mesmos objetivos, há a opção pela laparotomia. O teste é mais invasivo que o anterior, e requer incisão maior no abdômen. Por isso é poucas vezes utilizado.

Tratamentos da doença

Não existe cura para a endometriose. Todo tratamento busca suprimir os sintomas da doença e garantir a saúde do sistema reprodutor da mulher. Na maioria dos casos, é possível conseguir a gravidez sem a cirurgia, mas sempre há risco de reincidência após qualquer tipo de tratamento.

Dessa forma, o primeiro modo de tratamento utilizado para a endometriose é o por meio de remédios. Eles podem amenizar a dor e, alguns podem permitir a gravidez, sem prejudicar mãe ou bebê. Entre os medicamentos utilizados estão analgésicos, análogos de GNHR, anti-inflamatórios, Danazol e o Dienogeste.

Alguns remédios também conseguem diminuir a ação do estrogênio no corpo, já que a substância favorece o desenvolvimento da endometriose. É possível ainda utilizar um DIU, aparelho anticoncepcional que libera continuamente o levonorgestrel e suprime a doença.

Para o tratamento da condição, é igualmente interessante realizar atividade física regular. O esporte incentiva o corpo a liberar substâncias que aliviam a dor e promovem o bem-estar do organismo.

Devo remover o útero?

 

 

Se o tratamento com medicamentos não for bem-sucedido, o médico poderá sugerir a realização de cirurgia. No uso da laparoscopia, por exemplo, o especialista pode eliminar focos da doença ou retirar cistos, uma das complicações da endometriose.

Apesar de pouco invasiva, a laparoscopia é um procedimento cirúrgico, e que também funciona para o diagnóstico. Assim, é indicado que o método seja utilizado tanto para a verificação, quanto para a terapia em um só momento. Ou seja: o médico realiza as pequenas incisões, verifica a região pélvica, confirma o diagnóstico e já realiza a retirada dos focos da endometriose. Isso evita a necessidade de múltiplos procedimentos.

Em situações mais graves, pode ser indicada a retiradas de órgãos afetados pelo endométrio doente, como os ovários. Até o útero pode ser retirado, numa cirurgia chamada de histerectomia. Nesses casos, porém, é necessária avaliação cuidadosa do paciente, pois a retirada dos órgãos reprodutores irá impedir a gravidez natural futura.

Além disso, como o problema se desenvolve no útero, é de se supor que ele será extinto com a remoção do órgão. Mas isso não é verdade. A endometriose acontece na parte de fora do útero, e com o passar do tempo os cistos podem acabar por se desenvolver em outros órgãos da região pélvica.

A escolha pelo tipo de cirurgia, e inclusive de tratamento, é realizada com base numa série de fatores. Como a idade da mulher, sua vontade ou não de ter filhos, e a gravidade da condição. Quando a mulher chega à menopausa, a diminuição dos hormônios femininos e a menstruação tendem a eliminar os sintomas do problema.

Endometriose e a vida sexual da mulher

Como citado no desenrolar deste texto, a mulher que sofre de endometriose costuma sofrer dores pélvicas durante o ato sexual. Principalmente por causa da penetração, que atinge áreas sensíveis pelo extrapolamento do endométrio doente. Segundo dados de uma pesquisa do  Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, porém, os incômodos para a vida sexual feminina vão além.

O estudo foi desenvolvido pelo Projeto Sexualidade (ProSex), do Instituto. Para ele, foram recrutadas 500 mulheres, que possuíam ou não quadro endometrial. Na comparação, as mulheres com endometriose demonstraram ter duas vezes mais chances de incômodos durante a  prática sexual.

E os relatos vão bem além da dor: as mulheres com endometriose, segundo a pesquisa, têm menos interesse no sexo. Também possuem dificuldade maior para atingir o orgasmo, e sentem dores no pós-sexo.

Por isso, o diagnóstico e tratamento da condição devem ser realizados o mais breve possível. Nesse caso, é importante avaliar ainda se os medicamentos indicados para o tratamento não vão afetar a prática sexual. Alguns remédios, por exemplo, podem interferir diretamente na excitação da mulher ou na lubrificação da vagina. Por isso, caso perceba esses problemas durante a terapia, a mulher deve informá-los ao médico. Assim, outro método poderá ser indicado.

Endometriose e câncer de ovário

É muito raro que a endometriose evolua para um câncer de ovário. Os sintomas de ambas as doenças, porém, são muitas vezes semelhantes. Como no caso da dor e inchaço pélvico; problemas intestinais e urinários; dor durante e após a relação sexual; e ciclos menstruais anormais.

Isso significa que, apesar da endometriose ser uma doença grave, existem outras, como o câncer, que podem ser ainda mais preocupantes. Assim, é fundamental dar atenção aos sintomas, ao invés de ignorá-los como algo inerente ao corpo feminino.

Apesar das semelhanças de sintomas entre as condições, no entanto, elas diferem em vários aspectos. Inclusive em relação ao período de ocorrência na vida da mulher. Normalmente, a endometriose acontece durante o período fértil feminino, ou seja, entre os 13 e 40 anos. Já o câncer tende a se desenvolver depois da menopausa. Ademais, a endometriose pode levar à infertilidade, enquanto o câncer tem como consequência mais grave o óbito.

Prevenção do problema

Não existe consenso médico quanto às causas da endometriose. Logo, é difícil definir com precisão ações que poderiam impedir a desenvolvimento da doença. Isso não significa, porém, que não há modos de diminuir sua chance de ocorrência.

Todas as ações preventivas buscam melhorar a qualidade de vida da mulher. Como a realização de atividades físicas regulares e indicadas pelo médico. Com a prática de esportes, o corpo é estimulado a liberar substâncias que favorecem o bem-estar. Algumas delas também diminuem dores, inclusive as provocadas pela doença endometrial.

Consumir muita cafeína e álcool são atitudes também associadas ao aumento do risco da doença. Quando a endometriose já está instalada, os produtos podem intensificar seus sintomas. Dessa forma, é essencial não exagerar no consumo destes, assim como evitar o uso de drogas.

Outra medida interessante para a prevenção é a manutenção de uma dieta saudável. O cuidado com a alimentação garante ao corpo todos os nutrientes necessários para suas funções, assim como o fortalece. Alimentos ricos em Ômega-3, como o óleo de linhaça ou peixes, devem com certeza fazer parte da dieta.

Ainda é importante diminuir o estresse do cotidiano. O esporte pode auxiliar neste quesito, assim como práticas específicas a este objetivo. É o caso da Yoga e da meditação, que garantem maior concentração e foco à mulher, diminuindo a sensação de pressão mental.

Finalmente, é interessante ter sempre atenção à pílula anticoncepcional utilizada. Algumas pílulas anticoncepcionais ajudam a controlar a endometriose. Mas, sempre é importante o acompanhamento médico quando há o diagnóstico de endometriose e diante de suspeita, como cólicas fortes ou outros sintomas relacionados com a menstruação, procurar o ginecologista ou especialista em reprodução humana para avaliação e conduta.

A dosagem do hormônio antimulleriano (AMH), cuja presença nos ovários indica quanto tempo resta para a entrada na menopausa, pode ser um preditor do fim da ovulação, assim, permitindo revelar quanto tempo resta para a chegada da menopausa.

Reserva ovariana

Existem vários exames para avaliar a reserva ovariana, tais como: FSH, LH e estradiol; além da dosagem de inibina beta no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual. A dosagem do hormônio antimulleriano (AMH) permite uma visão mais precisa da resposta ovariana à estimulação para quem deseja fazer tratamento para engavidar.

Menopausa precoce

A dosagem do hormônio antimulleriano (AMH) pode ser utilizado para avaliar a reserva ovariana de uma mulher que tem histórico de menopausa precoce, ou se está dentro da idade da menopausa, e quer engravidar.

O exame pode ser realizado em qualquer época do ciclo menstrual, sem contraindicações. E pode ajudar na estipulação da dose de hormônio que de-se administrar às pacientes em ciclo de reprodução assistida para uma resposta adequada.

Outros fins para o hormônio antimulleriano (AMH)

O AMH começa a ser produzido em pequenas quantidades pelas células da granulosa ovariana logo após o nascimento da mulher. Continua a produção até a menopausa e se torna indetectável no soro depois desse período.

O AMH age por meio de uma diminuição da atividade da enzima aromatase nas células da granulosa ovariana. A dosagem de AMH constitui um instrumento útil para o diagnóstico de várias entidades clínicas, tais como a puberdade precoce (AMH baixo), a puberdade tardia (AMH alto); o pseudo-hermafroditismo masculino, a Síndrome da Persistência do Ducto Mulleriano (PMDS); a suspeita de anorquia ou ectopia testicular. Poderia ainda auxiliar na determinação do sexo fetal, sobretudo em presença de aberrações cromossômicas. O AMH também tem sido utilizado para confirmar a retirada completa de tecido gonadal tumoral após cirurgias.

A prolactina é um hormônio produzido pela hipófise, glândula cerebral responsável pela secreção de inúmeros hormônios. Sua principal função no organismo é a produção de leite pelas mulheres em amamentação. Por isso, a hiperprolactinemia acomete principalmente as mulheres, mas não é um problema exclusivamente feminino. Em homens, o distúrbio se manifesta por disfunção erétil, redução da libido e infertilidade.

A disfunção da prolactina pode causar infertilidade, pois inibe a secreção do hormônio luteinizante e folículo-estimulante pela hipófise. Embora a hiperprolactinemia (produção excessiva de prolactina) seja uma causa menos conhecida de infertilidade, ela não é tão rara assim. A produção excessiva da prolactina, o hormônio responsável pela produção de leite, é uma alteração frequente na prática médica e responsável por até 25% dos casos de amenorreia (a ausência regular de menstruação). Em outros diagnósticos, a alta dosagem do hormônio do leite humano presente no sangue pode trazer consequências mais graves à saúde da mulher, como a galactorréia (produção de leite fora do período de amamentação) e dificuldade de engravidar.

Como já citado, a primeira e principal função da substância é garantir a produção de leite materno logo após o parto. No entanto, ele afeta também a produção de células do sangue e de vasos sanguíneos. Ainda participa do sistema imune, como durante um processo inflamatório e outros.

Além destes, a prolactina regula a função sexual. É ela a responsável por proporcionar a sensação de bem-estar após o coito. Especialmente porque tem papel importante nos orgasmos femininos e masculinos.

Há situações, contudo, em que os níveis de prolactina ideais no corpo são alterados. Os motivos são diversos: estresse, problemas no cérebro ou na hipófise, doenças como a tuberculose  ou a cirrose hepática, e remédios diversos, como antidepressivos e para o estômago. E, apesar de existirem casos de concentração baixa prolactina no organismo, a situação que preocupa os médicos é da hiperprolactinemia. Ou seja, um nível muito alto da substância.

Prolactina baixa

 

 

Por dia, o hormônio é secretado no corpo em uma taxa aproximada a 400 microgramas. Sua liberação ocorre mais intensamente durante o início do sono. Nos casos de prolactina baixa, os principais responsáveis por reduzir os níveis são medicamentos como agonistas da dopamina.

O nível mais baixo que o ideal não costuma ter tantos reflexos no organismo – a não ser na mulher lactante, que pode ter dificuldade em produzir leite no pós-parto. Por isso, caso a alteração seja percebida durante exame de sangue, o médico deverá indicar métodos para aumentar os níveis do hormônio.

Cuidando da prolactina baixa

Com a indicação médica, é possível também utilizar medicamentos para o tratamento. Como a domperidona e a metoclopramida. É importante considerar ainda que alguns remédios, para outras doenças, podem limitar a produção do hormônio. Logo, converse com seu médico caso utilize qualquer tipo de substância. Ele poderá indicar sua influência  ou não para a fertilidade.

Prolactina alta

A prolactina alta, por outro lado, pode provocar uma série de consequências. Geralmente, a condição é causada por doenças da parede torácica, uso de medicamentos, estresse e doenças no sistema nervoso. Nas mulheres, os fatores causais mais comuns são a gravidez, Síndrome do Ovário Policístico e excesso de estímulos nos mamilos.

Assim, as causas do aumento de prolactina podem ser fisiológicas, quando o próprio organismo, por necessidade, aumenta a liberação de prolactina durante o sono, no stress físico e psicológico, durante a gravidez, durante a amamentação e no orgasmo sexual; farmacológica, ou seja, causada pelo uso de medicamentos, como antidepressivos e demais medicamentos psiquiátricos; e patológicas, quando envolve alterações da glândula hipofisária, como as lesões do hipotálamo ou da haste hipofisária, e tumores benignos secretores de prolactina, conhecidos como adenomas ou prolactinomas.

Em muitos casos a disfunção pode ser causada por associação com outras doenças, como síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo, estimulação periférica neurogênica, falência renal ou cirrose hepática. Mas as causas mais comuns são o uso de certas medicações e a presença de tumor na hipófise, produzindo quantidade excessiva do hormônio. Por isso, algumas pessoas com aumento de prolactina precisam fazer exame de ressonância magnética ou tomografia para descartar a presença de um tumor.

As principais consequências da hiperprolactinemia para a fertilidade ocorrem na mulher. Com níveis muito altos, o hormônio pode provocar alterações na produção de outros dois hormônios: o FSH e o LH. Ambos são os principais responsáveis pela ovulação.

Segundo dados, níveis altos de prolactina estão presentes em aproximadamente 0,5% da população mundial. Entre as mulheres com infertilidade, esse aumento da substância fica entre 15% e 20% das pacientes.

Dessa forma, a principal consequência da alta concentração de prolactina é a falta da ovulação, reduzindo as chances de gravidez.

Também pode ocorrer dor durante o ato sexual, o que diminui a libido feminina. Nos homens, as consequências da prolactina alta incluem a queda na produção de testosterona e dos espermatozoides, impotência, queda da libido e aumento das mamas. É igualmente comum haver hipogonadismo, ou seja, a insuficiência da produção dos hormônios sexuais masculinos.

Prolactina: sintomas

 

 

Como citado anteriormente, uma das principais alterações percebidas com a ocorrência da hiperprolactinemia é o aumento das mamas. No homem, a região se torna maior e sensível. Nas mulheres, o que ocorre é a produção e saída involuntária de leite nas mamas.

Outro sintoma comum na mulher é a diminuição do estrógeno no sangue. A paciente afetada ainda desenvolve períodos menstruais bastante irregulares, ou até ausentes. Mesmo que não esteja na menopausa, pode apresentar sinais comuns desta época, como a secura vaginal e calor excessivo no corpo. A infertilidade é igualmente comum, assim como a osteoporose, que se desenvolve com o passar dos anos.

Para homens e mulheres, outro sintoma da hiperprolactinemia é a diminuição da libido. Também podem ocorrer fadiga, dor de cabeça intensa, ansiedade e instabilidade emocional. Ainda é comum a infertilidade e alterações na visão. Assim como a saída de leite pelas mamas (nos homens, e nas mulheres, mesmo que elas não estejam grávidas ou em pós-parto).

Sinais exclusivamente masculinos, por outro lado, incluem a redução no crescimento de pelos e diminuição na produção de espermatozoides. Tal qual a disfunção erétil, hipotrofia muscular e aumento da gordura na região do abdômen.

Prolactina: exame

Para percepção da prolactina no organismo, o principal exame realizado é o da análise sanguínea. Para realização do teste, o paciente deve realizar jejum de pelo menos oito horas. Para garantir seu resultado correto, também deve permanecer em repouso por trinta minutos após a coleta.

Tratamento para baixar a prolactina

O tratamento da hiperprolactinemia depende da causa do problema e pode ser cirúrgico, medicamentoso ou uma combinação de ambos. O mais importante é diminuir os níveis de prolactina e restaurar a ovulação nas mulheres.

Dessa forma, determinada a causa e tratamento adequado, o paciente costuma elliminar todos os sintomas e consequências do problema. Entre as terapias indicadas estão o uso de remédios como a Bromocriptina e Cabergolina. Os compostos podem fortalecer os ossos, eliminar os problemas sexuais e combater a infertilidade.

Quando a causa é por efeitos de medicamentos, o médico avalia a possibilidade de troca por outra medicação que não aumente a produção da prolactina. Já nos casos de tumores da hipófise, geralmente são receitadas medicações que diminuem o tamanho do tumor; e raramente é necessária cirurgia.

Caso necessária, no entanto, a cirurgia será utilizada para retirada de um tumor. Mesmo que seja benigno, o tumor pode causar problemas ao longo do tempo. Após realizadas as terapias, o paciente deve realizar exames periódicos para o controle da prolactina no organismo. O acompanhamento deve ser rigoroso porque o tumor pode voltar a crescer, tanto com o tratamento com medicações quanto após a cirurgia. E exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética do cérebro são obrigatórios para se avaliar o tamanho do tumor e o melhor tratamento.

Com a terapia, é comum eliminar também os problemas de fertilidade do indivíduo. Assim, o casal pode voltar a conceber naturalmente. Mas recomenda-se que primeiro a doença esteja bem controlada já que, no caso de tumor na hipófise, a gravidez e a amamentação podem aumentar ainda mais o seu tamanho, porque estimulam a produção de prolactina.

Em todo o caso, há situações em que a gravidez natural pode não ocorrer, já que a infertilidade ocorre geralmente pela associação de fatores, e não apenas um. Neste caso, pode ser interessante usufruir das técnicas de reprodução assistida.

 

O tabagismo pode afetar a fertilidade de homens e mulheres? Veja a resposta nesse texto.

O tabagismo é apontado, hoje, como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina e está inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da entidade. Os fumantes correm um risco maior de adoecer por câncer e outras doenças crônicas do que os não-fumantes. Principal causa isolada evitável do câncer de pulmão, o tabagismo é também fator de risco para câncer de laringe, pâncreas, fígado, bexiga, rim, leucemia mielóide e, associado ao consumo de álcool, de câncer da cavidade oral e do esôfago. “Em relação à saúde reprodutiva, o tabagismo é um entrave real para o casal que deseja engravidar”, afirma Joji Ueno, diretor da Clínica GERA.

Tabagismo e fertilidade

O tabagismo na mulher reduz globalmente a fertilidade, causando um atraso da primeira gestação. O atraso na concepção reflete-se numa gama de possíveis efeitos adversos na reprodução, como interferência na gametogênese ou na fertilização, dificuldade de implantação do óvulo concebido ou perda subclínica após implantação. “Estudos e pesquisas dos últimos anos apontam que o tabagismo materno afeta a fertilidade mais que o tabagismo paterno, o que significa que o sistema reprodutivo feminino é mais vulnerável ao tabagismo que o sistema masculino”, afirma Ueno.

O tabagismo masculino está associado à redução na qualidade do sêmen, incluindo concentração de espermatozóides, motilidade, morfologia e efeito potencial na função espermática, além das alterações nos níveis hormonais. “Costumamos recomendar àqueles indivíduos que apresentam sêmen de qualidade marginal e história de infertilidade, que deixem de fumar para que haja uma melhora da qualidade do sêmen com a interrupção do tabagismo”, diz o médico.

Novos estudos lançam luz sobre a relação entre obesidade e infertilidade.

Uma equipe de pesquisadores americanos – ligada ao Brigham and Women’s Hospital e ao Harvard Medical School – desenvolveu um estudo para estabelecer a ligação entre infertilidade e obesidade. Os cientistas examinaram a qualidade dos óvulos e embriões de mulheres com diferentes categorias de IMC. Comparadas às mulheres com IMC normal, aquelas com sobrepeso e obesidade apresentaram redução significativa do pico dos níveis de estradiol, menos oócitos e um número menor de embriões, a cada ciclo.

As participantes do estudo que apresentavam Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) associada à obesidade mórbida tiveram menores taxas de nascidos vivos e uma incidência 29% maior de óocitos imaturos, em comparação com aquelas com IMC normal.

“Já sabemos que o peso corporal saudável é uma vantagem importante em todos os aspectos da saúde, incluindo a saúde reprodutiva. O IMC pode afetar os resultados de uma FIV, pois interfere na qualidade do óvulo formado. Com mais estudos e informações nesta área, poderemos proporcionar um tratamento melhor aos nossos pacientes, cuja luta contra a infertilidade inclui também, hoje, em muitos casos, uma luta contra o sobrepeso e a obesidade “, defende o Prof. Dr. Joji Ueno, ginecologista, diretor da Clínica GERA.

Resultados abaixo do esperado

Um outro estudo, realizado pela Society for Assisted Reproductive Technology, buscou avaliar o efeito do aumento da obesidade feminina na resposta e nos resultados dos tratamentos envolvendo as técnicas de reprodução humana assistida. Para tanto, os pesquisadores analisaram dados de 158.385 ciclos de reprodução humana assistida, realizados entre 2007-08.

Em comparação com as mulheres com peso normal, as mulheres com sobrepeso e obesas apresentaram mais chances de cancelamento e anulação do ciclo – apesar de doses mais elevadas de hormônios estimulantes – devido à baixa resposta de seu organismo ao tratamento.

As probabilidades de falha do tratamento (ausência de gravidez) e de falha da gravidez (perda fetal ou óbito fetal) também aumentaram significativamente com o aumento do IMC: de 1,04 a 1,12% para mulheres com sobrepeso e de 1,50 a 2,23 % para mulheres com IMC ≥ 50,0, respectivamente.

“Os resultados do estudo indicam probabilidades significativamente maiores de cancelamento do ciclo e falhas no tratamento e na gravidez com o aumento da obesidade. Estes efeitos são maiores entre as mulheres obesas, mas também são significativamente mais elevados, mesmo entre as que apresentam sobrepeso”, destaca Joji Ueno.

Reprodução humana x estilo de vida

O estilo de vida é cada vez mais reconhecido como um fator determinante nos tratamentos de reprodução assistida, não só no que diz respeito à relação custo-benefício, mas também no que se refere aos riscos relacionados com o bem-estar e o futuro da criança a ser gerada.

Um artigo publicado, em 2010, pela ESHRE – Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia – analisa o impacto do estilo de vida e aponta como fatores, tais como obesidade, tabagismo e o excesso de consumo de álcool podem afetar o processo reprodutivo dos casais, daqueles que concebem naturalmente e dos que contam com o apoio dos procedimentos de reprodução humana assistida.

“O objetivo central dos autores de Lifestyle-related factors and access to medically assisted reproduction foi o de discutir se os tratamentos de fertilidade para casais obesos, tabagistas ou que abusam de álcool devem ser condicionados a mudanças prévias no estilo de vida dos pais”, destaca Joji Ueno.

Sobre o assunto, a ESHRE se posicionou da seguinte maneira:

• Em vista dos riscos para o futuro filho, os médicos não devem levar adiante tratamentos para fertilidade, quando se depararem com mulheres que costumam beber mais do que o usual e que não estão dispostas ou não são capazes de diminuir o consumo de álcool;

• Os dados disponíveis na literatura médica sugerem que a perda de peso tem um efeito positivo sobre a saúde reprodutiva. Para tratar mulheres com obesidade grave ou mórbida é necessária estabelecer mudanças de estilo de vida, antes da concepção, ou seja, é preciso emagrecer antes de tentar engravidar;

• O emprego das técnicas de reprodução assistida deve ser condicionado a mudanças no estilo de vida, se houver fortes indícios de que sem as modificações comportamentais haverá o risco de danos graves para a criança, ou, ainda, quando o tratamento tornar-se desproporcional em termos de custo-eficácia ou de riscos obstétricos;

• Ao decidir fazer um tratamento de reprodução assistida condicionado às modificações de estilo de vida, os médicos responsáveis devem auxiliar seus pacientes a atingir os resultados necessários;

• Mais dados sobre obesidade, tabagismo e consumo de álcool, bem como sobre outros fatores relacionados ao estilo de vida moderno são necessários para avaliar seus efeitos sobre o sistema reprodutivo. Os especialistas da área devem prosseguir na investigação deste tema.

A reprodução humana é um processo complexo, que passa por uma série de etapas de maturação do corpo feminino e masculino. Seu modo mais comum de ocorrência é por meio da relação sexual.

Os casais que possuem problemas de infertilidade, no entanto, podem contar com técnicas de reprodução assistida para conceber. Assim como casais homoafetivos, ou indivíduos que desejam uma produção independente.

Quer compreender mais sobre a reprodução, e os métodos assistidos de concepção? Acompanhe este texto! Nele, apresentaremos a fisiologia dos corpos femininos e masculinos, e o processo de geração de um bebê.

Reprodução humana: sistema reprodutor feminino

O sistema reprodutor feminino é composto pela vagina, útero, ovários e tubas uterinas. A vagina é o canal pelo qual os espermatozoides adentram o corpo da mulher. O útero, por sua vez, é o órgão que abriga o feto e se expande para seu crescimento.

Já os ovários são os órgãos nos quais os ovários são maturados e liberados para a fecundação. Quando nasce, a mulher já possui nos ovários todos os folículos ovarianos que vai liberar durante a vida. Uma menina nasce com cerca de aproximadamente 3 milhões de folículos , este número diminui de forma que na puberdade existe por volta de 400.000 óvulos quando se inicia a menstruação. Destes, 400 a 1000 serão gastos mensalmente para que se tenha um óvulo maduro em cada ciclo menstrual capaz de gerar uma gravidez.

O ciclo ovulatório

 

 

Para começar a amadurecer os óvulos, o corpo precisa atingir a puberdade. A partir deste período, os níveis hormonais do corpo feminino aumentam, e são os  hormônios produzidos na glândula hipófise (que fica no cérebro) chamados de gonadotropinas em especial o chamado hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH)  que estimulam a ovulação.

Um ciclo ovulatório, também chamado de menstrual, tem duração média  entre 25 e 30 dias, e começa a ser contado a partir do primeiro dia da última menstruação.  Neste período, o folículo é amadurecido e liberado como óvulo aproximadamente entre o 11º e  15º dia do ciclo.

Isso, claro, quando o ciclo é considerado regular. Assim, a mulher tem seu período fértil entre o 11º e 15º dia do seu ciclo, além dos três dias antes e três dias depois desta data.  De forma geral, a célula permanece viva por mais ou menos 36 horas. Como é difícil prever sua data exata de liberação, esse intervalo maior é necessário. Logo, o período fértil consiste no tempo em que o óvulo está disponível para a fertilização.

Assim que o óvulo é liberado, ele fica disponível para fecundação nas tubas uterinas. O órgão é o que liga o útero aos ovários, e é ali que os espermatozóides encontrarão o gameta feminino para a fecundação.

Outro processo associado à ovulação é o espessamento do endométrio. Quando o folículo começa a ser amadurecido produz um hormônio chamado de estradiol que realiza o espessamento do endométrio a camada interna do útero. O endométrio será o responsável por nutrir o embrião em seus primeiros dias, garantindo que ele se desenvolva adequadamente e dê origem à gestação.

Caso a fecundação do gameta feminino não ocorra, o corpo elimina essa camada mais grossa do endométrio. É nisso que consiste a menstruação ou seja a descamação do endométrio que sai juntamente com uma pequena quantidade de sangue, o óvulo não fecundado é também é eliminado pelo organismo da mulher.

Menopausa

Quando chega a aproximadamente 50 anos, a mulher atinge a menopausa e diminui seus níveis hormonais pois os óvulos “ acabam ” e então, deixam de ser liberados, e a mulher não pode mais se reproduzir naturalmente.

Reprodução humana: sistema reprodutor masculino

Diferentemente das mulheres, os homens não nascem com suas células reprodutoras limitadas . Elas se desenvolvem a partir da puberdade, que se inicia geralmente a partir dos 13 ou 14 anos. Quando atinge essa idade, seu sistema hormonal libera substâncias como os hormônios gonadotróficos da hipófise, o luteinizante (LH) e o folículo estimulante (FSH). São estas substâncias as responsáveis por estimular os testículos a produzir espermatozoides.

Assim que produzidos nos testículos, os espermatozóides são levados ao epidídimo onde são armazenados. Durante a ejaculação os espermatozóides atingem então  canais deferentes e chegam a uretra, de onde serão liberados para fora do pênis após serem misturados com o líquido das glândulas  seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.

É nos epidídimos, por exemplo, que os espermatozóides ficam armazenados assim que produzidos nos testículos. Na mesma estrutura, eles são amadurecidos para que obtenham a capacidade de fecundação. As glândulas e próstata formam o líquido seminal, que protege os espermatozoides e ajuda em sua mobilidade.

A produção das células masculinas é contínua e ininterrupta, a menos que ocorram problemas no sistema reprodutor masculino. Os homens podem produzir gametas até o fim da vida – por isso não é tão incomum que homens mais velhos sejam país.

Ao ejacular, o homem libera em média cerca de 70 a 100 milhões de espermatozóides. Neste momento, os espermatozoides adentram o corpo feminino e nadam em busca do óvulo. Caso o encontrem, realizam a fecundação e dão origem a uma gestação.

Reprodução humana: natural

É chamada de reprodução humana natural aquela que é obtida por meio da relação sexual. Com a copulação, ou seja, a inserção do pênis na vagina feminina, o homem ejacula no canal vaginal e milhões de espermatozóides entram dentro útero. Do órgão, então, as células precisam nadar até as tubas uterinas, onde normalmente o óvulo aguarda, e podem fecundá-lo. Há situações em que mais de um óvulo está disponível, e a fecundação de ambos pode dar origem a uma gravidez gemelar, ou mesmo múltipla.

Reprodução humana: fecundação

 

 

Quando a ovulação ocorre, ou seja, quando o óvulo é liberado pelo ovário, ele fica disponível para fertilização na tuba uterina. Geralmente, ele sobrevive por aproximadamente 36 horas, tempo que corresponde ao período fértil da mulher.

Por mês, um casal tem apenas 20 a 30 % em média de chances de engravidar naturalmente. É devido a essa pequena percentagem, aliás, que é indicado realizar ao menos 12 meses de tentativas antes de buscar auxílio da reprodução assistida, mas deve abreviar este período se paciente tem fatores que sugerem infertilidade ou se tiver mais de 35 anos. Este é o tempo médio em que os casais conseguem obter sucesso na concepção.

Como a sobrevivência do óvulo é curta, é indicado que o casal que deseja engravidar mantenha a prática regular de relações sexuais. Relações estas que devem ser intensificadas três dias antes e três dias depois da data prevista para a ovulação. Espermatozoides conseguem sobreviver no corpo feminino por até 72 horas, e o intervalo maior garante que eles estarão disponíveis para fertilização assim que o gameta feminino for disponibilizado.

Chama-se de fecundação o encontro entre óvulo e espermatozóide. Assim que consegue encontrar a célula feminina, o gameta do homem une seu núcleo ao primeiro, e juntos eles formam um zigoto/embrião.

Este zigoto, então, “caminha” para o útero e se agarra à seu endométrio. Como citado anteriormente, o endométrio é a camada por nutrir o embrião até que a placenta se forme. A fixação do embrião ao útero é chamada de nidação, e a partir dele dá-se início à gestação.

Reprodução humana: assistida

Há situações, contudo, que todo este processo natural de reprodução humana se torna difícil levando uma casal a um quadro de infertilidade. São diversas as causas de infertilidade de um casal: dificuldade na produção e maturação dos gametas, alterações uterinas e nas trompas, dentre outras.

Existem casos, por exemplo, em que o pH da vagina da mulher é bastante ácido . Neste caso, assim que adentram o corpo feminino, espermatozoides morrem, interrompendo a viagem às tubas uterinas. Pode ocorrer também dos espermatozóides produzidos nos testículos serem insuficientes ou com pouca qualidade. Assim, eles não terão a capacidade de chegar à célula reprodutora feminina.

Uma série de doenças também podem levar à infertilidade, como é o caso da endometriose, Síndrome dos Ovários Policísticos, DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis), prostatite e varicocele. Até “simples” alterações hormonais podem prejudicar a fecundação natural, uma vez que os hormônios são parte fundamental da produção e liberação dos gametas.

Todos esses problemas, contudo, não eliminam por completo a possibilidade de gestação. Para garantir que casais inférteis sejam país, é possível contar com diversas técnicas de reprodução assistida.

 

 

Fertilização in vitro

A fertilização in vitro consiste na realização da fecundação entre óvulo e espermatozoide em laboratório. O início deste processo é realizado por meio da indução da ovulação da mulher. Para que isso ocorra, a paciente recebe algumas doses de hormônios, que vão garantir o crescimento e a maturação de mais de um óvulo.

Ao atingirem o tamanho adequado, de aproximadamente 18 mm, os folículos estarão prontos para serem retirados dos ovários. Assim, a mulher recebe nova dose de hormônios para completar a maturação dos óvulos. Trinta e seis horas depois, estes folículos são captados dos ovários por intermédio de um procedimento cirúrgico feito em ambiente hospitalar que dura  aproximadamente 15-30 minutos.

Em seguida, os espermatozoides do homem são colhidos. Essa coleta é geralmente realizada por masturbação, mas pode ser retirada diretamente dos testículos caso o homem sofra algum impedimento para a ejaculação de gametas.

Coletados, espermatozoides e óvulos são levados ao laboratório. Eles, então, são colocados juntos, o que promove a fecundação. O embrião gerado é maturado e observado por aproximadamente 5 dias. Logo depois, o melhor conjunto de células é selecionado e inserido no útero feminino. Lá, o embrião deverá se agarrar ao endométrio. Caso consiga fazê-lo, dará origem à gestação, que será confirmada 12 dias após a transferência pela dosagem hormonal da gonadotrofina coriônica humana o chamado Beta HCG.

ICSI

O processo de reprodução por ICSI é bastante semelhante ao da fertilização in vitro. É necessário realizar a indução da ovulação da mulher e a coleta dos óvulos e espermatozoides. A junção entre os gametas, no entanto, é realizada de modo diferente.

Para a fecundação, o óvulo recebe apenas um espermatozoide. Ele é selecionado em laboratório, de acordo com sua saúde, mobilidade e características morfológicas. Em seguida, o gameta é inserido no óvulo com uma pequena agulha. Após a formação do embrião o mesmo  será inserido no útero como no método anterior.

Inseminação artificial

Outra técnica bastante utilizada é a inseminação artificial. O procedimento começa novamente por meio da indução da ovulação. Porém diferentemente da fertilização espera-se que cresça de 1 a 3 folículos no máximo em cada ciclo.  O óvulo liberado, no entanto, não é captado. Sua indução só é realizada para que o médico tenha a certeza de que o gameta estará disponível no momento em que os espermatozóides forem inseridos no corpo feminino.

Assim, é realizado o acompanhamento da ovulação. Quando os folículos atingem seu tamanho adequado, são induzidos a amadurecer e a ovulação ocorre naturalmente dentro do corpo da mulher. Os espermatozoides do homem são então colhidos, e então inseridos dentro do útero mulher. De lá, eles poderão nadar e encontrar o gameta feminino na tuba uterina.

Esse método de reprodução assistida é indicado para casos, por exemplo, em que o pH da vagina da mulher mata os espermatozoides. Ou para quando as células masculinas possuem pouca mobilidade, Colocados mais próximos às tubas, os gametas terão mais chance de atingir o seu objetivo.

Coito programado

No caso da técnica do coito programado, a indução da ovulação pode ou não ser realizada. O método consiste no acompanhamento do ciclo fértil da mulher. Desta forma através de ultrassonografias seriadas o médico pode acompanhar o crescimento dos folículos e determinar com certa precisão o período em que ocorrerá a ovulação e assim programar os melhores dias para que o casal tenha relações sexuias e tentem a gravidez de forma natural.

Doação de gametas e barriga solidária

Existem ainda outros técnicas de reprodução assistida oferecida aos casais inférteis. As citadas até aqui, no entanto são as mais comuns. Para qualquer uma delas, excluindo o coito programado, é possível utilizar gametas doados por terceiros.

O uso de gametas doados é indicado para situações em que um dos envolvidos ou ambos não possuem condições para se tentar a gravidez com os gametas próprios seja por falta dos mesmo ou por não serem de boa qualidade. Nestes casos, o casal pode recorrer a um banco de gametas doados, que serão utilizados para a obtenção de um embrião viável.

A doação de gametas no Brasil deve ser feita de forma anônima. Podem doar homens de até 50 anos, e mulheres com até 35 anos de idade. Essa diferença existe porque, a partir dos 35 anos, a mulher tem sua capacidade reprodutiva diminuída, assim como a qualidade de seus óvulos.

Quem escolhe os gametas que serão utilizados são os próprios paciente envolvidos no processo através de um banco de dados com as características dos doadores porém a identidade dos mesmos tem que ser mantida em sigilo segundo as normativas do conselho federal de medicina (CFM) . Isso significa que os pais não têm acesso à identidade do doador, o que pode evitar constrangimentos futuros. Para a escolha, o especialista busca ajustar as características físicas do doador às dos pais. Assim, a criança gerada será a mais semelhante possível daqueles que a criarão.

Existe também a chamada “barriga solidária” alternativa é interessante para as mães que possuem problemas graves especialmente no útero ou até mesmo necessitam de realizar a retirada do mesmo (Histerectomia) . E também para casais homoafetivos. Neste caso os embriões são gerados a partir dos gametas dos próprio envolvidos e são colocados em um útero de uma outra mulher. Esta mulher obrigatoriamente tem que ser parente de até quarto grau de um dos pacientes. É necessário a assinatura de um documento formalizando todo o processo. A criança gerada pertencerá às pessoas que forneceram os gametas e não a mulher que gerou o bebê.     

Especialista em reprodução humana

Quando a paciente quer engravidar, procura um médico especialista em reprodução humana que são especialistas em ginecologia, que se dedicam ao tratamento de infertilidade. Pois, dentro da especialização em ginecologia (residência médica), estudam-se as doenças que acometem a mulher, inclusive as relacionadas à fertilidade. Após a residência médica em ginecologia, o ginecologista procura aprofundar-se no estudo da infertilidade com estágios ou cursos.

O aumento do número de casais inférteis, bem como de clínicas que abrem suas portas para profissionais realizarem a reprodução assistida em suas pacientes, tem despertado interesse de vários ginecologistas para esse campo de atuação. Porém, a formação do ginecologista que vai atuar em reprodução humana é bastante demorada, pois, além de ter conhecimentos clínicos de ginecologia geral e ginecologia endócrina, tem que adquirir conhecimentos teóricos e desenvolver habilidade cirúrgica em microcirurgia, videolaparoscopia/ vídeo-histeroscopia, ultrassonografia, etc.

Esse profissional (médico especialista em reprodução humana) também deve dominar a reprodução assistida (RA). Alguns profissionais abreviam a formação, não executando cirurgias, dedicando-se à RA. A RA (inseminação intrauterina, fertilização in vitro/ICSI) apresenta ótimos resultados em termos de obtenção de gravidez, com a vantagem da possibilidade de obter gestação rapidamente. Mas, há necessidade de investimento financeiro e o desgaste psicológico é importante. Além da necessidade de administração de injeções de hormônios e aumentam-se os riscos de gravidez múltipla.

Os homens contribuem igualmente com as causas de infertilidade. Assim, alguns urologistas aprofundam-se no estudo da fertilidade masculina (andrologia), tanto no diagnóstico como no tratamento dos fatores masculinos de infertilidade, como varicocele, infecções, correções de vasectomias, distúrbios hormonais masculinos, etc.

Ambos os especialistas (ginecologista e urologista) são importantes na abordagem do casal infértil, pois os conhecimentos de ambos é que permitem o diagnóstico e o tratamento preciso em cada casal. A inexistência dessa interação pode causar equívocos na condução dos casos de infertilidade. É lógico pensar que o ginecologista avalia e trata melhor a mulher e o urologista, o homem.

Além do ginecologista e andrologista, especialistas em outras áreas da medicina são importantes para ajudar em casos complexos de infertilidade em que se exige o conhecimento de outros campos da medicina, como geneticistas, endocrinologistas, cirurgiões, clínicos, radiologistas, ultrassonografistas, etc. Por isso, há convergência de pacientes para centros maiores para tratamento de casos mais complexos de reprodução humana, pela possibilidade de discussão de casos com equipe multidisciplinar.