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Infertilidade Masculina: Causas, Remédios e Tratamentos

Infertilidade Masculina: Causas, Remédios e Tratamentos

Postado em: 4 de setembro de 2018

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 300 mil casais brasileiros encontram dificuldades para engravidar. Destes, 30% têm como causa das dificuldades a infertilidade masculina, que afeta tanto a produção dos espermatozóides, quanto a sua liberação. Isso significa, por exemplo, que o homem pode produzir espermatozoides com pouca mobilidade e que não conseguem […]

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 300 mil casais brasileiros encontram dificuldades para engravidar. Destes, 30% têm como causa das dificuldades a infertilidade masculina, que afeta tanto a produção dos espermatozóides, quanto a sua liberação.

Isso significa, por exemplo, que o homem pode produzir espermatozoides com pouca mobilidade e que não conseguem alcançar o óvulo para fecundá-lo. O indivíduo também pode ter dificuldades na relação sexual, ou sofrer de doenças sexualmente transmissíveis, que afetam todo o seus sistema reprodutor. Os fatores causais são variados, e serão citados logo mais neste texto. Continue acompanhando!

Quando a infertilidade é diagnosticada?

Geralmente, um casal demora até 12 meses para alcançar a concepção natural. Isso porque, a gravidez só pode ser obtida quando a mulher está em seu período fértil, ou seja, quando seu óvulo está disponível para a fecundação. A disponibilização do gameta feminino ocorre na ovulação.

A ovulação feminina é regida por uma série de hormônios, e libera o óvulo aproximadamente no 14º depois do primeiro dia da última menstruação. Isso quando a mulher possui um ciclo regular de 28 dias. Um ciclo consiste no intervalo entre uma menstruação e outra.

Caso, após a relação sexual no período fértil feminino, o óvulo seja fecundado por um espermatozoide, dá-se origem à gravidez. Se isso não ocorrer, a mulher menstrua, liberando o óvulo não fecundado e a descamação do endométrio preparado para receber o embrião.

Se a gravidez não é obtida após um ano de tentativas, pode ser sinal de infertilidade. Tanto do homem, quanto da mulher. Por isso, é fundamental procurar auxílio médico e verificar a existência de algum problema. Assim, a condição poderá ser tratada, permitindo a concepção natural, ou o médico poderá indicar o método de reprodução assistida mais adequado para o casal.

Normalmente, a infertilidade só é percebida após as dificuldades, porque o homem dificilmente comparece espontaneamente ao médico. Apenas 60% têm ao menos uma consulta anual, enquanto 80% das mulheres vão a um especialista. Caso o casal deseje engravidar, porém, é interessante que ambos façam exames prévios às tentativas. Assim, qualquer impedimento pode ser logo descoberto e tratado.

Exames para diagnóstico da infertilidade masculina

 

 

O exame mais básico realizado para detectar a causa da infertilidade masculina é o espermograma. O teste avalia o sêmen, a forma e qualidade dos gametas, a concentração dos espermatozoides e mais.  Além dele, podem ser solicitadas avaliações hormonais, ultrassonografia de bolsa testicular e o exame de urina.

É importante destacar, de qualquer forma, que em 30% das situações as causas da dificuldade para a gestação são femininas, e em 30% dos casos os fatores estão relacionados ao homem e à mulher. Nos 10% dos casos restantes, a razão da infertilidade é indeterminada.

Quais as causas da infertilidade no homem?

São diversas as causas possíveis da infertilidade de um homem. A produção de espermatozoides realizada pelos testículos, por exemplo, pode gerar gametas sem cabeça, ou com pouca mobilidade. A dificuldade em liberar essas células também atrapalha a concepção, demandando um tratamento específico. Acompanhe a seguir as causas mais comuns da pouca fertilidade do homem.

1. Varicocele

Não é porque um homem sofre da varicocele que será infértil. Contudo, 20% deles sofrem essa consequência, e por isso é tão importante diagnosticá-la e tratá-la.

A varicocele é um problema caracterizado pelo aparecimento de veias dilatadas (varizes) no cordão espermático. O cordão vai da cavidade abdominal até a bolsa escrotal. Quando essas varizes se desenvolvem, levam mais sangue do que o ideal até os testículos, aumentando a temperatura da região. Essa temperatura maior, então, prejudica a qualidade dos gametas produzidos no órgão, e pode até mesmo impedir essa produção.

2. Exposição a toxinas

Medicamentos utilizados na quimioterapia e a radiação ionizante podem afetar diretamente a produção ou a qualidade dos espermatozoides. Assim como faz o consumo de drogas como a maconha e a cocaína. A maconha é conhecida por afetar a capacidade de locomoção dos gametas, enquanto a cocaína influencia sua produção.

Já o cigarro pode afetar a capacidade de ereção do homem, algo fundamental para o ato sexual. Ao mesmo tempo, o exagero no consumo das bebidas alcoólicas compromete a qualidade do sêmen produzido, dificultando a liberação dos espermatozoides para fora do corpo.

Há ainda os anabolizantes, muito utilizados pelos apaixonados por academia. Eles têm como objetivo o rápido ganho de massa muscular. Estudos indicam que os anabolizantes afetam o funcionamento da hipófise, glândula que influencia diretamente na produção dos gametas masculinos.

3. Fatores genéticos

Outra causa comum da infertilidade do homem são anormalidades cromossômicas. Essas anormalidades podem provocar, por exemplo, a azoospermia, caracterizada pela ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Também é comum que ocorra a chamada oligozoospermia , que indica a contagem de espermatozoides inferior a 20 milhões por mililitro de sêmen.

4. Desordem imunológica

Existem situações em que o corpo do próprio homem pode começar a combater os espermatozoides, eliminando-os assim que eles são produzidos e impedindo que eles cheguem ao corpo da mulher.

Essa desordem acontece, por exemplo, após a reversão de uma vasectomia feita há muitos anos. Com a volta da liberação dos espermatozoides, o organismo pode interpretá-los como corpos estranhos perigosos, e combatê-los.

5. Alterações hormonais

Uma série de alterações hormonais pode causar a infertilidade no homem. Como a elevada produção do hormônio prolactina, ou a queda na produção de testosterona. Distúrbios da tireóide e tumores na hipófise também podem ser causas de problemas.

As alterações na fertilidade masculina ocorrem porque são os hormônios os responsáveis por regular todo o processo de produção e liberação dos espermatozoides. O FSH (Hormônio Folículo Estimulante), por exemplo, estimula a produção dos gametas, enquanto o LH (Hormônio Luteinizante), preserva a libido e promove a ereção do pênis.

6. Processos infecciosos

Infecções variadas podem prejudicar a capacidade de gerar filhos do homem. Entre as mais comuns estão as DST’ (Doenças Sexualmente Transmissíveis), como a tricomoníase, a clamídia e a neisseria. Inflamações nos testículos também podem destruir os espermatozoides, ou alterar sua produção.

7. Obstrução dos ductos deferentes

Os ductos deferentes são os responsáveis por levar os espermatozoides dos testículos até para fora do corpo. Sua inexistência ou bloqueio impede a liberação dos gametas masculinos no corpo da mulher, eliminando, então, a possibilidade de fecundação de um óvulo. É por isso que, quando o homem realiza uma vasectomia, seus ductos deferentes são cortados. As causas de alterações na estrutura podem ser uma infecção, ferimento ou um defeito congênito.

8. Problemas na ejaculação

Não é incomum que o homem sofra com problemas como ejaculação precoce, retrógrada, ou mesmo com a sua inexistência. Nessas situações, a liberação dos espermatozoides fica prejudicada.

9. Infertilidade idiopática

Finalmente, existem casos em que o fator motivador da infertilidade não pode ser diagnosticado. Ou seja, o homem não consegue engravidar sua parceira, mas o médico não é capaz de definir o porquê.

Tratamentos dos problemas

 

 

 

As formas de tratamento da infertilidade do homem variam de acordo com o problema identificado como causador da condição. Confira os métodos indicados para cada uma das causas citadas anteriormente:

1. Varicocele

Para curar a varicocele, o paciente precisa passar por uma cirurgia para a retirada dos vasos sanguíneos alterados. A operação é simples, e o paciente costuma receber alta no mesmo dia. Com a interrupção do fluxo exagerado de sangue nos testículos, a região tende a voltar à temperatura normal, e assim os espermatozoides deverão ser produzidos do modo correto.

2. Exposição a toxinas

Há toxinas, como as utilizadas no tratamento contra o câncer, que podem afetar permanentemente a liberação dos espermatozoides. Neste caso, é possível utilizar de alguma técnica de reprodução assistida, que serão explicadas logo mais. Para isso, é necessário fazer o pinçamento dos gametas diretamente dos testículos, ou então utilizar espermatozoides doados.

Em outras situações, como o uso da maconha, a simples interrupção do uso da substância tende a melhorar a qualidade dos gametas masculinos, com o passar do tempo.

3. Fatores genéticos

Para o tratamento das questões de inexistência do espermatozoide no sêmen, ou da sua baixa produção, a melhor solução é o uso de uma das técnicas de reprodução assistida disponibilizada pela Medicina. Como a fertilização in vitro, ou a inseminação artificial.

4. Desordem imunológica

Alguns medicamentos podem ser utilizados para controlar o processo autoimune. É fundamental, contudo, que os remédios sejam indicados por um médico, após minuciosa avaliação. Caso o método não dê resultados, a opção pela injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) é ótima alternativa.

5. Alterações hormonais

Na maior parte das situações, as alterações hormonais no corpo masculino podem ser controladas pelo uso de remédios e outros hormônios. Geralmente, a terapia hormonal dura três meses, e logo a produção de espermatozoides é regulada.

6. Processos infecciosos

Muitas vezes, os processos infecciosos que provocam a infertilidade masculina são tratados por meio de antibióticos. Afinal, muitos deles são causados por bactérias. É comum ainda que o médico indique o tratamento também da parceira do indivíduo, para que não haja recorrência do problema.

7. Obstrução dos ductos deferentes

Tratar a obstrução dos ductos varia de acordo com a causa da condição. Se o motivo for um processo infeccioso, por exemplo, ele será resolvido por remédios. Caso necessário, o médico também pode recomendar uma simples cirurgia para a desobstrução.

8. Problemas na ejaculação

Nos casos de problemas na ejaculação, é comum a recomendação do uso de medicamentos como a efedrina ou a fenilpropanolamina. As substâncias favorecem a saída do sêmen durante o ato sexual. Mas, o indicado é passar com um andrologista, que é urologista com foco na fertilidade masculina. Não utilize medicamento com propósito de melhorar a fertilidade sem a consulta especializada

9. Infertilidade idiopática

Quando não se conhece a causa do problema, não é possível tratá-lo para a busca por uma gravidez natural. Logo, a solução é pelo uso de alguma técnica de reprodução assistida, se necessário com gametas doados.

Tratamentos: técnicas de reprodução assistida

 

 

Em qualquer uma das situações citadas anteriormente, o médico pode sugerir o uso de técnica de reprodução assistida para a concepção. Não apenas quando não houver tratamento específico, mas também quando o especialista julgar que um método supervisionado será mais eficaz do que o natural. Entre as técnicas possíveis, são três as principais: a inseminação artificial, a fertilização in vitro e a ICSI.

Inseminação artificial

A inseminação artificial é um método no qual os espermatozoides são colhidos do homem e inseridos, com a ajuda de uma fina agulha, no fundo do útero da mulher. De lá, os gametas deverão nadar em busca do óvulo, que geralmente aguarda na tuba uterina.

O método é interessante porque coloca os gametas masculinos mais próximos de seu objetivo. Ele é indicado, por exemplo, quando os espermatozoides apresentam alguma dificuldade de mobilidade, ou quando o pH vaginal da mulher prejudica as células do homem.

Normalmente, a coleta dos gametas é feita por meio da masturbação. Caso isso não seja possível, devido a problemas ejaculatórios ou no sêmen, é necessário fazer a procura das células até mesmo diretamente dos testículos. Se for preciso, o casal também pode contar com espermatozoides doados para o procedimento.

Fertilização in vitro

Já na fertilização in vitro, espermatozoides e óvulo são colhidos e levados ao laboratório. A coleta dos gametas masculinos é feita como na inseminação. No caso da coleta do óvulo, a mulher passa por um tratamento de indução da ovulação, para que a célula fique disponível para o recolhimento.

Então, ambas as células são levadas ao laboratório e unidas. Juntas, elas formam um embrião, que é cultivado por cerca de cinco dias. Após este período, o embrião é transferido para o útero da mulher, onde deverá se agarrar. Caso consiga fazê-lo, dá-se origem a uma gravidez.

ICSI

O processo da ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) é muito semelhante ao da fertilização in vitro. Em vez de vários espermatozoides serem colocados juntos ao óvulo, contudo, apenas um é selecionado e injetado no gameta feminino. Isso garante a escolha de uma célula mais forte, e com a genética “correta”.

Remédios para a fertilidade do homem

Além de todas as técnicas citadas, o médico responsável pelo tratamento da infertilidade masculina pode indicar o uso de alguns remédios. Essa prescrição, porém, só ocorre após a avaliação detalhada do quadro do paciente, e após a certeza de que o método será o mais eficaz para o cuidado do indivíduo.

As substâncias já foram citadas: antibióticos e medicamentos para a reposição hormonal. A dose necessária varia de acordo com o quadro do paciente e o remédio indicado.

Somada a esses medicamentos, o homem pode contar com alguns suplementos naturais para melhora da sua fertilidade. O consumo regular de vitamina C, por exemplo, pode ajudar a equilibrar os níveis de testosterona no organismo. O hormônio é o responsável por regular a produção dos espermatozoides.

Também é possível aumentar os níveis do hormônio por meio do consumo da vitamina D e do zinco. Logo, é interessante manter uma dieta rica em alimentos como peixes, gema de ovo e laticínios. Expor a pele ao sol pela manhã é igualmente importante. Para o consumo do zinco, os alimentos mais indicados são o camarão, frango, grãos integrais, cereais e legumes.

É importante a orientação de um médico especializado em fertilidade masculina, pois os espermatozoides demoram 3 meses até poderem ser ejaculados. O cuidado deve ser maior ainda ao optar-se pelos procedimentos cirúrgicos.