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Congelamento de Óvulos e Embriões – Como funciona?

O congelamento de óvulos e embriões não é uma opção para muitas mulheres com mais de 30 anos. É preciso examinar melhor qual a condição de saúde de cada mulher que deseja realizar o congelamento de seus óvulos, saber em que condições de saúde estão às mulheres que produzem seus próprios óvulos aos 40 anos. Há uma queda acentuada de produção entre uma idade e outra, mas ainda assim a avaliação clínica se faz necessária. Óvulos de uma mulher de 39 anos, quando congelados, têm maior índice de fertilização in vitro do que óvulos de outra com 42 anos de idade?

O envelhecimento dos óvulos

Para compreender a polêmica levantada durante o congresso, é preciso saber que a mulher nasce com um a dois milhões de óvulos, mas só cerca de 500 amadurecem. Os demais regridem e são absorvidos pelo organismo, a partir da puberdade. Não sendo fecundados, são mensalmente expelidos. O período fértil de cada mulher é bastante variável, mas, em média, inicia-se por volta dos 12 ou 14 anos de idade, terminando em torno dos 45 ou 50 anos. “Porém, é comum que por volta dos 35 anos, a produção de óvulos comece a declinar, bem como a qualidade dos mesmos. Esta é a principal razão para que os médicos alertem as pacientes para os riscos de uma gestação tardia”, diz Joji Ueno, que também coordena o Instituto GERA de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

Como a perda da capacidade de ovular é uma consequência natural do envelhecimento, os especialistas em reprodução humana dispõem de meios para avaliar a produção hormonal e os órgãos reprodutivos femininos: ovários, útero e trompas. Um dos exames mais conhecidos é o teste que mede, pelo exame de sangue, o hormônio folículo-estimulante (FSH). “Altas taxas de FSH, em dias específicos do ciclo menstrual, podem indicar que ocorreu um declínio na quantidade dos óvulos produzidos”, explica médico, que também dirige a Clínica GERA. Há a possibilidade de avaliar, também por meio do exame de sangue, as taxas de outros hormônios, como o estradiol, o LH e a inibina B. Alterações nas marcas dessas substâncias correspondem a quedas na quantidade dos óvulos.

Outro recurso utilizado nesta análise é a ultrassonografia pélvica pela contagem de folículos antrais, por onde o especialista poderá ter uma estimativa de quantos folículos poderão ser estimulados a se desenvolver em cada um dos ovários e quantos deles vão chegar ao ponto de maturidade. “Entretanto, é bom destacar que nenhum dos exames citados determina a reserva folicular da mulher, ou seja, o número de anos férteis que ela ainda tem. São apenas ferramentas importantes que utilizamos para proporcionar à paciente uma espécie de panorama da fertilidade dela”, explica Joji Ueno.

Como é feito o congelamento de óvulos e embriões?

O procedimento para congelar o óvulo é usual, mas exige profissionais especializados e ambiente adequado para o armazenamento. Após exames de rotina, como o ultrassom e a dosagem hormonal, o especialista em reprodução humana vai avaliar se a mulher tem condições de, futuramente, ser indicada para a fertilização in vitro (FIV). Após ser aprovada nesses testes preliminares, a futura mãe é submetida a um processo de estimulação feito com hormônios, que dura um mês. “A paciente passa por um estímulo ovariano, produzindo um número maior de oócitos – óvulos – se comparado a um ciclo natural”, explica Joji Ueno, Doutor em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP.

Depois desses 30 dias de estimulação é preciso impedir a menstruação. Para que isso não aconteça, a paciente recebe, por oito dias, um medicamento que inibe o sangramento menstrual. Só depois disso é que um outro medicamento será injetado para estimular a ovulação, que passa a ser monitorada pelo médico que a acompanha. Definida a data da coleta, a paciente passa por uma aspiração do maior número possível de óvulos, que serão congelados em nitrogênio líquido.

E o descongelamento?

Apesar de ter sido aprimorada, a técnica de congelamento de óvulos ainda é pobre em resultados. Ou seja, não há segurança de que o óvulo estará viável para a fertilização após o descongelamento. É preciso cuidado ao oferecer o serviço, o médico deve informar à paciente que a técnica é experimental e que não é possível garantir que ela vá engravidar no futuro.

Quanto custa congelamento de óvulos

O custo do congelamento de óvulos leva em conta os honorários médicos e de laboratório. O médico estipula um preço pela avaliação clínica personalizada para ver se a mulher tem condições clínicas de produzir óvulos para serem retirados. O ginecologista vai ter que avaliar se a mulher terá condições de utilizar os óvulos congelados no futuro, se suas condições de saúde permitirão utilização dos óvulos para possível gestação.

Após saber se a paciente tem condições clínicas de congelar óvulos, ela terá que tomar injeções para estimular os ovários a produzir óvulos. Esta orientação e monitorização com ultrassonografia e dosagens hormonais será atribuição do ginecologista, portanto será cobrada por ele.

A paciente terá que submeter-se a ultrassonografia seriada para medir o tamanho dos folículos (produzidos pelos ovários). Após 8 a 10 dias o médico determinará o dia da retirada dos óvulos. Poderá haver o cancelamento do ciclo por má resposta. Isto é, a paciente poderá não produzir os folículos, não permitindo a sua retirada. A clínica cobrará um valor até este ponto. Poderá ocorrer cancelamento por uma resposta excessiva aos hormônios.

O cancelamento por excesso de resposta ovariana exigirá o acompanhamento clínico do ginecologista pelo risco da síndrome da hiperestimulação ovariana, situação em que a mulher terá muitos folículos com elevação grande dos hormônios, podendo acarretar complicações sérias a ponto de necessitar de internação hospitalar. Neste caso o trabalho médico extra poderá ser cobrado.

No dia da retirada dos óvulos a paciente deverá dirigir-se ao laboratório de fertilização in vitro para proceder a captação de óvulos, que é feito em ambiente cirúrgico. Paciente é submetida à sedação por médico anestesista que cobrará seus honorários diretamente da paciente ou a clínica cobrará e repassará para o anestesista. Haverá um custo pela utilização do centro cirúrgico.

O médico fará a aspiração folicular (retirada de óvulos) em cirúrgico da clínica de reprodução humana. Introduz-se uma agulha através da vagina e sob orientação ultrassonográfica procede-se a captação de óvulos. Se ocorrer tudo bem os custos médicos da preservação da fertilidade terminam por aqui.

As complicações da captação de óvulos são muito raras. Mas, poderão ocorrer complicações como sangramentos dentro do abdome pela perfuração dos ovários, lesão de bexiga ou alça intestinal. Assim, poderá ocorrer a necessidade de correções cirúrgicas, o que poderá onerar mais a preservação da fertilidade.

Diante de complicações, que são eventos indesejáveis tanto para a paciente como para o médico, fica uma situação delicada. Pois, vai gerar um custo extra para paciente que poderá achar que não deveria pagar o médico e nem outros custos gerados a partir da complicação. O médico, por outro lado poderá sentir no direito de cobrar pelo trabalho.
O trabalho laboratorial começa antes da captação de óvulos com a preparação do laboratório. A embriologista deverá preparar o meio de cultura onde será colocado os óvulos coletados. Terá que ter a certeza que todos os equipamentos estejam em condições ideais de funcionamento para receber os óvulos da paciente que vai preservar. Assim, mesmo que não tenha óvulos com a aspiração de óvulos, já haverá um gasto que a paciente terá que pagar.

Os óvulos são classificados no laboratório de fertilização in vitro. Somente os maduros de qualidade poderão ser congelados, ou vitrificados. Os de má qualidade são desprezados. A paciente paga pelo processo de congelamento. Se a paciente tem mais óvulos os custos são maiores, se tem poucos óvulos, os custos são menores.

Os óvulos podem ficar por tempo indeterminado vitrificados no laboratório. Os custos da manutenção do material genético criopreservado deverá ser pago pela paciente. Poderá haver uma mensalidade, semestralidade ou anuidade. Após o descongelamento no futuro, haverá um custo laboratorial, além dos custos do médico que acompanhará clínico.

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