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Infertilidade: Masculina, Feminina e Tratamentos

Infertilidade: Masculina, Feminina e Tratamentos

Postado em: 22 de maio de 2018

Para muitos casais, o desejo de gerar um filho é imenso. O período de gravidez, a ansiedade de espera pelo bebê, o período pós-nascimento que traz tanta alegria. Tudo parece fazer parte de um sonho… Com o objetivo da gravidez, então, é suspenso o uso de métodos contraceptivos e a prática de relações sexuais sempre […]

Para muitos casais, o desejo de gerar um filho é imenso. O período de gravidez, a ansiedade de espera pelo bebê, o período pós-nascimento que traz tanta alegria. Tudo parece fazer parte de um sonho…

Com o objetivo da gravidez, então, é suspenso o uso de métodos contraceptivos e a prática de relações sexuais sempre se torna mais intensa. Em algumas situações, porém, após meses e meses de tentativas, não há o menor sinal de uma gestação. O problema, nesse caso, pode ser infertilidade.

Os casos de infertilidade são mais comuns do que se imagina. Cerca de 15% dos casais encontram dificuldade em engravidar. Inclusive porque o ser humano não é um ser extremamente fértil: por mês, há apenas 20% a 25% de chance que uma gravidez “vingue” e, essas chances diminuem de forma mais acentuada após os 35 anos. Aos 40 anos, 33% das mulheres são inférteis, o que explica porque a infertilidade tem aumentado uma vez que muitas estão protelando o momento da gravidez. Além disso, a qualidade do sêmen também tem diminuído e isto se acentua após os 40 anos.

Hoje em dia com as diversas técnicas existentes, pode-se dizer que infertilidade é tratável. O fundamental é a realização de uma avaliação detalhada do casal, por médicos especialistas em infertilidade, para que se identifique as causas do problema e se institua o melhor tratamento de uma forma individualizada. Descubra tudo sobre a infertilidade nesse guia completo!

O que é a infertilidade?

Como citado no início desse texto, um casal apresenta por mês apenas 20% a 25% de chance de engravidar. Por isso, é mais comum que o período entre o “abandono” de contraceptivos e a gestação em curso tenha vários meses. Considera-se infértil um casal que mesmo tendo relações sexuais frequentes, não consegue engravidar após 12 meses de tentativa.

Se após um ano de tentativas a gestação não acontece, é fundamental que o casal procure o médico para fazer uma avaliação. Se a mulher possui mais de 35 anos, contudo, essa visita ao médico deve ocorrer mais cedo. Após seis meses de tentativas, homem e mulher devem procurar juntos um especialista. Afinal, após essa idade, a fertilidade das mulheres naturalmente diminui de uma forma mais acentuada. No caso dos homens, os espermatozoides também perdem sua qualidade, principalmente após os 40 anos.

Quando o casal consegue engravidar, mas a gestação não é levada adiante, por um aborto espontâneo e isso se repete mais de uma vez,  o quadro também é caracterizado como infertilidade. Por isso, deve-se da mesma forma,  procurar um médico especialista.

Existem dois tipos de infertilidade. A primária acontece quando a mulher nunca passou por gravidez. E também a secundária, quando ela já engravidou uma vez e não consegue mais. Isso significa que, mesmo que já tenha um filho, a mulher pode se tornar infértil.

As causas da infertilidade são sempre investigadas no casal. Isso porque os problemas podem ser tanto do homem quanto da mulher. Estima-se que 30% dos casos de dificuldades estão relacionados aos fatores femininos. Outros 30% dizem respeito às condições masculinas. Os 40% restantes são divididos entre motivos do casal (30%) e por causas indeterminadas (10% das situações).

Reprodução humana

Para que a gravidez ocorra, é preciso que um longo processo aconteça. Primeiro, a mulher nasce com um número limitado de células reprodutoras (os óvulos) e que vão sendo gastos ao longo de sua vida, sendo que quando ela entra na puberdade e, começa a menstruar sobram aproximadamente em torno de 500.000 óvulos. Pelos próximos 30 a 40 anos, 400 a 500 óvulos são selecionados mensalmente para serem ovulados. É importante saber de que deste óvulos selecionado mensalmente, na maioria das vezes, somente um atinge a maturidade necessária, para que ocorra a ovulação.  Caso não ocorra a fecundação as mulheres  menstruam, essa é a forma de liberar o útero, da estrutura que foi criada e, não utilizada, para o feto.

Já o homem, quando atinge a puberdade, passa a produzir espermatozoides. Eles são as células reprodutoras masculinas e fecundam o óvulo, para gerar um novo ser.

O processo natural para que isso ocorra é a relação sexual. Na ejaculação, o homem libera um jato de sêmen cheio de espermatozoides. As células, então, nadam pelo útero feminino e vão encontrar o óvulo nas tubas uterinas. O nadador “vencedor” alcança o óvulo e realiza sua fecundação.

Daí, as células dessa junção começam a se dividir. Primeiro, formam um pequeno emaranhado de células, chamado de zigoto. Ele é transportado e se “agarra” ao útero, onde receberá nutrientes para se desenvolver. Depois, as células vão se dividindo continuamente, até que dão origem ao feto e, formam cada parte do bebê. Em nove meses, normalmente, esse processo é completado e o novo pequeno ser humano vem ao mundo, para alegrar a família.

Pois bem, em qualquer um desses momentos, alterações podem ocorrer e impedir a completude do processo. Ou seja, a infertilidade se faz presente, e precisa ser tratada por um especialista.

Infertilidade feminina

Os dois principais fatores associados à infertilidade feminina são: dificuldade para ovular e as alterações nas trompas.

A dificuldade para ovular (disfunção da ovulação) é a causa de infertilidade mais comum, entre as mulheres e normalmente está relacionada as alterações do padrão da menstruação, principalmente quando existem ciclos com de mais de 30 dias. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a condição clínica que está ligada à disfunção da ovulação e pode acometer 15 a 20 % das mulheres em idade fértil. A SOP além da dificuldade para ovular,  está ligada ao aumento dos pelos, alterações metabólicas, como diabetes (aumento glicose no sangue), hipercolesterolemia (aumento de gordura no sangue) e obesidade. Outros distúrbios que podem trazer contratempos, são as alterações hormonais como por exemplo, problemas na tireoide.

A segunda causa mais comum de infertilidade feminina é a alteração das trompas, estas que  são fundamentais no processo de fecundação, pois é ali que há o encontro do óvulo com o espermatozoide. Algumas infecções que são transmitidas pelas relações sexuais, podem ocasionar a obstrução das trompas e, com isso impedir a fecundação. As bactérias mais comumente envolvidas neste processo são: a chlamydia e o gonococo (que causa a chamada gonorreia).

Outra doença que também pode comprometer as trompas, é  a endometriose.Uma doença na qual o endométrio (camada interna do útero) acaba por se posicionar fora do útero, onde promove alterações inflamatórias, que muitas vezes modifica a anatomia da pelve feminina, ocasionado lesões nas trompas. Além disso, este processo inflamatório pode levar a um quadro de dor forte no período menstrual (dismenorreia), alterações nos ovários com formação de um cistos de sangues (endometrioma), entre outras disfunções. A endometriose é uma doença complexa, que além de causar lesões nas trompas podem dificultar a ovulação e, atrapalhar a fecundação e implantação de embrião no útero. A endometriose pode acometer 10% das mulheres. O principal sintoma da endometriose é a cólica forte no período menstrual. Problemas hormonais, por sua vez, podem gerar a anovulação. Isso significa que a mulher deixa de liberar óvulo mensalmente. Sem ele, não há o que o espermatozoide fecundar. O estresse e ovário policístico podem ter esse mesmo efeito, assim como a perda significativa de peso corporal.

Outras causas no corpo da mulher

Problemas que acometem o útero também podem causar dificuldades para engravidar.

Os miomas ou fibromas (nódulos benignos do músculo do útero) são um exemplo disso. Porém, nem todo mioma interfere na fertilidade. Os miomas podem crescer para fora do útero (miomas subseroso), no músculo do útero (miomas intramurais) ou para dentro do útero( miomas submucosos). Somente os miomas que crescem para dentro da útero podem dificultar a gravidez.

Algumas más formações uterinas congênitas também podem ser causas de infertilidade. Dentre estas, destaca-se o útero septado  e o útero didelfo.

A chamada menopausa prematura é outro fator que pode levar à infertilidade feminina. Normalmente, a menopausa acontece após os 40 anos. Na versão prematura, ela ocorre antes deste período e compromete a reprodução, pois nesses casos, os óvulos acabam antes do tempo previsto.

Além desses, a esterilização feminina onde se faz a ligadura das trompas (laqueadura), feita como método contraceptivo, também pode impedir a gravidez, principalmente quando é realizada em mulheres jovens com menos de 35 anos. Muitas mulheres que foram submetidas à laqueadura acabam se arrependendo ou trocando de parceiros e uma vez que, as trompas foram ligadas existe o impedimento da fecundação natural.

Em outras situações, o muco liberado pelo colo uterino da mulher é tão espesso, que impede a passagem dos espermatozoides para o interior do útero e desta forma, dificulta a gravidez.

Infertilidade masculina

As alterações masculinas podem contribuir para infertilidade do casal em quase 50 % das vezes, sendo que em 30% é o principal fator. Normalmente as doenças que acometem os homens podem afetar: a produção de espermatozoides ou seja, as chamadas condições como a oligozoospermia ( poucos espermatozoides) e a azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen). Também existem aqueles com qualidade ruim e outros com dificuldade de movimentação. Além  dos casos em que existe impedimento da saída dos espermatozoides, no líquido do sêmen, chamado de fator obstrutivo.

A doença que mais comumente leva a infertilidade masculina é a varicocele. Trata-se da presença de varizes no bolsa escrotal, o que acarreta aumento da temperatura e aumento de substâncias nocivas aos espermatozoides, ocasionando alterações no número e na qualidade dos mesmos. Geralmente é possível o tratamento através de cirurgia.

Já a azoospermia é a condição em que o homem não possui espermatozoides presentes em seu sêmen. Ou seja, quando ejacula, ele não libera células reprodutoras. Podem ser obstrutivas ou não obstrutivas.

No caso da azoospermia obstrutiva o ducto deferente (canal pelo qual passa o sêmen) está obstruído ou não se formou . O problema pode ser gerado por infecções, fibrose cística (doença genética que não existe a formação dos ducto deferentes) e vasectomia. O tratamento pode ser feito através de cirurgia corretivas ou pode-se retirar espermatozoides de outras lugares do testículos).

No caso da condição não obstrutiva, porém, o homem possui geralmente uma deficiência na produção de espermatozoides. A deficiência pode bloquear por completo essa produção, ou gera um número insuficiente de células. Nesse caso, as causas costumam ser genéticas ou hormonais. A idade também pode afetar a qualidade e a produção dos espermatozoides, principalmente acima dos 40 anos.

A história que os homens vão ter espermatozoides a vida toda nem sempre é verdadeira.
Assim como no caso das mulheres, um casal em que existe problema da parte masculina, precisa fazer uma avaliação com um médico especialista em infertilidade.

Doenças, drogas e hormônios

Entre as causas da infertilidade masculina, é possível citar também processos infecciosos. Como a inflamação dos testículos, do canal deferente ou do próprio pênis. Normalmente, as infecções são resultado de Doenças Sexualmente Transmissíveis, como a gonorreia ou a clamídia.

O uso de uma série de medicamentos e drogas é igualmente prejudicial à fertilidade do homem. Medicamentos utilizados na quimioterapia, por exemplo, podem afetar a produção de espermatozoides. Assim como a utilização de anabolizantes, muito comuns nas academias,  que podem parar por completo a produção dos espermatozoides

Já a maconha afeta a locomoção dos espermatozoides. Enquanto isso, a cocaína prejudica sua produção. O cigarro tem os mesmos efeitos e também pode dificultar a ereção do homem. Por último, o álcool prejudica a qualidade dos gametas.

Existem ainda situações em que o próprio corpo do homem cria anticorpos contra os espermatozoides. O corpo da mulher pode fazer o mesmo com os gametas do homem. Aqui, as causas são diversas e os espermatozoides que deveriam fecundar um óvulo, são destruídos antes mesmo de saírem ou chegarem ao seu destino.

As alterações hormonais do homem, no que lhe concernem, podem dificultar a produção dos seus gametas. O FSH (Hormônio Folículo Estimulante) é o que estimula a produção do espermatozoide. Já o LH (Hormônio Luteinizante) é o que incita a produção da testosterona. Essa, por sua vez, é uma substância ligada ao libido e ereção masculina. Se forem produzidos em menor quantidade do que deveriam, esses hormônios falharão em suas missões.

Outros fatores causuais no homem

Os espermatozoides ainda podem apresentar anomalias devido à diabetes, tireoide, insuficiência hepática e renal. Assim como, tumores e má formação congênita.

A vasectomia, cirurgia utilizada como contracepção, também acaba por ser causa da infertilidade masculina. Em 80% dos indivíduos, contudo, é possível reverter o processo, e assim permitir que o homem volte a ejacular gametas.

Porém, é preciso destacar que os homens que realizam vasectomia tem sua fertilidade diminuída ao longo do tempo. Afinal, os espermatozoides, como não são liberados pelo corpo, acabam por ser represados. Eles logo morrem e são liberados na corrente sanguínea. O corpo, então, trata de produzir anticorpos contra essas células, o que pode se tornar um problema depois.

Fatores de risco

Dentre os fatores de risco que diminuem a fertilidade de homens e mulheres, os principais são os maus hábitos de vida e fatores ambientais . Como o cigarro, que afeta a produção e/ou liberação dos gametas. Por isso, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva estabeleceu quatro cuidados para quem deseja um dia ter filhos.

O primeiro deles é se preocupar com a idade. Como já explicado, quanto mais velhos os indivíduos, maior a dificuldade de fecundação do óvulo. Tanto porque a mulher diminui sua regularidade e liberação dos óvulos, quanto porque o homem passa a produzir menos espermatozoides e com qualidade mais baixa. Por isso, é interessante engravidar até os 35 anos, aproximadamente.

Outro cuidado mais que fundamental é com a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis. As doenças prejudicam o corpo humano de forma geral e muitas podem levar aos casos graves. Neste fato específico, porém, elas são prejudiciais porque também atrapalham produção e liberação de gametas. Ao mesmo tempo, podem danificar os órgãos reprodutores, como o útero e dificultar todo o processo de reprodução.

Além disso, há a necessidade de controle de peso. Quando os indivíduos estão muito acima ou muito abaixo do peso, o corpo responde de forma diversa, prejudicando todas as funções do organismo. Afinal, estar fora do peso adequado prejudica a produção de hormônios femininos e masculinos.

Por último, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva diz ser fundamental parar de fumar, pois o tabagismo afeta a fertilidade. A mulher é a principal afetada pelo fumo. O cigarro pode interferir, por exemplo, na implantação do óvulo fecundado, ou então na própria fecundação.

O estresse e outros fatores que debilitem a saúde também podem ser causas da dificuldade em engravidar. Por isso, devem ser considerados fatores de risco, ganhando atenção especial na prevenção.

Qual a diferença entre infertilidade e esterilidade?

Para muita gente que ouve falar em infertilidade, o susto e o receio são crescentes. “Isso quer dizer que não posso ter filhos?”, questionam-se. A infertilidade, porém, não quer dizer esterilidade – apesar de ambas serem temidas, significam coisas diferentes.
A infertilidade é uma condição em que o casal, após um ano de tentativas, não consegue engravidar. Ela requer tratamento e na maior parte dos casos é revertida. Logo, o casal consegue conceber e aumentar a família.
A esterilidade, por outro lado, é a impossibilidade completa de gerar filhos naturalmente. Geralmente, ela significa que o homem e/ou a mulher não conseguem produzir suas células reprodutoras. Pode referir-se também a impossibilidade de geração de zigotos viáveis. Mas mesmo nestes casos podem existir possibilidades de gravidez, através da doação de gametas (óvulos e espermatozoides) ou por meio do útero de substituição (“barriga de aluguel”) Cabe salientar que existem regras específicas para estes tipos de tratamentos, a fim de que se respeite as condições éticas. Uma outra alternativa, nestes casos é a adoção, que dá a família um filho não concebido pelo casal, mas amado da mesma forma.

Sintomas

Pode-se dizer que o principal sintoma da infertilidade é a falta da gestação após um tempo de 12 meses de tentativa, como já citado anteriormente. Entretanto, a infertilidade propriamente dita não possui sintomas. Suas causas, porém, costumam apresentar sinais e podem chamar a atenção dos indivíduos. Caso perceba um dos sintomas, o casal pode procurar um médico antes do previsto e, assim iniciar imediatamente o tratamento da condição.

Nos homens, é possível observar, por exemplo, o tamanho dos testículos. Quando um é maior que o outro, ou quando existe a sensação de uma massa em algum deles, pode ser sinal de algum problema que afete a reprodução.

Marcas de varizes nos órgãos são igualmente preocupantes. Afinal, elas são sinal de varicocele, que prejudica o transporte de sangue à região. Sem sangue, os testículos não recebem nutrientes para a produção dos gametas masculinos.

A dificuldade em urinar ou em obter uma ereção, também merecem atenção. Elas podem indicar, por exemplo, obstrução do canal deferente, o que impede a passagem dos espermatozoides.

Os sintomas nas mulheres são diversos, uma vez que são muitas as causas de infertilidade nelas. Cólicas muito fortes, por exemplo, podem indicar endometriose, um dos problemas mais comuns para engravidar.

O fluxo menstrual diferente do habitual e o ciclo menstrual irregular também devem ser observados. Assim como alterações na pele, diminuição do apetite sexual, ganho de peso e queda do cabelo. Nesses casos, os sintomas são gerados por alterações hormonais, o que, obviamente, afetam a concepção.

Diagnóstico de infertilidade feminina

Para a descoberta de problemas que afetam a fertilidade é muito importante que sempre seja feita uma avaliação do casal. Nunca pode-se falar que apenas o homem ou a mulher tem “culpa”. Até porque, fatores associados de ambos podem ser os causadores da dificuldade em conceber.

Na mulher, os exames realizados são diversos mas de uma maneira mais básica sempre procura saber se existe a ovulação, alterações uterinas e nas trompas. Neste caso é quase sempre necessário a realização de ultrassonografia transvaginal (analisa o formato dos útero, o tamanho dos ovários presença ou não de cistos ou tumores), realização de dosagem hormonal (com estes exames é possível avaliar principalmente a função dos ovários) e a realização de histerossalpingografia (exame que avalia o interior do útero e se as trompas estão pérvias).

Além disso, pode ser necessário exames mais detalhados como por exemplo, a ressonância magnética que identifica muitas vezes, a presença de endometriose e a histeroscopia (trata-se de uma endoscopia do útero, onde o médico visualiza a cavidade uterina, de forma direta através de uma câmera).

Descoberta da infertilidade no homem

O principal exame para a descoberta da infertilidade masculina é o espermograma. No teste, o médico especialista avalia a cor, odor, volume, viscosidade e pH do sêmen do homem. Pode perceber, ao mesmo tempo, a capacidade de movimentação dos espermatozoides, assim como sua forma. O sêmen é geralmente colhido por masturbação.

O exame físico no consultório médico é igualmente importante. Afinal, por meio dele o especialista pode perceber uma série de alterações, que não aparecem no espermograma, como por exemplo, a presença de varicocele ou tumores nos testículos.

Tratamentos

Feito o diagnóstico e determinada a causa da infertilidade do casal, o médico especialista pode indicar o tratamento mais adequado para a concepção. Em muitas situações, ele começa pelo tratamento da causa em si, e depois avança para técnicas de reprodução. Nem todo casal vai precisar de tratamento complexos como a fertilização in vitro. Pelo contrário, muitas vezes consegue a gestação, através de procedimentos mais simples.

O tratamento de reprodução assistida mais simples, trata-se do chamado coito programado. Neste caso é sempre necessário um espermograma normal e pelo menos uma trompa pérvia. Basicamente se faz a indução da ovulação e através de ultrassonografia seriada, consegue-se determinar o período fértil e, assim programar quais os melhores dias em que os casais devem ter relações sexuais.

Outra opção de tratamento comum é inseminação artificial. O processo é até parecido com o anterior, onde também ocorre a indução da ovulação e ultrassonografia seriada, mas neste caso é possível através de uma injeção, programar o rompimento do óvulo (a ovulação) para uma dia específico e, neste momento é inserido dentro do útero, o sêmen preparado com os melhores espermatozoides. A fecundação neste caso é natural e ocorre dentro do corpo da mulher. A alternativa é a ideal, por exemplo, para quando a infertilidade acontece pela inabilidade dos espermatozoides em “nadarem” ou seja, quando se tem alterações leves, da parte masculina. Colocados mais próximos ao óvulo (já dentro do corpo da mulher), os gametas têm maior chance de sucesso.

Dentre as possibilidades  mais popularmente conhecidas está a fertilização in vitro. Nela, o encontro entre óvulo e espermatozoide acontece fora do corpo da mulher. Ou seja, a formação dos embriões, e só depois ele é inserido no útero. Para isso, o processo é dividido em etapas.

Primeiramente, há a indução da ovulação. Por meio de medicamentos, o corpo da mulher é estimulado a produzir uma quantidade maior de óvulos, em um mesmo ciclo, em média de 8 a 15 óvulos. Vale lembrar que naturalmente é produzido normalmente somente um óvulo por vez. Em seguida, esse óvulos são coletados através de aspiração com uma agulha, por meio de uma cirurgia com sedação da paciente. A coleta dos espermatozoides também é feita, dessa vez por masturbação do homem.

Em seguida, a fecundação é realizada em laboratório. Isso significa que os gametas feminino e masculinos são unidos  e colocados para se desenvolver por até 5 dias. Após esse período, o processo já gerou um embrião que é inserido no útero da mulher. Após 15 dias, aproximadamente, é possível saber se a gravidez “vingou” ou não.

Já o chamado tratamento ICSI, coleta apenas um espermatozoide, que em laboratório é injetado no óvulo. Essa injeção é feita por uma agulha de extrema precisão. A técnica é interessante, para quando o problema é a fragmentação do DNA do espermatozoide. Quando criado, o embrião é também inserido no útero, como na fertilização in vitro.

O tratamento cirúrgico, por sua vez, é o mais adequado quando há a necessidade de coleta de espermatozoides, por forma que não seja a masturbação. Como quando o canal deferente está obstruído ou quando não existem gametas no sêmen. Coletadas, as células reprodutoras podem ser usadas no in vitro ou inseminação.

Fatores psicológicos X sucesso do tratamento

Cuidados com corpo e mente

Por todos esses motivos, é interessantíssimo obter acompanhamento psicológico durante o processo de tratamento para infertilidade. Conversando com um especialista regularmente, o casal poderá ter maior controle sobre seus sentimentos. Conseguirá também lidar melhor com as situações de decepção e frustração.

Além disso, é fundamental que haja intensa parceria entre o homem e a mulher. Se não se apoiarem, dificilmente terão sucesso rápido. Porque, como já explicado, o emocional afeta muito o resultado dos métodos para concepção. Assim, é preciso criar a ideia de ouvir o outro, ser compreensivo e nunca apontar a “culpa”.

É importante, ao mesmo tempo, investir tempo e atenção em outras áreas da vida. Dedicar-se ao trabalho e ao lazer, cria um subterfúgio às dificuldades de um tratamento para engravidar e ajuda a manter o corpo mais feliz, descansado e relaxado.

Para que o bem-estar do organismo, uma dica é manter a alimentação saudável e balanceada. Com uma dieta adequada, o nível de estresse pode inclusive baixar. A prática de exercícios físicos é igualmente vantajosa, mas não deve ser exagerada. Afinal, o exagero pode prejudicar a ovulação feminina.

Seguindo todas as indicações deste guia, a possibilidade de sucesso da sua gravidez é ainda maior! Lembre-se de procurar um especialista de confiança e iniciar o tratamento logo que perceber algo errado no processo de concepção.