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Quem tem Ovarios Policístico Pode Engravidar?

Quem tem Ovarios Policístico Pode Engravidar?

Postado em: 3 de agosto de 2018

Uma mulher que apresenta ovários policísticos possui uma série de cistos nos ovários. Esses cistos são pequenas bolsas cheias de líquido, que geralmente se formam a partir dos folículos ovarianos. Todo mês, a mulher libera um óvulo. No processo conhecido como ovulação, um folículo ovariano, com o qual a mulher já nasce, amadurece e entrega […]

Uma mulher que apresenta ovários policísticos possui uma série de cistos nos ovários. Esses cistos são pequenas bolsas cheias de líquido, que geralmente se formam a partir dos folículos ovarianos.

Todo mês, a mulher libera um óvulo. No processo conhecido como ovulação, um folículo ovariano, com o qual a mulher já nasce, amadurece e entrega esse gameta. O óvulo é a célula reprodutora feminina, e deve ser disponibilizado para que possa ser fecundada pelo espermatozóide masculino. É assim que dá-se início à gravidez.

Há situações, porém, em que o folículo não consegue liberar o óvulo. Nesse caso, o líquido permanece dentro dele, e um cisto folicular é formado. Também há casos em que o óvulo é liberado, mas ainda assim um cisto é gerado. Esse o cisto de corpo lúteo, e pode ter uma pequena quantidade de sangue em seu interior.

Quando cistos são formados, eles alteram consideravelmente o tamanho dos ovários. E aí, podem afetar a formação de novos óvulos e toda a fertilidade da mulher. O distúrbio não possui uma causa muito clara, mas os médicos acreditam que ele se desenvolva devido a um fator genético. Afinal de contas, mulheres com mãe, tias ou irmãs com ovários policísticos têm maior chance de desenvolverem o problema.

Outro fator relacionado à ocorrência dos ovários policísticos é a resistência a ação da insulina no organismo. Nesse caso, os pesquisadores perceberam o aumento da insulina na corrente sanguínea. Isso provoca desequilíbrios hormonais, que levam à formação de cistos.

Essa é a alteração hormonal mais comum nas mulheres, podendo atingir 20% delas. Como está relacionado à ovulação, o distúrbio só ocorre na idade fértil, normalmente entre os 13 e 45 anos.

Ovários policísticos: sintomas e diagnóstico

A mulher com ovários policísticos costuma perceber, primeiro, certa irregularidade na menstruação. Assim, um ciclo que era antes regular, ou tinha padrões irregulares, começa a acontecer em espaços de tempo muito maiores ou menores. O sintoma é resultado da alta produção de androgênios pelo corpo feminino. A testosterona é um hormônio predominantemente masculino, e normalmente está presente em pequenas quantidades no organismo da mulher.

Um sinal igualmente comum é a dificuldade de engravidar. Isso porque, muitas vezes a mulher deixa  de ovular, pois o processo é impedido pelos cistos. As pacientes ainda percebem o aumento de pêlos pelo corpo, especialmente nos seios, abdômen e rosto, e aumento da acne.

Para o diagnóstico do distúrbio, o médico realiza exame clínico, exames laboratoriais e o chamado ultrassom ginecológico. Nessa ultrassonografia, o especialista consegue perceber o aumento do volume dos ovários. Os cistos são igualmente visualizados, e o ovário policístico é caracterizado pela presença de 12 ou mais cistos em um ovário.

Já o exame laboratorial é utilizado especialmente para a análise dos níveis hormonais no organismo feminino. A glicemia sérica e a curva de insulina são igualmente medidas. O nível dessas substâncias no corpo da mulher é bastante alterado no caso de ovário policístico.

Tratamentos do distúrbio

A indicação de tratamento dos ovários policísticos pode variar bastante, de acordo com a gravidade do problema e com a avaliação médica. Para começar, o especialista pode receitar o uso de anticoncepcionais orais. Os remédios possuem ação hormonal, e assim ajudam a controlar os níveis das substâncias no organismo. Logo, a formação de folículos tende a diminuir. Os já existentes  também podem reduzir de tamanho.

Também é comum o uso de antidiabetogênicos orais. Esse tratamento é indicado quando percebida a associação do distúrbio aos níveis alterados de glicemia, a chamada resistência insulínica. O medicamento funciona para o tratamento da diabetes, e é ideal para a terapia da questão.

Ainda é possível utilizar de cirurgia para o tratamento do problema, na qual se realizam pequenos “furos” em cada cisto, melhorando a condição ovulatória ,é o que chamamos de “drilling”. A dieta e prática de atividade física regular tem igual benefício ao corpo da mulher, e hoje são considerados como primeira linha do tratamento.

Quem tem ovários policísticos pode engravidar naturalmente?

Como explicado até aqui, a mulher que sofre de ovários policísticos tem sua vida reprodutiva alterada. Ou porque seus óvulos param de ser liberados, ou porque o período fértil se torna bastante irregular.

O período fértil regular de uma mulher tem duração de aproximadamente 28 dias, e corresponde ao intervalo entre uma menstruação e outra. Geralmente no 14º após o primeiro dia da última menstruação, a mulher libera seu óvulo, e este fica disponível nas trompas uterinas, aguardando a fertilização pelo espermatozóide.

Além dessa data de ovulação, o tempo fértil consiste nos três dias antes e três dias depois do previsto para a ovulação. Isso porque, o acompanhamento do ciclo estabelece apenas uma previsão, mas o óvulo pode se adiantar ou atrasar, por uma série de fatores. Assim, é importante intensificar a prática sexual durante todos esses 7 dias, para que haja maior chance de que espermatozóides estejam no corpo da mulher quando o óvulo for liberado.

Em um período fértil irregular, ao intervalo entre uma menstruação e outra pode ser menor do que 28 dias, ou então bem maior, como de 45 dias ou mais.

Essas situações de anovulação ou irregularidade, apesar de dificultarem a gravidez natural, contudo, não a impedem. Primeiro, porque a mulher pode conseguir ovular, e o óvulo pode ser normalmente fecundado caso haja relação sexual sem nenhum método contraceptivo.

Tratamentos para concepção

Em segundo lugar, essa chance de concepção existe porque mulheres com este problema podem ser tratadas com o uso de anticoncepcionais. Neste caso, o medicamento será utilizado para regular o ciclo menstrual. Ao mesmo tempo, vai impedir a ovulação, mas também permitir que o ovário se recupere do desgaste causado pelos cistos. Logo, o órgão poderá eliminar os cistos e passar a ovular nos meses seguintes, após o término do medicamento.

Ademais, a mulher que sofre do distúrbio responde bastante bem à tratamentos de indução da ovulação. Aliás, como grande parte das mulheres. No caso da indução da ovulação, a paciente faz o uso de alguns hormônios, que estimulam o amadurecimento do folículo e a liberação do óvulo.

Todo o processo é acompanhado pelo médico, e assim que o gameta for liberado, o especialista indica a intensificação da prática sexual. A técnica é chamada de coito programado. Com os espermatozoides no corpo feminino e o óvulo liberado, as chances de concepção são grandes.

E se eu não conseguir engravidar?

De qualquer forma, a mulher, diagnosticada ou não com ovários policísticos, deve procurar ajuda médica após 12 meses de tentativas naturais de engravidar. Esse é o tempo médio estimado para que um casal atinja a concepção. Afinal de contas, por mês há apenas cerca de 20% de chance de gravidez, uma vez que a mulher precisa estar em seu período fértil.

Um período maior que um ano, porém, pode indicar problemas de fertilidade. Tanto relacionado aos ovários policísticos, quanto a outros distúrbios. A infertilidade também pode ocorrer por fatores masculinos  – em 30% das situações, essa é a causa da dificuldade em engravidar.

Nesses casos, o médico pode indicar o tratamento das questões impeditivas de gravidez. Se a terapia não for suficiente, uma ótima solução será utilizar técnica de reprodução assistida. Entre as mais comuns está a inseminação artificial, que insere os espermatozoides no fundo do útero feminino e diminui o caminho que as células deverão percorrer até o óvulo.

Já a fertilização in vitro faz com que óvulo e espermatozóides se unam e deem origem a um embrião em laboratório, que em seguida é transferido para o útero feminino para se desenvolver.

Quem tem ovario policístico pode engravidar tomando anticoncepcional?

O princípio básico de um medicamento anticoncepcional é impedir a gravidez. Por isso, caso a mulher esteja utilizando o remédio periodicamente, e de forma correta, não poderá engravidar. Isso caso sofra de ovários policísticos ou não.

Todos os medicamentos anticoncepcionais trabalham de forma a inibir a ovulação. Sem a liberação do óvulo, os espermatozóides não encontram o que fecundar e, portanto, não há gravidez.

Outra ação do remédio é sobre o muco cervical (do colo uterino) , que fica espesso e pouco elástico , impedindo que os espermatozóides adentrem ao útero e alcancem às trompas para encontrar o espermatozóide.

Os anticoncepcionais devem ser utilizados de forma diária, com interrupção segundo indicação médica. Assim, além das ações já citadas, o produto consegue regular o ciclo menstrual da mulher. Ele também funciona como prevenção contra a acne e diminui cólicas menstruais. Ao mesmo tempo, diminui a chance de anemia, que pode ocorrer devido a sangramentos exagerados na menstruação.

Quem tem ovário policístico pode engravidar de gêmeos?

Assim como qualquer outra mulher, pacientes com ovários policísticos podem engravidar de gêmeos. A gestação gemelar ocorre de dois modos: com um óvulo, ou com dois ou mais óvulos disponíveis. No primeiro caso, um único óvulo dá origem a dois embriões em seu primeiro “movimento” de divisão celular. Aqui, são gerados gêmeos univitelinos, idênticos na aparência física.

Na segunda situação possível, a mulher libera não um, como é comum, mas dois ou mais óvulos. Se todos esses óvulos forem fecundados, a gravidez irá gerar vários bebês, chamados de bivitelinos. Nesse caso, as crianças não são idênticas e podem, inclusive, ser de sexos diferentes.

De qualquer modo, existe a associação de ovários policísticos e gravidez gemelar. Ela ocorre porque a disfunção hormonal que gera o distúrbio pode provocar também a liberação de mais um óvulo mensalmente. Isso também ocorre devido aos tratamentos hormonais, como de indução da ovulação, que essas mulheres geralmente utilizam. Logo, quem tem ovário policístico tem sim maior chance de gerar gêmeos, mesmo que a questão gemelar esteja, na maior parte das vezes, ligada a questões hereditárias da mãe.

Remedio para engravidar

Como já citado ao longo do texto, é comum que a mulher que possui ovário policístico faça uso de anticoncepcionais. O medicamento pode ajudar a regular o período menstrual, dando tempo de recuperação ao ovário. Além desse, porém, existem outros medicamentos com boa indicação pelos médicos.

É o caso, por exemplo, do citrato de clomifeno. Ele é muito utilizado para as situações de indução da ovulação, e ajuda o organismo feminino a liberar seus óvulos. As injeções de hormônios podem ter os mesmos efeitos, e são utilizadas quando o clomifeno não apresenta resultados.

Para o uso de qualquer tipo de medicamento, é fundamental que a mulher possua indicação e  médico. Isso porque, nem toda mulher reage da mesma forma a uma substância. Se para uma o medicamento faz a regulação do ciclo menstrual, para outra pode causar intensas cólicas e piora do seu quadro. Por isso, procure seu médico e solicite uma avaliação completa do seu sistema reprodutivo. Apenas assim será possível definir a melhor substância para o seu tratamento.

Cuidados especiais

Para qualquer mulher, a realização do pré-natal correto é fundamental. Para a grávida com ovários policísticos, ou mesmo com o histórico da doença, o cuidado deve ser redobrado. Exames rotineiros poderão garantir a intervenção médica quando necessária, e assim permitirão a saúde de mãe e bebê.

Ademais, é fundamental manter uma alimentação saudável. Alimentos ricos em vitamina E, em zinco e em vitaminas do complexo B são essenciais para a correta formação do feto. Assim como aqueles que possuem o ácido fólico, indicado muitas vezes também como comprimido de suplementação à gestante. Por isso, invista em produtos como o grão-de-bico, óleo de girassol e folhas verde-escuras.

Lembre-se ainda de realizar a prática regular de atividades físicas. Converse com seu médico sobre o esporte mais adequado, e pratique-o três vezes por semana. O exercício só traz benefícios ao corpo, em qualquer época da vida.