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Reprodução Humana

Reprodução Humana

Postado em: 25 de fevereiro de 2015

Conheça as principais informações e novidades sobre a reprodução humana.

A reprodução humana é um processo complexo, que passa por uma série de etapas de maturação do corpo feminino e masculino. Seu modo mais comum de ocorrência é por meio da relação sexual.

Os casais que possuem problemas de infertilidade, no entanto, podem contar com técnicas de reprodução assistida para conceber. Assim como casais homoafetivos, ou indivíduos que desejam uma produção independente.

Quer compreender mais sobre a reprodução, e os métodos assistidos de concepção? Acompanhe este texto! Nele, apresentaremos a fisiologia dos corpos femininos e masculinos, e o processo de geração de um bebê.

Reprodução humana: sistema reprodutor feminino

O sistema reprodutor feminino é composto pela vagina, útero, ovários e tubas uterinas. A vagina é o canal pelo qual os espermatozoides adentram o corpo da mulher. O útero, por sua vez, é o órgão que abriga o feto e se expande para seu crescimento.

Já os ovários são os órgãos nos quais os ovários são maturados e liberados para a fecundação. Quando nasce, a mulher já possui nos ovários todos os folículos ovarianos que vai liberar durante a vida. Uma menina nasce com cerca de aproximadamente 3 milhões de folículos , este número diminui de forma que na puberdade existe por volta de 400.000 óvulos quando se inicia a menstruação. Destes, 400 a 1000 serão gastos mensalmente para que se tenha um óvulo maduro em cada ciclo menstrual capaz de gerar uma gravidez.

O ciclo ovulatório

 

 

Para começar a amadurecer os óvulos, o corpo precisa atingir a puberdade. A partir deste período, os níveis hormonais do corpo feminino aumentam, e são os  hormônios produzidos na glândula hipófise (que fica no cérebro) chamados de gonadotropinas em especial o chamado hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH)  que estimulam a ovulação.

Um ciclo ovulatório, também chamado de menstrual, tem duração média  entre 25 e 30 dias, e começa a ser contado a partir do primeiro dia da última menstruação.  Neste período, o folículo é amadurecido e liberado como óvulo aproximadamente entre o 11º e  15º dia do ciclo.

Isso, claro, quando o ciclo é considerado regular. Assim, a mulher tem seu período fértil entre o 11º e 15º dia do seu ciclo, além dos três dias antes e três dias depois desta data.  De forma geral, a célula permanece viva por mais ou menos 36 horas. Como é difícil prever sua data exata de liberação, esse intervalo maior é necessário. Logo, o período fértil consiste no tempo em que o óvulo está disponível para a fertilização.

Assim que o óvulo é liberado, ele fica disponível para fecundação nas tubas uterinas. O órgão é o que liga o útero aos ovários, e é ali que os espermatozóides encontrarão o gameta feminino para a fecundação.

Outro processo associado à ovulação é o espessamento do endométrio. Quando o folículo começa a ser amadurecido produz um hormônio chamado de estradiol que realiza o espessamento do endométrio a camada interna do útero. O endométrio será o responsável por nutrir o embrião em seus primeiros dias, garantindo que ele se desenvolva adequadamente e dê origem à gestação.

Caso a fecundação do gameta feminino não ocorra, o corpo elimina essa camada mais grossa do endométrio. É nisso que consiste a menstruação ou seja a descamação do endométrio que sai juntamente com uma pequena quantidade de sangue, o óvulo não fecundado é também é eliminado pelo organismo da mulher.

Menopausa

Quando chega a aproximadamente 50 anos, a mulher atinge a menopausa e diminui seus níveis hormonais pois os óvulos “ acabam ” e então, deixam de ser liberados, e a mulher não pode mais se reproduzir naturalmente.

Reprodução humana: sistema reprodutor masculino

Diferentemente das mulheres, os homens não nascem com suas células reprodutoras limitadas . Elas se desenvolvem a partir da puberdade, que se inicia geralmente a partir dos 13 ou 14 anos. Quando atinge essa idade, seu sistema hormonal libera substâncias como os hormônios gonadotróficos da hipófise, o luteinizante (LH) e o folículo estimulante (FSH). São estas substâncias as responsáveis por estimular os testículos a produzir espermatozoides.

Assim que produzidos nos testículos, os espermatozóides são levados ao epidídimo onde são armazenados. Durante a ejaculação os espermatozóides atingem então  canais deferentes e chegam a uretra, de onde serão liberados para fora do pênis após serem misturados com o líquido das glândulas  seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.

É nos epidídimos, por exemplo, que os espermatozóides ficam armazenados assim que produzidos nos testículos. Na mesma estrutura, eles são amadurecidos para que obtenham a capacidade de fecundação. As glândulas e próstata formam o líquido seminal, que protege os espermatozoides e ajuda em sua mobilidade.

A produção das células masculinas é contínua e ininterrupta, a menos que ocorram problemas no sistema reprodutor masculino. Os homens podem produzir gametas até o fim da vida – por isso não é tão incomum que homens mais velhos sejam país.

Ao ejacular, o homem libera em média cerca de 70 a 100 milhões de espermatozóides. Neste momento, os espermatozoides adentram o corpo feminino e nadam em busca do óvulo. Caso o encontrem, realizam a fecundação e dão origem a uma gestação.

Reprodução humana: natural

É chamada de reprodução humana natural aquela que é obtida por meio da relação sexual. Com a copulação, ou seja, a inserção do pênis na vagina feminina, o homem ejacula no canal vaginal e milhões de espermatozóides entram dentro útero. Do órgão, então, as células precisam nadar até as tubas uterinas, onde normalmente o óvulo aguarda, e podem fecundá-lo. Há situações em que mais de um óvulo está disponível, e a fecundação de ambos pode dar origem a uma gravidez gemelar, ou mesmo múltipla.

Reprodução humana: fecundação

 

 

Quando a ovulação ocorre, ou seja, quando o óvulo é liberado pelo ovário, ele fica disponível para fertilização na tuba uterina. Geralmente, ele sobrevive por aproximadamente 36 horas, tempo que corresponde ao período fértil da mulher.

Por mês, um casal tem apenas 20 a 30 % em média de chances de engravidar naturalmente. É devido a essa pequena percentagem, aliás, que é indicado realizar ao menos 12 meses de tentativas antes de buscar auxílio da reprodução assistida, mas deve abreviar este período se paciente tem fatores que sugerem infertilidade ou se tiver mais de 35 anos. Este é o tempo médio em que os casais conseguem obter sucesso na concepção.

Como a sobrevivência do óvulo é curta, é indicado que o casal que deseja engravidar mantenha a prática regular de relações sexuais. Relações estas que devem ser intensificadas três dias antes e três dias depois da data prevista para a ovulação. Espermatozoides conseguem sobreviver no corpo feminino por até 72 horas, e o intervalo maior garante que eles estarão disponíveis para fertilização assim que o gameta feminino for disponibilizado.

Chama-se de fecundação o encontro entre óvulo e espermatozóide. Assim que consegue encontrar a célula feminina, o gameta do homem une seu núcleo ao primeiro, e juntos eles formam um zigoto/embrião.

Este zigoto, então, “caminha” para o útero e se agarra à seu endométrio. Como citado anteriormente, o endométrio é a camada por nutrir o embrião até que a placenta se forme. A fixação do embrião ao útero é chamada de nidação, e a partir dele dá-se início à gestação.

Reprodução humana: assistida

Há situações, contudo, que todo este processo natural de reprodução humana se torna difícil levando uma casal a um quadro de infertilidade. São diversas as causas de infertilidade de um casal: dificuldade na produção e maturação dos gametas, alterações uterinas e nas trompas, dentre outras.

Existem casos, por exemplo, em que o pH da vagina da mulher é bastante ácido . Neste caso, assim que adentram o corpo feminino, espermatozoides morrem, interrompendo a viagem às tubas uterinas. Pode ocorrer também dos espermatozóides produzidos nos testículos serem insuficientes ou com pouca qualidade. Assim, eles não terão a capacidade de chegar à célula reprodutora feminina.

Uma série de doenças também podem levar à infertilidade, como é o caso da endometriose, Síndrome dos Ovários Policísticos, DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis), prostatite e varicocele. Até “simples” alterações hormonais podem prejudicar a fecundação natural, uma vez que os hormônios são parte fundamental da produção e liberação dos gametas.

Todos esses problemas, contudo, não eliminam por completo a possibilidade de gestação. Para garantir que casais inférteis sejam país, é possível contar com diversas técnicas de reprodução assistida.

 

 

Fertilização in vitro

A fertilização in vitro consiste na realização da fecundação entre óvulo e espermatozoide em laboratório. O início deste processo é realizado por meio da indução da ovulação da mulher. Para que isso ocorra, a paciente recebe algumas doses de hormônios, que vão garantir o crescimento e a maturação de mais de um óvulo.

Ao atingirem o tamanho adequado, de aproximadamente 18 mm, os folículos estarão prontos para serem retirados dos ovários. Assim, a mulher recebe nova dose de hormônios para completar a maturação dos óvulos. Trinta e seis horas depois, estes folículos são captados dos ovários por intermédio de um procedimento cirúrgico feito em ambiente hospitalar que dura  aproximadamente 15-30 minutos.

Em seguida, os espermatozoides do homem são colhidos. Essa coleta é geralmente realizada por masturbação, mas pode ser retirada diretamente dos testículos caso o homem sofra algum impedimento para a ejaculação de gametas.

Coletados, espermatozoides e óvulos são levados ao laboratório. Eles, então, são colocados juntos, o que promove a fecundação. O embrião gerado é maturado e observado por aproximadamente 5 dias. Logo depois, o melhor conjunto de células é selecionado e inserido no útero feminino. Lá, o embrião deverá se agarrar ao endométrio. Caso consiga fazê-lo, dará origem à gestação, que será confirmada 12 dias após a transferência pela dosagem hormonal da gonadotrofina coriônica humana o chamado Beta HCG.

ICSI

O processo de reprodução por ICSI é bastante semelhante ao da fertilização in vitro. É necessário realizar a indução da ovulação da mulher e a coleta dos óvulos e espermatozoides. A junção entre os gametas, no entanto, é realizada de modo diferente.

Para a fecundação, o óvulo recebe apenas um espermatozoide. Ele é selecionado em laboratório, de acordo com sua saúde, mobilidade e características morfológicas. Em seguida, o gameta é inserido no óvulo com uma pequena agulha. Após a formação do embrião o mesmo  será inserido no útero como no método anterior.

Inseminação artificial

Outra técnica bastante utilizada é a inseminação artificial. O procedimento começa novamente por meio da indução da ovulação. Porém diferentemente da fertilização espera-se que cresça de 1 a 3 folículos no máximo em cada ciclo.  O óvulo liberado, no entanto, não é captado. Sua indução só é realizada para que o médico tenha a certeza de que o gameta estará disponível no momento em que os espermatozóides forem inseridos no corpo feminino.

Assim, é realizado o acompanhamento da ovulação. Quando os folículos atingem seu tamanho adequado, são induzidos a amadurecer e a ovulação ocorre naturalmente dentro do corpo da mulher. Os espermatozoides do homem são então colhidos, e então inseridos dentro do útero mulher. De lá, eles poderão nadar e encontrar o gameta feminino na tuba uterina.

Esse método de reprodução assistida é indicado para casos, por exemplo, em que o pH da vagina da mulher mata os espermatozoides. Ou para quando as células masculinas possuem pouca mobilidade, Colocados mais próximos às tubas, os gametas terão mais chance de atingir o seu objetivo.

Coito programado

No caso da técnica do coito programado, a indução da ovulação pode ou não ser realizada. O método consiste no acompanhamento do ciclo fértil da mulher. Desta forma através de ultrassonografias seriadas o médico pode acompanhar o crescimento dos folículos e determinar com certa precisão o período em que ocorrerá a ovulação e assim programar os melhores dias para que o casal tenha relações sexuias e tentem a gravidez de forma natural.

Doação de gametas e barriga solidária

Existem ainda outros técnicas de reprodução assistida oferecida aos casais inférteis. As citadas até aqui, no entanto são as mais comuns. Para qualquer uma delas, excluindo o coito programado, é possível utilizar gametas doados por terceiros.

O uso de gametas doados é indicado para situações em que um dos envolvidos ou ambos não possuem condições para se tentar a gravidez com os gametas próprios seja por falta dos mesmo ou por não serem de boa qualidade. Nestes casos, o casal pode recorrer a um banco de gametas doados, que serão utilizados para a obtenção de um embrião viável.

A doação de gametas no Brasil deve ser feita de forma anônima. Podem doar homens de até 50 anos, e mulheres com até 35 anos de idade. Essa diferença existe porque, a partir dos 35 anos, a mulher tem sua capacidade reprodutiva diminuída, assim como a qualidade de seus óvulos.

Quem escolhe os gametas que serão utilizados são os próprios paciente envolvidos no processo através de um banco de dados com as características dos doadores porém a identidade dos mesmos tem que ser mantida em sigilo segundo as normativas do conselho federal de medicina (CFM) . Isso significa que os pais não têm acesso à identidade do doador, o que pode evitar constrangimentos futuros. Para a escolha, o especialista busca ajustar as características físicas do doador às dos pais. Assim, a criança gerada será a mais semelhante possível daqueles que a criarão.

Existe também a chamada “barriga solidária” alternativa é interessante para as mães que possuem problemas graves especialmente no útero ou até mesmo necessitam de realizar a retirada do mesmo (Histerectomia) . E também para casais homoafetivos. Neste caso os embriões são gerados a partir dos gametas dos próprio envolvidos e são colocados em um útero de uma outra mulher. Esta mulher obrigatoriamente tem que ser parente de até quarto grau de um dos pacientes. É necessário a assinatura de um documento formalizando todo o processo. A criança gerada pertencerá às pessoas que forneceram os gametas e não a mulher que gerou o bebê.     

Especialista em reprodução humana

Quando a paciente quer engravidar, procura um médico especialista em reprodução humana que são especialistas em ginecologia, que se dedicam ao tratamento de infertilidade. Pois, dentro da especialização em ginecologia (residência médica), estudam-se as doenças que acometem a mulher, inclusive as relacionadas à fertilidade. Após a residência médica em ginecologia, o ginecologista procura aprofundar-se no estudo da infertilidade com estágios ou cursos.

O aumento do número de casais inférteis, bem como de clínicas que abrem suas portas para profissionais realizarem a reprodução assistida em suas pacientes, tem despertado interesse de vários ginecologistas para esse campo de atuação. Porém, a formação do ginecologista que vai atuar em reprodução humana é bastante demorada, pois, além de ter conhecimentos clínicos de ginecologia geral e ginecologia endócrina, tem que adquirir conhecimentos teóricos e desenvolver habilidade cirúrgica em microcirurgia, videolaparoscopia/ vídeo-histeroscopia, ultrassonografia, etc.

Esse profissional (médico especialista em reprodução humana) também deve dominar a reprodução assistida (RA). Alguns profissionais abreviam a formação, não executando cirurgias, dedicando-se à RA. A RA (inseminação intrauterina, fertilização in vitro/ICSI) apresenta ótimos resultados em termos de obtenção de gravidez, com a vantagem da possibilidade de obter gestação rapidamente. Mas, há necessidade de investimento financeiro e o desgaste psicológico é importante. Além da necessidade de administração de injeções de hormônios e aumentam-se os riscos de gravidez múltipla.

Os homens contribuem igualmente com as causas de infertilidade. Assim, alguns urologistas aprofundam-se no estudo da fertilidade masculina (andrologia), tanto no diagnóstico como no tratamento dos fatores masculinos de infertilidade, como varicocele, infecções, correções de vasectomias, distúrbios hormonais masculinos, etc.

Ambos os especialistas (ginecologista e urologista) são importantes na abordagem do casal infértil, pois os conhecimentos de ambos é que permitem o diagnóstico e o tratamento preciso em cada casal. A inexistência dessa interação pode causar equívocos na condução dos casos de infertilidade. É lógico pensar que o ginecologista avalia e trata melhor a mulher e o urologista, o homem.

Além do ginecologista e andrologista, especialistas em outras áreas da medicina são importantes para ajudar em casos complexos de infertilidade em que se exige o conhecimento de outros campos da medicina, como geneticistas, endocrinologistas, cirurgiões, clínicos, radiologistas, ultrassonografistas, etc. Por isso, há convergência de pacientes para centros maiores para tratamento de casos mais complexos de reprodução humana, pela possibilidade de discussão de casos com equipe multidisciplinar.